Bebê anencéfala reage a estímulos 48 horas após nascer
Enviado: 23 Nov 2006, 06:32
Mais de 48 horas após nascer, a bebê anencéfala Marcela de Jesus Galante Ferreira está surpreendendo médicos de Patrocínio Paulista (413 km a norte de São Paulo). A anomalia genética fez com que o bebê nascesse sem o encéfalo (cérebro e espinha dorsal) --geralmente, em casos similares, o problema leva o bebê à morte em poucos minutos.
Marcela nasceu na segunda-feira, com 2,5 kg e 47 centímetros. A mãe da bebê, a dona-de-casa Cacilda Galante Ferreira, 36, sabia do problema desde o quarto mês de gravidez, mas resolveu não interromper a gestação --a Justiça pode autorizar o aborto nesses casos.
"Ela mama normalmente e está bem, fora esse probleminha. Nunca pensei em fazer o aborto e vou ficar com ela até quando Deus quiser", disse Cacilda. Marcela é mantida na incubadora e respira por aparelhos.
A médica que acompanha Marcela, a pediatra Marcia Beani, afirmou que seu objetivo é fazer com que a bebê viva "com dignidade". "Infelizmente, sabemos que ela não pode sobreviver por muito tempo. Mas vamos fazer com que ela viva com dignidade e conforto até sua morte", disse.
Na segunda-feira (20), Marcela passou por uma tomografia na Santa Casa de Franca. Segundo o neurologista Danilo Bertoldi, a bebê possui uma pequena parte do cérebro da região frontal do crânio. "Isso permite que ela consiga realizar movimentos mais primitivos, involuntários, como a respiração e reflexos musculares", disse.
Em outubro, uma dona-de-casa de 30 anos de Franca, grávida de sete meses de um bebê anencéfalo, recebeu autorização da Justiça no final do mês para antecipar o parto. A sentença foi baseada em dois laudos médicos comprovando a impossibilidade de sobrevivência da criança. O parto foi feito no dia 7 de novembro e o bebê viveu menos que uma hora.
Marcela nasceu na segunda-feira, com 2,5 kg e 47 centímetros. A mãe da bebê, a dona-de-casa Cacilda Galante Ferreira, 36, sabia do problema desde o quarto mês de gravidez, mas resolveu não interromper a gestação --a Justiça pode autorizar o aborto nesses casos.
"Ela mama normalmente e está bem, fora esse probleminha. Nunca pensei em fazer o aborto e vou ficar com ela até quando Deus quiser", disse Cacilda. Marcela é mantida na incubadora e respira por aparelhos.
A médica que acompanha Marcela, a pediatra Marcia Beani, afirmou que seu objetivo é fazer com que a bebê viva "com dignidade". "Infelizmente, sabemos que ela não pode sobreviver por muito tempo. Mas vamos fazer com que ela viva com dignidade e conforto até sua morte", disse.
Na segunda-feira (20), Marcela passou por uma tomografia na Santa Casa de Franca. Segundo o neurologista Danilo Bertoldi, a bebê possui uma pequena parte do cérebro da região frontal do crânio. "Isso permite que ela consiga realizar movimentos mais primitivos, involuntários, como a respiração e reflexos musculares", disse.
Em outubro, uma dona-de-casa de 30 anos de Franca, grávida de sete meses de um bebê anencéfalo, recebeu autorização da Justiça no final do mês para antecipar o parto. A sentença foi baseada em dois laudos médicos comprovando a impossibilidade de sobrevivência da criança. O parto foi feito no dia 7 de novembro e o bebê viveu menos que uma hora.