ONU aprova sanções ao Irã caso siga programa nuclear
Enviado: 23 Dez 2006, 15:21
ONU aprova sanções ao Irã caso siga programa nuclear
http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 94,00.html
O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje uma resolução que impõe sanções tecnológicas e financeiras ao Irã se o país não suspender suas atividades de enriquecimento de urânio, dando-lhe 60 dias como prazo. A resolução, apresentada por Reino Unido, França e Alemanha, foi adotada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho de Segurança.
O documento é o resultado de dois meses de negociações, após as fortes divisões existentes entre os membros do Conselho de Segurança que querem uma ação mais gradual, entre eles Rússia e China, e os que defendem medidas mais duras, como os Estados Unidos.
O texto da resolução pede ao Irã que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio e o desenvolvimento de um reator de água pesada, uma exigência feita há tempos pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Se não cumprir as exigências, o Irã deverá enfrentar sanções como a proibição de importações e exportações de materiais perigosos e de tecnologia relacionada ao enriquecimento e reprocessamento de urânio e com seus programas de mísseis balísticos.
A resolução proíbe os Estados-membros da ONU de fornecer material e tecnologia que o Irã possa utilizar em seus programas nucleares e de mísseis. Além disso, a medida estabelece o congelamento dos ativos financeiros de companhias e indivíduos-chave envolvidos no programa nuclear, que fazem parte de uma lista adjunta ao texto da resolução.
O documento pede ao diretor da AIEA, Mohammed ElBaradei, que apresente um relatório em 60 dias sobre o cumprimento da resolução pelo Irã. Uma vez que o documento foi redigido sob o artigo 41 do Capítulo VII da Carta da ONU, permite a imposição de outras "medidas apropriadas" se o regime de Teerã não cumprir a resolução.
O embaixador adjunto dos EUA, Alejandro Wolff, indicou que a resolução envia uma mensagem ao Irã sobre "graves repercussões se não cumprir a suspensão de suas atividades nucleares" e expressou sua esperança em que a República Islâmica renuncie a perseguir suas ambições nucleares.
O embaixador destacou que a resolução proporciona uma base importante para a ação por parte do Conselho de Segurança, e que as sanções são apenas o "primeiro passo".
Por sua parte, o embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, afirmou que o documento não implica o "uso da força" e que o objetivo é que o Irã se dê conta da necessidade de cooperar com a AIEA por meio de medidas de confiança. "A resolução deixa claro que se o Irã cessar suas atividades de enriquecimento, as medidas também serão suspensas", destacou.
O Governo iraniano já ignorou uma resolução anterior do Conselho de Segurança, que lhe dava como prazo o último dia 31 de agosto para que suspendesse suas atividades nucleares. Teerã anunciou que reagirá da mesma maneira em relação ao novo documento.
EFE
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O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje uma resolução que impõe sanções tecnológicas e financeiras ao Irã se o país não suspender suas atividades de enriquecimento de urânio, dando-lhe 60 dias como prazo. A resolução, apresentada por Reino Unido, França e Alemanha, foi adotada por unanimidade pelos 15 membros do Conselho de Segurança.
O documento é o resultado de dois meses de negociações, após as fortes divisões existentes entre os membros do Conselho de Segurança que querem uma ação mais gradual, entre eles Rússia e China, e os que defendem medidas mais duras, como os Estados Unidos.
O texto da resolução pede ao Irã que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio e o desenvolvimento de um reator de água pesada, uma exigência feita há tempos pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Se não cumprir as exigências, o Irã deverá enfrentar sanções como a proibição de importações e exportações de materiais perigosos e de tecnologia relacionada ao enriquecimento e reprocessamento de urânio e com seus programas de mísseis balísticos.
A resolução proíbe os Estados-membros da ONU de fornecer material e tecnologia que o Irã possa utilizar em seus programas nucleares e de mísseis. Além disso, a medida estabelece o congelamento dos ativos financeiros de companhias e indivíduos-chave envolvidos no programa nuclear, que fazem parte de uma lista adjunta ao texto da resolução.
O documento pede ao diretor da AIEA, Mohammed ElBaradei, que apresente um relatório em 60 dias sobre o cumprimento da resolução pelo Irã. Uma vez que o documento foi redigido sob o artigo 41 do Capítulo VII da Carta da ONU, permite a imposição de outras "medidas apropriadas" se o regime de Teerã não cumprir a resolução.
O embaixador adjunto dos EUA, Alejandro Wolff, indicou que a resolução envia uma mensagem ao Irã sobre "graves repercussões se não cumprir a suspensão de suas atividades nucleares" e expressou sua esperança em que a República Islâmica renuncie a perseguir suas ambições nucleares.
O embaixador destacou que a resolução proporciona uma base importante para a ação por parte do Conselho de Segurança, e que as sanções são apenas o "primeiro passo".
Por sua parte, o embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, afirmou que o documento não implica o "uso da força" e que o objetivo é que o Irã se dê conta da necessidade de cooperar com a AIEA por meio de medidas de confiança. "A resolução deixa claro que se o Irã cessar suas atividades de enriquecimento, as medidas também serão suspensas", destacou.
O Governo iraniano já ignorou uma resolução anterior do Conselho de Segurança, que lhe dava como prazo o último dia 31 de agosto para que suspendesse suas atividades nucleares. Teerã anunciou que reagirá da mesma maneira em relação ao novo documento.
EFE
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