homofobia politica no Rio
Enviado: 06 Out 2006, 12:59
05 de outubro de 2006 - 17:01
Cabral retira projeto de união entre homossexuais para obter apoio de Crivella
Cabral confirmou nesta quinta-feira a retirada do projeto, mas negou que tenha sido uma condição para que Crivella o apoiasse
Marcelo Auler
RIO - Apesar do pedido do presidente Lula, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), derrotado no primeiro turno, disse nesta quinta-feira que condicionou seu apoio ao candidato do PMDB ao governo estadual, Sergio Cabral, à retirada de um projeto sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo, de autoria do peemedebista.
"O senador Sérgio Cabral mostrou, nestes quatro anos de convivência no Senado, ser uma pessoa extremamente democrática. Ele aceitou minha ponderação. Isto é um principio fundamental, um dogma muito importante, tanto para a Igreja Católica como parar a Evangélica", afirmou Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.
"Cabral assinou um requerimento retirando o projeto e achei um gesto muito importante. Fez parte do acordo", revelou Crivella, em entrevista coletiva no Rio, após voltar de Brasília, onde participou do encontro de Cabral com o presidente Lula. Cabral confirmou nesta quinta-feira a retirada do projeto, mas negou que tenha sido uma condição para que Crivella o apoiasse. "Não foi condição para o apoio, de maneira nenhuma!", reagiu.
Assunto polêmico
O projeto de lei de Cabral que trata da união civil foi tema de uma das polêmicas da campanha no Rio durante o primeiro turno. Panfletos apócrifos que classificavam Cabral como defensor do "casamento homossexual" e inimigo da Bíblia e da família foram espalhados por igrejas evangélicas. Cabral disse ontem não acreditar que Crivella estivesse por trás da contra-propaganda.
"Vou dar uma revisada no projeto. Há uma proposta de fazer uma consulta pública, um plebiscito, que é uma proposta que o senador Camata já vinha apresentando com cinco pontos importantes. Então eu vou dar uma revisada nisso, talvez fazendo um novo projeto, na linha do plebiscito ou consulta popular a esse tema e outros, como o voto facultativo", justificou Cabral.
Crivella admitiu que estava pré-disposto a apoiar Denise Frossard (PPS) contra o candidato do partido do ex-governador Anthony Garotinho, mas afirmou que não contava com a hipótese de o presidente Lula ir ao segundo turno. "Por diversas vezes eu disse que a prioridade do meu partido, o PRB, era a reeleição do presidente Lula e do vice, José Alencar, que é do meu partido."
http://www.estadao.com.br/ultimas/nacio ... 05/273.htm
Cabral retira projeto de união entre homossexuais para obter apoio de Crivella
Cabral confirmou nesta quinta-feira a retirada do projeto, mas negou que tenha sido uma condição para que Crivella o apoiasse
Marcelo Auler
RIO - Apesar do pedido do presidente Lula, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), derrotado no primeiro turno, disse nesta quinta-feira que condicionou seu apoio ao candidato do PMDB ao governo estadual, Sergio Cabral, à retirada de um projeto sobre a união civil de pessoas do mesmo sexo, de autoria do peemedebista.
"O senador Sérgio Cabral mostrou, nestes quatro anos de convivência no Senado, ser uma pessoa extremamente democrática. Ele aceitou minha ponderação. Isto é um principio fundamental, um dogma muito importante, tanto para a Igreja Católica como parar a Evangélica", afirmou Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.
"Cabral assinou um requerimento retirando o projeto e achei um gesto muito importante. Fez parte do acordo", revelou Crivella, em entrevista coletiva no Rio, após voltar de Brasília, onde participou do encontro de Cabral com o presidente Lula. Cabral confirmou nesta quinta-feira a retirada do projeto, mas negou que tenha sido uma condição para que Crivella o apoiasse. "Não foi condição para o apoio, de maneira nenhuma!", reagiu.
Assunto polêmico
O projeto de lei de Cabral que trata da união civil foi tema de uma das polêmicas da campanha no Rio durante o primeiro turno. Panfletos apócrifos que classificavam Cabral como defensor do "casamento homossexual" e inimigo da Bíblia e da família foram espalhados por igrejas evangélicas. Cabral disse ontem não acreditar que Crivella estivesse por trás da contra-propaganda.
"Vou dar uma revisada no projeto. Há uma proposta de fazer uma consulta pública, um plebiscito, que é uma proposta que o senador Camata já vinha apresentando com cinco pontos importantes. Então eu vou dar uma revisada nisso, talvez fazendo um novo projeto, na linha do plebiscito ou consulta popular a esse tema e outros, como o voto facultativo", justificou Cabral.
Crivella admitiu que estava pré-disposto a apoiar Denise Frossard (PPS) contra o candidato do partido do ex-governador Anthony Garotinho, mas afirmou que não contava com a hipótese de o presidente Lula ir ao segundo turno. "Por diversas vezes eu disse que a prioridade do meu partido, o PRB, era a reeleição do presidente Lula e do vice, José Alencar, que é do meu partido."
http://www.estadao.com.br/ultimas/nacio ... 05/273.htm