Vitor Moura escreveu:Zangari escreveu:Vitor Moura escreveu:Zangari escreveu:Vitor Moura escreveu:Zangari escreveu:Assim selou o meu destino o "Dr." em kardeciologia com pós-doc em dislexia não avaliada e filologia indigenista! Estou profundamente preocupado com o diagnóstico. Acho que vou me matar. Depois, vou baixar em algum centro espírita para provocar alguns infelizes! Serei, por escolha, um espírito zombeteiro a importunar os que nunca falham!
Vc deu mais um exemplo de dificuldade de interpretação de texto quando disse que o livro da Juliana mostraria que a metodologia de Crookes não seria considerada científica. Ela diz justamente o oposto. Entende a seriedade de seu problema? Vc não admite, mas os fatos falam por si.
Após sugerir a leitura do livro, afirmo, textualmente: "discute a questão da cientificidade da metodologia". E sou eu que tenho problemas de interpretação? RiZSZSZSível!
É mesmo? E não foi vc quem escreveu isso aqui?
http://www.pesquisapsi.com/linhacetica/ ... 2/o-aporte"A metodologia empregada à época atualmente não seria considerada adequada. Um exemplo claro disso pode ser visto nos estudos de Crookes. Recentemente (2004) foi publicado o livro "Estudando o invisível: William Crookes e a nova força", de Juliana Mesquita. Trata-se do resultado de um estudo de mestrado em História da Ciência. Nele, Juliana apresenta e analisa o trabalho do gênio Crookes em relação aos fenômenos psi e
defende a idéia, dentre outras, de que a metodologia empregada não seria compatível com a atualmente aceita".
Onde diabos no livro da Juliana vc encontra a defesa de tal idéia, já que ela mesmo diz que as falhas de Crookes "não criam um abismo intrasponível entre os estudos que aceitamos como científicos"?
Você leu o livro? A impressão é que não!
Isso é discutido durante várias partes!
Há toda uma seção em que isso é discutido de modo específico, a partir da página 525, em "Aplicações dos critérios atuais às investigações de William Crookes sobre fenômenos espiritualistas". Essa parte está repleta de argumentos nesse sentido. Por exmeplo: "... muitos autores sugerem que os médiuns poderiam estar cometendo fraudes e que não seriam objetos de estudo confiáveis. Nesse sentido, os experimentos de Rhine, por exemplo, realizados com pessoas comuns, que não alegavam poderes excepcionais, seriam superiores aos estudos de Crookes. Embora não fosse isso que William Crookes pensava na época em que realizou suas pesquisas, hoje é assim que geralmente elas são vistas pelos que se dedicam a investigar os fenômenos paranormais. Pode-se notar, portanto, que quanto Braude propõe que essas evidências, atualmente consideradas ´semi-experimentais´, sejam valorizadas como a única forma de convencer os céticos, ele está ciente de que sua sugestão é audaciosa e seria ridicularizada por muitos parapsicólogos. "
Aí ela está simplesmente reproduzindo a opinião da maior parte da comunidade parapsicológica, e cita Braude, que seria contra tal postura.
Zangari escreveu:Mas... são vários os trechos que apresentam semelhantes argumentos: "Vale notar que, embora boa parte dos parapsicólogos atuais reconheçam as origens de seus estudos nas investigações de William Crookes e de outros cientistas que se dedicaram a pesquisas os fenômenos espiritualistas, TAIS TRABALHOS ATUALMENTE NÃO SÃO VISTOS COMO SATISFATÓRIOS pelo que pudemos observar nas questões debatidas por Ruth Reinsel e Stephen Braude".
Mas não seriam vistos como satisfatórios POR QUEM? Ela responde:
"Assim, pode-se concluir que, de modo geral, vistas pelos critérios atuais, as pesquisas de William Crookes poderiam ser consideradas não cieníficas
por muitos daqueles que qualificam a parapsicologia como pseudo-ciência. "
Ou seja, se consideramos que as pesquisas de Crookes são não científicas, então a Parapsicologia também seria pseudo-ciência pelos mesmos critérios. E ela continua:
"Curiosamente, também entre parapsicólogos essas pesquisas sofreriam oposições".
Isso é só mais uma vez a opinião daqueles que consideram os estudos de Rhine superiores no sentido de controle.
Zangari escreveu:Mas é justamente na parte seguinte: "Os critérios atuais correspondem aos praticados no século XIX?", onde a autora vai fazer a comparação de modo mais apropriado. Ela conclui assim tal parte: "Aliás, de certo modo, enquanto a quase rara utilização de experimentos e a pouca variação nas condições em que os fenômenos ocorreriam eram diferenças metodológicas que pareciam suregir que os estudo dos fenômenos espiritualistas não obedeciam a um padrão da época, parece que esse argumento não pode ser estendido às investigações dos parapsicólogos".
Na página 458, após um trecho praticamente idêntico, ela ressalta que " tanto Hershel quanto Jevons admitiam que, no início de qualquer área do conhecimento, eram mais comuns as observações passivas do que os experimentos".
Por isso ela diz "as diferenças metodológicas
que pareciam sugerir", "
parece que esse argumento não pode ser estendido" (grifos meus), porque há de se considerar que estava-se no início de uma área do conhecimento.
E logo no parágrafo ANTERIOR ela diz que "Assim, embora atualmente exista entre algumas pessoas a noção de que havia, no século XIX, um grupo de cientistas "desequilibrados" que resolveram se dedicar ao estudo de estranhos fenômenos ocultos, os argumentos que se colocam hoje contra esse tipo de investigação não são muito diferentes do que se podia usar na época,
e a questão não está de modo algum resolvida." (grifos meus)
Ou seja, como ela poderia saltar de "de modo algum resolvido" para a conclusão que vc pensou que ela chegou de um parágrafo para o outro?
Zangari escreveu:Já nas conclusões, ela vai mais fundo e afirma:
"Durante o desenvolvimento da presente pesquisa, pôde-se constatar, portanto, que o trabalho de Crookes NÃO ERA TÃO 'NEUTRO' E CUIDADOSO QUANTO ELE PRÓPRIO QUERIA QUE ACREDITASSEM. O cientista NÃO CONTROLAVA tão bem a situação quanto dizia, e o médium PODERIA TER PREPARADO COM ANTECEDÊNCIA ALGUM TRUQUE (desconhecido) para agir sobre a balança, por exemplo. Além disso, ele NÃO VARIAVA OS EXPERIMENTOS nem testava a variedade de hipóteses tão bem quanto em seus estudos sobre outros temas."
Aí ela cita as falhas inerentes às pesquisas, que como ela mesma disse, não criam um abismo intransponível entre os estudos que julgamos como científicos.
Zangari escreveu:E aí vem o pior:
"Nota-se também, CERTA FALTA DE HONESTIDADE NO MODO COMO CROOKES RELATAVA A SITUAÇÃO EXPERIMENTAL... De modo geral, no entanto, embora o trabalho de Crookes sobre os fenômenos espiritualistas não fosse "IDEAL" , DO PONTO DE VISTA CIENTÍFICO, as FALHAS apresentadas nos experimentos com Home NÃO SÃO DIFERENTES das que costumavam e costumam ocorrer em trabalhos 'CIENTÍFICOS'".
Note-se que apenas de as maiúsculas serm minhas, as aspas no CIENTÍFICOS é da própria autora, de modo que isso reflete perfeitamente o que ela pensa.
Meu Deus do Céu!!!! (não que eu acredite...) Impressionante seu problema de interpretação de texto. Leia mil vezes a frase se necessário:
"De modo geral, no entanto, embora o trabalho de Crookes sobre os fenômenos espiritualistas não fosse "ideal" , do ponto de vista científico as falhas apresentadas nos experimentos com Home não são diferentes das que costumavam e costumam ocorrer em trabalhos "científicos".
As aspas em "científicos" não são uma ironia - até porque se fosse a frase perderia o sentido - da mesma forma que as aspas em "ideal" também não. Tire as aspas em "ideal". Mudou o significado de alguma coisa? Ganhou outro sentido? Não. Da mesma forma, o "científicos" também não. As aspas aí só servem para chamar a atenção de que está-se trabalhando com a noção dada pelo senso comum do que seria um trabalho científico!
Pegue o último parágrafo da conclusão:
"Também na ciência "normal" o pesquisador costuma ser guiado por expectativas e desejos íntimos..."
As aspas em "normal" reforçam apenas o sentido geralmente atribuído ao que é normal em ciência. Tire as aspas e veja se muda o significado! Não muda absolutamente nada!
Repito: incrível a sua dificuldade de interpretação de texto.