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A briga com o Dragão que come gente

Enviado: 27 Nov 2006, 19:30
por Buda
No fim anos 40 havia cerca de 7 milhões de tibetanos. Hoje eles são apenas 2,5 milhões, segundo levantamento do United States Census Bureau, órgão recenseador internacional sediado nos Estados Unidos. A invasão chinesa, perpetrada em 1950, anexou o Tibete ao mapa da China e inaugurou um longo processo de genocídio cultural no país.
Pelo seu caráter pacífico e isolado geograficamente, o Tibete era um alvo fácil para os ideais de expansão territorial chineses. O país, rico em recursos minerais, despertava há tempos a cobiça do grande vizinho. A razão alegada pelos chineses para a anexação é o fato de que o Tibete foi parte da China até meados do século XVII. Naquela época, o governo chinês, enfraquecido pelas constantes invasões estrangeiras em busca de novos territórios no Oriente, assistiu ao quinto Dalai Lama ser proclamado rei e declara a região um país independente.
A comunização da China, de Mao Tsé-Tung, iniciada em 1949, foi o estopim para a reanexação do antigo território. Para a China, era preciso acabar com o budismo, que segundo os chineses, impedia o Tibete de se desenvolver. Na tradição tibetana, baseada no budismo havia cerca de 1000 anos, a religião e a política eram uma coisa só. O Potala, residência oficial dos Dalai Lama, concentrava também a administração política, a educação e o atendimento médico na capital tibetana.
A tomada do Tibete por Pequim foi violenta. O insignificante exército tibetano mal conseguia se manter em pé. A resistência deu-se em tentativas de diálogo por parte do Dalai Lama. Poucos países apoiaram o Tibete e os que o fizeram, como a Índia, agiram de forma discreta e nem sempre oficial.
Aproximadamente 6000 mosteiros foram destruídos, 95% do total. Pessoas foram espancadas e mortas nas ruas. As crianças foram enviadas para as escolas chinesas – e voltaram treinadas para vigiar os próprios pais. Começou então um movimento de emigração; multidões passaram a atravessar as montanhas geladas do Himalaia em direção ao Nepal e à Índia. Milhares morreram pelo caminho.
O Dalai Lama fugiu para a Índia em 1959, pedindo ajuda internacional, quando foi decretada a sua transferência para a China. O impasse existe até hoje. O Dalai é um chefe de Estado no exílio – situação que não é todo reconhecida, porque a maior parte da comunidade internacional, inclusive o Brasil, vê o Tibete como território chinês. MAPAS, COM OS DA National Geographic, apontam o Tibete como parte da China.
“1992, na Eco 92, a delegação chinesa ameaçou não comparecer ao evento, realizado no Rio de Janeiro, se o Dalai Lama desembarcasse por aqui”, afirma Lia Diskin, responsável pelas duas visitas do Dalai Lama ao Brasil. Ela lembra que Itamaraty dificultou ao máximo o visto do Dalai e que foi necessária a ajuda do deputado federal Fernando Gabeira para que os empecilhos fossem desembaraçados. “Em 1999, em visita ao país, outra vez a burocracia brasileira complicou as coisas”, diz Lia. Naquela ocasião, o presidente Fernando Henrique Cardoso não recebeu o Dalai Lama no Palácio da Alvorada. Só aceitou conversar com o Dalai fora do círculo oficial, em uma visita informal à casa do então senador Antônio Carlos Magalhães, na Bahia.

Re: A briga com o Dragão que come gente

Enviado: 27 Nov 2006, 20:16
por Hrrr
Buda escreveu:do então senador Antônio Carlos Magalhães, na Bahia.


ele ainda eh senador
(deixou de ser de 2001 a 2002)

esse artigo eh veinho ja mas nao deixa de ser atual

maldito [poin]comun*smo[/poin]