Religião é Veneno

Instituto Liberal escreveu:Comentário do dia:

Lei e ordem


Arthur Chagas Diniz


Os candidatos Alckmin e Lulla não têm, em suas campanhas, dado qualquer atenção ao problema da segurança. Governos foram criados exatamente para proteger os cidadãos, dentro e fora dos muros da cidade. O resto é pregação social. Uns países fazem mais e outros, menos. Depende da decisão dos cidadãos. Mas segurança é, indiscutivelmente, uma questão de Estado. Em nível federal e estadual.

Chamam a atenção nos jornais desta quinta-feira as declarações do presidente do Clube de Cabos e Soldados da PM do Rio que afirmou que seus companheiros (termo da moda petista) estão, eles mesmos, comprando munição no mercado negro para usar em serviço, pois – pasmem – os PMs não confiam nas balas oferecidas pela corporação. Ele informa que, por ordem do comando, os projéteis não usados em serviço devem ser devolvidos e, segundo o presidente do Clube, depois de algum tempo, acabam se deteriorando.

Especialistas em segurança pública acham que a redução de verbas para as polícias civil e militar pode afetar significativamente o já precário policiamento ostensivo e de investigação. Nenhum candidato a governador fala claramente sobre o assunto. Depois que Lulla definiu sua reeleição como o resultado de um plebiscito entre pobres e ricos, dado que a segurança é vista pelos intelectuais de esquerda como um instrumento de opressão, falar em aumentar a segurança passou a ser tema proibido na campanha para o governo do Rio, embora o tema seja abordado de maneira genérica.

Promete-se refeição a um real, remédios a um real ou 10% de seu preço e chegou-se, mesmo, ao corte de cabelo a um real. É doloroso ver como candidatos a presidente e a governador abandonam suas obrigações precípuas para se lançar em projetos assistencialistas e demagógicos que ajudam aparentemente parcelas da população, esquecendo-se de que a segurança é, verdadeiramente, a principal justificativa para suas existências.