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Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 10:28
por Poindexter
Logo após o acidente, os pilotos do Legacy começaram a ser malhados. Tiveram seus passaportes retidos e foram postos no hotel Marriott, no Rio de Janeiro.

Agora, os controladores de vôo estão em operação padrão e muito menos se fala dos pilotos e/ou da colisão.

Por quê? Alguém tem mais notícias? Como andam as coisas? Comandante, estás por aí?

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 10:35
por Johnny
Daqui a pouco a VEJA vai descobrir que foi tudo armação do PT para colocar o povo contra os estados unidos e formar uma gerrilha de combate ao capitalismo bushista.

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 10:41
por Poindexter
Notícias?

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 10:45
por vukodlak
Eu vi alguma coisa no blog do Reinaldo Azevedo(link) a respeito disso, e saiu uma reportagem na folha de ontem, se não me engano, mas apenas passei os olhos, não li (ainda) com atenção.

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 10:50
por Aranha

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 10:55
por Poindexter
Obrigado, Abmael, esta notícia é tão importante que abrirei um tópico apenas para ela.

Re: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 10:58
por Tranca
Poindexter escreveu:Logo após o acidente, os pilotos do Legacy começaram a ser malhados. Tiveram seus passapotes retidos e foram postos no hotel Marriot, no Rio de Janeiro.


E aí, PD, já foi lá prestar sua solidariedade a eles, levar umas rosquinhas e umas Budweisers?

Re: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 11:42
por Jack Torrance
Tranca-Ruas escreveu:
Poindexter escreveu:Logo após o acidente, os pilotos do Legacy começaram a ser malhados. Tiveram seus passapotes retidos e foram postos no hotel Marriot, no Rio de Janeiro.


E aí, PD, já foi lá prestar sua solidariedade a eles, levar umas rosquinhas e umas Budweisers?


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Que Budweisers quê... É copo de café tamanho família.

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 12:00
por Poindexter
E aí, o povo já foi à frente do hotel desagravá-los?

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 12:20
por Snake
Os controladores de vôo envolvidos no acidente não estão em "operação padrão".

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 12:28
por Alter-ego
Eu também fiquei imensamento impressionado com o julgamento a priori que foi feito dos pilotos.
Surgiu todo o tipo de teorias alucinógenas e sentimento anti-americanista, como se - de fato - os pilotos fossem querer arriscar a própria vida para abater propositalmente um boeing brasileiro...

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 12:31
por Johnny
Não disse, não disse....



...está começando... :emoticon12:

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 13:03
por Tulio
Outro desastre do (des)governo petralha. :emoticon2:

Re: Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 13:05
por Tranca
Poindexter escreveu:E aí, o povo já foi à frente do hotel desagravá-los?


E o que o povo tem com isso?

Vá exagerar assim lá no inferno.

Enviado: 03 Nov 2006, 20:09
por spink
Fonte


Paulo Henrique Amorim: Agora, ministro, sobre o acidente da Gol, houve notícias no fim de semana de que teria havido, entre outros fatos, problemas na torre de controle. O senhor tem condições de falar sobre isso?



Waldir Pires: Tenho sim. A torre de controle que eles falam é a de São José dos Campos. Esta torre é pequena e dá somente uma indicação – “bom, você vai viajar de São José dos Campos para Manaus, você vai a 37 mil pés”. Bom. Até Manaus. Quer dizer, até Manaus não é 37 mil pés. Isso dentro das regras. Até Manaus é um vôo. Agora, o percurso é o plano de vôo, que ele submeteu, que foi aprovado e que o comandante leva no bolso junto com a carta geográfica que tem lá detalhada todos os caminhos, todas as chamadas aerovias. De forma que, o plano de vôo de quem emite a autorização de decolar, é para que ele atinja a altitude que deve atingir: 37 mil pés. Mas no plano de vôo, em seguida, você tem escrito lá: quando se aproximar de Brasília, em Brasília, você deverá estar com 36 mil pés. Quando você chegar de Brasília e se aproximar de um ponto aeronáutico, que eles convencionam chamar de ponto Teres, adiante de Brasília algumas milhas, você vai para a altitude 38 mil pés, e você voa em 38 mil pés para Manaus. Isso é o que está no plano do vôo, que o comandante leva no bolso.



Paulo Henrique Amorim: E o plano de vôo se sobrepõe a essa informação de São José dos Campos?



Waldir Pires: Não se sobrepõe, só o plano de vôo é o plano de vôo. O que há na decolagem é a decolagem. Você sobre, vai para 37 mil pés e cumpra seu plano de vôo. Isso não precisa ser dito pelo controlador de terra, de qualquer lugar, de qualquer lugar de onde saia um avião.



Paulo Henrique Amorim: Então a culpa do acidente não pode ser atribuída à torre de São José dos Campos?



Waldir Pires: Não, seguramente, não. A não ser que se subvertam todas as regras. Uma delas aí nisso é, Paulo Henrique, é que, digamos assim, eles teriam que viajar com o transponder ligado, com a indicação precisa da sua altitude. A partir do momento que não foi possível uma comunicação com a base, com a terra, com os diversos setores de controle, por exemplo, o controle de Brasília, o Cindacta-1, se não foi possível, ele não está conseguindo, porque realmente ele saiu, não é, ele saiu e a torre de Brasília ficou chamando sucessivamente.



Paulo Henrique Amorim: E o transponder não estava ligado?



Waldir Pires: Não estava ligado o transponder. O transponder dá hoje uma precisão absolutamente rigorosa. 37 mil pés são 37 mil pés, acabou, não pode ser 37.050 nem 36.900. Não é uma indicação do radar, porque uma indicação do radar até na tela, você tinha lá a idéia de que eles estavam em torno de 36 mil pés quando eles se aproximaram de Brasília, mas sem conseguir comunicação. Também, quando não consegue comunicação, é regra internacional que disque um código chamado 7.600: “Estou sem comunicação, estou sem comunicação”. Então, todas as áreas de mobilizam para localizá-lo. Como ele liga, por exemplo, o 7.700, quando eu estou em emergência. Então, o transponder não estava funcionando. Como o transponder não estava funcionando, não funcionou um equipamento que se chama ticas, que é um, digamos assim, um impeditivo do choque, ele impede, ele inibe a colisão porque ele entra em disparo e começa a sinalizar e aí já dar, inclusive, quando se aproximam de um eventual choque, eles já fazem indicações: um diz, “tome a direita”, outro, “tome a esquerda”, ou suba, ou desça, para o piloto cumprir isso automaticamente.



Paulo Henrique Amorim: E o ticas não estava funcionando.



Waldir Pires: O ticas não estava funcionando, na medida em que o transponder não estava. Agora, o transponder só começou a funcionar depois do acidente, dois minutos depois do acidente, dois a três minutos depois do acidente o transponder funcionou e eles falaram com a torre de Cachimbo para descer em Cachimbo. De modo que esse, infelizmente, é o fato. Imaginar que um controlador de São José dos Campos pode dar, quando ele diz “Viaje a 37 mil pés, autorizado até Manaus”, ele está autorizando a viagem. A viagem tem essa direção. Mas de acordo com o plano de vôo. Até porque, todas as cartas geográficas estão lá indicando que todos os vôos que vem do Norte para Brasília, todos eles, estão em números ímpares, vindos de Manaus para cá [Brasília]. E em números pares, vindos de cá para Manaus. São todas as cartas. A segurança de vôo está em função do que está no plano de vôo, e não no equívoco, digamos, de um funcionário desse ou daquele lugar, de onde sobe um avião.



Paulo Henrique Amorim: E essa distinção entre par e ímpar é um código universal.



Waldir Pires: É um código universal. Os números ímpares vêm do Norte para o Sul e os pares, do Sul para o Norte. Tem mão e contramão, o mesmo princípio.



Paulo Henrique Amorim: Ministro, muito obrigado, um grande abraço. É um grande prazer falar com o senhor.



Waldir Pires: Agora, olha aqui, Paulo Henrique. Eu estou dando essas informações todas pelo o que fui informado e pelo o que constatei ouvindo e vendo as informações do Cindacta, portanto, do que foi efetivamente o que se passou. Evidente que não sou a autoridade julgadora de coisa nenhuma. Quem vai julgar isso são outros organismos. A caixa de voz do Boeing, essa caixa de voz, estava sendo examinada ainda ontem, começando a ser analisada ontem lá no Canadá. Que nós mandamos tudo isso como a outra do Legacy foi pra lá, essa do Boeing também foi para lá, para a Organização Internacional de Aviação Civil, a fim de que tenha uma coisa plena de normalidade.

Enviado: 03 Nov 2006, 21:46
por Acauan
É hora de retornar esta palhaçada para a seriedade que merece.

Muita gente morreu.
Muitas famílias choram pais, mães e filhos que desapareceram no desastre para que isto seja usado por picuinhas do tipo "os pilotos americanos isto" ou "os controladores de vôo brasileiros" aquilo.

É óbvio que nem os pilotos americanos e nem os controladores de vôo brasileiros eram moleques irresponsáveis dispostos a arriscar centenas de vidas, inclusive as próprias.

É óbvio que este acidente aéreo foi conseqüência de uma combinação particularmente infeliz de circunstâncias, onde quatro ou cinco erros que isoladamente seriam inofensivos se combinaram, por força do acaso, em uma potencialização macabra que resultou no pior.

É óbvio que o ministro da defesa pensa que todos os que lêem suas declarações são desinformados plenos que não sabem que as ordens das torres de controle devem ser as mais completas e detalhadas possíveis, principalmente quando se orienta pilotos estrangeiros que não conhecem o espaço aéreo nacional.
Dizer "autorizado trinta e sete mil pés" é completamente diferente de dizer "autorizado trinta e sete mil pés até Ponto Teres e de Ponto Teres até Manaus autorizado trinta e oito mil pés".

É óbvio que as instruções da torre de controle têm precedência sobre o plano de vôo.

É óbvio que os pilotos americanos não perguntaram à torre o porquê de as instruções não coincidirem com o plano de vôo.

É óbvio que na iminência do acidente ninguém controlava os dois aviões.

É óbvio que o transponder do Legacy estava desligado e não devia estar.

É óbvio que quando se viram sem comunicação com torres de controle, os pilotos do Legacy não buscaram ou estavam incapacitados para obter informação junto a outros vôos próximos, como mandam as regras internacionais da aviação. Se o tivessem feito, o vôo mais próximo seria o da Gol e procedimentos de emergência teriam sido tomados.

É óbvio que os pilotos do Legacy ignoraram as regras internacionais sobre corredores com altitudes pares e ímpares.

Por tudo isto, qualquer um que se aproveite deste acidente para defender suas preferências ideológicas não vale nada.

Muitos morreram.
Isto é irreversível.

Tudo que podemos fazer agora é aprender com este erro e utiliza-lo para evitar que se repitam.

Que as vidas que serão poupadas pelo que se aprendeu destes erros sejam um tributo à memória dos que se foram.

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 03 Nov 2006, 22:07
por RicardoVitor
Alguém tem as fotos do acidente?

Enviado: 04 Nov 2006, 00:53
por spink
Acauan escreveu:É óbvio que o ministro da defesa pensa que todos os que lêem suas declarações são desinformados



Waldir Pires escreveu: Eu estou dando essas informações todas pelo o que fui informado e pelo o que constatei ouvindo e vendo as informações do Cindacta, portanto, do que foi efetivamente o que se passou. Evidente que não sou a autoridade julgadora de coisa nenhuma... Quem vai julgar isso são outros organismos... Organização Internacional de Aviação Civil, a fim de que tenha uma coisa plena de normalidade.

Re.: Boeing & Legacy: como anda?

Enviado: 04 Nov 2006, 03:33
por Poindexter
Acauan escreveu:Por tudo isto, qualquer um que se aproveite deste acidente para defender suas preferências ideológicas não vale nada.


Vale mais do que quem, em nome destas mortes, procura evitar discussões frutíferas, como se nenhuma guerra pudesse ser discutida, porque nelas pessoas morreram, como se os regimes de Pol Pot e Pinochet não pudessem ser discutidos, porque nele pessoas foram executadas... como se mortes encerrassem debates.