Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilidade
Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilidade
Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilidade e resistência capaz de baratear construções
O prédio mais alto do mundo, o Taipei 101 , em Taiwan, é inteiramente construído em concreto de 100 MPa, duas vezes menos resistente que o superconcreto brasileiro.
Um tipo de concreto com durabilidade de até mil anos, resistência igual à do aço e capaz de reduzir o custo das construções. Esse produto já existe e foi desenvolvido pelo Laboratório de Materiais Avançados à Base de Cimento (LMABC), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP). Os pesquisadores garantem que o novo concreto brasileiro é o que há de mais moderno no mundo em termos de material para construção e os planos são de usá-lo principalmente em projetos de segurança nacional, entre outras aplicações.
Segundo o engenheiro civil Jefferson Liborio, chefe do LMABC/ USP, o material desenvolvido por sua equipe chega hoje ao incrível valor de 220 megapascal (MPa). “O prédio mais alto do mundo, o Taipei 101 , em Taiwan, mede 508 metros e é inteiramente construído em concreto de 100 MPa, duas vezes menos resistente que a nossa opção”, compara.
A medida MPa é um dos parâmetros usados para avaliar a qualidade do concreto utilizado em construções. Um MPa é uma unidade de tensão que equivale a 10 quilos por centímetro quadrado. Quanto maior a resistência, ou seja, quanto maior o valor de MPa alcançado por um tipo de concreto, mais peso por área ele é capaz de suportar e, conseqüentemente, maior sua eficiência. “O normal para edifícios de cidade é em torno de 25 MPa”, exemplifica o pesquisador.
Concretos com valores abaixo da média já foram responsáveis por acidentes graves, como o ocorrido em 22 de fevereiro de 1998, quando o prédio Palace II, na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro, desabou, ocasionando a morte de oito pessoas. “O concreto usado naquele prédio tinha resistência de apenas 15 MPa e recebeu uma tensão muito maior do que suportava”, diz Liborio.
Construções mais baratas
Além de mais resistente, o superconcreto, como foi apelidado pelo pesquisador, também pode reduzir o custo das construções. “Quanto maior a capacidade do material, mais pressão ele é capaz de agüentar sobre a mesma área”, explica. “Isso significa, na prática, que a utilização do superconcreto representa ganho em espaço útil e uso de menos material e mão-de-obra, o que barateia a construção.”
O novo material apresenta resistência à compressão semelhante à do aço, o que faz dele uma opção viável para construções que associem o concreto a esse metal. Além disso, poderá ser produzido à prova de balas e não se deteriora com facilidade quando em contato com cloretos, dióxido de carbono e outros produtos agressivos, o que o torna também uma excelente escolha para construções embaixo d’água. “O superconcreto é ótimo para a construção de estruturas destinadas à exploração de petróleo em zonas de flutuação de marés”, sugere.
Uma aplicação importante, segundo Liborio, seria na área de segurança, para a proteção de valores e até de pessoas. “Nosso concreto é muito superior ao usado no World Trade Center , por exemplo. Possivelmente, a história do prédio teria sido diferente, caso ele tivesse uma outra concepção estrutural e fosse feito do novo material”, avalia.
A rapidez no processo de produção do superconcreto também é levada em conta pelo professor. A cura – como é chamada a seqüência de moldar em forma, molhar e endurecer – do superconcreto de 220 MPa demora hoje, no laboratório, três dias. “Isso significa um ótimo tempo de produção para um nível tão elevado de resistência”, conclui.
Juliana Tinoco
Ciência Hoje On-line
01/12/2006
O prédio mais alto do mundo, o Taipei 101 , em Taiwan, é inteiramente construído em concreto de 100 MPa, duas vezes menos resistente que o superconcreto brasileiro.
Um tipo de concreto com durabilidade de até mil anos, resistência igual à do aço e capaz de reduzir o custo das construções. Esse produto já existe e foi desenvolvido pelo Laboratório de Materiais Avançados à Base de Cimento (LMABC), da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP). Os pesquisadores garantem que o novo concreto brasileiro é o que há de mais moderno no mundo em termos de material para construção e os planos são de usá-lo principalmente em projetos de segurança nacional, entre outras aplicações.
Segundo o engenheiro civil Jefferson Liborio, chefe do LMABC/ USP, o material desenvolvido por sua equipe chega hoje ao incrível valor de 220 megapascal (MPa). “O prédio mais alto do mundo, o Taipei 101 , em Taiwan, mede 508 metros e é inteiramente construído em concreto de 100 MPa, duas vezes menos resistente que a nossa opção”, compara.
A medida MPa é um dos parâmetros usados para avaliar a qualidade do concreto utilizado em construções. Um MPa é uma unidade de tensão que equivale a 10 quilos por centímetro quadrado. Quanto maior a resistência, ou seja, quanto maior o valor de MPa alcançado por um tipo de concreto, mais peso por área ele é capaz de suportar e, conseqüentemente, maior sua eficiência. “O normal para edifícios de cidade é em torno de 25 MPa”, exemplifica o pesquisador.
Concretos com valores abaixo da média já foram responsáveis por acidentes graves, como o ocorrido em 22 de fevereiro de 1998, quando o prédio Palace II, na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro, desabou, ocasionando a morte de oito pessoas. “O concreto usado naquele prédio tinha resistência de apenas 15 MPa e recebeu uma tensão muito maior do que suportava”, diz Liborio.
Construções mais baratas
Além de mais resistente, o superconcreto, como foi apelidado pelo pesquisador, também pode reduzir o custo das construções. “Quanto maior a capacidade do material, mais pressão ele é capaz de agüentar sobre a mesma área”, explica. “Isso significa, na prática, que a utilização do superconcreto representa ganho em espaço útil e uso de menos material e mão-de-obra, o que barateia a construção.”
O novo material apresenta resistência à compressão semelhante à do aço, o que faz dele uma opção viável para construções que associem o concreto a esse metal. Além disso, poderá ser produzido à prova de balas e não se deteriora com facilidade quando em contato com cloretos, dióxido de carbono e outros produtos agressivos, o que o torna também uma excelente escolha para construções embaixo d’água. “O superconcreto é ótimo para a construção de estruturas destinadas à exploração de petróleo em zonas de flutuação de marés”, sugere.
Uma aplicação importante, segundo Liborio, seria na área de segurança, para a proteção de valores e até de pessoas. “Nosso concreto é muito superior ao usado no World Trade Center , por exemplo. Possivelmente, a história do prédio teria sido diferente, caso ele tivesse uma outra concepção estrutural e fosse feito do novo material”, avalia.
A rapidez no processo de produção do superconcreto também é levada em conta pelo professor. A cura – como é chamada a seqüência de moldar em forma, molhar e endurecer – do superconcreto de 220 MPa demora hoje, no laboratório, três dias. “Isso significa um ótimo tempo de produção para um nível tão elevado de resistência”, conclui.
Juliana Tinoco
Ciência Hoje On-line
01/12/2006
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re.: Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilidade
Aprendam com as FEDERAIS, faculdadezinhas privadas!
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- elizandro_max
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- Registrado em: 12 Out 2006, 17:32
Re.: Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilidade
Legal!
"Afirmar que a terra gira em torno do sol é tão errôneo quanto afirmar que Jesus não nasceu de uma virgem."
Cardeal Bellarmino, durante o julgamento de Galileu (1615)
"Nós, cristãos, estamos sob ataque do segmento inteligente e instruído da sociedade"
Ray Mummert, pastor americano
Cardeal Bellarmino, durante o julgamento de Galileu (1615)
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Re.: Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilidade
Para os portugueses: concreto é betão.
Re: Re.: Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilida
Usuário deletado escreveu:Endosso. As faculdades federais do Brasil são excelentes.
Alías, gostaria de entender isso. Como pode afinal? Tá certo que algumas empresas doam ou investem recursos em pesquisas nestas mas também o fazem nas particulares (pelo menos nas ditas católicas e adventistas pelo que eu tenha visto, devem ter até outras mas não fui a fundo para saber). Voltando, como podem as universidades federais e estaduais serem tão mais respeitáveis em termos de pesquisa? Como as particulares não conseguem sequer fornecer um projeto decente? Alguém saberia responder (eu não sei)?
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Re: Re.: Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilida
Johnny escreveu:Usuário deletado escreveu:Endosso. As faculdades federais do Brasil são excelentes.
Alías, gostaria de entender isso. Como pode afinal? Tá certo que algumas empresas doam ou investem recursos em pesquisas nestas mas também o fazem nas particulares (pelo menos nas ditas católicas e adventistas pelo que eu tenha visto, devem ter até outras mas não fui a fundo para saber). Voltando, como podem as universidades federais e estaduais serem tão mais respeitáveis em termos de pesquisa? Como as particulares não conseguem sequer fornecer um projeto decente? Alguém saberia responder (eu não sei)?
Cara, primeiramente tem a ver com a "peneira". As federais com sua alta concorrência e alto nível da prova costumam captar um melhor "material humano" que as particulares, embora haja muita gente boa nas particulares, fugindo dos horários loucos das federais e das suas greves.
O segundo ponto tem a ver com os docentes. As federais atraem melhores docentes que as particulares, interessados na carreira. Além do que, mesmo os que ensinam em ambas, adotam padrões diferenciados (isso eu já ouvi de vários professores).
E o terceiro ponto tem a ver com o custo do ensino público.
Um aluno de federal chega a custar 3 ou 4 vezes o de uma particular, já que as federais gastam muito com os programas de pesquisa, manutenação de rede hospitalar e hospital das clínicas, museus, bibliotecas, arquivos e outros serviços.
Por isso, o governo Lula prefere distribuir bolsas do Prouni a aumentar o número de vagas em federais. É a privatização maquiada...

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Re: Re.: Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilida
Alter-ego escreveu:Cara, primeiramente tem a ver com a "peneira". As federais com sua alta concorrência e alto nível da prova costumam captar um melhor "material humano" que as particulares, embora haja muita gente boa nas particulares, fugindo dos horários loucos das federais e das suas greves.
- Pois é, infelizmente isto não funciona nas estatais, apesar dos concursos públicos do BB, CAIXA, Petrobrás e outros ainda piores serem verdadeiras "peneiras" só passa material humano incompetente e corrupto da pior espécie, que coisa não?
(Da série: "Argumentos de mão única")
Abraços,
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Ben Parker
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Abmael,
Sua analogia não procede. O concurso de vestibular, ainda que falho, seleciona pelo conhecimento, os alunos que tem condições de cursarem a universidade. É natural portanto que esses alunos detenham mais conhecimentos em suas áreas que aqueles que não passaram no vestibular.
Já os concursos para órgãos públicos também selecionam por conhecimentos específicos, e portanto é natural que os aprovados também tenham mais cultura específica nos assuntos tratados no concurso.
Mas a sua conclusão, de que por isso eles seriam pessoas mais honestas do que aqueles que ficaram de fora, não tem qualquer sentido, a menos que você considere que o conhecimento em áreas como legislação tributária ou Excel e Word tenham alguma coisa a ver com moral e ética.
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Re.: Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilidade
Os caras merecem ganhar Prêmio Nobel.
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Re: Re.: Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilida
Abmael escreveu:Alter-ego escreveu:Cara, primeiramente tem a ver com a "peneira". As federais com sua alta concorrência e alto nível da prova costumam captar um melhor "material humano" que as particulares, embora haja muita gente boa nas particulares, fugindo dos horários loucos das federais e das suas greves.
- Pois é, infelizmente isto não funciona nas estatais, apesar dos concursos públicos do BB, CAIXA, Petrobrás e outros ainda piores serem verdadeiras "peneiras" só passa material humano incompetente e corrupto da pior espécie, que coisa não?
(Da série: "Argumentos de mão única")
Abraços,

Peguei um

MAS, corrigindo Alter: As Federais e Estatais não custeiam toda e qualquer pesquisa aleatóriamente. Os grupos são distintos e limitados (não se esqueça que no universo universitário existem "centenas" de cadeiras). Sendo assim dizer que custa 3 a 4 vezes mais dá a impressão que toda a estrutura gasta isso com todos e isso é uma "inverdade". Agora, já que você chegou até aqui, explique por que as particulares não investem já que é o nome delas que está em jogo e quem mais teria a ganhar seriam elas?!
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user f.k.a. Cabeção escreveu:
Abmael,
Sua analogia não procede. O concurso de vestibular, ainda que falho, seleciona pelo conhecimento, os alunos que tem condições de cursarem a universidade. É natural portanto que esses alunos detenham mais conhecimentos em suas áreas que aqueles que não passaram no vestibular.
Já os concursos para órgãos públicos também selecionam por conhecimentos específicos, e portanto é natural que os aprovados também tenham mais cultura específica nos assuntos tratados no concurso.
Mas a sua conclusão, de que por isso eles seriam pessoas mais honestas do que aqueles que ficaram de fora, não tem qualquer sentido, a menos que você considere que o conhecimento em áreas como legislação tributária ou Excel e Word tenham alguma coisa a ver com moral e ética.
- Relativamente à corrupção você está correto, mas em relação à competência a analogia ainda é válida, mesmo que a relação não seja direta, não há outra forma de selecionar.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
Ben Parker
Re.: Brasileiros desenvolvem concreto de alta durabilidade
Quanto aos concursos públicos... encarem os fatos: quem abre o jornal, procurando seu lugar no funcionarismo público, em geral olha qual informação antes de tudo? É isso aí... o SALÁRIO! É claro que queremos todos ganhar bem. Mas quando isto é o objetivo principal, coisas previsíveis acontecem: um contingente enorme de pessoas que, bem formadas ou não, entram em uma profissão cujas características não são, exatemente, o ideal de profissão para aquelas. O resultado é um número grande de pessoas que ficam entediadas no domingo à noite, não porque começou o Fantástico (ou também), mas porque precisa levantar cedo na segunda, para ir para aquele 'inferno" de semana. Pessoas que vivem esperando o final de semana chegar para viverem. E no domingo à noite começa o martírio. Não afirmo que são menos competentes por isso, mas digo que são mais sucetíveis a empurrar as coisas com a barriga. Pelo menos é o que pude constatar através de colegas que escolheram este caminho. É claro que existem exceções, mas devemos nos perguntar até que ponto estas não confirmam a regra.
P.S. - Incrível nossa capacidade de nos desviarmos do tópico!
P.S. - Incrível nossa capacidade de nos desviarmos do tópico!

docdeoz escreveu:
"Você vai apertando a "coisa" e encontra um livro- "Variedades da Experiência Científica" que que CARL SAGAN afirma que há evidências de uma entidade chamada DEUS...
PASMEM!"
CADÊ O TRECHO? EM QUÊ PÁGINA? DE QUAL EDIÇÃO? EM QUAL CONTEXTO? SUA HONESTIDADE INTELECTUAL É IGUAL A UMA TEMPERATURA DE - 274 GRAUS CENTÍGRADOS, NÃO É MESMO?
"Você vai apertando a "coisa" e encontra um livro- "Variedades da Experiência Científica" que que CARL SAGAN afirma que há evidências de uma entidade chamada DEUS...
PASMEM!"
CADÊ O TRECHO? EM QUÊ PÁGINA? DE QUAL EDIÇÃO? EM QUAL CONTEXTO? SUA HONESTIDADE INTELECTUAL É IGUAL A UMA TEMPERATURA DE - 274 GRAUS CENTÍGRADOS, NÃO É MESMO?