J.Wagner falando do carlismo
Enviado: 02 Out 2006, 20:53
Surpresa, Jaques Wagner diz que vitória marca condenação do carlismo
Veja a entrevista em vídeo
Da Redação
Eleito governador da Bahia já no primeiro turno, Jaques Wagner, do PT, conversou com Rodrigo Flores no UOL News sobre sua surpreendente vitória sobre o atual governador, Paulo Souto, que encerrou um domínio de 16 anos do PFL de Antônio Carlos Magalhães.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
Resultado inesperado
Foi uma virada histórica, ganhamos em primeiro turno, sempre tive confiança nesse resultado. Mas, evidentemente, ele surpreendeu a todos que estavam mais distantes daqui da Bahia e a todos que se pautaram pelas pesquisas, que erraram grosseiramente neste processo.
Decadência do PFL baiano
Desde 2002, quando fui derrotado, sustento uma tese de que o PFL baiano não possuía mais do que 30% dos votos. O que faltava era a gente convencer esses outros 70% a votar em outro projeto. Foi uma vitória muito importante porque a Bahia era um dos Estados mais conservadores da política nacional. E nós mudamos essa realidade política também com a vitória de João Durval pela cadeira no Senado.
Fim do Carlismo
Eu creio que a minha vitória se deve menos a um julgamento do atual governador Paulo Souto e mais a um julgamento desse sistema político do qual ele faz parte, que foi criado pelo senador Antônio Carlos Magalhães. Creio que a resposta das urnas foi uma condenação da Bahia a esse método de xingar, de grampear telefone, de violar o painel do Senado. A Bahia estava cansada de 16 anos de PFL. E o resultado das urnas é também uma mostra de que a Bahia aprova aquilo que está sendo feito pelo presidente Lula. Eu me beneficiei por esses dois aspectos.
Governabilidade ameaçada
Não creio em problemas de governabilidade. A Assembléia tem 63 deputados, eles (oposição) elegeram somando com outros coligados na ordem de 30 deputados, portanto já temos uma maioria de 33 contra 30. É claro que as negociações vão fazer com que esses deputados não intimamente ligados ao carlismo assumam uma postura mais independende dentro da Assembléia, de criticar o que tenha que ser criticado, mas de debater as propostas importantes do governo. Nosso quadro é suficiente para garantir uma tranqüilidade ao nosso governo.
Campanha pró-Lula
Nossas equipes que participaram do primeiro turno não serão desarmadas. Elas vão continuar trabalhando para atingir um coeficiente maior de intenção de voto para o presidente Lula e reduzir parte das abstenções. A gente pode dar aqui uma frente ao presidente Lula que garanta a ele uma vitória no segundo turno na eleição.
"Caso dossiê" atrapalhou
Sem dúvida que episódios como o da compra do dossiê perturbaram uma caminhada que considero tranqüila do presidente Lula, a quem considero um grande presidente. Não tenho nenhuma dúvida em dizer que levamos forte vantagem na comparação dos números e das realizações entre Lula e Alckmin. Mas é inadmissível o comportamento de membros do PT que se relacionaram com marginais declarados na tentativa de comprar o dossiê. Esse não é o nosso jeito de fazer política. Considero que essas pessoas perturbaram a nossa campanha, mas tenho certeza de que o publico não vai culpar o presidente pelo comportamento de alguns membros do nosso partido.
Reformas no PT
Eu não usaria o termo refundação, mas temos que fazer uma profunda revisão. Aqueles que não entenderam que o PT foi criado para conduzir uma nova forma de fazer política e estão usando ferramentas usadas por nossos adversários, não são dignos do PT. O partido foi construído para ter prioridade no social e no combate a qualquer pratica ilícita. Vamos fazer uma profunda reflexão e dizer aos petistas que nos nossos quadros não cabem pessoas que continuam usando métodos ilegais na condução da política.
"acarajé, 1 real;elevador lacerda**,5 centavos; berimbau,20 reais; ver a corja de acm se afundar nas eleições...NÃO TEM PREÇO!
Veja a entrevista em vídeo
Da Redação
Eleito governador da Bahia já no primeiro turno, Jaques Wagner, do PT, conversou com Rodrigo Flores no UOL News sobre sua surpreendente vitória sobre o atual governador, Paulo Souto, que encerrou um domínio de 16 anos do PFL de Antônio Carlos Magalhães.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
Resultado inesperado
Foi uma virada histórica, ganhamos em primeiro turno, sempre tive confiança nesse resultado. Mas, evidentemente, ele surpreendeu a todos que estavam mais distantes daqui da Bahia e a todos que se pautaram pelas pesquisas, que erraram grosseiramente neste processo.
Decadência do PFL baiano
Desde 2002, quando fui derrotado, sustento uma tese de que o PFL baiano não possuía mais do que 30% dos votos. O que faltava era a gente convencer esses outros 70% a votar em outro projeto. Foi uma vitória muito importante porque a Bahia era um dos Estados mais conservadores da política nacional. E nós mudamos essa realidade política também com a vitória de João Durval pela cadeira no Senado.
Fim do Carlismo
Eu creio que a minha vitória se deve menos a um julgamento do atual governador Paulo Souto e mais a um julgamento desse sistema político do qual ele faz parte, que foi criado pelo senador Antônio Carlos Magalhães. Creio que a resposta das urnas foi uma condenação da Bahia a esse método de xingar, de grampear telefone, de violar o painel do Senado. A Bahia estava cansada de 16 anos de PFL. E o resultado das urnas é também uma mostra de que a Bahia aprova aquilo que está sendo feito pelo presidente Lula. Eu me beneficiei por esses dois aspectos.
Governabilidade ameaçada
Não creio em problemas de governabilidade. A Assembléia tem 63 deputados, eles (oposição) elegeram somando com outros coligados na ordem de 30 deputados, portanto já temos uma maioria de 33 contra 30. É claro que as negociações vão fazer com que esses deputados não intimamente ligados ao carlismo assumam uma postura mais independende dentro da Assembléia, de criticar o que tenha que ser criticado, mas de debater as propostas importantes do governo. Nosso quadro é suficiente para garantir uma tranqüilidade ao nosso governo.
Campanha pró-Lula
Nossas equipes que participaram do primeiro turno não serão desarmadas. Elas vão continuar trabalhando para atingir um coeficiente maior de intenção de voto para o presidente Lula e reduzir parte das abstenções. A gente pode dar aqui uma frente ao presidente Lula que garanta a ele uma vitória no segundo turno na eleição.
"Caso dossiê" atrapalhou
Sem dúvida que episódios como o da compra do dossiê perturbaram uma caminhada que considero tranqüila do presidente Lula, a quem considero um grande presidente. Não tenho nenhuma dúvida em dizer que levamos forte vantagem na comparação dos números e das realizações entre Lula e Alckmin. Mas é inadmissível o comportamento de membros do PT que se relacionaram com marginais declarados na tentativa de comprar o dossiê. Esse não é o nosso jeito de fazer política. Considero que essas pessoas perturbaram a nossa campanha, mas tenho certeza de que o publico não vai culpar o presidente pelo comportamento de alguns membros do nosso partido.
Reformas no PT
Eu não usaria o termo refundação, mas temos que fazer uma profunda revisão. Aqueles que não entenderam que o PT foi criado para conduzir uma nova forma de fazer política e estão usando ferramentas usadas por nossos adversários, não são dignos do PT. O partido foi construído para ter prioridade no social e no combate a qualquer pratica ilícita. Vamos fazer uma profunda reflexão e dizer aos petistas que nos nossos quadros não cabem pessoas que continuam usando métodos ilegais na condução da política.
"acarajé, 1 real;elevador lacerda**,5 centavos; berimbau,20 reais; ver a corja de acm se afundar nas eleições...NÃO TEM PREÇO!