Boris Casoy pede o impeachment de Lula
Enviado: 20 Out 2006, 07:51
Achei por aí
-----------------------------------------------
O PORQUÊ DO SUMIÇO DE BORIS CASOY
É MUITO GRAVE, É MUITO GRAVE
Agora que todos sabem, após a matéria na Folha de
algumas semanas passadas, onde conheci o que lhes
escrevo, Boris Casoy foi demitido da Record a mando da
cúpula de Lula (claro que ele não sabia), retirando o
patrocínio do Banco do Brasil, que era de 1 milhão,
passando para 300 mil, mas com a "condição" de que o
Jornal da Record (Boris) nada recebesse.
Isto ocorreu porque entenderam os comandados por Lula
que, com Boris Casoy falando diariamente da vergonha
de se ter aquela quadrilha instalada no planalto, não
seria possível a reeleição.
Pasmem, o motivo maior foi o fato de Boris Casoy ter
perguntado a Lula, durante entrevista no período de
campanha, qual era o envolvimento ou conhecimento dele
com as Farc. Lula não respondeu, deu uma volta ao
mundo falando das lutas de cada país, falou de Che
Guevara, e nasceu naquele momento o ódio mortal que
nutre por Boris.
Até hoje nenhuma revista semanal fez matéria sobre
este assunto, porque ninguém quer ir contra um
ditador, é só relembrar o que aconteceu com o caseiro.
Enfim, esta matéria que segue deveria ser lida por 160
milhões de brasileiros (pena que somente 1/3 poderá
ler).
Está em nossas mãos à continuidade ou não do que
estamos assistindo, sob o sentimento de espanto para
alguns, revolta para outros, desânimo para aqueles que
acreditavam numa mudança e vergonha para aqueles que
têm valores morais.
Boris Casoy pede o impeachment de Lula
Em artigo arrasador, na Folha de São Paulo de hoje, o
jornalista Boris Casoy pede o impeachment de Lula.
Vale a pena ler, reproduzir e enviar para o maior
número de pessoas. Vale a pena traduzir e remeter para
blogs, sites e jornais do exterior. Junto com o artigo
de Miriam Leitão, publicado em O Globo na semana
passada (sob o título "Inaceitável"), o texto de hoje
de Casoy representa a manifestação indignada da
sociedade brasileira aos desmandos de um governo sem
legitimidade, que deixou de ser uma instância pública
para se transformar no aparelho de um grupo privado
que se comporta como uma gangue política.
-----------------------------
É uma vergonha!
Boris Casoy - Folha de S. Paulo
Jamais o Brasil assistiu a tamanho descalabro de um
governo. Quem se der ao trabalho de esmiuçar a
história do país certamente constatará que nada
semelhante havia ocorrido até a gestão do atual
ocupante do Palácio do Planalto. Há, desde o tempo do
Brasil colônia, um sem número de episódios graves de
corrupção e de incompetência. Mas o nível alcançado
pelo governo Lula é insuperável.
Não se trata de um ou de alguns focos de corrupção.
Vai muito além.
Exibe notável desprezo pelas liberdades e pela
democracia. Manipula a máquina administrativa a seu
bel-prazer, de modo a colocar o Estado a favor de sua
inesgotável sanha de poder. Um exemplo mais recente é
a ação grotesca contra um simples caseiro,
transformado em investigado por dizer a verdade depois
de ser submetido a uma ação de provocar náuseas em
qualquer stalinista.
Não se investiga o ministro Palocci, acusado de
freqüentar um bunker destinado a operar negócios
escusos em Brasília e de ter mentido a respeito ao
Congresso. Tenta-se, a qualquer preço, desqualificar a
testemunha para encobrir o óbvio. E o desespero da
empreitada conduziu a uma canhestra operação que agora
o governo pretende encobrir, inclusive intimidando o
caseiro.
Do presidente da República, sob a escusa pueril de
dever muito a Palocci (talvez pela conquista do troféu
dos juros mais altos do mundo e pelo crescimento
ridículo do PIB), só se ouve a defesa pífia dos que
não conseguem dissimular a culpa. A única providência
das autoridades federais foi um simulacro de
investigação, com a cumplicidade da Caixa Econômica
Federal. Todos os limites foram ultrapassados; não há
como o Congresso postergar um processo de impeachment
contra Lula. Ou melhor, a favor do Brasil.
O argumento para não afastar Lula, de que sua gestão
vive os últimos meses, é um auto-engano! A proximidade
das eleições faz com que o governo use e abuse ainda
mais do poder. Desde o início, este governo é
envolvido na compra de consciências, na lubrificação
da alma de órgãos de comunicação por meio de
gigantescas verbas publicitárias e na persegui ção a
os que lhe negam aplauso.
Outro argumento usado para não afastar Luiz Inácio
Lula da Silva é a sua biografia, a saga do
trabalhador, do sindicalista que chegou a presidente.
Ora, aquele metalúrgico já não existe há muito tempo.
Sua legenda enferrujou. Foi tragado por sua verdadeira
figura, submetido a uma metamorfose às avessas. As
razões legais para o processo de impeachment gritam no
artigo 85 da Constituição, que versa sobre os crimes
de responsabilidade do presidente. Basta ler os
seguintes motivos constantes da Carta Magna para que o
Congresso promova o processo de impeachment de Lula:
atentar contra o livre exercício do Poder Legislativo,
contra o livre exercício dos direitos individuais ou
contra a probidade da administração.
Seguem alguns exemplos ilustrativos.
No "mensalão", fato que Lula tentou transformar em um
pecadilho cultural da política brasileira, reside um
grave atentado contra o livre funcionamento do
Congresso Nacional. A compra de consciências não só
interferiu na vida do Poder Legislativo como também
demonstrou a disposição petista de romper a barreira
entre a democracia e o autoritarismo, utilizando a
máxima de que os fins justificam os meios.
Jamais as instituições bancárias estatais foram tão
agredidas. O Banco do Brasil teve seu dinheiro
colocado a serviço de interesse s escusos; a Caixa
Econômica Federal também, demonstrando que o sigilo
bancário de seus depositantes foi posto à mercê da
pilantragem política.
No escândalo dos Correios, mais que corrupção, foi
posto a nu, além do assalto aos cofres públicos, um
cuidadosamente urdido esquema de satrapias destinado a
alimentar as necessidades pecuniárias de participantes
da mesma viagem. Como costuma acontecer nesses casos,
o escândalo veio à tona na divisão do botim.
Causa perplexidade, também, a maneira cínica com que o
governo tenta se defender, usando todos os truques
jurídicos para criar uma carapaça que evite
investigações de suspeitas gravíssimas em torno do
presidente do Sebrae, o generoso Paulo Okamotto,
pródigo em cobrir gastos do amigo Lula - sem que ele
saiba. Aliás, ele nunca sabe de nada...
Lula passará à história, além de tudo, como alguém que
procurou amordaçar a imprensa com a tentativa da
criação de um orwelliano "conselho" nacional de
jornalismo e com uma legislação para o audiovisual,
que tentou calar o Ministério Público pela Lei da
Mordaça e que protagonizou uma pueril tentativa de
expulsar do país um correspondente estrangeiro que lhe
havia agredido a honra.
Neste momento grave, o Congresso Nacional não pode
abdicar de suas responsabilidades, sob o perigo de
passar à história como cúmplice do comprometimento
irreversível do futuro do país. As determinantes
legais invocadas para o processo de impeachment
encontram, todas elas, respaldo nos fatos.
Mas, infelizmente, na Constituição brasileira falta
uma razão que bem melhor poderia resumir o que estamos
assistindo: Lula seria o primeiro presidente a sofrer
impeachment não apenas pela prática de crimes de
responsabilidade, mas também pelo ímpar conjunto de
sua obra.
Boris Casoy, 65, é jornalista. Foi editor-responsável
da Folha de 1974 a 76, e de 1977 a 84. Na televisão,
foi âncora do TJ Brasil (SBT) e do Jornal da Record
(Rede Record).
-----------------------------------------------
O PORQUÊ DO SUMIÇO DE BORIS CASOY
É MUITO GRAVE, É MUITO GRAVE
Agora que todos sabem, após a matéria na Folha de
algumas semanas passadas, onde conheci o que lhes
escrevo, Boris Casoy foi demitido da Record a mando da
cúpula de Lula (claro que ele não sabia), retirando o
patrocínio do Banco do Brasil, que era de 1 milhão,
passando para 300 mil, mas com a "condição" de que o
Jornal da Record (Boris) nada recebesse.
Isto ocorreu porque entenderam os comandados por Lula
que, com Boris Casoy falando diariamente da vergonha
de se ter aquela quadrilha instalada no planalto, não
seria possível a reeleição.
Pasmem, o motivo maior foi o fato de Boris Casoy ter
perguntado a Lula, durante entrevista no período de
campanha, qual era o envolvimento ou conhecimento dele
com as Farc. Lula não respondeu, deu uma volta ao
mundo falando das lutas de cada país, falou de Che
Guevara, e nasceu naquele momento o ódio mortal que
nutre por Boris.
Até hoje nenhuma revista semanal fez matéria sobre
este assunto, porque ninguém quer ir contra um
ditador, é só relembrar o que aconteceu com o caseiro.
Enfim, esta matéria que segue deveria ser lida por 160
milhões de brasileiros (pena que somente 1/3 poderá
ler).
Está em nossas mãos à continuidade ou não do que
estamos assistindo, sob o sentimento de espanto para
alguns, revolta para outros, desânimo para aqueles que
acreditavam numa mudança e vergonha para aqueles que
têm valores morais.
Boris Casoy pede o impeachment de Lula
Em artigo arrasador, na Folha de São Paulo de hoje, o
jornalista Boris Casoy pede o impeachment de Lula.
Vale a pena ler, reproduzir e enviar para o maior
número de pessoas. Vale a pena traduzir e remeter para
blogs, sites e jornais do exterior. Junto com o artigo
de Miriam Leitão, publicado em O Globo na semana
passada (sob o título "Inaceitável"), o texto de hoje
de Casoy representa a manifestação indignada da
sociedade brasileira aos desmandos de um governo sem
legitimidade, que deixou de ser uma instância pública
para se transformar no aparelho de um grupo privado
que se comporta como uma gangue política.
-----------------------------
É uma vergonha!
Boris Casoy - Folha de S. Paulo
Jamais o Brasil assistiu a tamanho descalabro de um
governo. Quem se der ao trabalho de esmiuçar a
história do país certamente constatará que nada
semelhante havia ocorrido até a gestão do atual
ocupante do Palácio do Planalto. Há, desde o tempo do
Brasil colônia, um sem número de episódios graves de
corrupção e de incompetência. Mas o nível alcançado
pelo governo Lula é insuperável.
Não se trata de um ou de alguns focos de corrupção.
Vai muito além.
Exibe notável desprezo pelas liberdades e pela
democracia. Manipula a máquina administrativa a seu
bel-prazer, de modo a colocar o Estado a favor de sua
inesgotável sanha de poder. Um exemplo mais recente é
a ação grotesca contra um simples caseiro,
transformado em investigado por dizer a verdade depois
de ser submetido a uma ação de provocar náuseas em
qualquer stalinista.
Não se investiga o ministro Palocci, acusado de
freqüentar um bunker destinado a operar negócios
escusos em Brasília e de ter mentido a respeito ao
Congresso. Tenta-se, a qualquer preço, desqualificar a
testemunha para encobrir o óbvio. E o desespero da
empreitada conduziu a uma canhestra operação que agora
o governo pretende encobrir, inclusive intimidando o
caseiro.
Do presidente da República, sob a escusa pueril de
dever muito a Palocci (talvez pela conquista do troféu
dos juros mais altos do mundo e pelo crescimento
ridículo do PIB), só se ouve a defesa pífia dos que
não conseguem dissimular a culpa. A única providência
das autoridades federais foi um simulacro de
investigação, com a cumplicidade da Caixa Econômica
Federal. Todos os limites foram ultrapassados; não há
como o Congresso postergar um processo de impeachment
contra Lula. Ou melhor, a favor do Brasil.
O argumento para não afastar Lula, de que sua gestão
vive os últimos meses, é um auto-engano! A proximidade
das eleições faz com que o governo use e abuse ainda
mais do poder. Desde o início, este governo é
envolvido na compra de consciências, na lubrificação
da alma de órgãos de comunicação por meio de
gigantescas verbas publicitárias e na persegui ção a
os que lhe negam aplauso.
Outro argumento usado para não afastar Luiz Inácio
Lula da Silva é a sua biografia, a saga do
trabalhador, do sindicalista que chegou a presidente.
Ora, aquele metalúrgico já não existe há muito tempo.
Sua legenda enferrujou. Foi tragado por sua verdadeira
figura, submetido a uma metamorfose às avessas. As
razões legais para o processo de impeachment gritam no
artigo 85 da Constituição, que versa sobre os crimes
de responsabilidade do presidente. Basta ler os
seguintes motivos constantes da Carta Magna para que o
Congresso promova o processo de impeachment de Lula:
atentar contra o livre exercício do Poder Legislativo,
contra o livre exercício dos direitos individuais ou
contra a probidade da administração.
Seguem alguns exemplos ilustrativos.
No "mensalão", fato que Lula tentou transformar em um
pecadilho cultural da política brasileira, reside um
grave atentado contra o livre funcionamento do
Congresso Nacional. A compra de consciências não só
interferiu na vida do Poder Legislativo como também
demonstrou a disposição petista de romper a barreira
entre a democracia e o autoritarismo, utilizando a
máxima de que os fins justificam os meios.
Jamais as instituições bancárias estatais foram tão
agredidas. O Banco do Brasil teve seu dinheiro
colocado a serviço de interesse s escusos; a Caixa
Econômica Federal também, demonstrando que o sigilo
bancário de seus depositantes foi posto à mercê da
pilantragem política.
No escândalo dos Correios, mais que corrupção, foi
posto a nu, além do assalto aos cofres públicos, um
cuidadosamente urdido esquema de satrapias destinado a
alimentar as necessidades pecuniárias de participantes
da mesma viagem. Como costuma acontecer nesses casos,
o escândalo veio à tona na divisão do botim.
Causa perplexidade, também, a maneira cínica com que o
governo tenta se defender, usando todos os truques
jurídicos para criar uma carapaça que evite
investigações de suspeitas gravíssimas em torno do
presidente do Sebrae, o generoso Paulo Okamotto,
pródigo em cobrir gastos do amigo Lula - sem que ele
saiba. Aliás, ele nunca sabe de nada...
Lula passará à história, além de tudo, como alguém que
procurou amordaçar a imprensa com a tentativa da
criação de um orwelliano "conselho" nacional de
jornalismo e com uma legislação para o audiovisual,
que tentou calar o Ministério Público pela Lei da
Mordaça e que protagonizou uma pueril tentativa de
expulsar do país um correspondente estrangeiro que lhe
havia agredido a honra.
Neste momento grave, o Congresso Nacional não pode
abdicar de suas responsabilidades, sob o perigo de
passar à história como cúmplice do comprometimento
irreversível do futuro do país. As determinantes
legais invocadas para o processo de impeachment
encontram, todas elas, respaldo nos fatos.
Mas, infelizmente, na Constituição brasileira falta
uma razão que bem melhor poderia resumir o que estamos
assistindo: Lula seria o primeiro presidente a sofrer
impeachment não apenas pela prática de crimes de
responsabilidade, mas também pelo ímpar conjunto de
sua obra.
Boris Casoy, 65, é jornalista. Foi editor-responsável
da Folha de 1974 a 76, e de 1977 a 84. Na televisão,
foi âncora do TJ Brasil (SBT) e do Jornal da Record
(Rede Record).