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questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 18:01
por Hrrr
quando fechamos um olho, apenas um fica habilitado, o olho fechado fica "desabilitado", apenas aberto "vive"
um olho "desabilitado" nao enxerga nada
quando fechamos os dois olhos, os dois ficam "desabilitados". Sera que fechando os olhos enxergamos o nada, que "enxergariamos" depois da morte (considerando a possibilidade do nada pos-morte)?
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 18:04
por Hugo
https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?p=164368
rapha... escreveu:Tópico mais idiota de toda a história dos foros virtuais.
Discordo.
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 18:04
por Flush
Que a audição se manifesta activa algum tempo depois da paragem cardiaca sei...
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 18:04
por rapha...
Mais um para a coleção.
Re: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 18:04
por Team America
Hrrr escreveu:quando fechamos um olho, apenas um fica habilitado, o olho fechado fica "desabilitado", apenas aberto "vive"
um olho "desabilitado" nao enxerga nada
quando fechamos os dois olhos, os dois ficam "desabilitados". Sera que fechando os olhos enxergamos o nada, que "enxergariamos" depois da morte (considerando a possibilidade do nada pos-morte)?
Fica tudo preto...Mas desabilitado não...É como você desligasse o monitor mas com o computador ligado...
tá ligado?
Enviado: 20 Dez 2006, 18:39
por salgueiro
Vai ter que morrer para descobrir o que seria o nada-após-a-morte. Não acredito que alguém vivo possa traçar qualquer paralelo
Bjs
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 18:44
por Hugo
Acho que dá sim.
Edgar Allan Poe considerava as horas de sono como tal.
Re: Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 18:51
por salgueiro
Kramer escreveu:Acho que dá sim.
Edgar Allan Poe considerava as horas de sono como tal.
Ele pode considerar mas não significa que seja.
Todo o seu corpo está em funcionamento enquanto dorme. A morte é o cessar de toda a atividade
Bjs
Re: Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 19:01
por salgueiro
Usuário deletado escreveu:O que você sentia antes de nascer é o mesmo que você vai sentir após a morte.
Vc quis dizer, antes de ser concebido, certo ?
Bjs
Re: Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 19:06
por salgueiro
Usuário deletado escreveu:salgueiro escreveu:Usuário deletado escreveu:O que você sentia antes de nascer é o mesmo que você vai sentir após a morte.
Vc quis dizer, antes de ser concebido, certo ?
Bjs
O que eu quis dizer foi: Você a após a morte não vai sentir como também não sentia nada antes de nascer.
Esse antes de nascer, na realidade, é antes de ser concebido, A gestação é o início de nossas experiências
Bjs
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 19:09
por Apáte
O megas não é o usuário mais novo do fórum.
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 19:22
por o anátema
o nada de depois de morrer é mais ou menos como as memórias subjetivas que tem de antes de seu nascimento.
Enviado: 20 Dez 2006, 19:32
por Samael
(ele é boa pessoa, Rodrigo, esforce-se para não agredí-lo, vamos lá, Rodrigo, você consegue...)
Enviado: 20 Dez 2006, 19:34
por Azathoth
Segundo Heidegger, nós sentimos a nulidade em momentos de angústia.
Enviado: 20 Dez 2006, 19:41
por salgueiro
Azathoth escreveu:Segundo Heidegger, nós sentimos a nulidade em momentos de angústia.
Esses momentos tornam a vida muito mais " viva "
Bjs
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 19:55
por rapha...
Eu sinto que o Hrrr é uma nulidade.
Re: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 20:48
por Márcio
Hrrr escreveu:quando fechamos um olho, apenas um fica habilitado, o olho fechado fica "desabilitado", apenas aberto "vive"
um olho "desabilitado" nao enxerga nada
quando fechamos os dois olhos, os dois ficam "desabilitados". Sera que fechando os olhos enxergamos o nada, que "enxergariamos" depois da morte (considerando a possibilidade do nada pos-morte)?
Hrrr, quando você morrer, (espero que isso não aconteça tão logo) não serão apenas seus olhos que estarão ''desabilitados''.
Re: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 20:53
por Azathoth
Hrrr, quando você morrer, (espero que isso não aconteça tão logo)
.
Olá Robson.
Eu gostaria de propor um jogo.
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 21:06
por Márcio
Hahaha! É uma boa oportunidade pra você saber a resposta Hrrr. Entra no jogo.
Enviado: 20 Dez 2006, 21:08
por Samael
Azathoth escreveu:Segundo Heidegger, nós sentimos a nulidade em momentos de angústia.
Heidegger se sai muito melhor como hermeneuta do que disparando achismos, sinceramente!
Pior do que isso apenas o trato especial que Schoppenhouer dá à arte, tratando-a como único escape à sua "encruzilhada do desejo".
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 21:12
por Azathoth
Na angústia – dizemos nós – “a gente sente-se estranho”. O que suscita tal estranheza e quem é por ela afetado? Não podemos dizer diante de que a gente se sente estranho. A gente se sente totalmente assim. Todas as coisas e nós mesmos afundamo-nos numa indiferença. Isto, entretanto, não no sentido de um simples desaparecer, mas em se afastando elas se voltam para nós. Este afastar-se do ente em sua totalidade, que nos assedia na angústia, nos oprime. Não resta nenhum apoio. Só resta e nos sobrevém – na fuga do ente – este nenhum. A angústia manifesta o nada.
(...)
A angústia nos corta a palavra. Pelo fato de o ente em sua totalidade fugir, e assim, justamente, nos acossa o nada, em sua presença, emudece qualquer dicção do “é”. O fato de nós procurarmos muitas vezes, na estranheza da angústia, romper o vazio silêncio com palavras sem nexo é apenas o testemunho da presença do nada. Que a angústia revela o nada é confirmado imediatamente pelo próprio homem quando a angústia se afastou. Na posse da claridade do olhar, a lembrança recente nos leva a dizer: Diante de que e por que nós nos angustiávamos era “propriamente” – nada. Efetivamente: o nada mesmo – enquanto tal – estava aí.
Para falar a verdade, eu curti bastante essa análise.
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 21:18
por Márcio
Em momentos de suprema angústia, só resta a angústia, antes não houvesse nada, um nada tão desejado nesses momentos, que para alguns pode vir com um tiro na cabeça, certeiro.
Re: Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 21:23
por Samael
Azathoth escreveu:Na angústia – dizemos nós – “a gente sente-se estranho”. O que suscita tal estranheza e quem é por ela afetado? Não podemos dizer diante de que a gente se sente estranho. A gente se sente totalmente assim. Todas as coisas e nós mesmos afundamo-nos numa indiferença. Isto, entretanto, não no sentido de um simples desaparecer, mas em se afastando elas se voltam para nós. Este afastar-se do ente em sua totalidade, que nos assedia na angústia, nos oprime. Não resta nenhum apoio. Só resta e nos sobrevém – na fuga do ente – este nenhum. A angústia manifesta o nada.
(...)
A angústia nos corta a palavra. Pelo fato de o ente em sua totalidade fugir, e assim, justamente, nos acossa o nada, em sua presença, emudece qualquer dicção do “é”. O fato de nós procurarmos muitas vezes, na estranheza da angústia, romper o vazio silêncio com palavras sem nexo é apenas o testemunho da presença do nada. Que a angústia revela o nada é confirmado imediatamente pelo próprio homem quando a angústia se afastou. Na posse da claridade do olhar, a lembrança recente nos leva a dizer: Diante de que e por que nós nos angustiávamos era “propriamente” – nada. Efetivamente: o nada mesmo – enquanto tal – estava aí.
Para falar a verdade, eu curti bastante essa análise.
Isso faz parte da crítica feita ao ateísmo pessimista de Sartre. Acho que é jogo retórico, principalmente a "idéia de nada". E o que menos gosto: é tão específico que não aborda sequer a própria "condição humana", que é a chave mestra dessa angústia.
Arendt se saiu melhor que seu mestre e amante, hehehe.
Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 21:28
por Azathoth
Nunca li Arendt e Sartre achei chato.
Re: Re.: questao do "nada apos a morte"
Enviado: 20 Dez 2006, 21:37
por Will
Samael escreveu:Azathoth escreveu:Na angústia – dizemos nós – “a gente sente-se estranho”. O que suscita tal estranheza e quem é por ela afetado? Não podemos dizer diante de que a gente se sente estranho. A gente se sente totalmente assim. Todas as coisas e nós mesmos afundamo-nos numa indiferença. Isto, entretanto, não no sentido de um simples desaparecer, mas em se afastando elas se voltam para nós. Este afastar-se do ente em sua totalidade, que nos assedia na angústia, nos oprime. Não resta nenhum apoio. Só resta e nos sobrevém – na fuga do ente – este nenhum. A angústia manifesta o nada.
(...)
A angústia nos corta a palavra. Pelo fato de o ente em sua totalidade fugir, e assim, justamente, nos acossa o nada, em sua presença, emudece qualquer dicção do “é”. O fato de nós procurarmos muitas vezes, na estranheza da angústia, romper o vazio silêncio com palavras sem nexo é apenas o testemunho da presença do nada. Que a angústia revela o nada é confirmado imediatamente pelo próprio homem quando a angústia se afastou. Na posse da claridade do olhar, a lembrança recente nos leva a dizer: Diante de que e por que nós nos angustiávamos era “propriamente” – nada. Efetivamente: o nada mesmo – enquanto tal – estava aí.
Para falar a verdade, eu curti bastante essa análise.
Isso faz parte da crítica feita ao ateísmo pessimista de Sartre. Acho que é jogo retórico, principalmente a "idéia de nada". E o que menos gosto: é tão específico que não aborda sequer a própria "condição humana", que é a chave mestra dessa angústia.
Arendt se saiu melhor que seu mestre e amante, hehehe.
Pois é, deu na BBC, que o nada talvez seja a matéria prima do universo, segundo a mais rescente teoria M... Quantas possibilidades no nada, hein? Poderíamos dizer que, segundo a teoria M, que todas as vezes que fechamos os olhos ou talvez quando morremos criamos um big-bang!!!! Um universo paralelo
