Religião é Veneno

Eis que temos eleição de novo, o sagrado direito de escolher nossos governantes e legisladores. Direito. Mas que raios de direito é esse? Somos obrigados a exercer esse direito (ainda que o pagamento de uma multinha resolva tudo depois), sendo assim é antes uma obrigação travestida de direito, isso no entanto não é o ponto essencial, pois creio que poder escolher aqueles que vão nos governar posteriormente é o supra sumo de todos os nossos reais direitos.

A questão que importa é que tal direito fica sem efeito quando nos dão a escolher opções duvidosas, desonestas, calhordas, etc.. É como se nos dessem um saco de batatas podres para selecionar, sendo que todas estão pútridas, umas mais, outras menos. É assim que me sinto diante daquela maquininha que pede minha escolha.

A lógica me diz que devo escolher o menos pior, pois assim com o passar do tempo talvez o conteúdo do saco seja renovado até que eu, nós, possamos escolher o melhor dos melhores.

Desanimado estou, confesso, pois não vejo como isso possa acontecer um dia, pelo menos não na minha própria geração, pois os podres que acabam vencendo, ou os menos podres, não ajudam em nada nessa renovação que tanto precisamos para este pais.

Eles tolhem a formação dos bons frutos dessa terra, suspeito que até impedem pessoas honestas e corretas de terem acesso às nossas intituições, a porta de entrada são os partidos, e os tais são controlados por eles, logo, se não se souber dançar a música deles, não entra, sem chances.

Eu me pergunto se o fundo disso tudo não seria a falta de uma educação, eles não investem massivamente na cultura, na boa formação das pessoas, e acho que fazem assim por justamente terem medo de uma massa culta e esclarecida, mesmo porque seria lógico que um meio cultural sólido gerasse políticos mais conscientes, afinal eles não caem do céu, são frutos da nossa sociedade.

Fico triste quando lá fora lembram do nosso pais, quando lembram, apenas pelo futebol, carnaval e sexo fácil, somos só isso?
Outro dia um amigo me disse que ia votar no Sr. Luis Inácio, eu argumentei que todos esses escandalos, toda essa história de corrupção no partido e governo já seria algo que poria em dúvida uma possível reeleição do presidente, pois bem, meu amigo disse que votaria nele assim mesmo, pois se fosse com ele próprio faria a mesma coisa, meteria a mão na grana. Encerrei o assunto, como argumentar?

Pois bem, ainda não sei em quem votar, não consigo meter a mão no meio desse saco podre.

Devo escolher o menos pior? Quem seria o menos pior? Ou devo abdicar desse direito já corrompido não votando em ninguém?

Eu já disse e vou repetir: a democracia não funciona.

Dinobot escreveu:Eu já disse e vou repetir: a democracia não funciona.

Há democracias e democracias, a nossa eu estou quase crendo que é uma pseudo democracia. Mas prezo a liberdade de poder estar criticando o sistema.

Márcio escreveu:

Dinobot escreveu:Eu já disse e vou repetir: a democracia não funciona.

Há democracias e democracias, a nossa eu estou quase crendo que é uma pseudo democracia. Mas prezo a liberdade de poder estar criticando o sistema.

E eu estou quase crendo que devo me juntar a eles ... :emoticon8:

Kramer escreveu:Eu já disse e vou repetir: a democracia não funciona.

Podes crer, a democracia não funciona...

A única solução é a ditadura do proletariado!

Kramer escreveu:A única solução é a ditadura do proletariado!

Essa já temos , a do Lula ! A ditadura de UM PROLETARIADO que virou presidente !

VIVA LA REVOLUCION!!1!1

videomaker escreveu:

Kramer escreveu:A única solução é a ditadura do proletariado!

Essa já temos , a do Lula ! A ditadura de UM PROLETARIADO que virou presidente !

Proletariado é o coletivo de proletário, Video...

Ateu Tímido escreveu:Qualquer democracia que mereça o nome é melhor que todas as outras alternativas reunidas.

Concordo contigo, embora seja bem cético quanto aos limites desse sistema de governo e da própria proposta social que ele traz em si.

Eu acho que o Sr. Luís Inácio vai ser reeleito, porém há uma grande chance de uma renúncia após muita pressão de CPIs. Ou não, há muitos acordos que podem ser feitos, claro.

Samael escreveu:

Ateu Tímido escreveu:Qualquer democracia que mereça o nome é melhor que todas as outras alternativas reunidas.

Concordo contigo, embora seja bem cético quanto aos limites desse sistema de governo e da própria proposta social que ele traz em si.

Qual seria exatamente o tipo de democracia praticada em nosso país?

E os ''coronéis''.

Reafirmo que o problema não são os governantes, e sim o povo. Como não se pode exterminá-lo, cultura e educação são a melhor solução.

Nenhum estado é feito de um homem ou um partido, pra isso existe a oposição, que no Brasil sempre foi escandalosa e ferrenha, estivesse na gestão a pseudo-direita ou a pseudo-esquerda, pois situação e oposição FORAM FEITAS para SE FISCALIZAREM RECIPROCAMENTE.

Vamos lá, deixem desse pessimismo. Se as PESSOAS fossem ensinadas a ter iniciativa e a noção de que o trabalho e a união fazem a força da sociedade civil, não se criaria tanta expectativa pra cima do estado.

E achem muito bom que a merda está no poder porque eleita, e não imposta.

''E achem muito bom que a merda está no poder porque eleita, e não imposta.''

Eleita ou imposta é sempre merda, fedem igual.
A questão é que aqui eles se travestem de esquerda ou de direita, mas quando sentam no palácio, se tornam todos iguais, ou seja: Merda!
Pobre democracia, até quando?

betossantana escreveu:Reafirmo que o problema não são os governantes, e sim o povo.

Isso é óbvio. Só não vê quem não quer. O brasileiro médio mereceu todos os governantes eleitos que já teve, um por um.

Márcio escreveu:Eleita ou imposta é sempre merda, fedem igual.
A questão é que aqui eles se travestem de esquerda ou de direita, mas quando sentam no palácio, se tornam todos iguais, ou seja: Merda!
Pobre democracia, até quando?

A diferença não está na merda, e sim no processo pelo qual ela chega ao poder. Se é merda, que seja merda escolhida pela maioria. Acho crucialmente errado pensar que isso não faz diferença, porque nós temos plena liberdade para esculhambar a merda eleita, sem patrulhamento ideológico.

Usuário deletado escreveu:Falou o John Lennon.

Infelizmente ou felizmente, não sei ao certo, meu ceticismo não me faz acreditar em uma cura para o nosso país.

Poweeeeer to the peeeoopleeee!
Por quê você não se mata, então?

Usuário deletado escreveu:Não é necessário tanto.
Uma passagem só de ida para um país escandinavo resolve o meu "problema".

Haha, como o Mainardi naquele artigo "Ir embora do Brasil é a minha especialidade". Engraçadinho ele.

Mas Usuário deletado, eu li que na Suécia o estado abocanha uns 60% da renda dos indivíduos. Será verdade?

betossantana escreveu:

Márcio escreveu:Eleita ou imposta é sempre merda, fedem igual.
A questão é que aqui eles se travestem de esquerda ou de direita, mas quando sentam no palácio, se tornam todos iguais, ou seja: Merda!
Pobre democracia, até quando?

A diferença não está na merda, e sim no processo pelo qual ela chega ao poder. Se é merda, que seja merda escolhida pela maioria. Acho crucialmente errado pensar que isso não faz diferença, porque nós temos plena liberdade para esculhambar a merda eleita, sem patrulhamento ideológico.

Concordo, ''NÓS'' temos plena liberdade para acabar com essa merda toda, mas infelizmente, somos minoria.
A maioria adora um assistencialismo, um jeitinho, um populismo básico, antigamente era pior, se vendiam por uma camiseta.
Esse governo é oriundo desse ''nós'' (escrito com minúsculas mesmo), a parte que é mantida deseducada e pobre, para assim se contentar com ''merda''.
Entretanto, há esperanças.

Usuário deletado escreveu:Abocanha para investir no bem estar da população, a população paga muito imposto mas tem retorno. Não é atoa que um dos maiores IDHs do mundo é o de lá.

Mas afinal você acha que o estado deve abocanhar a renda ou não deve abocanhar a renda?

Ou isso só funciona em alguns países?

Se isso só funciona em alguns países, o liberalismo não está "certo", ele só precisa de uma conjuntura favorável para florescer ENQUANTO o "estado-Suécia" não é viável.

Isso quer dizer que o liberalismo não é um fim, mas um meio para se chegar a uma democracia híbrida, capitalista mas estatocêntrica?

A Suécia é estatocêntrica, apesar de não ser socialista?

Vamos chamar isso de "paradoxo Suécia". Como um direitista liberal explica o "paradoxo Suécia"?

betossantana escreveu:

Usuário deletado escreveu:Abocanha para investir no bem estar da população, a população paga muito imposto mas tem retorno. Não é atoa que um dos maiores IDHs do mundo é o de lá.

Mas afinal você acha que o estado deve abocanhar a renda ou não deve abocanhar a renda?

Ou isso só funciona em alguns países?

Se isso só funciona em alguns países, o liberalismo não está "certo", ele só precisa de uma conjuntura favorável para florescer ENQUANTO o "estado-Suécia" não é viável.

Isso quer dizer que o liberalismo não é um fim, mas um meio para se chegar a uma democracia híbrida, capitalista mas estatocêntrica?

A Suécia é estatocêntrica, apesar de não ser socialista?

Vamos chamar isso de "paradoxo Suécia". Como um direitista liberal explica o "paradoxo Suécia"?

Se o imposto retorna à população na forma de serviços públicos competentes, devemos considera-lo como um investimento bem feito, gerando bem estar e condições favoráveis para mais crescimento.
Não é o que ocorre aqui, suponho.

Usuário deletado escreveu:

betossantana escreveu:

Usuário deletado escreveu:Não é necessário tanto.
Uma passagem só de ida para um país escandinavo resolve o meu "problema".

Haha, como o Mainardi naquele artigo "Ir embora do Brasil é a minha especialidade". Engraçadinho ele.

Mas Usuário deletado, eu li que na Suécia o estado abocanha uns 60% da renda dos indivíduos. Será verdade?

Abocanha para investir no bem estar da população, a população paga muito imposto mas tem retorno. Não é atoa que um dos maiores IDHs do mundo é o de lá.

É, e os 40% que sobram possuem um poder de compra estrondoso.