Vaticano diz que médicos devem decidir sobre karmas
Enviado: 20 Dez 2006, 13:55
Vaticano diz que médicos devem decidir sobre paciente terminal
Ansa
11:25 20/12
CIDADE DO VATICANO, 20 DEZ (ANSA) - O pedido de um paciente terminal italiano de que fossem desligados os aparelhos respiratórios para que ele morresse pode ser aceito eticamente, segundo o responsável do Vaticano por assuntos ligados à saúde.
Leia abaixo o texto
O cardeal Javier Lozano Barragan disse que se médicos decidirem que os aparelhos estão prolongando inutilmente a vida de Piergiorgio Welby, o desligamento dos equipamentos não seria considerado eutanásia.
Barragan ressaltou que a decisão não deve ser tomada pelos médicos antes que seja feita uma "análise séria" do caso.
Welby, de 51 anos, sofre de distrofia muscular crônica e pediu para que o deixassem morrer. Ele tem o movimento de apenas alguns músculos do rosto, comunica-se por meio de um sintetizador de voz e é alimentado por um tubo.
Seu pedido para que fossem desligados os aparelhos despertou um debate nacional sobre o "direito de morrer", que muitos concordam que doentes crônicos deveriam ter.
Paira sobre o caso a oposição aberta da Igreja Católica à eutanásia. Mas os comentários do cardeal Barragan indicam que o Vaticano interpreta de outra maneira o caso de Welby.
"Os médicos devem dizer se as máquinas que o ajudam a respirar são inúteis e se prolongam um sofrimento desnecessário diante da morte iminente. Se a resposta for positiva, as máquinas poderão ser desligadas", disse Barragan.
Autoridades da saúde italiana devem dar seu parecer sobre o caso de Welby nesta quarta-feira. O pronunciamento poderá lançar as bases para a interpretação de casos futuros e parâmetros para novas leis que muitos políticos julgam necessárias para regular a situação.
Um juiz de Roma disse no sábado que Welby teoricamente teria o direito de recusar sua terapia médica, mas este direito não poderia ser exercido porque nenhuma lei italiana protege a medida explicitamente.
A acusação, porém, fez um apelo contra a sentença do juiz, dizendo que o direito de Welby de desistir do tratamento pode ou não existir, mas seu desejo deve ser respeitado se possível.
Argumentando que Welby tem, de fato, este direito, disseram que a vontade de recusar o tratamento anulava outras considerações, já que médicos não têm o direito de tratar pacientes que não desejam serem tratados.
Um painel de juizes deve avaliar o apelo nos próximos dias.
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias ... 3074_1.xml
Ansa
11:25 20/12
CIDADE DO VATICANO, 20 DEZ (ANSA) - O pedido de um paciente terminal italiano de que fossem desligados os aparelhos respiratórios para que ele morresse pode ser aceito eticamente, segundo o responsável do Vaticano por assuntos ligados à saúde.
Leia abaixo o texto
O cardeal Javier Lozano Barragan disse que se médicos decidirem que os aparelhos estão prolongando inutilmente a vida de Piergiorgio Welby, o desligamento dos equipamentos não seria considerado eutanásia.
Barragan ressaltou que a decisão não deve ser tomada pelos médicos antes que seja feita uma "análise séria" do caso.
Welby, de 51 anos, sofre de distrofia muscular crônica e pediu para que o deixassem morrer. Ele tem o movimento de apenas alguns músculos do rosto, comunica-se por meio de um sintetizador de voz e é alimentado por um tubo.
Seu pedido para que fossem desligados os aparelhos despertou um debate nacional sobre o "direito de morrer", que muitos concordam que doentes crônicos deveriam ter.
Paira sobre o caso a oposição aberta da Igreja Católica à eutanásia. Mas os comentários do cardeal Barragan indicam que o Vaticano interpreta de outra maneira o caso de Welby.
"Os médicos devem dizer se as máquinas que o ajudam a respirar são inúteis e se prolongam um sofrimento desnecessário diante da morte iminente. Se a resposta for positiva, as máquinas poderão ser desligadas", disse Barragan.
Autoridades da saúde italiana devem dar seu parecer sobre o caso de Welby nesta quarta-feira. O pronunciamento poderá lançar as bases para a interpretação de casos futuros e parâmetros para novas leis que muitos políticos julgam necessárias para regular a situação.
Um juiz de Roma disse no sábado que Welby teoricamente teria o direito de recusar sua terapia médica, mas este direito não poderia ser exercido porque nenhuma lei italiana protege a medida explicitamente.
A acusação, porém, fez um apelo contra a sentença do juiz, dizendo que o direito de Welby de desistir do tratamento pode ou não existir, mas seu desejo deve ser respeitado se possível.
Argumentando que Welby tem, de fato, este direito, disseram que a vontade de recusar o tratamento anulava outras considerações, já que médicos não têm o direito de tratar pacientes que não desejam serem tratados.
Um painel de juizes deve avaliar o apelo nos próximos dias.
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