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Deus explica o quê?
Enviado: 09 Out 2006, 16:57
por Lobo
Talvez possa ser A EXPLICAÇÃO, mas porque razão Deus serve para explicar alguma coisa agora? Explicar o que não se sabe com o inexplicável não é explicação. O acaso que também nada explica, ainda assim consegue explicar mais que Deus.
Re.: Deus explica o quê?
Enviado: 09 Out 2006, 21:55
por francioalmeida
Por isso explica a explicação dos explicados de deus?
Re.: Deus explica o quê?
Enviado: 09 Out 2006, 22:15
por Hrrr
faz sentido, miguel

Re: Deus explica o quê?
Enviado: 09 Out 2006, 22:28
por Flavio Costa
Lobo escreveu:Talvez possa ser A EXPLICAÇÃO, mas porque razão Deus serve para explicar alguma coisa agora? Explicar o que não se sabe com o inexplicável não é explicação. O acaso que também nada explica, ainda assim consegue explicar mais que Deus.
Aplicando a famosa Navalha, com isso a existência de Deus é dispensada.
Re: Deus explica o quê?
Enviado: 10 Out 2006, 10:36
por videomaker
Flavio Costa escreveu:Lobo escreveu:Talvez possa ser A EXPLICAÇÃO, mas porque razão Deus serve para explicar alguma coisa agora? Explicar o que não se sabe com o inexplicável não é explicação. O acaso que também nada explica, ainda assim consegue explicar mais que Deus.
Aplicando a famosa Navalha, com isso a existência de Deus é dispensada.
Seria essa Flavio :
A regra da “Lâmina de Occam”
Uso Típico: “Quando duas explicações sobre um fato em discussão, a mais simples é a mais provável”.
Este argumento é um princípios que os céticos utilizam erradamente para tentar forçar explicações alternativas dos fenômenos paranormais, mesmo que essas explicações sejam acusações falsas ou não se enquadrem nos fatos. Este princípio foi popularizado pelo cientista Carl Sagan no seu romance que se tornou filme “Contacto”, onde Jodie Foster o cita durante uma conversa com um teísta, para defender a sua crença de que Deus não existe. (Ironicamente, no fim do filme o mesmo princípio é usado contra ela na sua audiência pública por um Agente da Segurança Nacional). Contudo, uma análise dos fatos e as ilações deste argumento revelam obviamente problemas. [2]
1) Em primeiro lugar, a “Lâmina de Occam”, enunciada pelo Lógico e frade do século catorze, William de Occam, refere o conceito de que “ As entidades não devem ser multiplicadas desnecessariamente “. Não era com a intenção de avaliar as afirmações paranormais como os céticos fazem hoje. Como Phil Gibbs aponta em “Pshysics FAQ” (http://www.weburbia.com/pshysics/):
“ No início usávamos a “Lâmina de Occam” para separar teorias cujos resultados prevíamos serem iguais em todas as experiências. Agora tentamos escolher entre teorias que têm previsões diferentes. Não era o que Occam pretendia....
O princípio de simplicidade funciona como “regra do polegar” eurística mas algumas pessoas citam-na como se fosse um axioma dos físicos. Não é. Pode funcionar em filosofia ou física particular, mas com menos freqüência na cosmologia ou psicologia, onde as coisas costumam ser mais complicadas do que se espera. Talvez uma citação de Shakespeare fosse mais apropriada do que a Lâmina de Occam :
“ Há mais coisas no céu e na terra, Horacio, do que a tua filosofia pode sonhar “. “ A lei da parcimônia não é substituto para a introspecção, lógica e para o método científico. Nunca deveria ser base de ou para defender alguma conclusão. Como árbitro da verdade, só uma evidência lógica, consistente e empírica é absoluta. “
Nem Isaac Newton não usou a “Lâmina do Occam” como os céticos a usam hoje. A sua versão era “ não devemos admitir mais causas para fatos normais quando as que temos são tanto verdadeiras e suficientes para explicar as suas aparências” (ver Physics FAQ). Obviamente, ele referia-se a explicações para explicar fenômenos naturais, não os paranormais ou sobrenaturais!
2) O que é “mais simples” é muitas vezes relativo. Como Phil Gibbs evidencia no Pshysics FAQ: “ A simplicidade é subjetiva e o universo nem sempre tem a mesma idéia de simplicidade como nós temos”.
3) Mesmo que aceitássemos a “Lâmina de Occam” como critério da mesma forma que os céticos usam, só porque uma explicação é mais provável não significa que é sempre a que está correta. Por exemplo, se eu lanço um dado, é mais provável que saia um número entre 1 e 5 do que um 6. Mas não significa que o 6 nunca saia. Logo, ocasionalmente, pode-se esperar que uma explicação pouco provável seja verdade algumas vezes. Contudo, os céticos encaram a “Lâmina de Occam” como se fosse uma regra absoluta e usam-na como desculpa para negar qualquer afirmação, independentemente da sua validade.
4) Enquanto a “Lâmina de Occam” pode ser válida para a “regra do polegar”, o problema é que os céticos tendem a usá-la como uma desculpa para introduzir explicações falsas em detrimento das paranormais. Fazem-no nem que signifique negar os fatos e assumir que os mesmo não são verdade ou não aconteceram. Por exemplo, se alguém tivesse uma capacidade de leitura psíquica extraordinária num claro fenômeno psíquico (não premeditado) e lhes fosse contado algo muito específico que não pudesse ser adivinhado através do método de “leitura fria”, os céticos começariam a inventar falsas acusações como : “alguém que soubesse podia ter-lhe dado uma dica”, “ alguém na sala deve ter ouvido mencionar tal detalhe antes da leitura”, “ deves ter algo na tua aparência que revelou a informação”, “deves ter-te lembrado mal uma vez que a memória falha”, etc. Mesmo que nenhuma destas acusações seja verdadeira, os céticos insistirão nelas simplesmente porque é a explicação mais simples para eles. Da mesma forma, quando alguém durante a sua experiência “quase-morte” ou “fora-do-corpo” ouve uma conversa ou testemunha algo a grande distância e mais tarde, após verificação, prova-se ser verdade, os céticos dirão que a explicação mais simples é a de que o paciente sabia da informação ou conversa antes, mas esqueceu-a . Igualmente, se alguém afirma que viu o Pé Grande, os céticos insistirão, usando o critério de Occam como justificação. Logo, eles preferem uma falsa explicação não-paranormal, mesmo não sendo verdadeira, a aceitar que o fato aconteceu como foi descrito. Esta é claramente uma situação de critério ambíguo em lugar de objetividade. O que os céticos parecem não perceber é que a realidade não se confina ou é medida pelo critério da “Lâmina de Occam”, e que usá-lo desta forma não faz mais do que impedir o progresso e a aprendizagem.
Re.: Deus explica o quê?
Enviado: 10 Out 2006, 12:29
por Spitfire
Estas "psicografando" quem, VM?

Re: Deus explica o quê?
Enviado: 10 Out 2006, 13:18
por Lobo
videomaker escreveu:Flavio Costa escreveu:Lobo escreveu:Talvez possa ser A EXPLICAÇÃO, mas porque razão Deus serve para explicar alguma coisa agora? Explicar o que não se sabe com o inexplicável não é explicação. O acaso que também nada explica, ainda assim consegue explicar mais que Deus.
Aplicando a famosa Navalha, com isso a existência de Deus é dispensada.
Seria essa Flavio :
A regra da “Lâmina de Occam”
Uso Típico: “Quando duas explicações sobre um fato em discussão, a mais simples é a mais provável”.
Este argumento é um princípios que os céticos utilizam erradamente para tentar forçar explicações alternativas dos fenômenos paranormais, mesmo que essas explicações sejam acusações falsas ou não se enquadrem nos fatos. Este princípio foi popularizado pelo cientista Carl Sagan no seu romance que se tornou filme “Contacto”, onde Jodie Foster o cita durante uma conversa com um teísta, para defender a sua crença de que Deus não existe. (Ironicamente, no fim do filme o mesmo princípio é usado contra ela na sua audiência pública por um Agente da Segurança Nacional). Contudo, uma análise dos fatos e as ilações deste argumento revelam obviamente problemas. [2]
1) Em primeiro lugar, a “Lâmina de Occam”, enunciada pelo Lógico e frade do século catorze, William de Occam, refere o conceito de que “ As entidades não devem ser multiplicadas desnecessariamente “. Não era com a intenção de avaliar as afirmações paranormais como os céticos fazem hoje. Como Phil Gibbs aponta em “Pshysics FAQ” (http://www.weburbia.com/pshysics/):
“ No início usávamos a “Lâmina de Occam” para separar teorias cujos resultados prevíamos serem iguais em todas as experiências. Agora tentamos escolher entre teorias que têm previsões diferentes. Não era o que Occam pretendia....
O princípio de simplicidade funciona como “regra do polegar” eurística mas algumas pessoas citam-na como se fosse um axioma dos físicos. Não é. Pode funcionar em filosofia ou física particular, mas com menos freqüência na cosmologia ou psicologia, onde as coisas costumam ser mais complicadas do que se espera. Talvez uma citação de Shakespeare fosse mais apropriada do que a Lâmina de Occam :
“ Há mais coisas no céu e na terra, Horacio, do que a tua filosofia pode sonhar “. “ A lei da parcimônia não é substituto para a introspecção, lógica e para o método científico. Nunca deveria ser base de ou para defender alguma conclusão. Como árbitro da verdade, só uma evidência lógica, consistente e empírica é absoluta. “
Nem Isaac Newton não usou a “Lâmina do Occam” como os céticos a usam hoje. A sua versão era “ não devemos admitir mais causas para fatos normais quando as que temos são tanto verdadeiras e suficientes para explicar as suas aparências” (ver Physics FAQ). Obviamente, ele referia-se a explicações para explicar fenômenos naturais, não os paranormais ou sobrenaturais!
2) O que é “mais simples” é muitas vezes relativo. Como Phil Gibbs evidencia no Pshysics FAQ: “ A simplicidade é subjetiva e o universo nem sempre tem a mesma idéia de simplicidade como nós temos”.
3) Mesmo que aceitássemos a “Lâmina de Occam” como critério da mesma forma que os céticos usam, só porque uma explicação é mais provável não significa que é sempre a que está correta. Por exemplo, se eu lanço um dado, é mais provável que saia um número entre 1 e 5 do que um 6. Mas não significa que o 6 nunca saia. Logo, ocasionalmente, pode-se esperar que uma explicação pouco provável seja verdade algumas vezes. Contudo, os céticos encaram a “Lâmina de Occam” como se fosse uma regra absoluta e usam-na como desculpa para negar qualquer afirmação, independentemente da sua validade.
4) Enquanto a “Lâmina de Occam” pode ser válida para a “regra do polegar”, o problema é que os céticos tendem a usá-la como uma desculpa para introduzir explicações falsas em detrimento das paranormais. Fazem-no nem que signifique negar os fatos e assumir que os mesmo não são verdade ou não aconteceram. Por exemplo, se alguém tivesse uma capacidade de leitura psíquica extraordinária num claro fenômeno psíquico (não premeditado) e lhes fosse contado algo muito específico que não pudesse ser adivinhado através do método de “leitura fria”, os céticos começariam a inventar falsas acusações como : “alguém que soubesse podia ter-lhe dado uma dica”, “ alguém na sala deve ter ouvido mencionar tal detalhe antes da leitura”, “ deves ter algo na tua aparência que revelou a informação”, “deves ter-te lembrado mal uma vez que a memória falha”, etc. Mesmo que nenhuma destas acusações seja verdadeira, os céticos insistirão nelas simplesmente porque é a explicação mais simples para eles. Da mesma forma, quando alguém durante a sua experiência “quase-morte” ou “fora-do-corpo” ouve uma conversa ou testemunha algo a grande distância e mais tarde, após verificação, prova-se ser verdade, os céticos dirão que a explicação mais simples é a de que o paciente sabia da informação ou conversa antes, mas esqueceu-a . Igualmente, se alguém afirma que viu o Pé Grande, os céticos insistirão, usando o critério de Occam como justificação. Logo, eles preferem uma falsa explicação não-paranormal, mesmo não sendo verdadeira, a aceitar que o fato aconteceu como foi descrito. Esta é claramente uma situação de critério ambíguo em lugar de objetividade. O que os céticos parecem não perceber é que a realidade não se confina ou é medida pelo critério da “Lâmina de Occam”, e que usá-lo desta forma não faz mais do que impedir o progresso e a aprendizagem.
Esqueçam a Catana de Occan. O que eu digo é que Deus nem serve como explicação, porque ele próprio é inexplicavel. E explicar algo com o inexplicável é contraditório. Primeiro teriamos de explicar Deus. E até agora ninguém sabe a mínima sobre Deus.
Re: Deus explica o quê?
Enviado: 10 Out 2006, 13:21
por Lobo
Foda-se... duplicado.
Re: Deus explica o quê?
Enviado: 10 Out 2006, 13:25
por rapha...
Lobo escreveu:Talvez possa ser A EXPLICAÇÃO, mas porque razão Deus serve para explicar alguma coisa agora? Explicar o que não se sabe com o inexplicável não é explicação. O acaso que também nada explica, ainda assim consegue explicar mais que Deus.
Interessante colocação, Miguel.
Por que será que a sabedoria convencional tende a considerar Deus como uma explicação?
Re: Deus explica o quê?
Enviado: 10 Out 2006, 13:33
por Lobo
rapha... escreveu:Lobo escreveu:Talvez possa ser A EXPLICAÇÃO, mas porque razão Deus serve para explicar alguma coisa agora? Explicar o que não se sabe com o inexplicável não é explicação. O acaso que também nada explica, ainda assim consegue explicar mais que Deus.
Interessante colocação, Miguel.
Por que será que a sabedoria convencional tende a considerar Deus como uma explicação?
Convencional = Status Quo????
Ou então não gostam de admitir que acreditam por acreditar... porque Deus é uma herança cultural... e que se tivessem nascido Dalai-Lamas olhariam para Deus como um falso problema.
Enviado: 10 Out 2006, 13:53
por o pensador
duplicado
Enviado: 10 Out 2006, 13:53
por o pensador
Deus explica a origem da Vida(altamente improvável por meios puramente aleatórios);explica o padrâo organizado do Universo(Universo este que é controlado por princípios regulares em vez de ser predominantemente caótico e desordenado).
Enviado: 10 Out 2006, 13:59
por o pensador
putz Lobo...nâo faz que nem o Video nâo.Quotar posts enormes é mito ruim para quem ter de ler depois..É melhor quootar só a parte que mais interessa ou entâo dar o comentário sem precisar quotar.
Enviado: 10 Out 2006, 14:15
por Lobo
Deus explica a origem da vida?
Não percebeste...
Mas, enfim. Antes dizia-se que a regularidade dos céus era guiada pela mão de Deus. Depois veio Newton e Deus deixou de existir? E quando explicarem a origem da vida (que em nenhuma teoria que eu saiba implica a aleatoriedade como factor muito importante)... suponho que Deus deixa de existir outra vez.
Re.: Deus explica o quê?
Enviado: 10 Out 2006, 14:16
por Lobo
repito... qual a vantagem de explicar algo com o inexplicável? É como explicar que as crianças recebem presentes porque existe o Pai Natal.
Enviado: 10 Out 2006, 14:19
por Azathoth
o pensador escreveu:Deus explica a origem da Vida(altamente improvável por meios puramente aleatórios)
Concordo, por isso que nenhuma teoria da origem da vida é embasada em processos puramente aleatórios.
Enviado: 10 Out 2006, 14:21
por videomaker
Azathoth escreveu:o pensador escreveu:Deus explica a origem da Vida(altamente improvável por meios puramente aleatórios)
Concordo, por isso que nenhuma teoria da origem da vida é embasada em processos puramente aleatórios.
Se não aleatorio , e projetado ? se é projetado , tem causa inteligente ? como É isso AzA !
Re.: Deus explica o quê?
Enviado: 10 Out 2006, 14:23
por Lobo
Claro Alckmin.
E porquê usar o aleatório como argumento supostamente a favor de Deus? Em quê Deus é uma explicação melhor que o Aleatório. Como surgem os pensamentos de Deus na sua cabeça... os seus projectos? Já lá estão ordenados? Quem os ordenou? Ou surgem de forma aleatória. Como poderia Deus ser livre se os seus pensamentos já viessem empacotados e prontos a entregar?
Re: Re.: Deus explica o quê?
Enviado: 10 Out 2006, 15:08
por Lobo
Lobo escreveu:Claro Alckmin.
E porquê usar o aleatório como argumento supostamente a favor de Deus? Em quê Deus é uma explicação melhor que o Aleatório. Como surgem os pensamentos de Deus na sua cabeça... os seus projectos? Já lá estão ordenados? Quem os ordenou? Ou surgem de forma aleatória. Como poderia Deus ser livre se os seus pensamentos já viessem empacotados e prontos a entregar?
Perdon.
Porque usar aleatório como única alternativa a Deus. Ou Deus ou o acaso? Não sabemos o suficiente. E claro, e ainda restaria a pergunta: E Como Deus?