A execução de Saddam Hussein foi condenada pelos governos Europeus e pelo Vaticano e aplaudida pelos Estados Unidos. O presidente norte-americano, George W. Bush, acredita que a morte do ditador vai ajudar a construir a democracia no Iraque.
Agora os factos:
No terreno, confirmaram-se os receios do aumento da violência. Quatro explosões de carros armadilhados em duas zonas de maioria xiita fizeram 73 mortos.
Três explosões quase em simultâneo atingiram um bairro xiita de Bagdade. As bombas foram detonadas numa das ruas mais movimentadas da capital. Pelo menos 37 pessoas morreram. 65 ficaram feridas.
Horas antes, um outro ataque fez 36 mortos em Kufa. Uma viatura armadilhada explodiu num mercado da cidade de maioria xiita, 160 quilómetros a sul de Bagdade.
A violência não impediu as celebrações de curdos e xiitas em todo o país. Em Sadr City centenas de pessoas saíram à rua. No subúrbio xiita de Bagdade, pediu-se a execução dos outros homens fortes do regime de Saddam Hussein. As celebrações repetiram-se em Kerbala.
Mas na terra natal do antigo presidente, as ruas ficaram desertas num sinal de condenação à pena aplicada a Saddam Hussein.
Prevejo guerra civil prolongada
O presidente norte-americano lembra que a violência não vai acabar só porque o ditador morreu. E Bush descreve a execução como uma etapa necessária à construção da democracia no Iraque.
A União Europeia fala de um erro político grave. E condena aplicação da pena de morte em qualquer país.
Quem terá razao aqui? Será o genial e sempre acertado Bush?
Em todo mundo, a maioria dos governos rejeitou a execução por razões que se prendem com o respeito dos direitos humanos. Mas na Líbia e em Gaza a condenação teve motivações políticas.
Irão e Israel ficaram do mesmo lado no apoio à pena de morte. Teerão diz que esta foi uma vitória do povo iraquiano. O número dois do governo israelita fala de justiça. Shimon Peres diz que Saddam Hussein que Saddam Hussein foi o responsável pela própria morte.
http://sic.sapo.pt/online/noticias/mund ... undial.htm