Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
O problema é apresentado por Judith Jarvis Thomson em 1971, tb não tive acesso diretamente, li através de Baggini (O Porco Filósofo) e Peter Singer (Vida Ética), sendo que neste último o problema é bem discutido.
Como me fizeram o favor de postar o problema no Yahoo Respostas, vou copiar e/ou editar as partes que interessam:
Um violinista famoso no mundo inteiro por suas proezas na música está terminalmente enfermo. O mundo da música se depara com a possibilidade de perder uma de suas maiores estrelas.
Mas existe uma saída para salvar a vida desse violinista, UMA UNICA PESSOA pode salvar a vida dele: VOCE! Cientistas descobriram que o tratamento que o violinista precisa pode ser obtido se conectarem VOCE a ele durante SEIS MESES ininterruptos.
Músicos, amigos e familiares do violinista se juntam e decidem que você provavelmente não iria se sujeitar a ficar preso/a a alguém que você nem conhece, um total desconhecido, por seis meses. Planejam e executam um SEQUESTRO onde você é levado/a até o hospital onde o violinista se encontra e médicos se encarregam de acoplar você ao músico.
Ao se recobrar dos sedativos usados para te raptar, você se vê nessa situação incômoda e inusitada.
Os médicos informam que caso você interrompa o tratamento, ou seja desligue o violinista, o mesmo morrerá.
O violinista é inocente, você é inocente. Você tem a obrigação moral de ficar conectado ao violinista por seis meses para que o mesmo sobreviva?
Da maneira como o problema foi colocado, essa obrigação me parece criminosa. Se fui levada e conectada à força, mesmo que o violinista vá morrer, manter outro ser humano preso dessa forma ( imaginando-se a hipótese de que eu estar sendo condenada por 6 meses a isso sem o meu consentimento) me parece pouco moral.
Meu direito à liberdade por seis meses foi violado, que para ser restituído provocaría a morte do sujeito.
Eu não tenho obrigação de aceitar isso à menos que considere a vida do outro mais importante que a minha liberdade suspensa por seis meses.
A moral de cada um é relativa.
Talvez um juiz julgasse da seguinte forma: A vida é mais importante do que seis meses de liberdade suspensa. Porém caberia uma indenização pela violação temporária da liberdade.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!
Pow, vejam que coisa! Sempre colocaram a questão da arte, como secundária para humanidade, mas imaginem que em vez de ser um violinista, esse cara fosse um cientista que estaria com o segredo da fusão a frio, metodologia essa que prometeria acabar com o problema energético mundial, oferecendo uma energia limpa e quase sem custo!
E aí, o que vcs fariam? Me parece extramente viável a propositura dessa situação!
Quanto a mim, sem problemas. Não precisariam nem me rapitar! Estaria disposto a ajudar!
Márcio escreveu:Meu direito à liberdade por seis meses foi violado, que para ser restituído provocaría a morte do sujeito. Eu não tenho obrigação de aceitar isso à menos que considere a vida do outro mais importante que a minha liberdade suspensa por seis meses. A moral de cada um é relativa.
Talvez um juiz julgasse da seguinte forma: A vida é mais importante do que seis meses de liberdade suspensa. Porém caberia uma indenização pela violação temporária da liberdade.
Estes experimentos mentais existem para que você questione quais princípios morais devem ser adotados.
A autora quis fazer uma analogia com o aborto onde um ser inocente fica dependente de outro organismo para viver.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Analogia furada porque o problema do aborto não é do tempo de gestação e sim do " depois ", ao contrário do exemplo citado que tem prazo para terminar
Bjs
Essa não é a parte que interessa na analogia Ele trabalha com estes temas:
Sua vida está conectada a outra por um determinado tempo
A outra pessoa é inocente
Você pode optar por se "desconectar" deste vida dependente
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Analogia furada porque o problema do aborto não é do tempo de gestação e sim do " depois ", ao contrário do exemplo citado que tem prazo para terminar
Bjs
Essa não é a parte que interessa na analogia Ele trabalha com estes temas: Sua vida está conectada a outra por um determinado tempo A outra pessoa é inocente Você pode optar por se "desconectar" deste vida dependente
Res, as condições de um exemplo para o outro são tão diferentes que tornam essa analogia furada. Uma grávida em boas condições de saúde leva uma vida normal ( no ir e vir ) o que seria a grande dificuldade do bom samaritano, ficar preso em um hospital. A " conexão " é feita de forma totalmente diferente
Res Cogitans escreveu:Minha cara você pode colocar várias coisas que diferem, mas os problemas essenciais continuam. Você está abordando problemas periféricos a questão.
Não tem nada de periférico, não dá para por no mesmo saco uma experiência com prazo curto com outra de duração indefinida. Eu ficaria facilmente seis meses dentro de um hospital caso fosse essencial e não tenho a menor vontade de ter outro filho
Só há a questão do aborto enquanto há gravidez. Se ela vai entregar pro circo, pra adoção, comer com farofa depois de parir é outro assunto.
A questão é se a grávida tem obrigação moral de se manter "conectada" com outra pessoa que depende necessariamente de seu corpo para viver.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Analogia furada porque o problema do aborto não é do tempo de gestação e sim do " depois ", ao contrário do exemplo citado que tem prazo para terminar
Bjs
Essa não é a parte que interessa na analogia Ele trabalha com estes temas: Sua vida está conectada a outra por um determinado tempo A outra pessoa é inocente Você pode optar por se "desconectar" deste vida dependente
Res Cogitans escreveu:Minha cara você pode colocar várias coisas que diferem, mas os problemas essenciais continuam. Você está abordando problemas periféricos a questão.
a questao da dependencia e inocencia? mas abordar isso com analogias algo falaciosas parece errado...
Estranho fazer uma analogia assim. As condições de vida externas e intenas são diferentes. As circunstâncias de obrigatoriedade natural e de "acoplagem" forçada posterior diferem muito entre si.
A questão da conivência e consciência também não são adequadas.
O fator emocional é de relevância máxima. E o tipo de vínculo também.
Só quem engravidou ou abortou pode analisar que isso é um disparate completo.
Quero dizer,nem precisa ter engravidado ou abortado , não.
Editado pela última vez por Apocaliptica em 26 Dez 2006, 12:27, em um total de 1 vez.
Res Cogitans escreveu:Minha cara você pode colocar várias coisas que diferem, mas os problemas essenciais continuam. Você está abordando problemas periféricos a questão.
Desculpa a intromissão...mas não há nada de periférico.
É que as premissas não se enquadram para uma hipótese de aborto mesmo.
Res Cogitans escreveu:Minha cara você pode colocar várias coisas que diferem, mas os problemas essenciais continuam. Você está abordando problemas periféricos a questão.
a questao da dependencia e inocencia? mas abordar isso com analogias algo falaciosas parece errado...
Vamos ver assim, filósofos são especialistas em filosofia, economistas em economia, físicos em física...
O tema vem sendo discutido em periódicos de filosofia moral, em livros de filosofia, em encontros de filosofia por especialistas em filosofia, muitos deles com fama internacional. É no mínimo razoável a hipótese de que você não tenha entendido problema FILOSÓFICO da questão e sua pertinência com o aborto.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Res Cogitans escreveu:Minha cara você pode colocar várias coisas que diferem, mas os problemas essenciais continuam. Você está abordando problemas periféricos a questão.
Desculpa a intromissão...mas não há nada de periférico. É que as premissas não se enquadram para uma hipótese de aborto mesmo.
Experimentos mentais são por natureza limitadores de variáveis. Eles trabalham com pequenos aspectos de temas mais abrangentes e os analisam sobre um novo prisma. Os aspectos essenciais deste problema eu já postei.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Res Cogitans escreveu:Só há a questão do aborto enquanto há gravidez. Se ela vai entregar pro circo, pra adoção, comer com farofa depois de parir é outro assunto. A questão é se a grávida tem obrigação moral de se manter "conectada" com outra pessoa que depende necessariamente de seu corpo para viver.
Para que isso se aproxime um mínimo de uma analogia a gravidez teria que ser fruto de violência mas mesmo assim não vejo como
Res Cogitans escreveu:Só há a questão do aborto enquanto há gravidez. Se ela vai entregar pro circo, pra adoção, comer com farofa depois de parir é outro assunto. A questão é se a grávida tem obrigação moral de se manter "conectada" com outra pessoa que depende necessariamente de seu corpo para viver.
Para que isso se aproxime um mínimo de uma analogia a gravidez teria que ser fruto de violência mas mesmo assim não vejo como