Conhece a ONG Rede 13 da Lurian Lula Cordeiro da Silva ?
Enviado: 21 Out 2006, 23:59
Ex-dirigentes da ONG Rede 13 não falam sobre acusação
JOÃO CAVALLAZZI
O Diário Catarinense não conseguiu localizar, ontem, algum dirigente da ONG Rede 13, extinta em agosto de 2003 e que tinha como coordenadora de projetos sociais Lurian Lula Cordeiro da Silva, filha do presidente da República.
O presidente do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), Eurides Mescolotto, que já foi presidente de honra da ONG, não atendeu a reportagem do DC para falar sobre o assunto.
Conforme a assessoria de imprensa do banco, Mescolotto, mesmo tendo sido presidente de honra da entidade, jamais se envolveu nas atividades por ela executadas no Estado.
Concentrado nas negociações com os bancários em greve, Mescolotto não pôde atender ontem a equipe de reportagem. Outro que não foi localizado ontem foi Lamir Vaz, que em 2003 era presidente da ONG Rede 13.
No dia três de abril daquele ano, Vaz e Lurian participaram, na cidade de Balneário Camboriú, do lançamento do chamado "1º Fórum Regional Fome Zero - O Modelo Catarinense".
Meses depois a ONG foi extinta. A tarefa coube a Jorge Lorenzetti, ex-analista de risco e mídia da campanha de Lula à reeleição e ex-diretor administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina.
O nome da Rede 13 veio à tona novamente anteontem, quando o líder do PFL no Senado, Heráclito Fortes, afirmou que ela teria recebido R$ 7,5 milhões do governo federal.
Revelação foi feita por senador durante discussão
O senador fez a revelação durante uma discussão com a líder do governo no Senado, Ideli Salvatti, a quem acusou de esconder os delitos cometidos por ONGs no Estado de Santa Catarina, especificamente a que teve participação de Lurian e Lorenzetti.
O ex-analista de risco e mídia, também conhecido por ser o assador de costelas preferido de Lula, não foi encontrado ontem para falar sobre o assunto. Apontado como um dos responsáveis pela desastrosa tentativa de venda de um dossiê contra tucanos, Lorenzetti está evitando contato com a imprensa desde que teve a prisão decretada, no final de setembro - está solto graças a um habeas corpus.
Entenda o caso
Os principais capítulos da polêmica
Em discurso na terça-feira, o líder do PFL no Senado, Heráclito Fortes (PI), disse que uma ONG que teve a filha do presidente Lula entre seus integrantes recebera R$ 7,5 milhões do governo federal.
Para não citar explicitamente o nome da Rede 13, o senador se referiu à ONG com uma senha, justificando a medida como forma de "contornar o segredo de Justiça que protege o processo de investigação sobre o repasse de verbas federais para a ONG verdadeira"(Rede 13).
Com sede em Blumenau, a ONG trabalhava com projetos sociais e foi extinta em agosto de 2003, quando Lurian era coordenadora de projetos sociais.
A senadora Ideli Salvatti rechaçou as acusações, atribuídas ao jornalista Fernando Bond, segundo as quais a ONG tinha um rombo de R$ 70 mil e que Jorge Lorenzetti teria sido convocado para intervir na entidade e abafar o caso.
A ONG
A ONG atuava em projetos sociais específicos, fazendo parceria com o governo catarinense e com o governo federal.
Em Santa Catarina, trabalhou na implantação do "1º Fórum Regional Fome Zero - o modelo catarinense", implantado em 2003.
No primeiro semestre de 2003, a filha do presidente Lula, Lurian, atuou como coordenadora de projetos sociais da ONG.
Jornalista nega que seja autor da denúncia
O jornalista Fernando Bond, citado como denunciante de um esquema de desvio de dinheiro público do governo federal para uma ONG Rede 13 Santa Catarina, de Blumenau, negou ontem qualquer envolvimento no caso.
Ele explicou que na conversa informal que manteve com um jornalista do Jornal do Brasil por telefone, no dia 24 de setembro, apenas confirmou que Jorge Lorenzetti - ex-assessor de mídia da campanha do presidente Lula - veio a Santa Catarina em julho de 2003 para extinguir a ONG, "fato que é público e notório". Ele negou veementemente que tenha feito qualquer denúncia de que Jorge Lorenzetti tenha pago ou se responsabilizado pelo pagamento de débitos de Lurian Lula da Silva - filha do presidente e integrante da ONG - no processo de sua extinção. O líder do PFL no Senado, Heráclito Fortes (PI), revelou, na terça-feira, que a ONG Amigos de Plutão, à qual foi atribuída um repasse de verba pelo governo federal de R$ 7,5 milhões, é um nome fictício que a oposição usa como senha para se referir a ONG Rede 13. (JC)
JOÃO CAVALLAZZI
O Diário Catarinense não conseguiu localizar, ontem, algum dirigente da ONG Rede 13, extinta em agosto de 2003 e que tinha como coordenadora de projetos sociais Lurian Lula Cordeiro da Silva, filha do presidente da República.
O presidente do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), Eurides Mescolotto, que já foi presidente de honra da ONG, não atendeu a reportagem do DC para falar sobre o assunto.
Conforme a assessoria de imprensa do banco, Mescolotto, mesmo tendo sido presidente de honra da entidade, jamais se envolveu nas atividades por ela executadas no Estado.
Concentrado nas negociações com os bancários em greve, Mescolotto não pôde atender ontem a equipe de reportagem. Outro que não foi localizado ontem foi Lamir Vaz, que em 2003 era presidente da ONG Rede 13.
No dia três de abril daquele ano, Vaz e Lurian participaram, na cidade de Balneário Camboriú, do lançamento do chamado "1º Fórum Regional Fome Zero - O Modelo Catarinense".
Meses depois a ONG foi extinta. A tarefa coube a Jorge Lorenzetti, ex-analista de risco e mídia da campanha de Lula à reeleição e ex-diretor administrativo do Banco do Estado de Santa Catarina.
O nome da Rede 13 veio à tona novamente anteontem, quando o líder do PFL no Senado, Heráclito Fortes, afirmou que ela teria recebido R$ 7,5 milhões do governo federal.
Revelação foi feita por senador durante discussão
O senador fez a revelação durante uma discussão com a líder do governo no Senado, Ideli Salvatti, a quem acusou de esconder os delitos cometidos por ONGs no Estado de Santa Catarina, especificamente a que teve participação de Lurian e Lorenzetti.
O ex-analista de risco e mídia, também conhecido por ser o assador de costelas preferido de Lula, não foi encontrado ontem para falar sobre o assunto. Apontado como um dos responsáveis pela desastrosa tentativa de venda de um dossiê contra tucanos, Lorenzetti está evitando contato com a imprensa desde que teve a prisão decretada, no final de setembro - está solto graças a um habeas corpus.
Entenda o caso
Os principais capítulos da polêmica
Em discurso na terça-feira, o líder do PFL no Senado, Heráclito Fortes (PI), disse que uma ONG que teve a filha do presidente Lula entre seus integrantes recebera R$ 7,5 milhões do governo federal.
Para não citar explicitamente o nome da Rede 13, o senador se referiu à ONG com uma senha, justificando a medida como forma de "contornar o segredo de Justiça que protege o processo de investigação sobre o repasse de verbas federais para a ONG verdadeira"(Rede 13).
Com sede em Blumenau, a ONG trabalhava com projetos sociais e foi extinta em agosto de 2003, quando Lurian era coordenadora de projetos sociais.
A senadora Ideli Salvatti rechaçou as acusações, atribuídas ao jornalista Fernando Bond, segundo as quais a ONG tinha um rombo de R$ 70 mil e que Jorge Lorenzetti teria sido convocado para intervir na entidade e abafar o caso.
A ONG
A ONG atuava em projetos sociais específicos, fazendo parceria com o governo catarinense e com o governo federal.
Em Santa Catarina, trabalhou na implantação do "1º Fórum Regional Fome Zero - o modelo catarinense", implantado em 2003.
No primeiro semestre de 2003, a filha do presidente Lula, Lurian, atuou como coordenadora de projetos sociais da ONG.
Jornalista nega que seja autor da denúncia
O jornalista Fernando Bond, citado como denunciante de um esquema de desvio de dinheiro público do governo federal para uma ONG Rede 13 Santa Catarina, de Blumenau, negou ontem qualquer envolvimento no caso.
Ele explicou que na conversa informal que manteve com um jornalista do Jornal do Brasil por telefone, no dia 24 de setembro, apenas confirmou que Jorge Lorenzetti - ex-assessor de mídia da campanha do presidente Lula - veio a Santa Catarina em julho de 2003 para extinguir a ONG, "fato que é público e notório". Ele negou veementemente que tenha feito qualquer denúncia de que Jorge Lorenzetti tenha pago ou se responsabilizado pelo pagamento de débitos de Lurian Lula da Silva - filha do presidente e integrante da ONG - no processo de sua extinção. O líder do PFL no Senado, Heráclito Fortes (PI), revelou, na terça-feira, que a ONG Amigos de Plutão, à qual foi atribuída um repasse de verba pelo governo federal de R$ 7,5 milhões, é um nome fictício que a oposição usa como senha para se referir a ONG Rede 13. (JC)