Tempestade do outro mundo
Enviado: 13 Nov 2006, 06:42
13/11/2006 Por Fábio de Castro
Agência FAPESP - A sonda Cassini captou, no pólo sul de Saturno, imagens de um fenômeno nunca registrado em outro planeta: uma tempestade com características dos furacões terrestres, com um olho bem definido envolto por um imenso anel de nuvens.
A formação é gigantesca. Tem cerca de 8 mil quilômetros – o equivalente a dois terços do diâmetro da Terra – e envolve uma área escura dentro de um espesso anel de nuvens mais claro. Segundo a Nasa, agência espacial norte-americana, o pólo sul de Saturno é um “caldeirão de tempestades”, diferente de tudo que já foi observado em qualquer outro planeta.
A câmera da Cassini filmou o olho do fenômeno atmosférico por três horas no dia 11 de outubro, quando a espaçonave estava a cerca de 340 mil quilômetros do planeta. Segundo a equipe responsável pela captação das imagens da Cassini, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, a formação “parece um furacão, ainda que não se comporte como um”.
A análise dos dados obtidos revelam, em torno do pólo sul saturnino, ventos girando em sentido horário a 550 quilômetros por hora. Como ocorre com os furacões na Terra, o olho é relativamente calmo e cercado por uma parede de imensas nuvens que projetam sombras no centro. A diferença fundamental é que, ao contrário dos furacões, a gigantesca tempestade se mantém fixa sobre o pólo.
Além disso, a tempestade na superfície de Saturno, que é um planeta gasoso, não se forma a partir de uma base oceânica, que é uma característica típica da formação de furacões na Terra.
As dimensões também são muito maiores que as de qualquer furacão terrestre: o “olho” tem cerca de 1,5 mil quilômetros de diâmetro e a parede de nuvens em torno dele se eleva a até 75 quilômetros de altura. O fundo do olho do “furacão”, formado por nuvens escuras, parece estar em um nível duas vezes mais baixo que o das nuvens mais profundas já observadas em Saturno.
A missão Cassini-Huygens é parceria entre as agências espaciais norte-americana (Nasa), européia (ESA) e italiana (ASI).
Agência FAPESP - A sonda Cassini captou, no pólo sul de Saturno, imagens de um fenômeno nunca registrado em outro planeta: uma tempestade com características dos furacões terrestres, com um olho bem definido envolto por um imenso anel de nuvens.
A formação é gigantesca. Tem cerca de 8 mil quilômetros – o equivalente a dois terços do diâmetro da Terra – e envolve uma área escura dentro de um espesso anel de nuvens mais claro. Segundo a Nasa, agência espacial norte-americana, o pólo sul de Saturno é um “caldeirão de tempestades”, diferente de tudo que já foi observado em qualquer outro planeta.
A câmera da Cassini filmou o olho do fenômeno atmosférico por três horas no dia 11 de outubro, quando a espaçonave estava a cerca de 340 mil quilômetros do planeta. Segundo a equipe responsável pela captação das imagens da Cassini, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, a formação “parece um furacão, ainda que não se comporte como um”.
A análise dos dados obtidos revelam, em torno do pólo sul saturnino, ventos girando em sentido horário a 550 quilômetros por hora. Como ocorre com os furacões na Terra, o olho é relativamente calmo e cercado por uma parede de imensas nuvens que projetam sombras no centro. A diferença fundamental é que, ao contrário dos furacões, a gigantesca tempestade se mantém fixa sobre o pólo.
Além disso, a tempestade na superfície de Saturno, que é um planeta gasoso, não se forma a partir de uma base oceânica, que é uma característica típica da formação de furacões na Terra.
As dimensões também são muito maiores que as de qualquer furacão terrestre: o “olho” tem cerca de 1,5 mil quilômetros de diâmetro e a parede de nuvens em torno dele se eleva a até 75 quilômetros de altura. O fundo do olho do “furacão”, formado por nuvens escuras, parece estar em um nível duas vezes mais baixo que o das nuvens mais profundas já observadas em Saturno.
A missão Cassini-Huygens é parceria entre as agências espaciais norte-americana (Nasa), européia (ESA) e italiana (ASI).