PF estuda ouvir Mercadante no inquérito do dossiê
Enviado: 12 Out 2006, 10:17
11 de outubro de 2006 - 23:51
PF estuda ouvir Mercadante no inquérito do dossiê
A preocupação é não permitir que a PF seja acusada de agir por interesse político
Fausto Macedo
CUIABÁ - A Polícia Federal vai ouvir o senador Aloizio Mercadante , candidato do PT derrotado ao governo de São Paulo, no inquérito sobre o dossiê Vedoin. A PF avalia apenas o momento adequado - se o chama para depor antes do segundo turno da eleição presidencial, ou depois, esta a hipótese mais provável.
A preocupação é não permitir que a PF seja acusada de agir por interesse político. O motivo da convocação do petista é que um dos suspeitos da tentativa de comprar um dossiê que incriminaria o hoje governador eleito José Serra é Hamilton Lacerda, ex-coordenador de sua campanha. Mercadante desligou Lacerda ao saber da trama, mas a PF trabalha na linha de que ele seria beneficiário do impacto que o dossiê poderia ter na candidatura de Serra.
O senador não descartou a hipótese de depor. “Se a PF entender que tenho alguma informação importante a contribuir, estou à disposição. Ninguém mais do que eu tem interesse em que isso se esclareça o mais rápido possível, para ficar demonstrado que eu jamais me associaria a um fato como esse”, afirmou. “Estamos num momento eleitoral, acho que esse tipo de procedimento tem que ser muito cuidadoso para que não haja instrumentalização política.”
A PF não vai, por enquanto, pedir a prisão de ninguém. O delegado Diógenes Curado, que preside o inquérito, marcou para a próxima sexta-feira o depoimento do presidente afastado do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e o do empresário Abel Pereira.
Berzoini tem dito que não incentivou nem concordou com a tentativa de compra do dossiê, mas a PF quer ouvir suas explicações. Abel foi apontado pelo chefe da máfia dos sanguessugas, Luis Antônio Vedoin, como facilitador da liberação de verbas na gestão do ex-ministro da Saúde Barjas Negri, no governo FHC.
Berzoini disse estar à disposição da PF e ressaltou que esperava a convocação desde o início do escândalo. “É natural. Desde o começo eu já contava com essa providência da PF.” Ele não confirmou, no entanto, a data em que falará à PF.
Como parlamentar, Berzoini tem o direito de agendar, de acordo com suas preferências, a data e local do depoimento. O petista também preferiu não antecipar o conteúdo da conversa que terá com a PF. “Depoimento a gente guarda para o depoimento.”
PF estuda ouvir Mercadante no inquérito do dossiê
A preocupação é não permitir que a PF seja acusada de agir por interesse político
Fausto Macedo
CUIABÁ - A Polícia Federal vai ouvir o senador Aloizio Mercadante , candidato do PT derrotado ao governo de São Paulo, no inquérito sobre o dossiê Vedoin. A PF avalia apenas o momento adequado - se o chama para depor antes do segundo turno da eleição presidencial, ou depois, esta a hipótese mais provável.
A preocupação é não permitir que a PF seja acusada de agir por interesse político. O motivo da convocação do petista é que um dos suspeitos da tentativa de comprar um dossiê que incriminaria o hoje governador eleito José Serra é Hamilton Lacerda, ex-coordenador de sua campanha. Mercadante desligou Lacerda ao saber da trama, mas a PF trabalha na linha de que ele seria beneficiário do impacto que o dossiê poderia ter na candidatura de Serra.
O senador não descartou a hipótese de depor. “Se a PF entender que tenho alguma informação importante a contribuir, estou à disposição. Ninguém mais do que eu tem interesse em que isso se esclareça o mais rápido possível, para ficar demonstrado que eu jamais me associaria a um fato como esse”, afirmou. “Estamos num momento eleitoral, acho que esse tipo de procedimento tem que ser muito cuidadoso para que não haja instrumentalização política.”
A PF não vai, por enquanto, pedir a prisão de ninguém. O delegado Diógenes Curado, que preside o inquérito, marcou para a próxima sexta-feira o depoimento do presidente afastado do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e o do empresário Abel Pereira.
Berzoini tem dito que não incentivou nem concordou com a tentativa de compra do dossiê, mas a PF quer ouvir suas explicações. Abel foi apontado pelo chefe da máfia dos sanguessugas, Luis Antônio Vedoin, como facilitador da liberação de verbas na gestão do ex-ministro da Saúde Barjas Negri, no governo FHC.
Berzoini disse estar à disposição da PF e ressaltou que esperava a convocação desde o início do escândalo. “É natural. Desde o começo eu já contava com essa providência da PF.” Ele não confirmou, no entanto, a data em que falará à PF.
Como parlamentar, Berzoini tem o direito de agendar, de acordo com suas preferências, a data e local do depoimento. O petista também preferiu não antecipar o conteúdo da conversa que terá com a PF. “Depoimento a gente guarda para o depoimento.”