Evangélicos e suas obras assistenciais
Enviado: 11 Dez 2006, 19:42
Missionários acusados de praticarem abusos sexuais contra crianças da Casa Lar Aribiri são condenados pela Justiça
http://gazetaonline.globo.com/noticias/ ... _site=0844
11/12/2006 14:30:47 - Redação Gazeta Rádios e Internet
Fernanda Queiroz e Fábio Botacin
A juíza da 6º Vara Criminal de Vila Velha, Vânia Massad Campos, condenou os responsáveis pela Casa Lar Aribiri, Luciene Santos da Silva, 30 anos e o marido dela, Ruimar Santana da Silva, de 38 anos, bem como a voluntária do abrigo, Nilta Geralda Melanes Maciel, a 20 anos de reclusão, cada.
Os três missionários, ligados à Associação Batista de Vila Velha, são acusados de cometerem abusos sexuais, crimes de tortura, maus tratos e atentando violento ao pudor contra oito crianças que estavam sob a guarda do abrigo, entre os anos de 2002 e 2004.
De acordo com relatos do Ministério Público Estadual, o pastor Ruimar Santana da Silva e a mulher dele, Luciene da Silva, ambos responsáveis pelo abrigo, assim como a voluntária Nilta Geralda, submetiam as crianças à sessões de tortura e espancamentos contínuos, com emprego de violência e graves ameaças. Vale destacar que todas as vítimas eram crianças e adolescentes em situação de risco social, ou seja, que já haviam sofrido algum tipo de violência em seus próprios lares e por isso teriam sido encaminhadas para o abrigo Casa Lar de Aribiri pelos Conselhos Tutelares, Promotoria e Juizado da Infância de Vila Velha.
As vítimas contaram em depoimentos ao Ministério Pùblico que eram obrigadas a manterem relações sexuais com o pastor e que tais relações eram possibilitadas pelos métodos de pressão psicológica e torturas físicas, praticados pelas acusadas Luciene Santos da Silva e Nilta Geralda Melantes Maciel. As crianças, conforme consta no processo, "eram dopadas com fortes doses de analgésicos e outros medicamentos de origem desconhecida e acordavam com fortes dores pélvicas e vaginais, típicas de relações sexuais forçadas". Uma das vítimas de violência sexual tinha apenas dois anos de idade na época do crime.
De acordo com a promotora de Justiça, dirigente do Centro de Apoio da Infância e Juventude do MPES, Maria Zumira Teixeira Bowen, esse tipo de violência contra criança é bastante comum, mas ressalta que a impunidade ainda é a maior aliada dos criminosos.
Segundo a promotora, dos 497 inquéritos que tramitam na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), envolvendo crimes contra menores praticados na Grande Vitória, 70% deles correm o risco de serem arquivados, devido a falta de provas.
Maria Zumira acredita que com a estruturação física da DPCA; com a aquisição de equipamentos; aumento do corpo funcional e a criação de plantões de finais de semana é que a tramitação dos inquéritos poderá ser mais ágil. Um ofício solicitando atenção ao caso já foi, inclusive, encaminhado à Secretária Estadual de Segurança Pública.
Além disso, a promotora defende a contratação de equipes multidisciplinares, formadas por psicólogos e assistentes sociais. Os profissionais trabalhariam em parceria com delegados, promotores e juízes da área da infância. No Ministério Público Estadual, já se discute a criação de uma promotoria específica para atender aos casos de crimes praticados contra crianças. No Judiciário, a criação de uma vara especial chegou a ser aprovada pela Assembléia Legislativa, mas ainda não saiu do papel.
http://gazetaonline.globo.com/noticias/ ... _site=0844
11/12/2006 14:30:47 - Redação Gazeta Rádios e Internet
Fernanda Queiroz e Fábio Botacin
A juíza da 6º Vara Criminal de Vila Velha, Vânia Massad Campos, condenou os responsáveis pela Casa Lar Aribiri, Luciene Santos da Silva, 30 anos e o marido dela, Ruimar Santana da Silva, de 38 anos, bem como a voluntária do abrigo, Nilta Geralda Melanes Maciel, a 20 anos de reclusão, cada.
Os três missionários, ligados à Associação Batista de Vila Velha, são acusados de cometerem abusos sexuais, crimes de tortura, maus tratos e atentando violento ao pudor contra oito crianças que estavam sob a guarda do abrigo, entre os anos de 2002 e 2004.
De acordo com relatos do Ministério Público Estadual, o pastor Ruimar Santana da Silva e a mulher dele, Luciene da Silva, ambos responsáveis pelo abrigo, assim como a voluntária Nilta Geralda, submetiam as crianças à sessões de tortura e espancamentos contínuos, com emprego de violência e graves ameaças. Vale destacar que todas as vítimas eram crianças e adolescentes em situação de risco social, ou seja, que já haviam sofrido algum tipo de violência em seus próprios lares e por isso teriam sido encaminhadas para o abrigo Casa Lar de Aribiri pelos Conselhos Tutelares, Promotoria e Juizado da Infância de Vila Velha.
As vítimas contaram em depoimentos ao Ministério Pùblico que eram obrigadas a manterem relações sexuais com o pastor e que tais relações eram possibilitadas pelos métodos de pressão psicológica e torturas físicas, praticados pelas acusadas Luciene Santos da Silva e Nilta Geralda Melantes Maciel. As crianças, conforme consta no processo, "eram dopadas com fortes doses de analgésicos e outros medicamentos de origem desconhecida e acordavam com fortes dores pélvicas e vaginais, típicas de relações sexuais forçadas". Uma das vítimas de violência sexual tinha apenas dois anos de idade na época do crime.
De acordo com a promotora de Justiça, dirigente do Centro de Apoio da Infância e Juventude do MPES, Maria Zumira Teixeira Bowen, esse tipo de violência contra criança é bastante comum, mas ressalta que a impunidade ainda é a maior aliada dos criminosos.
Segundo a promotora, dos 497 inquéritos que tramitam na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), envolvendo crimes contra menores praticados na Grande Vitória, 70% deles correm o risco de serem arquivados, devido a falta de provas.
Maria Zumira acredita que com a estruturação física da DPCA; com a aquisição de equipamentos; aumento do corpo funcional e a criação de plantões de finais de semana é que a tramitação dos inquéritos poderá ser mais ágil. Um ofício solicitando atenção ao caso já foi, inclusive, encaminhado à Secretária Estadual de Segurança Pública.
Além disso, a promotora defende a contratação de equipes multidisciplinares, formadas por psicólogos e assistentes sociais. Os profissionais trabalhariam em parceria com delegados, promotores e juízes da área da infância. No Ministério Público Estadual, já se discute a criação de uma promotoria específica para atender aos casos de crimes praticados contra crianças. No Judiciário, a criação de uma vara especial chegou a ser aprovada pela Assembléia Legislativa, mas ainda não saiu do papel.