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O "Lucro" das Estatais

Enviado: 29 Nov 2006, 06:11
por O ENCOSTO
O AMOR É CEGO

EM REAIS

Considerando a forte paixão que os gaúchos têm por estatais, a imprensa, sempre muito interessada na publicidade, ajuda a manter forte o sentimento da ignorância. Vejam que, ao mostrar o desempenho das empresas públicas, estampam sempre o lucro financeiro absoluto. Em reais.

ATRASO SURDO

O correto mesmo seria sempre informar o resultado relativo, sobre o patrimônio. Só assim é possível comparar o resultado com outras formas de remuneração de capital disponíveis no mercado. Um valor alto como lucro em reais pode ser insignificante considerando o patrimônio do empreendimento. Espertamente isto é sonegado ao contribuinte para que se mantenha cheio de paixões por coisa ruim. Quanto atraso, meu Deus do céu!

BEM À VONTADE

Há meses atrás fiz comentários bem realistas sobre o Rio Grande do Sul que, embora absolutamente verdadeiros, provocaram reações apaixonadas de muitos gaúchos. Antes de concordarem com a exposição da situação caótica do Estado preferiram se revoltar com as minhas críticas. Mas, enfim, por ter nascido no RS me considero bem à vontade para dizer tudo aquilo que entendo como fracasso regional.

ACIMA DOS LIMITES

A impressão que resta nisto tudo é que a paixão que os gaúchos demonstram pelo Rio Grande está acima dos limites. Está simplesmente prejudicando o uso dos sentidos. Os gaúchos não enxergam, não sentem, não ouvem e, por conseguinte, não se manifestam. Acreditam que as coisas vão ser resolvidas naturalmente.

PEÇAS DE FICÇÃO

Para tentar exercitar estes sentidos já bastante atrofiados, volto para mostrar algumas verdades embora as reações se repetirão. Começo pelo Orçamento de 2007, que mais uma vez não será sério nem decente. O Pacto pelo Rio Grande, conquista tão elogiada, também não passou de uma peça de ficção. Assim como o Orçamento. Se não fosse trágico seria cômico.

CEGA PAIXÃO

Por ocasião da negociação da dívida do Estado com a União, dos acordos feitos praticamente nenhum deles vem sendo cumprido. As despesas de pessoal, como é sabido, não diminuem e não se enquadram no percentual definido sobre a RCL. O curioso é que nada disto é transparecido para que todos tomem conhecimento. Ou seja: vivemos às cegas, sem informação, mas com cega paixão. Os governantes sabendo disto agem com falta de respeito, falta de capacidade de administração e muito esconde-esconde. E as reações, pasmem, recaem contra quem expõe isto. É duro.

http://www.pontocritico.com.br

Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 29 Nov 2006, 06:26
por Fernando Silva
Era o caso da Vale quando estatal. Dava lucro, então estava tudo bem. Hoje, privatizada, o lucro é umas 10 vezes maior, o que significa que estávamos sendo enganados (e roubados, já que sustentávamos a mordomia dos altos escalões).

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 08:16
por Aranha
Fernando Silva escreveu:Era o caso da Vale quando estatal. Dava lucro, então estava tudo bem. Hoje, privatizada, o lucro é umas 10 vezes maior, o que significa que estávamos sendo enganados (e roubados, já que sustentávamos a mordomia dos altos escalões).


- A Vale não dava lucro maior porque o governo não tinha dinheiro para investimentos e nem crédito no mercado internacional para captar, assim como não podia abrir mais o capital, pois, por lei, uma sociedade de economia mista,tem que ter 51% das ações na mão do estado, os compradores abriram mais o capital (até eu comprei ações), e captaram muuuuiiito para investir, só na compra da Inco pegaram uns 14 bilhões emprestado, foi uma decisão acertadíssiva vender a Vale, só questiono o preço que foi pago, aí sim, foi onde fomos roubados.

- Quanto aos altos escalões, nada indica que estes ganham menos hoje do que ganhavam antes.

Abraços,

Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 09:04
por Johnny
Não dá corda Ab...não dá corda...

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 09:31
por Aranha
Johnny escreveu:Não dá corda Ab...não dá corda...


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 11:32
por Fernando Silva
Abmael escreveu:foi uma decisão acertadíssiva vender a Vale, só questiono o preço que foi pago, aí sim, foi onde fomos roubados.

Valor potencial não é o mesmo que valor real. Para que o potencial se torne real, é preciso investir, o que o governo não podia fazer.
Abmael escreveu:- Quanto aos altos escalões, nada indica que estes ganham menos hoje do que ganhavam antes.

Se eu entrar em detalhes, podem me processar, mas minha firma só conseguia vender alguma coisa a eles através de altas negociações...
Claro que nem sempre e nem todos.

Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 11:34
por Johnny
Os juizes que o digam, coitados...

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 11:48
por Fernando Silva
Johnny escreveu:Os juizes que o digam, coitados...

Os juízes são pagos com o meu dinheiro. O alto escalão da Vale é pago pelos acionistas, não mais por mim.

Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 11:58
por O ENCOSTO
O FEUDALISMO BRASILEIRO


SISTEMA FEUDAL

A cultura feudal e imperial trazida por D. João VI ao Brasil continua viva e fortemente enraizada na vida dos brasileiros. A proclamação da República disfarçou o sistema, mas o feudalismo continua evidente. Sim, os feudos, gente, continuam até hoje absolutamente intocáveis. Foram, ao longo do tempo, bem preservados, a sete chaves, em todas as formas de Constituição escritas e aprovadas desde a Declaração da Independência e da Proclamação da República.

CLASSE NOBRE

A antiga nobreza, representada pela Côrte de Portugal, foi meramente substituída pelas atuais corporações de funcionários públicos. Desde então quem trabalha no serviço público e nas estatais passou a ser a Classe Nobre, bem diferente dos demais. Diferente do povo, dos plebeus. Com um acréscimo: Cada Poder virou uma Côrte. Independente, mas sempre privilegiada pelas vantagens mantidas e adquiridas.

CÔRTE MAIS ABASTADA

Vejam que o matrimônio, depois da Proclamação da Independência, chegou a ser permitido entre pessoas de classes diferentes, mas nem tanto. Até pouco tempo atrás as mães ainda preferiam entregar suas filhas aos funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Federal ou da Petrobrás. Hoje, a preferência maior já recai para funcionários do Tribunal de Contas, do Judiciário ou do Ministério Público. A Côrte mais abastada.

DIREITOS ADQUIRIDOS

Os privilégios concedidos exclusivamente aos nobres do Reino ficaram intocáveis quando transferidos à casta de funcionários de governos. Que, se comparados com os quase inexistentes direitos que a plebe conquistou, são fantásticos: vida mais longa, estabilidade no emprego, saúde mais bem cuidada, aposentadoria mais cedo e muito incentivada, salários superiores aos da iniciativa privada (alguns acima do teto), licenças-prêmio, faltas remuneradas, greves idem, etc, etc... Tudo direito adquirido. E quando alguém diz ou mostra isto acaba ganhando forte antipatia, como se alguma mentira estivesse dentro do contexto.

DECEPÇÃO DO ANO

Como se não bastasse tanto privilégio, a presidente do STF, Ellen Grace, que foi muito festejada, por ser mulher, ao assumir o mais alto cargo do Poder Judiciário, decepcionou. Já é a grande decepção de 2006. Ela entende que os juízes ganham mal. Exige um teto de R$ 30 mil mensais. As mulheres do povo, da plebe, estão revoltadas e os homens, bobos da Côrte, decepcionados. Viva!

TAXA SELIC

Mais uma vez a choradeira se repetiu. Embora a taxa Selic tenha se reduzido para 13,25% muita gente reclamou exigindo mais ousadia do governo. Fantástico. O rombo da Previdência, maior responsável pelo juro alto no Brasil, não foi atacado. Ou seja, atacar a conseqüência é muito melhor do que enfrentar a causa. Isto só acontece no Brasil. A CUT também se manifestou com relação às taxas de juros, sem dizer que uma das travas da economia é a falta de uma boa reforma Trabalhista. Azar o nosso.

http://www.pontocritico.com

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 12:35
por Aranha
Fernando Silva escreveu:
Abmael escreveu:foi uma decisão acertadíssiva vender a Vale, só questiono o preço que foi pago, aí sim, foi onde fomos roubados.

Valor potencial não é o mesmo que valor real. Para que o potencial se torne real, é preciso investir, o que o governo não podia fazer.


- OK! - Mas o preço potencial influencia o real.

- Mesmo que não, 4 bilhões é barato demais.

Fernando Silva escreveu:
Abmael escreveu:- Quanto aos altos escalões, nada indica que estes ganham menos hoje do que ganhavam antes.

Se eu entrar em detalhes, podem me processar, mas minha firma só conseguia vender alguma coisa a eles através de altas negociações...
Claro que nem sempre e nem todos.


- Aí voltamos à questão, isso é um mal exclusivo de estatais ou um mal da nossa sociedade?

- Conheci uma dona que era do departamento de compras de uma grande rede de hipermercados muuuuiiito famosa, ela tirava uns "por fora" para comprar de uns fornecedores "amigos".

- A maior rede ferroviária americana, a Amtrak, é estatal, será que lá isto acontece também?

Abraços,

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 12:51
por Johnny
Fernando Silva escreveu:
Johnny escreveu:Os juizes que o digam, coitados...

Os juízes são pagos com o meu dinheiro. O alto escalão da Vale é pago pelos acionistas, não mais por mim.


Pois é mas quanto ganham os outros alto escalões públicos que ninguém irá privatizar? Além disso esses caras roubam descaradamente (vide noticias diversas que foram estampadas anos a fio como o caso do TJ entre outros, extorções com empresas, etc...) e tudo isso sai do meu bolso pois eu pago os impostos absurdos que estes idiotas criam, apoiam, compactuam. E me prove que o que eles ganham vem só do lucro da Vale. Aliás, pelo que estou sabendo, pretendem reduzir os investimentos aqui e concentrar os mesmos nas empresas novas que foram adquiridas pois nestas os custos são menores. Sendo assim vai para o beleleu aquela falácia de gera empregos e paga impostos no Brasil. Além do mais ainda falta explicar porque não foram computados os valores do patrimônio da mesma estimado em R$ 100.000.000.000,00 (CEM BILHÕES).
Acho que o alto escalão ainda vai receber grana por muito tempo, certo?

Enviado: 30 Nov 2006, 12:57
por O ENCOSTO
Muito coerente.

Se existe roubo na iniciativa privada ou em setores impossiveis de serem privatizados, não adianta privatizar. É mais justo deixar nas mãos do governo setores como correios, mineradoras, etc.

Ou ninguém rouba ou todo mundo rouba.


Nossa. Que argumento poderoso.

Enviado: 30 Nov 2006, 15:33
por Hrrr
O ENCOSTO escreveu:Nossa.


Seiya seu catolico

Enviado: 30 Nov 2006, 15:43
por Team America
Hrrr escreveu:
O ENCOSTO escreveu:Nossa.


Seiya seu catolico


É verdade, ele nunca me enganou!



:emoticon12: :emoticon12:

Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 15:45
por Team America
Além de terem sucateado bem a vale antes de vender, diga-se de passagem. a propaganda negativa também... Por isso que foi vendida baratinha baratinha.

Eu acho que certos tipos de matéria prima devem ficar no país de origem mesmo, como os nucleares e o petróleo, por exemplo...

Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 15:49
por Team America
A pulverização de ações é a melhor socialização de capital que tem. Os empregados também se tornam donos da empresa, se quiserem, através das ações que compram.

Alguns produtos, por se tratar de segurança nacional, devem ficar na mão do governo sim.

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 16:04
por O ENCOSTO
Team America escreveu:A pulverização de ações é a melhor socialização de capital que tem. Os empregados também se tornam donos da empresa, se quiserem, através das ações que compram.

Alguns produtos, por se tratar de segurança nacional, devem ficar na mão do governo sim.


Concordo.

Até porque se resolverem jogar umas bombas atomicas na nossa cabeça, dizimando a população brasileira, vamos precisar e muito "das nossa riqueza"

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 30 Nov 2006, 16:13
por Team America
E é a chance que você tem de ter chifres que brilham no escuro, ora!

Chifres atomicos!

Enviado: 01 Dez 2006, 06:56
por Aranha
O ENCOSTO escreveu:Muito coerente.

Se existe roubo na iniciativa privada ou em setores impossiveis de serem privatizados, não adianta privatizar. É mais justo deixar nas mãos do governo setores como correios, mineradoras, etc.

Ou ninguém rouba ou todo mundo rouba.


Nossa. Que argumento poderoso.


:emoticon20:


- Realmente..., sem querer, acabei misturando a defesa dos empregados públicos com a defesa das estatais e cheguei nisso :emoticon19: , quer saber? - Então foda-se!!! :emoticon17:

Abraços,

Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 01 Dez 2006, 07:26
por Fernando Silva
"O Globo" 30.11.2006

Motivo para desespero

CARLOS ALBERTO SARDENBERG

Cem bilhões de reais —esse é o número. É o dinheiro extra a ser aplicado em
investimentos para que o país possa crescer 5% no próximo ano.

Esses são os recursos que o presidente Lula vem procurando encontrar desde que
ganhou as eleições e garantiu que desta vez o país há de crescer.

Cem bilhões de reais de novos investimentos — é muito ou é pouco? É muito.
Equivale a 5% do Produto Interno Bruto, o valor de tudo que se produz no país,
incluindo mercadorias e serviços.

Hoje, o Brasil investe 20% do PIB e isso, conforme razoável entendimento entre
os economistas, garante um crescimento anual de 4%, em boas circunstâncias
locais e internacionais. Para elevar essa capacidade de crescimento para os 5%
ao ano, por um longo período, o investimento anual precisaria aumentar cinco
pontos percentuais, chegando aos 25% do PIB — os tais R$ 100 bilhões.

Como o presidente Lula tem percebido, o setor público não tem como arrumar esse
dinheiro. Essa, aliás, é a fonte da irritação que Lula tem exibido quando fala
em “destravar a economia”.

Entretanto, faz tempo que se sabe que o governo, nas condições atuais, não tem
como ampliar seus investimentos.

Pedindo desculpas para apresentar alguns números, eis os dados básicos: até
outubro último, o governo federal gastou R$ 133 bilhões pagando benefícios da
Previdência; R$ 83 bilhões com salários do funcionalismo; R$ 56 bilhões com
juros; R$ 96 bilhões com “custeio e capital”.


São os gastos efetivamente feitos com o dinheiro arrecadado com impostos, taxas
e contribuições. A conta de juros é maior, mas o governo paga apenas uma parte e
rola o que sobra.

Os investimentos (aplicações em estradas, portos etc.) estão na rubrica “custeio
e capital”. Mas a maior parte vai para o custeio, despesas com o funcionamento
da máquina, itens que incluem de merenda escolar a controle do tráfego aéreo. O
que sobra para investimento é muito pouco, menos de R$ 15 bilhões daquele bolo
de R$ 96 bilhões.


Consolidando: o governo federal gastou até outubro R$ 297 bilhões em
Previdência, pessoal e custeio. De onde tirar mais R$ 100 bilhões? Isso será
equivalente, ao final do ano, ao total da folha de salários.

Ou ainda: até o final do ano, o governo federal vai pagar algo como R$ 65
bilhões de juros, o dinheiro do superávit primário. Logo, mesmo que eliminasse
todo o superávit e desse calote total nos credores, criando uma crise
financeira, ainda assim o governo não alcançaria os R$ 100 bilhões.

O presidente, portanto, tem motivo para desespero. Cada vez que se reúne com a
equipe econômica, o pessoal tortura os números para arranjar um bilhão aqui,
dois ali tirando um pedacinho do superávit e só dá mixaria.

Somando os investimentos de governos estaduais e prefeituras, o total do setor
público chega a no máximo 1,5% do PIB. Considerando este ano todo, seriam R$ 30
bilhões para um PIB previsto de R$ 2 trilhões.

Fechando as contas: o Brasil está investindo cerca de R$ 400 bilhões/ano, para
os quais o governo contribui, sempre no máximo, com míseros R$ 30 bilhões. Os
restantes R$ 370 bilhões vêm do setor privado, nacional e estrangeiro.

Acrescente-se: as despesas correntes do governo federal, com Previdência,
pessoal e custeio, vêm crescendo ao ritmo de 16% ao ano. Não é muito diferente
nos estados e nas prefeituras, muitos dos quais estão falidos, como reclamou o
próprio Lula nesta semana.

Tudo somado e subtraído, tem algum jeito de o governo arrumar novos
investimentos sem fazer as reformas que permitam a contenção, primeiro, e
redução, depois, dessas despesas correntes? Precisa ou não de uma reforma da
Previdência, o maior item de despesa, com déficit crescente? Também vai precisar
do setor privado, que já investe quase tudo e teria condições, facilmente, de
arranjar mais R$ 100 bilhões para novos investimentos, se encontrasse bom
ambiente de negócios.

O que seria bom? Regras claras e duradouras, com segurança jurídica e de
aplicação simples e rápida, que garantissem ao investidor o retorno de seus
investimentos, se ele vier a fazer um bom negócio, bem administrado. E ainda não
existem essas regras, por exemplo, para licenciamento ambiental, nem para o
importante setor de saneamento.

Também vai precisar privatizar. Se o governo não tem o dinheiro para estradas e
usinas hidrelétricas e o setor privado tem, é óbvio que é preciso passar as
obras para as companhias privadas.


Querer os R$ 100 bilhões sem reformas e sem privatizar, só vai dar em desespero.

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 01 Dez 2006, 07:32
por Fernando Silva
Abmael escreveu:- Mesmo que não, 4 bilhões é barato demais.

Em que você se baseia para dizer isto? Qual é a referência de muito ou pouco?

Reclamar depois que os compradores investiram bilhões é o mesmo que vender barato um carro caindo aos pedaços e depois exigir mais dinheiro quando descobre que o comprador reformou o carro e ele está como novo.
Abmael escreveu:- Aí voltamos à questão, isso é um mal exclusivo de estatais ou um mal da nossa sociedade?

Há esta tendência nas estatais em geral, mas a sociedade brasileira piora as coisas.
Abmael escreveu:- Conheci uma dona que era do departamento de compras de uma grande rede de hipermercados muuuuiiito famosa, ela tirava uns "por fora" para comprar de uns fornecedores "amigos".

O darwinismo econômico tende a acabar com firmas assim. Ou os patrões a demitirem gente assim.
Abmael escreveu:- A maior rede ferroviária americana, a Amtrak, é estatal, será que lá isto acontece também?

Possivelmente, mas lá as leis funcionam. Os corruptos acabam presos quando são descobertos. No Brasil, apenas ficam famosos.

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 01 Dez 2006, 07:38
por Team America
Eu estou meio por fora...Mas...os salários aumentaram?

O advogado da Vale trabalha somente uma vez por ano para ela e ganha uns 10 milhões...

É o Sussekind...

O cara é sinistro...

Re: Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 01 Dez 2006, 15:17
por Aranha
Fernando Silva escreveu:
Abmael escreveu:- Mesmo que não, 4 bilhões é barato demais.

Em que você se baseia para dizer isto? Qual é a referência de muito ou pouco?


- Não lhe parece auto-evidente?

Fernando Silva escreveu:Reclamar depois que os compradores investiram bilhões é o mesmo que vender barato um carro caindo aos pedaços e depois exigir mais dinheiro quando descobre que o comprador reformou o carro e ele está como novo.


- Eu não reclamei.

Fernando Silva escreveu:
Abmael escreveu:- Aí voltamos à questão, isso é um mal exclusivo de estatais ou um mal da nossa sociedade?

Há esta tendência nas estatais em geral, mas a sociedade brasileira piora as coisas.


- Errado, há esta tendência na sociedade em geral e nas estatais também na mesma proporção, nas estatais o pecado é mais grave, mas não acontece nada de diferente do que ocorre por aí em toda sociedade.

Fernando Silva escreveu:
Abmael escreveu:- Conheci uma dona que era do departamento de compras de uma grande rede de hipermercados muuuuiiito famosa, ela tirava uns "por fora" para comprar de uns fornecedores "amigos".

O darwinismo econômico tende a acabar com firmas assim. Ou os patrões a demitirem gente assim.


- Uma sociedade corrupta cheia de paternalismo, fisiologismo e clientelismo em todos os escalões não permite um Darwinismo economico, veja o filho de Lula mamando numa empresa privada que recebe grana do governo, quase toda grana que rola aqui é do governo, afinal ele recolhe mais de 40% de tudo que produzimos em impostos, todas empresas privadas dependem em grau maior ou menor de grana estatal, aí surgem os conluios, as mamatas, o setor privado está podre também, a Vale foi a maior doadora da campanha do Lula, com certeza cobrará esta fatura.

Fernando Silva escreveu:
Abmael escreveu:- A maior rede ferroviária americana, a Amtrak, é estatal, será que lá isto acontece também?

Possivelmente, mas lá as leis funcionam. Os corruptos acabam presos quando são descobertos. No Brasil, apenas ficam famosos.


- Então você reconhece que o problema não é o estatismo em si, o problema somos nós.

Abraços,

Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 01 Dez 2006, 20:51
por Samael
Sinceramente, acho que um patrimônio mineral da grandeza da Vale não se mede por produtividade...

Re.: O "Lucro" das Estatais

Enviado: 02 Dez 2006, 03:58
por carlo
Conversa fiada deste colunista do " O Globo", em 1998 o PIB brasileiro cresceu 0,1/°, isto mesmo! Não é erro de grafia não! Óbvio que a imprensa nunca martelou estes números para que vc o mantivesse na mente como agora faz, como se sabe o governo FHC Vendeu ( ação entre amigos) a maioria das empresas estatais, ação chefiada pelo ministro Mendonça de Barros (lama), onde estava este colunista? Poeque ele não deus este pitaco na época?