Hipocrisia Evangélica!

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Lúcifer
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Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Lúcifer »

Como recentemente eu coloquei em um tópico, eu faço curso de canto e coral às quintas-feiras em uma Oficina Cultural da Secretaria da Cultura de são Paulo.
A minha professora de canto é uma pessoa super legal, com a cabeça aberta e, quando nos ensina, ela se preocupa com as tonalidades de diferentes músicas para que o nosso conhecimento sempre aumente cada vez mais e, para isso, ela escolhe músicas das mais variadas formas. Lembrando que, ao final de cada curso, nós nos apresentamos, cantando as músicas aprendidas, como um encerramento.
Pois bem, semana retrasada, ela nos entregou a partitura da música "Arrastão" de autoria de Edu Lobo e Vinicius de Morais. Beleza.
Semana passada, ela nos informou que tivera de tirar essa música por causa que alguns poucos evangélicos (incluindo homens e mulheres) não gostaram da tal música só porque em uma das linhas citava Iemanjá e falava em santa e reclamaram com o diretor da Oficina. Para não haver problemas, essa música foi retirada.
Agora, para alegrar esses hipócritas e não ter mais confusão, a nossa professora escolheu uma música evangélica, a qual, os nojentinhos gostaram.
Mas, antes que a música "Arrastão" fosse oficialmente retirada, ela pediu para que votássemos se ela deveria ser retirada ou não. Infelizmente, dessa vez o NÃO foi minoria. Para quem tem a cabeça aberta, entende que, independente da religião, estamos em um curso de música e não em uma igreja e estamos lá para aprender a cantar e não orar. Uns poucos evangélicos é que falaram isso, pra mostrar que, pelo menos uns poucos, não são totalmente uns tapados.
Agora, imagine se eu fosse um satanista. Eu também teria que reclamar por não aceitar música evangélica pois é contra a minha religião.
Agora as nojentinhas estão satisfeitas com essa batalha ganha.
Eu deixei claro o meu repúdio, mesmo sabendo que não adiantaria nada mas, com certeza, eu não vou cantar esse merda de música com alegria primeiro, porque foi imposta para sossegar as nojentinhas; segundo, porque eu odeio essas musiquinhas evangélicas que não dizem nada com nada e repetem mais estrofe do que letra (isso quando tem letra); terçeiro, eu não acredito que essas musiquetas ajudam o crente a se salvar. Acredito que a pessoa, independente de sua religião só será "salva" e se tornará uma boa pessoa pelos seus atos e pensamentos.
Eu vou cantar essa musiqueta, não porque eu gosto mas é que eu quero aprender sobre música.
Esse foi o meu desabafo.
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Andy_orochi
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Mensagem por Andy_orochi »

vale lembrar que a maioria das musicas evangélicas são regravações de musicas bregas.

sugiro que vc converse com o pessoa do grupo veja quantas religiões tem lá e faça um reivindicação.

evangelicos são chatos mas se vc bater o pé eles jogam uma praga em nome de Jesus e , ficam quietos.

agora se baixar a cabeça eles convertem a professora e transformam sua aula numa aula evangelizadora.

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Fernando Silva
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Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Fernando Silva »

Se não pode música falando de Iemanjá, também não pode música falando de "Jisuis". Para ser justo, tem que ser neutro. Laico.

Se ainda fosse uma música tradicional, como "Jerusalém", ou "Jesus, alegria dos homens", ainda daria para cantar pela beleza da música, independente da letra idiota. O que estraga é que essas musiquetas evangélicas são um lixo. Letras indigentes, melodia ridícula.

E tem gente que ouve esse lixo o dia todo no rádio. Deve ser por obrigação. Talvez achem que estão sendo salvos ao ficar com aquilo no fundo enquanto trabalham. Não consigo acreditar em que escutem por prazer.

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Lúcifer
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Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Lúcifer »

Obrigado pela atenção aos dois compnaheiros.
Evangelizar a minha professora isso está descartado. Felizmente ela respeita mas não entra nessa.
Bom, tem envagélico que enche mesmo o saco mas, foram uma minoria que atrapalharam. Os outros entendem que lá não é igreja mas teria o perigo eles saírem e o nosso coral já está engrenado e não dá tempo de esaiarmos tudo novamente. Vamos ter que engolir esse sapo.
É assim: Estamos lá para aprender a cantar e aprender as diversas melodias, e, com isso, passamos desde músicas italianas como uma música do folclore uruguaio. Se essa música fosse apensa acrescentada, não seria nada, seria uma coisa democrática e com respeito as diversas religiões. Tem uma música que iremos cantar que serve para qualquer religião pois a sua mensagem é linda; é universal, os evangélicos aceitaram, aliás todos aceitaram e o ensaio está ficando muito bom.
O problema é que; quando são os evangélicos, eles querem respeito mas não dão o respeito aos outros. Acho que, se não me engano, o mestre Acauan já descreveu as diversas formas de preconceito dos evangélicos.
Como eu disse antes, hipocrisia evangélica.
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Ben Carson
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Mensagem por Ben Carson »

É uma situação complicada! Me senti na pele desses evangélicos do texto.

De início eu estranhei o desfecho do caso, só fui entender ao chegar ao final do texto.

Na época em que eu cantava em coral, alguém descobriu que alguém dava aulas de canto gratuitamente, pela universidade federal daqui. Corremos para nos inscrever. Tudo correu bem por um certo tempo. Ficávamos lá ensaiando e tendo nossas aulas de canto. Isso significava ter ensaios dobrados, mas ninguém reclamava pois estávamos interessados nas aulas de canto.

Até que um dia apareceram com uma certa música para ensaiarmos. O desconforto foi grande. A música não fazia meras referências a Iemanjá ou alguma outra divindade. Era pior: a música tinha toda a pinta de música de macumba. Era muito parecido. Não passamos do primeiro ensaio. Ao final do ensaio fomos conversar com o maestro, explicar nosso caso e perguntar a ele se não podíamos ser dispensados de ensaiar e cantar aquela música (e todas as futuras que tivessem o mesmo problema). Ele disse que não, e também deixou claro que só poderiam continuar assistindo as aulas gratuitas aqueles que se dispusessem a dar sua contrapartida, isto é, topar cantar qualquer música que fosse levada para ensaiarmos. Então tivemos que nos conformar e abandonar os ensaios. Nunca mais aparecemos.

Eu estranhei que o regente do episódio narrado não tivesse tomado atitude semelhante. Isso só ficou claro ao final do texto. Como tudo na vida, foi uma questão de conveniência. Nada de especialmente grave. Só achei que os evangélicos em questão foram muito inábeis em sugerir como substituta da música excluída justamente uma música evangélica. Habilidade zero! Teria sido mais inteligente não ter dado nenhuma sugestão.

Quanto ao comportamento dos evangélicos envolvidos, foi alegado que eles cometeram desrespeito. Não entendo dessa maneira. Todas as pessoas possuem suas restrições pessoais. Isso é um fato. E também um direito. Poderia acontecer, por exemplo, de alguma moça se recusar a cantar alguma música por considerá-la machista, ou algum branco ou negro se recusar a cantar determinada música por considerá-la racista (Loraburra é um bom exemplo). Estaria no seu direito pessoal. A maneira como a situação seria resolvida seria política, sem dúvida (levantamento das conveniências e inconveniências envolvidas, mais negociação). E em situações políticas o que conta é a correlação de forças. O que o ateu reclamante tem para lamentar é apenas o fato de haver tantos evangélicos no país. Ele não pode tomar a si mesmo como padrão de julgamento para outros. Se ele não se sente consternado em cantar um hino cristão, embora seja ateu, não pode fazer disso um padrão para condenar um cristão que não se permite cantar uma música espírita. Os princípios e restrições pessoais são exatamente isso: pessoais.
Todo mundo ri...

Mas só o TRIcolor é tri!


Diálogo Universitário, Jesus Voltará, Primeira Leitura, E Agora?

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King In Crimson
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Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por King In Crimson »

Coral de música brasileira que não tiver cânticos afro-brasileiros não presta. Quem não gostar que vá arrumar outro hobby, como crochê.

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Ateu Tímido
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Re: Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Ateu Tímido »

King In Crimson escreveu:Coral de música brasileira que não tiver cânticos afro-brasileiros não presta. Quem não gostar que vá arrumar outro hobby, como crochê.


Exato!
Faz parte da cultura do país. Até Villa-Lobos e outros que fizeram música erudita no Brasil beberam nessa fonte...

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marta
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Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por marta »

Desculpe Cabeludinho querido, mas eu iria armar um barraco. Não cantaria música evangélica nem... optaria por sair do coral, sem pestanejar. Qualé? :emoticon2:
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.

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Cris
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Re: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Cris »

cabeludo171 escreveu:Como recentemente eu coloquei em um tópico, eu faço curso de canto e coral às quintas-feiras em uma Oficina Cultural da Secretaria da Cultura de são Paulo.
A minha professora de canto é uma pessoa super legal, com a cabeça aberta e, quando nos ensina, ela se preocupa com as tonalidades de diferentes músicas para que o nosso conhecimento sempre aumente cada vez mais e, para isso, ela escolhe músicas das mais variadas formas. Lembrando que, ao final de cada curso, nós nos apresentamos, cantando as músicas aprendidas, como um encerramento.
Pois bem, semana retrasada, ela nos entregou a partitura da música "Arrastão" de autoria de Edu Lobo e Vinicius de Morais. Beleza.


Eu não veria nada demais em cantar esta música. Se é um Coral, obviamente vão haver pessoas de vários credos , mas as crenças ou ausências de cada um deveria ser fator decisivo para ter esta ou àquela música? Um tanto quanto duvidoso não?

cabeludo171 escreveu:Semana passada, ela nos informou que tivera de tirar essa música por causa que alguns poucos evangélicos (incluindo homens e mulheres) não gostaram da tal música só porque em uma das linhas citava Iemanjá e falava em santa e reclamaram com o diretor da Oficina. Para não haver problemas, essa música foi retirada.
Agora, para alegrar esses hipócritas e não ter mais confusão, a nossa professora escolheu uma música evangélica, a qual, os nojentinhos gostaram.



Infelizmente devo dizer que isto acontece muito, e devem ter feito tamanha pressão do tipo: "vamos todas sair se esta não for retirada e vamos fazer um abaixo assinado!" Uma situação lamentável, devo dizer.


cabeludo171 escreveu:Mas, antes que a música "Arrastão" fosse oficialmente retirada, ela pediu para que votássemos se ela deveria ser retirada ou não. Infelizmente, dessa vez o NÃO foi minoria. Para quem tem a cabeça aberta, entende que, independente da religião, estamos em um curso de música e não em uma igreja e estamos lá para aprender a cantar e não orar. Uns poucos evangélicos é que falaram isso, pra mostrar que, pelo menos uns poucos, não são totalmente uns tapados.
Agora, imagine se eu fosse um satanista. Eu também teria que reclamar por não aceitar música evangélica pois é contra a minha religião.
Agora as nojentinhas estão satisfeitas com essa batalha ganha.



Tem gente que não consegue enxergar um palmo diante do próprio nariz. "Fé cega e Faca amolada", um eufemismo para dizer que o brilho da paixão pela fé cega as pessoas até o ponto dela não abrir os horizontes, assim como diz a letra da música. Aposto com você se fosse está música de autoria do Milton Nascimento, não teria havido problema algum.

cabeludo171 escreveu:Eu deixei claro o meu repúdio, mesmo sabendo que não adiantaria nada mas, com certeza, eu não vou cantar esse merda de música com alegria primeiro, porque foi imposta para sossegar as nojentinhas; segundo, porque eu odeio essas musiquinhas evangélicas que não dizem nada com nada e repetem mais estrofe do que letra (isso quando tem letra); terçeiro, eu não acredito que essas musiquetas ajudam o crente a se salvar. Acredito que a pessoa, independente de sua religião só será "salva" e se tornará uma boa pessoa pelos seus atos e pensamentos.
Eu vou cantar essa musiqueta, não porque eu gosto mas é que eu quero aprender sobre música.
Esse foi o meu desabafo.



De fato Cabeludo as músicas evangélicas não ajudam na salvação de uma pessoa. E elas apenas servem como forma de adoração. E ao contrário do que o Fernando disse não acho que elas não digam nada. Quem já teve oportunidade de ouvir Vencedores por Cristo, Hosanna Music, e até mesmo a mais famosa entre elas, Diante do Trono, tem boas músicas, com conteúdo e enfâse na adoração. Mas , ressalvando que isso é para quem gosta, como eu. Não é ruim. Davi , em seus salmos escreveu vários textos em que salvo me engano, eram cantadas por ele que tocava Lira. Davi, tinha prazer em louvar a Deus. E o que diremos dos Levitas? Homens que tinham o dom maravilhoso de trazer à existência temas belíssimos de adoração espiritual. Sejamos sensatos também não é? Lamento profundamente a situação em que vocês ficaram, não concordo com a atitude das "irmãs" e acho que até para cegueira espiritual tem limites.
Cris*
"Um homem não é outra coisa senão o que faz de si mesmo.” Jean-Paul Sartre

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Fernando Silva
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Re: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Fernando Silva »

Cris escreveu:E ao contrário do que o Fernando disse não acho que elas não digam nada. Quem já teve oportunidade de ouvir Vencedores por Cristo, Hosanna Music, e até mesmo a mais famosa entre elas, Diante do Trono, tem boas músicas, com conteúdo e enfâse na adoração.


Não dizem nada para mim. Já não diziam nem quando eu era católico. Às vezes, me perguntava por que me obrigavam a cantar tanta porcaria na missa quando havia coisa muito melhor disponível.

Para mim, existe música boa e música ruim. Não me importa se ela é islamita, cristã, judaica ou o que for.

Você conhece os CDs da Fortuna Safdié? Tenho todos eles e há muita música religiosa judaica no meio. Também tenho CDs de música búlgara com algumas canções islâmicas (uma delas foi selecionada por Carl Sagan, um ateu, para ser enviada a bordo da Pioneer,como amostra da produção humana).
Gosto do "Messias", de Haendel. E assim por diante.

A letra não importa, desde que eu goste da música.

Cris escreveu:E o que diremos dos Levitas? Homens que tinham o dom maravilhoso de trazer à existência temas belíssimos de adoração espiritual.


Bem lembrado. Os levitas, obedecendo a uma ordem direta de Javé, mataram 3 mil de seu próprio povo para servir de exemplo

(Êxodo 32:27. Moisés então lhes disse: "Assim diz Javé, o Deus de Israel: 'Cada um coloque a espada na cintura. Passem e repassem o acampamento, de porta em porta, matando até mesmo o seu irmão, companheiro e parente'.")

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Cris
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Re: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Cris »

Fernando Silva escreveu:
Cris escreveu:E ao contrário do que o Fernando disse não acho que elas não digam nada. Quem já teve oportunidade de ouvir Vencedores por Cristo, Hosanna Music, e até mesmo a mais famosa entre elas, Diante do Trono, tem boas músicas, com conteúdo e enfâse na adoração.


Não dizem nada para mim. Já não diziam nem quando eu era católico. Às vezes, me perguntava por que me obrigavam a cantar tanta porcaria na missa quando havia coisa muito melhor disponível.

Para mim, existe música boa e música ruim. Não me importa se ela é islamita, cristã, judaica ou o que for.

Você conhece os CDs da Fortuna Safdié? Tenho todos eles e há muita música religiosa judaica no meio. Também tenho CDs de música búlgara com algumas canções islâmicas (uma delas foi selecionada por Carl Sagan, um ateu, para ser enviada a bordo da Pioneer,como amostra da produção humana).
Gosto do "Messias", de Haendel. E assim por diante.

A letra não importa, desde que eu goste da música.

Cris escreveu:E o que diremos dos Levitas? Homens que tinham o dom maravilhoso de trazer à existência temas belíssimos de adoração espiritual.


Bem lembrado. Os levitas, obedecendo a uma ordem direta de Javé, mataram 3 mil de seu próprio povo para servir de exemplo

(Êxodo 32:27. Moisés então lhes disse: "Assim diz Javé, o Deus de Israel: 'Cada um coloque a espada na cintura. Passem e repassem o acampamento, de porta em porta, matando até mesmo o seu irmão, companheiro e parente'.")



Essa é a parte ruim da história Fernando, infelizmente. E eu ainda não tive a oportunidade de ouvir as músicas mencionadas por você acima. Tudo bem que as músicas evangélicas não lhe dizem nada, mas como eu bem disse é uma questão de ponto de vista.
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Lúcifer
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Mensagem por Lúcifer »

Ben Carson escreveu:É uma situação complicada! Me senti na pele desses evangélicos do texto.

De início eu estranhei o desfecho do caso, só fui entender ao chegar ao final do texto.

Na época em que eu cantava em coral, alguém descobriu que alguém dava aulas de canto gratuitamente, pela universidade federal daqui. Corremos para nos inscrever. Tudo correu bem por um certo tempo. Ficávamos lá ensaiando e tendo nossas aulas de canto. Isso significava ter ensaios dobrados, mas ninguém reclamava pois estávamos interessados nas aulas de canto.

Até que um dia apareceram com uma certa música para ensaiarmos. O desconforto foi grande. A música não fazia meras referências a Iemanjá ou alguma outra divindade. Era pior: a música tinha toda a pinta de música de macumba. Era muito parecido. Não passamos do primeiro ensaio. Ao final do ensaio fomos conversar com o maestro, explicar nosso caso e perguntar a ele se não podíamos ser dispensados de ensaiar e cantar aquela música (e todas as futuras que tivessem o mesmo problema). Ele disse que não, e também deixou claro que só poderiam continuar assistindo as aulas gratuitas aqueles que se dispusessem a dar sua contrapartida, isto é, topar cantar qualquer música que fosse levada para ensaiarmos. Então tivemos que nos conformar e abandonar os ensaios. Nunca mais aparecemos.

Eu estranhei que o regente do episódio narrado não tivesse tomado atitude semelhante. Isso só ficou claro ao final do texto. Como tudo na vida, foi uma questão de conveniência. Nada de especialmente grave. Só achei que os evangélicos em questão foram muito inábeis em sugerir como substituta da música excluída justamente uma música evangélica. Habilidade zero! Teria sido mais inteligente não ter dado nenhuma sugestão.

Quanto ao comportamento dos evangélicos envolvidos, foi alegado que eles cometeram desrespeito. Não entendo dessa maneira. Todas as pessoas possuem suas restrições pessoais. Isso é um fato. E também um direito. Poderia acontecer, por exemplo, de alguma moça se recusar a cantar alguma música por considerá-la machista, ou algum branco ou negro se recusar a cantar determinada música por considerá-la racista (Loraburra é um bom exemplo). Estaria no seu direito pessoal. A maneira como a situação seria resolvida seria política, sem dúvida (levantamento das conveniências e inconveniências envolvidas, mais negociação). E em situações políticas o que conta é a correlação de forças. O que o ateu reclamante tem para lamentar é apenas o fato de haver tantos evangélicos no país. Ele não pode tomar a si mesmo como padrão de julgamento para outros. Se ele não se sente consternado em cantar um hino cristão, embora seja ateu, não pode fazer disso um padrão para condenar um cristão que não se permite cantar uma música espírita. Os princípios e restrições pessoais são exatamente isso: pessoais.



Querido colega Ben, cantar a música evangélica não é o problema mas, sim, a forma como foi colocada a questão.
E, sinto muito, o seu maestro estava coberto de razão porque, quando estudamos música, não podemos ficar restrito a um só tipo de melodia mas sim os vários tipos de música.
Vários tipos de músicas e entonações são importantes para quem quer cantar e não ficar restrito a uma mesma mesmice.
E, aprendendo vários tipos de músicas, os próprios evangélicos poderiam usar para escreverem hinos com um diferencial, não como agora, que uma boa parte, especialmente as algumas cantoras gospels (sem machismo) só sabem cantar em uma tonalidade alta, quase chegando ao grito. Agora você sabe qual é o risco que os evangélicos correm cantando nessa tonalidade? Não? Eu explico.
Nas igrejas evangélicas, é comum tocarem muitos hinos para criar o clima do culto mas, as pessoas que não estudaram canto, sem saberem, podem estourar as pregas vocais o que poderia ocasionar uma simples inflamação ou coisa pior.
Você entendeu agora? Não é a questão de se cantar a mpusica evangélica mas o processo como ocorreu.
E, não se esqueça, vivemos em um país que é uma mistura de raças e, que felizmete, não temos conflitos religiosos como existem em outros países mas isso é uma segregação.
Ou seja, por causa de uma percepção limitada, por causa de uma posição retrógrada, essas pessoas deixarão de aprender várias técnicas músicais.
E como eu disse antes, alguns evangélicos com uma mente mais evoluída e racionais, foram contra essa posição de seus irmãos mas, como fomos minoria, infelizmente não pudemos fazer nada.
Quem está saindo perdendo com essa história, são esses pobres coitados que, por causa de fanatismo religioso, deixarão de aprender muita coisa boa.
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Fernando Silva
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Re: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Fernando Silva »

Cris escreveu:Tudo bem que as músicas evangélicas não lhe dizem nada, mas como eu bem disse é uma questão de ponto de vista.


Mas será que elas precisam ser tão toscas? Na firma em que trabalho, em cada canto há alguém com um radinho numa rádio evangélica ou carismática. Só lixo. A única rádio religiosa que eu consigo ouvir, no Rio, é uma rádio que transmite um programa umbandista.
Pelo menos as músicas são boas.

Será que a fé é tão forte que as pessoas não percebem que a melodia é um horror? Ou é uma questão de gosto?

Por que não usam coisas de Bach ou de Haendel? Ou os "Benditos" tradicionais, que a Carmem Costa cantava?

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Lúcifer
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Re: Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Lúcifer »

marta escreveu:Desculpe Cabeludinho querido, mas eu iria armar um barraco. Não cantaria música evangélica nem... optaria por sair do coral, sem pestanejar. Qualé? :emoticon2:


Martinha, quem é profissional de verdade, encara essas coisas com profissionalismo, por isso eu não deixo o curso.
Isso e mais que a nossa professora é uma pessoa EXCELENTE, gente fina pra caramba. Ela já ensina nessa Oficina Cultural faz anos e a gente cria um laço de amizade muito forte. Ela não mereceria uma posição assim e, ela, nesse momento, precisa do apoio dos alunos mais velhos.
Mas, mesmo assim, obrigado pelo apoio.
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Re: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Lúcifer »

Cris escreveu:
cabeludo171 escreveu:Como recentemente eu coloquei em um tópico, eu faço curso de canto e coral às quintas-feiras em uma Oficina Cultural da Secretaria da Cultura de são Paulo.
A minha professora de canto é uma pessoa super legal, com a cabeça aberta e, quando nos ensina, ela se preocupa com as tonalidades de diferentes músicas para que o nosso conhecimento sempre aumente cada vez mais e, para isso, ela escolhe músicas das mais variadas formas. Lembrando que, ao final de cada curso, nós nos apresentamos, cantando as músicas aprendidas, como um encerramento.
Pois bem, semana retrasada, ela nos entregou a partitura da música "Arrastão" de autoria de Edu Lobo e Vinicius de Morais. Beleza.


Eu não veria nada demais em cantar esta música. Se é um Coral, obviamente vão haver pessoas de vários credos , mas as crenças ou ausências de cada um deveria ser fator decisivo para ter esta ou àquela música? Um tanto quanto duvidoso não?

cabeludo171 escreveu:Semana passada, ela nos informou que tivera de tirar essa música por causa que alguns poucos evangélicos (incluindo homens e mulheres) não gostaram da tal música só porque em uma das linhas citava Iemanjá e falava em santa e reclamaram com o diretor da Oficina. Para não haver problemas, essa música foi retirada.
Agora, para alegrar esses hipócritas e não ter mais confusão, a nossa professora escolheu uma música evangélica, a qual, os nojentinhos gostaram.



Infelizmente devo dizer que isto acontece muito, e devem ter feito tamanha pressão do tipo: "vamos todas sair se esta não for retirada e vamos fazer um abaixo assinado!" Uma situação lamentável, devo dizer.


cabeludo171 escreveu:Mas, antes que a música "Arrastão" fosse oficialmente retirada, ela pediu para que votássemos se ela deveria ser retirada ou não. Infelizmente, dessa vez o NÃO foi minoria. Para quem tem a cabeça aberta, entende que, independente da religião, estamos em um curso de música e não em uma igreja e estamos lá para aprender a cantar e não orar. Uns poucos evangélicos é que falaram isso, pra mostrar que, pelo menos uns poucos, não são totalmente uns tapados.
Agora, imagine se eu fosse um satanista. Eu também teria que reclamar por não aceitar música evangélica pois é contra a minha religião.
Agora as nojentinhas estão satisfeitas com essa batalha ganha.



Tem gente que não consegue enxergar um palmo diante do próprio nariz. "Fé cega e Faca amolada", um eufemismo para dizer que o brilho da paixão pela fé cega as pessoas até o ponto dela não abrir os horizontes, assim como diz a letra da música. Aposto com você se fosse está música de autoria do Milton Nascimento, não teria havido problema algum.

cabeludo171 escreveu:Eu deixei claro o meu repúdio, mesmo sabendo que não adiantaria nada mas, com certeza, eu não vou cantar esse merda de música com alegria primeiro, porque foi imposta para sossegar as nojentinhas; segundo, porque eu odeio essas musiquinhas evangélicas que não dizem nada com nada e repetem mais estrofe do que letra (isso quando tem letra); terçeiro, eu não acredito que essas musiquetas ajudam o crente a se salvar. Acredito que a pessoa, independente de sua religião só será "salva" e se tornará uma boa pessoa pelos seus atos e pensamentos.
Eu vou cantar essa musiqueta, não porque eu gosto mas é que eu quero aprender sobre música.
Esse foi o meu desabafo.



De fato Cabeludo as músicas evangélicas não ajudam na salvação de uma pessoa. E elas apenas servem como forma de adoração. E ao contrário do que o Fernando disse não acho que elas não digam nada. Quem já teve oportunidade de ouvir Vencedores por Cristo, Hosanna Music, e até mesmo a mais famosa entre elas, Diante do Trono, tem boas músicas, com conteúdo e enfâse na adoração. Mas , ressalvando que isso é para quem gosta, como eu. Não é ruim. Davi , em seus salmos escreveu vários textos em que salvo me engano, eram cantadas por ele que tocava Lira. Davi, tinha prazer em louvar a Deus. E o que diremos dos Levitas? Homens que tinham o dom maravilhoso de trazer à existência temas belíssimos de adoração espiritual. Sejamos sensatos também não é? Lamento profundamente a situação em que vocês ficaram, não concordo com a atitude das "irmãs" e acho que até para cegueira espiritual tem limites.


Olha, Cris, eu compreendo que os hinos evangélicos são uma forma de adoração mas, a maioria das melodias parece que saíram da década de setenta, outras, parece que saíram da década de cinquenta. Parece que não saem disso.
Quanto às letras, você pode notar que estão até parecendo funklixo: pouca letra e muito refrão, não sai disso.
E, convenhamos, se for comparar os salmos de Davi para com as letras de hoje, sinto muito mas não tem comparação.
Sem falar que os compositores evangélicos parece que não tem muita inspiração.
Só citando alguns exemplos: Uma boa parte das músicas sempre dizem "O Leão de Judá", "povo de Israel", etc.
Agora, fazendo uma comparação sobre os ritmos, compare as músicas gospeis brasileiras com a dos norte-americanos. Existe uma grande diferença.
Tudo bem que alguns são até bonzinhos, mas são poucas de qualidade.
Beijos
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Cris
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Re: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Cris »

Fernando Silva escreveu:
Cris escreveu:Tudo bem que as músicas evangélicas não lhe dizem nada, mas como eu bem disse é uma questão de ponto de vista.


Mas será que elas precisam ser tão toscas? Na firma em que trabalho, em cada canto há alguém com um radinho numa rádio evangélica ou carismática. Só lixo. A única rádio religiosa que eu consigo ouvir, no Rio, é uma rádio que transmite um programa umbandista.
Pelo menos as músicas são boas.

Será que a fé é tão forte que as pessoas não percebem que a melodia é um horror? Ou é uma questão de gosto?

Por que não usam coisas de Bach ou de Haendel? Ou os "Benditos" tradicionais, que a Carmem Costa cantava?



De pleno acordo Fernando, só que nem todos tem essa consciência. Eu particularmente não gosto das rádios, e acho que quem as curte deveria usar um fone de ouvido acoplado ao rádio. Não acho que seja exatamente fé Fernando, é uma questão de gosto mesmo, e sabe como é né, isso ahn.. é até discutível mas as pessoas evitam..rs . E não é que você tem razão, deveria tocar muito mais Bach ou Haendel, fazendo uma brincadeira, não conheço Carmem Costa porque ela é da sua época :emoticon4: , mas cresci ouvindo Clara Nunes serve?
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Fernando Silva
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Re: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Fernando Silva »

Cris escreveu:não conheço Carmem Costa porque ela é da sua época :emoticon4: , mas cresci ouvindo Clara Nunes serve?


Clara Nunes cantava pontos de macumba :emoticon16:
("Iansã, cadê Ogum?", "Janaína agô, agô yá")
Mas que tal "Calix Bento", com o Milton Nascimento? Se o nível da música evangélica fosse esse, eu ouviria, acreditando ou não.
Ou então como os spirituals americanos. As grandes cantoras negras americanas aprenderam a cantar em corais de igreja. Ou seja, não é preciso fazer porcaria.
Se fazem, é porque o objetivo é apenas ganhar dinheiro fácil ou por falta de talento.

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Cris
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Re: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Cris »

Fernando Silva escreveu:
Cris escreveu:não conheço Carmem Costa porque ela é da sua época :emoticon4: , mas cresci ouvindo Clara Nunes serve?


Clara Nunes cantava pontos de macumba :emoticon16:
("Iansã, cadê Ogum?", "Janaína agô, agô yá")
Mas que tal "Calix Bento", com o Milton Nascimento? Se o nível da música evangélica fosse esse, eu ouviria, acreditando ou não.
Ou então como os spirituals americanos. As grandes cantoras negras americanas aprenderam a cantar em corais de igreja. Ou seja, não é preciso fazer porcaria.
Se fazem, é porque o objetivo é apenas ganhar dinheiro fácil ou por falta de talento.



Citei Clara Nunes de propósito e vou lhe dizer gosto muito do trabalho que ela deixou. E eu concordo com você de novo, tenho Cd´s spirtuals em casa, e adoro ouvir! E de fato, nem se compara com as músicas evangélicas salvo alguns trabalhos de boa qualidade. Claro que não é igual aos americanos nem de longe, mas são bons trabalhos.
Cris*
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Aranha
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Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Aranha »

- O problema maior é o relacionamento dos evangêlicos com a arte em geral, a rede Record censurou recentemente na novela "Escrava Isaura" todas as imagens de umbanda das senzalas dos personagens escravos, li tb na revista Veja que uma distribuidora de filmes mórmom estava fazendo muito sucesso entre os consumidores evangêlicos distribuindo filmes de sucesso com cenas de palavrões, sexo, nudez e violência cortadas cortadas, sem falar q os muitos que satanizam o teatro e toda dança que envolva contato entre homem e mulher, muitíssimos evangêlicos tb se recusam a escutar músicas "do mundo", abominam a TV e só consomem literatura oriunda de livrarias evangêlicas.

- Fácil ver que são preconceituosos, censores, bairristas, puritanos, moralistas e em diversos casos ignorantes, descomprometidos com verosimilhança, com a história e com a arte, tudo para eles é adoração e/ou entretenimento, eles próprios admitem isto, uns até banem o entretenimento, quando a arte é colocada a serviço de patrulhas ideológicas é o fim, vejam o caso dos países árabes de onde nunca saiu um escultor ou pintor de renome, assim como nunca haverá um adventista grande dançarino ou ator, é a religião banindo a expressão humana, mais um prejuízo que os evangêlicos trarão para o Brasil.

Abraços,
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Fernando Silva
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Re: Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Fernando Silva »

Abmael escreveu:vejam o caso dos países árabes de onde nunca saiu um escultor ou pintor de renome


Não sei como anda a produção atual, mas os árabes deixaram em Portugal e Espanha construções no nível das mais famosas catedrais européias (e acredita-se que um pouco da tecnologia árabe foi usada nas catedrais góticas).

A religião os impedia de representar pessoas ou animais mas não a arte abstrata. Deixaram música, poesia, ciência, matemática, medicina.

A própria escrita deles é uma forma de arte, como a chinesa.

Infelizmente, ao serem derrotados e empurrados de volta a suas terras de origem, parecem ter regredido.

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Aranha
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Re: Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Aranha »

Fernando Silva escreveu:
Abmael escreveu:vejam o caso dos países árabes de onde nunca saiu um escultor ou pintor de renome


Não sei como anda a produção atual, mas os árabes deixaram em Portugal e Espanha construções no nível das mais famosas catedrais européias (e acredita-se que um pouco da tecnologia árabe foi usada nas catedrais góticas).

A religião os impedia de representar pessoas ou animais mas não a arte abstrata. Deixaram música, poesia, ciência, matemática, medicina.

A própria escrita deles é uma forma de arte, como a chinesa.

Infelizmente, ao serem derrotados e empurrados de volta a suas terras de origem, parecem ter regredido.



- Continuo afirmando, nunca saiu um pintor ou escultor de renome...
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Fernando Silva
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Re: Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Fernando Silva »

Abmael escreveu:- Continuo afirmando, nunca saiu um pintor ou escultor de renome...


Escultor e pintor seria difícil, já que eles teriam apenas a arte abstrata, a menos que consideremos arquitetos como uma variedade de escultor e pintor.

Ou seja, devem ter existido, mas não se destacaram individualmente, já que suas obras foram mesquitas e palácios, que são criações coletivas.

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Re: Re.: Hipocrisia Evangélica!

Mensagem por Aranha »

Fernando Silva escreveu:
Abmael escreveu:- Continuo afirmando, nunca saiu um pintor ou escultor de renome...


Escultor e pintor seria difícil, já que eles teriam apenas a arte abstrata, a menos que consideremos arquitetos como uma variedade de escultor e pintor.

Ou seja, devem ter existido, mas não se destacaram individualmente, já que suas obras foram mesquitas e palácios, que são criações coletivas.



- Exato !!! - Não poderiam haver escultores ou pintores pois a religião islâmica limitou tanto a produção que tornou impossível o desenvolvimento de algum talento.

- No renascentismo é que começaram a aparecer os talentos artísticos individuais como os conhecemos hoje, no islã isto só ocorreu na literatura.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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