Pesquisadores da Unicamp produzem liga metal. de três átomos
Enviado: 25 Dez 2006, 20:48
Nos últimos dias, ganhou repercussão na mídia brasileira a proeza conseguida por pesquisadores da Unicamp, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que produziram e registraram a imagem da menor liga metálica do mundo: um fio de ouro e prata com o comprimento de apenas três átomos, e no diâmetro de um átomo. O trabalho foi descrito na revista Nature Nanotechnology, em artigo assinado por Daniel Ugarte (Unicamp/LNLS), Douglas Soares Galvão (Unicamp), Fernando Sato (Unicamp), Jefferson Bettini (LNLS), Sócrates de Oliveira Dantas (UFJF) e Pablo Zimerman (UFJF).
Um fruto da colaboração entre grupos experimentais e teóricos
“É como esticar um chiclete, que vai afinando até romper”, compara Daniel Ugarte, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) e pesquisador do Laboratório de Luz Síncrotron. No mundo nanoscópico (dos milionésimos de milímetro), os cientistas produziram nanofios de liga de ouro e prata, observando-os enquanto eram tracionados até a ruptura. Antes, no limite até o rompimento, o fio permanecia momentaneamente ligado pela cadeia de três átomos, imagem que ficou registrada no microscópio. “Esta é a primeira observação experimental de uma cadeia atômica suspensa composta de átomos diferentes. Trata-se da menor ponte que se pode fazer de uma liga”, destaca o professor Douglas Galvão, chefe do Departamento de Física Aplicada do IFGW.
Nas simulações por dinâmica molecular feitas em computador, Galvão e sua equipe já haviam demonstrado que era possível produzir a liga nanométrica de ouro e prata. A validação experimental, no entanto, foi um grande desafio, que consumiu quase dois anos de trabalhos conduzidos por Daniel Ugarte no Laboratório de Microscopia Eletrônica do LNLS. “A criação de uma liga nanométrica apresenta muitas dificuldades. Por causa da facilidade com que os átomos se movimentam, a tendência é que a liga, a partir da redução do seu tamanho, vá expulsando o material metálico que considera impuro”, explica Ugarte. Isso significa que a composição inicial da liga – no caso, contendo certa quantidade de ouro e outra de prata – vai se modificando.
continua...
http://www.unicamp.br/
Um fruto da colaboração entre grupos experimentais e teóricos
“É como esticar um chiclete, que vai afinando até romper”, compara Daniel Ugarte, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW) e pesquisador do Laboratório de Luz Síncrotron. No mundo nanoscópico (dos milionésimos de milímetro), os cientistas produziram nanofios de liga de ouro e prata, observando-os enquanto eram tracionados até a ruptura. Antes, no limite até o rompimento, o fio permanecia momentaneamente ligado pela cadeia de três átomos, imagem que ficou registrada no microscópio. “Esta é a primeira observação experimental de uma cadeia atômica suspensa composta de átomos diferentes. Trata-se da menor ponte que se pode fazer de uma liga”, destaca o professor Douglas Galvão, chefe do Departamento de Física Aplicada do IFGW.
Nas simulações por dinâmica molecular feitas em computador, Galvão e sua equipe já haviam demonstrado que era possível produzir a liga nanométrica de ouro e prata. A validação experimental, no entanto, foi um grande desafio, que consumiu quase dois anos de trabalhos conduzidos por Daniel Ugarte no Laboratório de Microscopia Eletrônica do LNLS. “A criação de uma liga nanométrica apresenta muitas dificuldades. Por causa da facilidade com que os átomos se movimentam, a tendência é que a liga, a partir da redução do seu tamanho, vá expulsando o material metálico que considera impuro”, explica Ugarte. Isso significa que a composição inicial da liga – no caso, contendo certa quantidade de ouro e outra de prata – vai se modificando.
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