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Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões?
Enviado: 02 Dez 2006, 09:42
por Aranha
- Descartei de cara a Carta Capital e a Caros Amigos, não vou trocar uma panfletagem por outra, gostaria apenas de algo menos ideológico, mais ao centro, onde as análises não fossem tão comprometidas, principalmente as político-econômicas.
- Até no noticiário internacional a Veja estava insuportavelmente comprometida, sempre pró-americana e pró-israel.
- Alguem conhece alguma revista brasileira para eu assinar, que seja mais isenta e imparcial?
Abraços,
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 09:45
por Hugo
Re: Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, suges
Enviado: 02 Dez 2006, 09:49
por Aranha
Kramer escreveu:
- Obrigado!
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 09:53
por o anátema
Enviado: 02 Dez 2006, 09:53
por RicardoVitor
Abmael, você é imparcial?
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 09:56
por Azathoth
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 09:57
por RicardoVitor
Enviado: 02 Dez 2006, 10:35
por Res Cogitans
Enviado: 02 Dez 2006, 10:44
por Alter-ego
Eu recomendo Carta Capital e Caros Amigos.

Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 10:47
por Alter-ego
Na dúvida, outra boa revista: menos ideológica, com foco no centro e imparcial...

Re: Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, suges
Enviado: 02 Dez 2006, 10:52
por Azathoth
Alter-ego escreveu:Na dúvida, outra boa revista: menos ideológica, com foco no centro e imparcial...

O Brasil contra a filosofia
Olavo de Carvalho
Playboy, novembro de 2006
Outro dia, meu filho de dezessete anos me disse: “Pai, no Brasil nunca vi alguém que acreditasse em alguma coisa por ser verdade. Eles dizem o que querem que aconteça, ou o que acham que é bom para eles, e chamam isso de ‘verdade’.”
É a experiência de um garoto que veio para os EUA dezoito meses atrás. Se tivesse desembarcado no Japão ou em Angola seria a mesma coisa. Ele tinha descoberto a diferença entre o Brasil e a espécie humana.
Não foi só ele quem descobriu. Nossos melhores romancistas – Machado de Assis, Lima Barreto -- já haviam reparado no fenômeno. Para isso é preciso muito estudo, muita reflexão. Sobretudo é preciso que tenha despertado na sua alma aquilo mesmo que falta no ambiente: o desejo de conhecer a realidade, de sacudir de si o torpor solipsista e tentar descobrir as coisas como são. O brasileiro a quem isso aconteça vê logo um abismo abrir-se entre ele e os outros. O que ele aprendeu é incomunicável na linguagem comum, feita para expressar desejos, temores, esperanças, não fatos, coisas, situações. Ele é agora o portador de um segredo, e quanto mais se esforça em revelá-lo mais parece ocultá-lo sob um manto esotérico. Os profanos se vingam, chamando-o de arrogante e esnobe. A família ri dele, a namorada ameaça largá-lo. Então ele não agüenta mais: vende a consciência em troca de afeição. Está maduro para tornar-se um professor da USP.
Tanto em Machado quanto em Lima Barreto os únicos personagens que querem saber da realidade acabam vivendo num quase completo isolamento. O Conselheiro Aires e M. J. Gonzaga de Sá personificam o destino da consciência inquieta num oceano de inconsciência satisfeita. Não estou falando do “destino do intelectual”. O Brasil está cheio de intelectuais. Eles não precisam se perguntar sobre a realidade porque já receberam todas as respostas na universidade, acompanhadas da reconfortante solidariedade grupal que acaba se tornando o mais invencível dos vícios. Eles tanto desprezam o conhecimento que, quando encontram alguém que sabe mais que eles, tratam logo de isolá-lo para que não cometa o pecado de lhes ensinar alguma coisa.
A filosofia nasce da pergunta sincera sobre a realidade. Com o tempo, pode degenerar em imitação acadêmica, mas sempre há filósofos genuínos que a devolvem à sua inspiração primeira. No Brasil, o que se entende por filosofia não é nem a imitação acadêmica: é a imitação da imitação acadêmica européia. Sim, a nossa experiência da filosofia não vem da fonte direta, daquele espanto inicial, o thambos aristotélico, que desperta o desejo de conhecer. Não vem sequer dos gregos, portadores da experiência originária do thambos. Quando tomamos conhecimento da filosofia, já é de terceira mão, por meio de seus mais recentes subprodutos universitários. A régua com que medimos nossas miúdas especulações não é a profundidade e seriedade da experiência interior ou exterior, não é nem mesmo a tradição clássica; é o critério escolar do dia, é a opinião corrente de burocratas, arquivistas da filosofia. Na USP ou na PUC ninguém jamais se interessou em conhecimento da realidade. Talvez nem concebessem que ela existe -- e ainda foram reforçados nesse estado de ignorância homeostática pela autoridade clerical do desconstrucionismo, que transforma a impotência de conhecer numa obrigação estatutária de achar que não há nada para ser conhecido. Dispensados de respeitar a presença das coisas e seres, estão livres para tagarelar sobre “autores”, “textos”, “discursos”, “constructos culturais”, bem como para entregar-se à volúpia da “imposição de discurso” sob a desculpa de que ninguém jamais fez outra coisa no mundo.
Não espanta que, após alguns anos dessa dieta, não agüentem manter nem sequer o padrão escolar, e caiam para a papagaiada ideológica. Ideológica? Não chegam nem a isso. Doutrinação ideológica supõe algum esforço intelectual, alguma ordenação das idéias. Isso está infinitamente acima da capacidade de um Emir Sader, de uma Marilena Chauí, de um Gilberto Felisberto de Vasconcelos. O que eles fazem é beletrismo publicitário esquerdista, desesperadoramente kitsch.
O Brasil optou desde o século XIX por uma cultura de ódio ao conhecimento e de amor às futilidades socialmente lindinhas. Só faltava transformá-la numa força política organizada. Com a ajuda de Antonio Gramsci, a presente geração de intelectuais ativistas fez isso. O Mensalão, o dinheiro na cueca e cinqüenta mil homicídios anuais entre louvores entusiásticos à normalidade democrática são a cultura brasileira transfigurada em Estado.
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 10:57
por Alter-ego
Enviado: 02 Dez 2006, 11:20
por Aranha
- Obrigado pelas sugestões, já folheio a Playboy 2 vezes por mês quando vou ao barbeiro, compro a Scientific American (muito) de vez em quando.
- Para os que não entenderam: - Estou me referindo a alguma revista semanal de atualidades tipo Veja.
- Para os sacanas: - Hahaha, muito engraçado, agora que tal irem à merda?!?!?!?

...
Abraços,
Re: Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, suges
Enviado: 02 Dez 2006, 11:22
por zencem
Azathoth escreveu:Alter-ego escreveu:Na dúvida, outra boa revista: menos ideológica, com foco no centro e imparcial...

O Brasil contra a filosofiaOlavo de Carvalho
Playboy, novembro de 2006
Outro dia, meu filho de dezessete anos me disse: “Pai, no Brasil nunca vi alguém que acreditasse em alguma coisa por ser verdade.
***
...Não espanta que, após alguns anos dessa dieta, não agüentem manter nem sequer o padrão escolar, e caiam para a papagaiada ideológica. Ideológica? Não chegam nem a isso. Doutrinação ideológica supõe algum esforço intelectual, alguma ordenação das idéias. Isso está infinitamente acima da capacidade de um Emir Sader, de uma Marilena Chauí, de um Gilberto Felisberto de Vasconcelos. O que eles fazem é beletrismo publicitário esquerdista, desesperadoramente kitsch.
E dizer que eu não perdia tempo em ler o Olavo, por puro preconceito?
...preconceito, por sinal, desenhado dos "snifs" e "arghs" emitidos por modelados semelhantes, que posam para este tipo de cenário que o Olavo retrata.
Perdão, filósofo!
Terei que te olhar com outros olhos, se é que ainda tenho apreço para a coerência, mesmo que para isso eu tenha que ter coragem de remar contra a maré.
.
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 11:24
por Res Cogitans
Veja, Época e I$to é disputam o mesmo mercado.
A Veja é muuuuuuuuito tendenciosa e afetada.
A Época é sem sal.
A Isto é é jabá.
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 11:24
por Alter-ego
Abmael, você tá num mato sem coelho...
Além de Veja e Carta Capital, só consigo me lembrar de Istoé e Época. E eu não recomendo nenhuma das duas, sobretudo a Istoé...
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 11:26
por Alter-ego
Sincronicidade...
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 11:32
por RicardoVitor
Não há mídia interessante no Brasil, sejamos realistas... O emburrecimento é a estratégia de vendas adotada. Estamos fudidos.
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 11:43
por Alter-ego
O colunista da Veja que Abmael mais curtia era o André Petry...

Re: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões?
Enviado: 02 Dez 2006, 11:43
por emmmcri
Abmael escreveu:- Descartei de cara a Carta Capital e a Caros Amigos, não vou trocar uma panfletagem por outra, gostaria apenas de algo menos ideológico, mais ao centro, onde as análises não fossem tão comprometidas, principalmente as político-econômicas.
- Até no noticiário internacional a Veja estava insuportavelmente comprometida, sempre pró-americana e pró-israel.
- Alguem conhece alguma revista brasileira para eu assinar, que seja mais isenta e imparcial?
Abraços,
Abmael as coisas q esta revista já fez são inexcrupulosas demais.Um caso de famílha:
Meu irmão concedeu uma entrevista a alguns anos atráz a dois repórteres,recebendo-os bem, com a codialidade necessária pra o evento.Meu irmão fez o samba da imperatriz daquele ano com mais três companheiros.
A revita publicou q meu irmão havia dito q fizera o samba sózinho !
Meu irmão assim q leu a reportagem teve q procurar os companheiros para explicar a delicada situação!Se meu irmão q não têm fama nehuma eles usaram deste artificio sujo, imagine o q não fazem pra defender suas ideologias.
Essa revista é podre!
Abraço.
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 11:50
por Storydor
A Época tem Max Gehringer

Re: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões?
Enviado: 02 Dez 2006, 12:41
por Hrrr
Abmael escreveu:- Até no noticiário internacional a Veja estava insuportavelmente comprometida, sempre pró-americana e pró-israel.
- Alguem conhece alguma revista brasileira para eu assinar, que seja mais isenta e imparcial?
Istoé fico com pe atras ainda mais por ocasionalmente vir com pingos de ateufobia, Epoca nao conheço bem, li pouquissimas vezes
e o que nao poderia deixar de fazer aqui eh te dar meus parabens por cancelar a assinatura desse baluarte de parcialidade elitista, contra-social e belico-imperialista

Re: Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, suges
Enviado: 02 Dez 2006, 12:44
por Hrrr
e pra nao perder o costume:
Azathoth escreveu:O Brasil contra a filosofia
Olavo de Carvalho
Playboy, novembro de 2006
owowow-owowdumbass-owowow

Enviado: 02 Dez 2006, 13:41
por Aranha
- É..., percebo que não é fácil achar uma revista no estilo que estou querendo aqui no Brasil, não tinha ilusão de encontrar algo isento, só não aguentava mais o exagero da Veja, estava pior que a Carta Capital (em sentido inverso, é claro), até que a revista é boa, é a mais agradável de ler entre todas de sua categoria, mas a linha editorial se perdeu, isso é triste, porque a credibilidade que ela construiu ao longo de vários anos está indo pro ralo, vejo isso por mim mesmo, hoje penso muito sobre todo aquele movimento anti-Collor que eu e tantos outros vivemos na época do Impeachment, alguns já me disseram que Collor atraiu o ódio da Veja quando acabou com o subsídio do papel que era dado a todas as revistas e jornais.
Abraços,
Re.: Cancelei assinatura da Veja depois de 5 anos, sugestões
Enviado: 02 Dez 2006, 14:38
por Mr. Crowley
porra... 5 anos de Veja?
Você tem um puta estoque de papel pra limpar a bunda...