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O Brasil entre o abismo e a Liberdade

Enviado: 22 Out 2006, 05:49
por rapha...
Causa Liberal escreveu:O Brasil entre o abismo e a Liberdade


Por Marília Santos de Castro Bertoluci


A distância do Brasil em relação aos países desenvolvidos não parou de aumentar nos últimos anos. O país que sempre foi “o país do futuro” está cada vez mais um país “do passado”, dominado por idéias retrógradas, crescendo cada vez menos e sendo superado de longe por países que poucos anos atrás se encontravam em situação pior que a brasileira. Chile, Índia e China, são alguns dos exemplos de países que, por tomarem a decisão de ampliar cada vez a liberdade em suas economias, desfrutam de maiores e crescentes taxas de desenvolvimento a cada ano.

Temos o Brasil hoje em direção oposta aos ideais liberais e nas mãos de políticos incompetentes e desonestos. Luís Inácio Lula da Silva, atual presidente, e candidato da esquerda à reeleição (veja o plano de governo em http://www.lula.org.br/home.php) vem fazendo um governo com uma impressionante e interminável lista de escândalos e corrupção (para maiores e assombrosos detalhes basta abrir qualquer edição dos principais jornais e revistas brasileiros nos últimos anos). Lula, o candidato da esquerda, é um populista que tem estreitas relações com os senhores Hugo Chávez e Evo Morales (sugere-se leitura dos sites http://www.midiasemmascara.com.br e http://www.olavodecarvalho.org, do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, com incríveis esclarecimentos do comprometimento do atual governo com o foro de São Paulo), tendo este último desrespeitado não só seu amigo Lula, mas toda a nação brasileira com o episódio do Gasoduto, ao qual o presidente brasileiro foi omisso e submisso.

Entretanto, pode haver uma luz de esperança no horizonte, pois o país está vivendo um momento crucial, capaz de decidir definitivamente seu futuro. No momento, o Brasil se encontra frente a uma batalha que pode ter conseqüências salvadoras (ou desastrosas para o futuro da nação, caso as pesquisas de opinião venham a se concretizar): o segundo turno das eleições presidenciais.

Felizmente, as pesquisas de opinião dos eleitores já se mostraram equivocadas para as previsões do primeiro turno, pois apontavam uma vitória esmagadora do atual presidente candidato à reeleição. No entanto, o resultado proporcionou a chance de um novo embate, onde Geraldo Alckmin, o candidato que prega um Brasil decente, junto à bandeira da liberdade, livre iniciativa e respeito a propriedade privada (proposta de governo disponível em http://www.geraldo45.org.br/metas/ ) enfrenta a esquerda de Lula.

Geraldo Alckmin é homem sério, com longa experiência administrativa. Ex-governador de São Paulo, o maior estado brasileiro, onde deixou a marca de um governo de competência, seriedade e redução dos gastos públicos. Geraldo é um médico que dedicou sua vida ao trabalho da administração pública bem-sucedida, carrega em sua campanha a bandeira dos ideais liberais, e se propõe a transformar o Brasil em país capaz de atingir o desenvolvimento, com menos impostos, respeitando a propriedade privada, e a livre iniciativa. Do outro lado, temos novamente o Lula dos escândalos, que acoberta “movimentos sociais” que colocam em risco a liberdade e a propriedade privada, um homem que muito pouco trabalhou em sua vida, um ex-sindicalista baderneiro que se orgulha de sua baixíssima escolaridade, e que envergonha a nação fazendo seus famosos pronunciamentos estapafúrdios e vexatórios.

A escolha entre os dois candidatos parece óbvia e muito simples, mas o que vemos nos resultados do primeiro turno das eleições é um Brasil dividido em dois: o Norte e Nordeste são Lula; e Sul e Sudeste são Alckmin. Esta divisão de opiniões se deve ao fato dos estados onde Lula desponta serem onde se encontra maior contingente de eleitores analfabetos ou com baixíssima escolaridade, e onde estão os piores índices de desenvolvimento econômico. Esses eleitores, que vêem em Lula sua imagem e semelhança, não medem as conseqüências desastrosas dessa identificação.

Hoje, o Estado brasileiro inchado e usurpador que sobrecarrega a economia Brasileira com abusivas taxas de impostos (veja a situação abusiva dos impostos no Brasil em http://www.aclame.com.br), a grande bandeira da campanha de Lula, o programa “Bolsa-família”, fornecido para 11,1 milhões de famílias e que promete ser ampliado (dados do próprio candidato, disponível em http://www.lula.org.br) nada mais é que uma esmola vergonhosa que faz o povo se vender barato ao governo populista, um programa que não traz nenhum real benefício de longo prazo.

Tristemente, esses supostos “beneficiados” não têm condições de entender que o Bolsa-família é uma demagogia que extermina a esperança de um futuro digno, pois a esquerda demagógica deseja, na verdade, mantê-los nessa situação de esmoleiros, e de preferência, cada vez mais aumentar o contingente de miseráveis, pois assim estariam cada vez mais garantindo eleitores. A política esquerdista não tem condições de gerar desenvolvimento econômico e nem pretende buscá-lo, pois não quer fomentar a liberdade, a livre iniciativa e o empreendedorismo que fazem a economia funcionar, permitindo mais e melhores empregos, os empregos que trariam dignidade ao povo, tirando-o da condição de mendigos do governo.

Para sustentar a demagogia esquerdista, todo o povo brasileiro, em todas as classes sociais, está sendo sugado por impostos abusivos, principalmente nas classes mais pobres, onde a esquerda criou uma mentalidade contrária à realidade, fazendo-os acreditar que “só ricos pagam impostos”, não percebendo que os impostos os tornam ainda mais pobres e miseráveis. Por isso, quanto maior o grau de instrução das regiões brasileiras maior a aceitação de Geraldo Alckmin, o que explica sua vitória nos estados brasileiros com maior grau de desenvolvimento e melhores índices de escolaridade.

O Brasil precisa desesperadamente de mais Liberdade, menos Estado, impostos reduzidos e instituições fortes, com mais respeito à propriedade privada e aos contratos. A maioria da população do Sul e Sudeste sabe disso e anseia por um governo com os ideais liberais. A possibilidade do novo embate nas eleições presidenciais é um sopro de esperança que poderá trazer a desesperadamente necessária Liberdade, mas somente o bom senso e a racionalidade em grande escala nos salvará...




Outubro de 2006

Marília Santos de Castro Bertoluci

A autora é economista e Mestre em Administração de Empresas. Cidadã brasileira e portuguesa, é empresária no Brasil e associada do Instituto de Estudos Empresariais -IEE.

Enviado: 22 Out 2006, 09:18
por RicardoVitor
Depois de ver como o povo brasileiro reagiu a estratégia petralha de usar as privatizações como arma contra seu adversário, podemos ver que o problema aqui não é somente Lulla e seus capangas, e sim a mentalidade do povo como um todo. Lulla apenas representa o brasileiro médio: corrupto, esperto, preguiçoso e dependente da ação do governo e suas esmolas. Enquanto isso continuar sendo assim, veremos corruptos como os petralhas fazendo a sua festa às custas do povinho ignorante anti-privatizações.

Enviado: 22 Out 2006, 15:33
por Samael
Superficial demais. E citar o Chile como exemplo de desenvolvimento é loucura.

E, bom, pela descrição da autora, percebemos qual discurso de classe que ela adota...

Re.: O Brasil entre o abismo e a Liberdade

Enviado: 22 Out 2006, 15:57
por rapha...
Também não achei o texto dos mais complexos ou geniais e fiquei relutante em postá-lo, mas ele se mostra bastante claro, objetivo, politicamente incorreto (para loucura das esquerdas) e de fácil leitura.

Re.: O Brasil entre o abismo e a Liberdade

Enviado: 22 Out 2006, 17:11
por Fernando Silva
Este outro faz previsões para um segundo (des)governo de Lula

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Será possível que ninguém se toca?

Arnaldo Jabor - "O Globo" - 17/10/06

Assistimos à desmoralização das conquistas da democracia

Estamos vivendo um momento histórico delicadíssimo. As conquistas da redemocratização estão ameaçadas pelo projeto petista de poder. A agenda óbvia para melhorar o Brasil é um consenso entre grandes cientistas sociais. Vários prêmios Nobel concordam com nossos pontos essenciais de reforma política e administrativa, que fariam o país decolar.

Mas os despreparados sindicalistas e excomunas ignorantes têm um programa que nos levará a um retrocesso político trágico. Em pouco tempo, podemos ter a volta da inflação, caos político, ruptura institucional — tudo na contramão das necessidades de modernização do país.

Eles prometem medidas que nos jogarão de volta aos anos 50 ou para trás, pelo viés burro de um “socialismo” degradado num populismo estatizante: o lulismo. Enquanto isso, os cidadãos que comeram e estudaram, intelectuais e artistas cultos, os que bebem nos bares e lêem jornal ficam quietos. O Brasil está sendo empurrado para o buraco, e ninguém se toca? O que vai acontecer com esse populismovoluntaristaestatizante é óbvio, previsível, é bêaacute;-bá em ciência política. “Sempre foi assim...” — se consolam.

Mas não. “Nunca antes”, um partido montou um esquema secreto de “desapropriação” do Estado, para fundar um “outro Estado”. O ladrão tradicional roubava em causa própria e se escondia pelos cantos. Os ladrões deste governo roubam de testa erguida, como em uma “ação revolucionária”. Fingem-se de democratas para apodrecer a democracia por dentro.

Lula topa tudo para ser reeleito. Ele usa os bons resultados da economia do governo FHC para fingir que governou. Com cínico descaro, ousa dizer que “estabilizou” a economia, quando o PT tudo fez para acabar com o real, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra tudo que agora apregoa como atos seus.

Se eleito, as chamadas “forças populares”, que ocupam os 30 mil postos no Estado aparelhado, vão permanecer nas “boquinhas”, através de providências burocráticas de legitimação.

As Agências Reguladoras serão assassinadas.

Os sinais estão claros, com várias delas abandonadas e com notícias de que o PMDB já quer diretorias.

O Banco Central perderá qualquer possibilidade de autonomia, como já rosnam os membros do “Comitê Central” do lulismo. A era Meirelles-Palocci será queimada, velho desejo de Dirceu e camaradas.

Qualquer privatização essencial, como a do IRB, por exemplo, será esquecida.

A reforma da Previdência “não é necessária” — dizem eles — pois os “neoliberais exageram muito sobre sua crise”, não havendo nenhum “rombo” no orçamento.

A Lei de Responsabilidade Fiscal será aos poucos desmoralizada por medidas atenuantes.

Os gastos públicos aumentarão, pois, como afirmam, “as despesas de custeio não diminuirão para não prejudicar o funcionamento da máquina pública”. Nossa maior doença — o Estado canceroso — será ignorada.

Voltará a obsessão do “controle” sobre a mídia e a cultura, como aconteceu no início do primeiro tempo. Haverá, claro, a obstinada tentativa de desmanchar os escândalos do chamado “mensalão”, desde os dólares na cueca até a morte de Celso Daniel e Toninho do PT, como já insinuam, dizendo que são “meias verdades e mentiras, sobre supostos crimes sem comprovação...”.

Leis “chatas” serão ignoradas, como Lula já faz com a lei que proíbe reforma agrária em terras invadidas ilegalmente, “esquecendo-a” de propósito. Quanto ao MST, o governo quer mantêlos unidos e fiéis, como uma espécie de “guarda pretoriana”, a vanguarda revolucionária dos “aiatolás petistas”, caso a crise política se agrave.

Não duvidem, eles serão os peões de Lula.

Outro dia, no debate, quando o Alckmin contestou Lula ao vivo, ouviu-se um “ohhhh!....” escandalizado entre eleitores, como se o Alckmin tivesse cometido um sacrilégio. Alckmin apenas atacou a intocabilidade do operário “puro” e tratouo como um cidadão como nós, ignorando a aura de “ungido de Deus” de Lula, que os fanáticos intelectuais lhe pespegaram. Reagiram como diante de uma heresia, como se Alckmin tivesse negado a virgindade de Nossa Senhora ao lhe perguntar: “De onde veio o dinheiro?” Agora, sem argumentos diante dos escândalos inegáveis, os lulistas só agem pela Fé. Lula sempre se disse “igual” a nós ou ao “povo”, mas sempre do alto de uma “superioridade”, como se ele estivesse “fora da política”, como se a origem pobre e a ignorância lhe concedessem uma sabedoria maior. Agressão é o silêncio cínico que ele mantém, desmoralizando as instituições pela defesa obstinada da mentira. Mas os militantes imaginários que se acham “amantes do povo” pensam que Lula não precisa dizer a verdade; basta parecer. Alguns até reconhecem os crimes, mas, “mesmo assim”, votarão nele. Muitos têm medo de serem chamados de reacionários ou caretas.

Há também os “latifundiários intelectuais”: acadêmicos e pensadores se agarram em seus feudos e não ousam mudá-lo. Uns são benjaminianos; outros, marxistas; outros, hegelianos, gurus que justificam seus salários e status acadêmico e, por isso, não podem “esquecer um pouco o que escreveram” para agir. Mudar é trair, para ortodoxos. Ninguém tem peito de admitir a evidência inevitável de que só um “choque de capitalismo” destruiria nossa paralisia estatal, burocrática e patrimonialista, pois o mito da “revolução sagrada” é muito forte entre nós. Se há uma coisa que une esquerda e direita, é o ódio à democracia (Bobbio).

Os intelectuais dissimulados votarão em Lula de novo e dizem que “sempre foi assim” porque, no duro, eles acham que o lulo-dirceusismo estava certo, sim, e que o PT e sua quadrilha fizeram bem em assaltar o Estado para um “fim revolucionário”.

Vou guardar este artigo como um registro em cartório. Não é uma profecia; é o óbvio, banal, previsível. Um dia, tirá-lo-ei do bolso e sofrerei a torta vingança de declarar: “Agora não adianta chorar sobre o chopinho derramado...

Eu não disse?...”