Religião é Veneno

Os que acompanham os meus textos a mais tempo sabem que eu dirigia um ministério católico e que era bastante requisitado para pregações, direção de encontros, vigílias, etc. Os convites de todo o tipo se mantém até hoje...
Na semana passada uma senhora veio procurar-me, pedindo que fosse até a sua casa para fazer uma oração, pois que ela estava com problemas.
"Que tipo de problemas?" - perguntei.
Ao que ela respondeu que havia, junto com sua filha visto um "vulto" entrando em seu quarto e que, logo após, uma séria de objetos cairam ao chão, seguidos por uma sucessão de ruídos.
Olhei bem para a senhora, e já ía sugerir-lhe que fosse a um psquiatra, quando percebi que ela começava a chorar, visivelmente emocionada, e pedia-me que fosse com urgência, pois durante toda a semana elas quase não puderam dormir, amedrontadas.
Pensei por uns instantes sobre o que dizer-lhe.
Aquela não era uma pessoa dada a melindres, ou que já houvesse vindo com histórias semelhantes anteriormente, e estava visivelmente abalada.
Se eu a mandasse procurar um profissional, ela ficaria ofendida, provavelmente não iria e ficaria na mesma.
Também me deu vontade de, já que ela cria nessas coisas de "vultos", mandá-la a um centro espírita. Mas imaginei que, ainda que ela fosse, a situação seria explorada de forma a criar um vínculo emocional que a impedisse de sair de lá.
Então concordei em ir...

***

Na sexta-feira, à noite, conforme combinado, passei lá.
Pedi para ver a casa, o local do "incidente", para conversar com as pessoas de casa, e o sentimento entre eles era o mesmo.
Dei início a um momento de oração, trazendo alguns dos principais elementos que eu costumava usar. Mas, não, não trouxe o pequeno ritual para sessões de libertação que já usara em outras situações "extremas" no passado.
Simplesmente usei de orações, palavras e passagens serenas que desembocavam em uma única mensagem: não há o que temer! Eles temiam que uma certa "entidade" maligna os tivesse perseguindo. Então, eu enfatizei que não há que se preocupar com a maldade, basta preencher a vida com o Bem.
Ao fim, estavam todos melhor e passei algumas recomendações à familia.

***

Agí mal, ou fiz meu papel como ser humano?

Algumas pessoas precisam de morfina. Mas, mesmo sabendo de que nada serve, dá-se.

Porém, dar uma de hipócrita, mesmo que não se perceba, acaba com a gente. É melhor semore evitar.

Alter-ego escreveu:
Agí mal, ou fiz meu papel como ser humano?

Quanto você levou nessa?

Falando sério, no seu lugar eu teria indicado um padre. A senhora era católica.

Apesar de eu achar esse catolicismo meu estranho. Geralmente os católicos recorrem a macumbeiros, benzedores e outros tipos quando estão passando por isso.

E o Shitmaker faria o quê?

Seria macho ao menos uma vez na vida e diria a verdade?

Alter-ego escreveu:Os que acompanham os meus textos a mais tempo sabem que eu dirigia um ministério católico e que era bastante requisitado para pregações, direção de encontros, vigílias, etc. Os convites de todo o tipo se mantém até hoje...
Na semana passada uma senhora veio procurar-me, pedindo que fosse até a sua casa para fazer uma oração, pois que ela estava com problemas.
"Que tipo de problemas?" - perguntei.
Ao que ela respondeu que havia, junto com sua filha visto um "vulto" entrando em seu quarto e que, logo após, uma séria de objetos cairam ao chão, seguidos por uma sucessão de ruídos.
Olhei bem para a senhora, e já ía sugerir-lhe que fosse a um psquiatra, quando percebi que ela começava a chorar, visivelmente emocionada, e pedia-me que fosse com urgência, pois durante toda a semana elas quase não puderam dormir, amedrontadas.
Pensei por uns instantes sobre o que dizer-lhe.
Aquela não era uma pessoa dada a melindres, ou que já houvesse vindo com histórias semelhantes anteriormente, e estava visivelmente abalada.
Se eu a mandasse procurar um profissional, ela ficaria ofendida, provavelmente não iria e ficaria na mesma.
Também me deu vontade de, já que ela cria nessas coisas de "vultos", mandá-la a um centro espírita. Mas imaginei que, ainda que ela fosse, a situação seria explorada de forma a criar um vínculo emocional que a impedisse de sair de lá.
Então concordei em ir...

***

Na sexta-feira, à noite, conforme combinado, passei lá.
Pedi para ver a casa, o local do "incidente", para conversar com as pessoas de casa, e o sentimento entre eles era o mesmo.
Dei início a um momento de oração, trazendo alguns dos principais elementos que eu costumava usar. Mas, não, não trouxe o pequeno ritual para sessões de libertação que já usara em outras situações "extremas" no passado.
Simplesmente usei de orações, palavras e passagens serenas que desembocavam em uma única mensagem: não há o que temer! Eles temiam que uma certa "entidade" maligna os tivesse perseguindo. Então, eu enfatizei que não há que se preocupar com a maldade, basta preencher a vida com o Bem.
Ao fim, estavam todos melhor e passei algumas recomendações à familia.

***

Agí mal, ou fiz meu papel como ser humano?

Graças à sabedoria que usou, conseguiu ajudar um ser humano numa situação bastante delicada sem ser desonesto consigo mesmo hora nenhuma. Parabéns pela atitude, não há o que criticar.

O ENCOSTO escreveu:

Alter-ego escreveu:
Agí mal, ou fiz meu papel como ser humano?

Quanto você levou nessa?

Falando sério, no seu lugar eu teria indicado um padre. A senhora era católica.

Apesar de eu achar esse catolicismo meu estranho. Geralmente os católicos recorrem a macumbeiros, benzedores e outros tipos quando estão passando por isso.

É costume brasileiro não ter coerência política, quanto mais religiosa. Realmente é muito comum entre católicos, na hora do aperto, procurarem benzedeiras e afins... carência intelectual...

Agí mal, ou fiz meu papel como ser humano?

Não há o que repreender.

Parece que você era uma pessoa conhecida e inspirava confiança à mulher a à sua família. Foi movido a ajudar, tendo em consideração o estado emocional daquela. Se você os deixou com palavras que inspirem a enfrentar seus medos e seguir adiante sem temer, fez bem.

Funcionou?

[Hrrr ON]

Voceh naum deveria ter contribuido para agerinar ainda mais essa muilher e sua familia

[Hrrr OFF]

Alter-ego escreveu:Os que acompanham os meus textos a mais tempo sabem que eu dirigia um ministério católico e que era bastante requisitado para pregações, direção de encontros, vigílias, etc. Os convites de todo o tipo se mantém até hoje...
Na semana passada uma senhora veio procurar-me, pedindo que fosse até a sua casa para fazer uma oração, pois que ela estava com problemas.
"Que tipo de problemas?" - perguntei.
Ao que ela respondeu que havia, junto com sua filha visto um "vulto" entrando em seu quarto e que, logo após, uma séria de objetos cairam ao chão, seguidos por uma sucessão de ruídos.
Olhei bem para a senhora, e já ía sugerir-lhe que fosse a um psquiatra, quando percebi que ela começava a chorar, visivelmente emocionada, e pedia-me que fosse com urgência, pois durante toda a semana elas quase não puderam dormir, amedrontadas.
Pensei por uns instantes sobre o que dizer-lhe.
Aquela não era uma pessoa dada a melindres, ou que já houvesse vindo com histórias semelhantes anteriormente, e estava visivelmente abalada.
Se eu a mandasse procurar um profissional, ela ficaria ofendida, provavelmente não iria e ficaria na mesma.
Também me deu vontade de, já que ela cria nessas coisas de "vultos", mandá-la a um centro espírita. Mas imaginei que, ainda que ela fosse, a situação seria explorada de forma a criar um vínculo emocional que a impedisse de sair de lá.
Então concordei em ir...

***

Na sexta-feira, à noite, conforme combinado, passei lá.
Pedi para ver a casa, o local do "incidente", para conversar com as pessoas de casa, e o sentimento entre eles era o mesmo.
Dei início a um momento de oração, trazendo alguns dos principais elementos que eu costumava usar. Mas, não, não trouxe o pequeno ritual para sessões de libertação que já usara em outras situações "extremas" no passado.
Simplesmente usei de orações, palavras e passagens serenas que desembocavam em uma única mensagem: não há o que temer! Eles temiam que uma certa "entidade" maligna os tivesse perseguindo. Então, eu enfatizei que não há que se preocupar com a maldade, basta preencher a vida com o Bem.
Ao fim, estavam todos melhor e passei algumas recomendações à familia.

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Agí mal, ou fiz meu papel como ser humano?

- Bela atitude cara, o problema é vc se empolgar e começar a cobrar pelo serviço....

Uma coisa que noto é que os padres católicos não têm a mesma disposição de cuidar destes "casos particulares" que pastores evangélicos e espíritas têm.

Por certo foi algo humano, embora não sei se eu me sentiria bem sendo hipócrita nestas questões de fé. Digo, esta é a mesma situação da criança (ou adulto) que perde um ente querido. Seu conforto é o melhor, independentemente do engodo no qual o mesmo se sustenta? Ainda assim, acho que foi o melhor. E pur si mueve.

Tranca-Ruas escreveu:Uma coisa que noto é que os padres católicos não têm a mesma disposição de cuidar destes "casos particulares" que pastores evangélicos e espíritas têm.

Noto que católicos em geral estão muito menos preocupados com a religião alheia que evangélicos e espíritas. Pra comprovar é só dizer que é ateu para os três tipos de pessoa se, por acaso, tocarem no assunto religião

Apáte escreveu:

Tranca-Ruas escreveu:Uma coisa que noto é que os padres católicos não têm a mesma disposição de cuidar destes "casos particulares" que pastores evangélicos e espíritas têm.

Noto que católicos em geral estão muito menos preocupados com a religião alheia que evangélicos e espíritas. Pra comprovar é só dizer que é ateu para os três tipos de pessoa se, por acaso, tocarem no assunto religião

Concordo.
Católicos geralmente são melhores pessoas que os crentes por geralmente serem menos cristãos(polêmica mode ON)...

Não, não agiu e ainda livrou-os das garras maléficas do espitismo.

Alter-ego escreveu:Se eu a mandasse procurar um profissional, ela ficaria ofendida, provavelmente não iria e ficaria na mesma.

Esse é o grande segredo, cara. O ser humano vive se engalfinhando em conflitos ideológicos, em compromisso com uma pretensa "verdade", em usar ou não muletas psicológicas, e se esquece que o desejável é produzir o maior bem possível em cada situação. Parabéns.

Flavio Costa escreveu:

Alter-ego escreveu:Se eu a mandasse procurar um profissional, ela ficaria ofendida, provavelmente não iria e ficaria na mesma.

Esse é o grande segredo, cara. O ser humano vive se engalfinhando em conflitos ideológicos, em compromisso com uma pretensa "verdade", em usar ou não muletas psicológicas, e se esquece que o desejável é produzir o maior bem possível em cada situação. Parabéns.

A IURD é, portanto, benéfica para o povão indouto sedento por um sentido na vida. Quantos bêbados ela já não salvou? Quantos vagabundos criminosos? Salve Macedo!

Alter-ego escreveu:Agí mal, ou fiz meu papel como ser humano?

Eu não faria o mesmo, mas acho que agiste bem

Let me think for a while escreveu:

Flavio Costa escreveu:

Alter-ego escreveu:Se eu a mandasse procurar um profissional, ela ficaria ofendida, provavelmente não iria e ficaria na mesma.

Esse é o grande segredo, cara. O ser humano vive se engalfinhando em conflitos ideológicos, em compromisso com uma pretensa "verdade", em usar ou não muletas psicológicas, e se esquece que o desejável é produzir o maior bem possível em cada situação. Parabéns.

A IURD é, portanto, benéfica para o povão indouto sedento por um sentido na vida. Quantos bêbados ela já não salvou? Quantos vagabundos criminosos? Salve Macedo!

A IURD produz o maior bem possível em cada situação?

Caro amigo catholico, você agiu bem,trouxe paz e conforto para uma familia.
A questão é : Por quanto tempo?


Eu com certeza levaria ela a uma igreja evangélica, sei que esses espíritos existem e que vão votar a incomodar.Porém como tenho visto cada igreja por aí pregando até contra os principais princípios bíblicos,entendo que fazer isso seria perigoso.
Abraço.

Let me think for a while escreveu:A IURD é, portanto, benéfica para o povão indouto sedento por um sentido na vida. Quantos bêbados ela já não salvou? Quantos vagabundos criminosos? Salve Macedo!

o gesto do alter pareceu-me excepcional e desinteressado, não é comparável a uma seita organizada chupadora de dinheiro.

Let me think for a while escreveu:

Flavio Costa escreveu:

Alter-ego escreveu:Se eu a mandasse procurar um profissional, ela ficaria ofendida, provavelmente não iria e ficaria na mesma.

Esse é o grande segredo, cara. O ser humano vive se engalfinhando em conflitos ideológicos, em compromisso com uma pretensa "verdade", em usar ou não muletas psicológicas, e se esquece que o desejável é produzir o maior bem possível em cada situação. Parabéns.

A IURD é, portanto, benéfica para o povão indouto sedento por um sentido na vida. Quantos bêbados ela já não salvou? Quantos vagabundos criminosos? Salve Macedo!

Creio que é uma situação bem diferente.
O que move a IURD não é o sentido de ajuda, mas explorar e manter uma instituição, defendendo e fazendo proselitismo de suas falácias.
No caso do Alter-ego, ele atendeu a uma situação isolada, movido pela solidariedade, haja vista que o móvel, era fazer o jogo daquela gente, para que ela tirasse proveito desse seu estado e se livrasse do seu problema.
Ficou até com autoridade para, em outra condição, ter uma atitude mais realista, com os mesmos personagens.