Vaticano publica documento que bane padres gays
Enviado: 29 Nov 2005, 16:00
29/11/2005 - 08h48
Vaticano publica documento que bane padres gays
da BBC Brasil
O Vaticano lançou nesta terça-feira um documento que reafirma a proibição da ordenação de padres que tenham "profunda tendência homossexual".
A Igreja Católica, no entanto, afirma no novo documento que aqueles que tiveram "expressão transitória de homossexualidade" podem se tornar padres, desde que tenham superado essa tendência pelo menos três anos antes da ordenação.
As instruções foram dadas pela Congregação para a Educação Católica, o departamento que tem a responsabilidade de treinar os padres.
O escândalo de abuso sexual entre padres americanos, que estourou em 2002, teria influenciado a decisão da igreja de publicar as novas orientações.
Bode Expiatório
O principal trecho do documento de 18 parágrafos afirma que a Igreja Católica respeita profundamente as pessoas com o que chama de "tendências homossexuais", mas afirma que não pode aceitar na ordem sagrada pessoas que pratiquem a homossexualidade, que tenham profundas tendências homossexuais, ou que apóiem a cultura gay.
As normas descritas no documento dizem respeito apenas às pessoas interessadas em se tornarem sacerdotes, não àqueles que já são padres.
Ninguém sabe quantos padres gays existem na Igreja Católica.
Críticos da postura adotada pela Santa Sé disseram que a atual proibição de práticas homossexuais entre os sacerdotes católicos não vem sendo fiscalizada, e grupos de defesas dos direitos dos gays dizem que os homossexuais estão sendo usados como bodes expiatórios após os escândalos sexuais envolvendo padres nos Estados Unidos.
A Igreja Católica americana foi forçada a pagar dezenas de milhares de dólares em indenizações em processos contra os padres.
Muitos dos casos ainda aguardam uma decisão final da Justiça.
Fonte: Folha On Line
***
29/11/2005 - 10h39
Leia trechos do documento que bane padres gays
da Folha On Line
A prática homossexual deve ser banida da Igreja Católica, afirma um documento publicado nesta terça-feira pelo Vaticano. O texto é uma "instrução sobre os critérios de discernimento vocacional em relação às pessoas com tendência homossexual, em relação à sua admissão ao seminário e outras ordenações sacra", informa a rádio Vaticano.
Segundo a rádio, o documento foi promulgado pela Congregação pela Educação Católica no último dia 4, em "memória de São Carlo Borromeo, patrono dos seminaristas". O texto foi aprovado em 31 de agosto passado pelo papa Bento 16.
"O candidato à ordenação tem que atingir a maturidade afetiva, o que irá permiti-lo a se relacionar corretamente com homens e mulheres, desenvolvendo dentro de si um verdadeiro senso espiritual de paternidade sobre a comunidade da igreja que for confiada a ele."
"Tendências homossexuais muito acentuadas, encontradas em vários homens e mulheres, são também uma desordem objetiva, e para essas mesmas pessoas, isso geralmente constitui uma provação. Tais pessoas devem ser tratadas com respeito e sensibilidade. Todos os sinais de discriminação injusta devem ser evitados. Eles serão chamados para preencher suas vidas com o desejo de Deus, e para se unir com o sacrifício de Deus na Cruz, por meio das dificuldades que encontrarem."
"Na luz desses ensinamentos, essa instituição (...) acredita ser necessário deixar claro que a igreja, enquanto respeita profundamente essas pessoas em questão [os homossexuais] não pode admitir no seminário ou na Santa Ordenação aqueles que praticam a homossexualidade, ou apresentam profundas tendências homossexuais ou apóiam a cultura gay."
"Essas pessoas, de fato, se encontram em uma situação que gravemente os impede de se relacionar corretamente com homens e mulheres. Ninguém pode se omitir das conseqüências negativas que podem derivar da ordenação de pessoas com profundas tendências homossexuais."
"Mas o caso daqueles que lidam com as tendências homossexuais como a expressão de um problema transitório é diferente --a exemplo da que pode ser apresentada por um adolescente, que ainda não se desenvolveu totalmente. Todavia, essas tendências devem ter sido claramente ultrapassadas ao menos três anos antes da ordenação do diácono."
"As ordenações são de responsabilidade pessoal do bispo ou do superior máximo. Mantendo em mente a opinião daqueles a quem foi entregue a responsabilidade da formação [de novos sacerdotes], o bispo, ou superior máximo deve, antes de admitir um candidato à ordenação, fazer um certo julgamento moral de suas qualidades. Em caso de sérias dúvidas, ele [o candidato] não deve ser ordenado."
"Se um candidato pratica a homossexualidade, ou apresenta profundas tendências homossexuais, seu líder espiritual, assim como seu confessor têm o dever de dissuadi-lo em consciência da ordenação."
"Será considerado gravemente desonesto se um candidato esconder a sua homossexualidade para prosseguir [com a ordenação]."
Fonte: Folha On Line
Vaticano publica documento que bane padres gays
da BBC Brasil
O Vaticano lançou nesta terça-feira um documento que reafirma a proibição da ordenação de padres que tenham "profunda tendência homossexual".
A Igreja Católica, no entanto, afirma no novo documento que aqueles que tiveram "expressão transitória de homossexualidade" podem se tornar padres, desde que tenham superado essa tendência pelo menos três anos antes da ordenação.
As instruções foram dadas pela Congregação para a Educação Católica, o departamento que tem a responsabilidade de treinar os padres.
O escândalo de abuso sexual entre padres americanos, que estourou em 2002, teria influenciado a decisão da igreja de publicar as novas orientações.
Bode Expiatório
O principal trecho do documento de 18 parágrafos afirma que a Igreja Católica respeita profundamente as pessoas com o que chama de "tendências homossexuais", mas afirma que não pode aceitar na ordem sagrada pessoas que pratiquem a homossexualidade, que tenham profundas tendências homossexuais, ou que apóiem a cultura gay.
As normas descritas no documento dizem respeito apenas às pessoas interessadas em se tornarem sacerdotes, não àqueles que já são padres.
Ninguém sabe quantos padres gays existem na Igreja Católica.
Críticos da postura adotada pela Santa Sé disseram que a atual proibição de práticas homossexuais entre os sacerdotes católicos não vem sendo fiscalizada, e grupos de defesas dos direitos dos gays dizem que os homossexuais estão sendo usados como bodes expiatórios após os escândalos sexuais envolvendo padres nos Estados Unidos.
A Igreja Católica americana foi forçada a pagar dezenas de milhares de dólares em indenizações em processos contra os padres.
Muitos dos casos ainda aguardam uma decisão final da Justiça.
Fonte: Folha On Line
***
29/11/2005 - 10h39
Leia trechos do documento que bane padres gays
da Folha On Line
A prática homossexual deve ser banida da Igreja Católica, afirma um documento publicado nesta terça-feira pelo Vaticano. O texto é uma "instrução sobre os critérios de discernimento vocacional em relação às pessoas com tendência homossexual, em relação à sua admissão ao seminário e outras ordenações sacra", informa a rádio Vaticano.
Segundo a rádio, o documento foi promulgado pela Congregação pela Educação Católica no último dia 4, em "memória de São Carlo Borromeo, patrono dos seminaristas". O texto foi aprovado em 31 de agosto passado pelo papa Bento 16.
"O candidato à ordenação tem que atingir a maturidade afetiva, o que irá permiti-lo a se relacionar corretamente com homens e mulheres, desenvolvendo dentro de si um verdadeiro senso espiritual de paternidade sobre a comunidade da igreja que for confiada a ele."
"Tendências homossexuais muito acentuadas, encontradas em vários homens e mulheres, são também uma desordem objetiva, e para essas mesmas pessoas, isso geralmente constitui uma provação. Tais pessoas devem ser tratadas com respeito e sensibilidade. Todos os sinais de discriminação injusta devem ser evitados. Eles serão chamados para preencher suas vidas com o desejo de Deus, e para se unir com o sacrifício de Deus na Cruz, por meio das dificuldades que encontrarem."
"Na luz desses ensinamentos, essa instituição (...) acredita ser necessário deixar claro que a igreja, enquanto respeita profundamente essas pessoas em questão [os homossexuais] não pode admitir no seminário ou na Santa Ordenação aqueles que praticam a homossexualidade, ou apresentam profundas tendências homossexuais ou apóiam a cultura gay."
"Essas pessoas, de fato, se encontram em uma situação que gravemente os impede de se relacionar corretamente com homens e mulheres. Ninguém pode se omitir das conseqüências negativas que podem derivar da ordenação de pessoas com profundas tendências homossexuais."
"Mas o caso daqueles que lidam com as tendências homossexuais como a expressão de um problema transitório é diferente --a exemplo da que pode ser apresentada por um adolescente, que ainda não se desenvolveu totalmente. Todavia, essas tendências devem ter sido claramente ultrapassadas ao menos três anos antes da ordenação do diácono."
"As ordenações são de responsabilidade pessoal do bispo ou do superior máximo. Mantendo em mente a opinião daqueles a quem foi entregue a responsabilidade da formação [de novos sacerdotes], o bispo, ou superior máximo deve, antes de admitir um candidato à ordenação, fazer um certo julgamento moral de suas qualidades. Em caso de sérias dúvidas, ele [o candidato] não deve ser ordenado."
"Se um candidato pratica a homossexualidade, ou apresenta profundas tendências homossexuais, seu líder espiritual, assim como seu confessor têm o dever de dissuadi-lo em consciência da ordenação."
"Será considerado gravemente desonesto se um candidato esconder a sua homossexualidade para prosseguir [com a ordenação]."
Fonte: Folha On Line