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Estafeta dos aiatolás faz conferência sobre holocausto

Enviado: 11 Dez 2006, 16:30
por Tranca
11/12/2006 - 11h46

Irã discute Holocausto e critica "tabus" do Ocidente
da Folha Online


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O Irã deu início nesta segunda-feira a uma conferência em Teerã que irá discutir o Holocausto, classificado pelo presidente do país como "mito". A conferência atraiu 67 pesquisadores estrangeiros de 30 países e foi organizada pelo Instituto de Política e Estudos Internacionais do Ministério das Relações Exteriores do Irã para debater o assunto longe dos "tabus" do Ocidente.

O diretor do Instituto, Rasoul Mousavi, afirmou em seu discurso de abertura que o encontro de dois dias é uma oportunidade para discutir o genocídio da Segunda Guerra Mundial em uma atmosfera livre dos "tabus ocidentais".

Antes mesmo de sua abertura, a conferência foi criticada pela Alemanha, Estados Unidos e Israel. Na Alemanha, na Áustria e na França é ilegal negar que o Holocausto ocorreu.

"A conferência não busca negar nem provar o Holocausto", disse Mousavi. "É apenas para promover uma atmosfera científica apropriada na qual os pesquisadores possam oferecer suas opiniões livremente sobre um assunto histórico."

O ministro das Relações Exteriores iraniano Manouchehr Mottaki classificou as críticas internacionais como "previsíveis", afirmando ao público presente que "não há razão lógica para oposição a esta conferência".

"Se forem lançadas dúvidas sobre a versão oficial do Holocausto, então a identidade e natureza de Israel serão lançadas à dúvida. E mesmo se, durante esta revisão, ficar provado que o Holocausto é uma realidade histórica, qual é a razão para os muçulmanos da região e os palestinos pagarem o preço pelos crimes nazistas?", perguntou Mottaki.


Israel

Em Israel, a organização do Yad Vashem, instituto responsável pelo memorial oficial do Holocausto, emitiu um nesta segunda-feira um comunicado condenando a conferência em Teerã, que é, segundo seu texto, uma tentativa de "pintar uma proposta extremista com um pincel acadêmico".

"A pseudo-conferência do governo iraniano é um esforço para fortalecer a negação ao Holocausto e deve ser completamente rejeitada.", afirmou o texto do comunicado.

Amos Oz, importante escritor e ativista israelense, também denunciou o encontro. "Acho que a conferência no Irã é uma piada doentia, e espero que seja recebida com repulsa e nojo pelo restante do mundo", disse.

Entre os participantes da conferência está Robert Faurisson, proeminente acadêmico da França que nega o Holocausto, e seis membros do grupo Judeus Unidos contra o Sionismo, que usaram os tradicionais longos casacos pretos e chapéus ortodoxos.

Os judeus, dois dos quais disseram ser rabinos, vieram dos Estados Unidos, Reino Unido e Áustria.


Ahmadinejad

A conferência deve receber uma mensagem do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que já disse que o Holocausto --no qual morreram seis milhões de judeus nas mãos do regime nazista alemão-- é um "mito" e foi "exagerado".

O presidente repetidamente questiona por que razão o Holocausto teria sido usado para justificar a criação do Estado de Israel às custas de territórios palestinos.

O Irã passou meses preparando a conferência, inclusive com ações de propaganda durante a visita do secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Annan não concordou com seus anfitriões e afirmou que o Holocausto é um fato histórico. Ele também se opôs à uma exibição de quadrinhos anti-holocausto em Teerã, que, segundo o secretário-geral, "promove o ódio".

Com Associated Press

Fonte


Enviado: 11 Dez 2006, 16:51
por Dick
É impressão minha, ou Mahmoud Ahmadinejad é completamente
Imagem?

Enviado: 11 Dez 2006, 19:07
por O ENCOSTO
O PUG adora esse cara.

Na verdade, não conheço maometano que não seja um pouco revisionista.

Re.: Estafeta dos aiatolás faz conferência sobre holocausto

Enviado: 11 Dez 2006, 19:08
por Alter-ego
Porque eles não promovem um debate "científico", sem os tabus "maometanos" sobre a repressão das liberdades individuais no Irã?