“Crítica da Filosofia do Direito de Hegel “.Karl Marx.
Enviado: 15 Jan 2007, 22:57
Continuando a iniciativa essas digamos mini resenhas, a que vem na seqüência é relativa ao famoso texto de Marx “Crítica da Filosofia do Direito de Hegel“.Embora não concorde com parte do encaminhamento político que pode ser desprendido do texto, que pode levar ateus a terem intolerância com religiosos, quando devemos promover o respeito a diferença. Apesar de Marx abrir essa porta, e esse ser um equívoco do seu texto no meu modo de ver, o seu texto têm argumentos interessantes para reflexão e tende a ser um bom mote para debates.
“MARX, Karl Crítica da Filosofia do Direito de Hegel In: MARX, K. e ENGELS, F. Sobre a Religião, Lisboa, Editora Setenta, 1972, p. 45 – 65
No texto analisado, o autor, Karl Marx, apresenta sua crítica da religião, colocando como ponto de partida o fundamento de que a religião é uma criação humana, que cumpre diversas funções, tanto políticas quanto ideológicas. Segundo Marx “foi o homem que fez a religião, não foi a religião que fez o homem” (p. 45).
A religião é, para Marx e Engels, a base da sociedade que eles criticavam. A crítica dessa sociedade, portanto, teria que passar pela crítica da religião. Marx coloca que o homem que é religioso é um homem que se perdeu por uma felicidade ilusória e o homem que atinge a maturidade não precisa de ilusões e irá buscar a felicidade real.
Nesse sentido, o autor defende a abolição da religião, “enquanto felicidade ilusória do povo (…) exigência que a felicidade real formula. Exigir que ele renuncie às ilusões acerca de sua situação é exigir que renuncie a uma situação que precise de ilusões. A crítica de religião é, pois, em germe, a crítica desse vale de lágrimas de que a religião é a auréola” (p. 46).
A partir da critica à religião, enquanto “consciência invertida do mundo”, Marx aborda outras formas de alienação, colocando que a “tarefa da História, depois de desaparecimento do Para lá da verdade, estabelecer a verdade desse mundo. É, em primeiro lugar a tarefa da filosofia, que está a serviço da História, uma vez denunciada a forma sagrada da auto-alienação do homem, desmascarar a auto-alienação em suas formas não sagradas. A crítica do céu, transforma-se, assim, em crítica da terra, a crítica da religião em crítica do direito, a crítica da teologia em crítica da política”(p. 47).
Apesar de concordar com visão de Marx sobre a religião, enquanto forma de alienação,não concordo com o encaminhamento político que ele propôs, ou seja, a extinção necessária da religião, que se colocou, historicamente como proibição da religião. Penso que isso contraria a liberdade individual e coletiva de crença e organização que pode ocorrer em torno de uma religião ou um projeto político.
Considerando que a religião deva perder a importância que tem, imagino que a melhor forma disso acontecer seria com o avanço de uma concepção racional do mundo, e a eliminação progressiva do sofrimento real dos homens. A melhoria das condições de vida, tornariam desnecessárias as explicações e justificativas religiosas para a pobreza e o sofrimento. O alcance da felicidade na terra tornaria dispensável a ilusão de uma felicidade no céu.”
Pode ser visto também no site.
http://webtekk.org/ateismos/?cat=5
“MARX, Karl Crítica da Filosofia do Direito de Hegel In: MARX, K. e ENGELS, F. Sobre a Religião, Lisboa, Editora Setenta, 1972, p. 45 – 65
No texto analisado, o autor, Karl Marx, apresenta sua crítica da religião, colocando como ponto de partida o fundamento de que a religião é uma criação humana, que cumpre diversas funções, tanto políticas quanto ideológicas. Segundo Marx “foi o homem que fez a religião, não foi a religião que fez o homem” (p. 45).
A religião é, para Marx e Engels, a base da sociedade que eles criticavam. A crítica dessa sociedade, portanto, teria que passar pela crítica da religião. Marx coloca que o homem que é religioso é um homem que se perdeu por uma felicidade ilusória e o homem que atinge a maturidade não precisa de ilusões e irá buscar a felicidade real.
Nesse sentido, o autor defende a abolição da religião, “enquanto felicidade ilusória do povo (…) exigência que a felicidade real formula. Exigir que ele renuncie às ilusões acerca de sua situação é exigir que renuncie a uma situação que precise de ilusões. A crítica de religião é, pois, em germe, a crítica desse vale de lágrimas de que a religião é a auréola” (p. 46).
A partir da critica à religião, enquanto “consciência invertida do mundo”, Marx aborda outras formas de alienação, colocando que a “tarefa da História, depois de desaparecimento do Para lá da verdade, estabelecer a verdade desse mundo. É, em primeiro lugar a tarefa da filosofia, que está a serviço da História, uma vez denunciada a forma sagrada da auto-alienação do homem, desmascarar a auto-alienação em suas formas não sagradas. A crítica do céu, transforma-se, assim, em crítica da terra, a crítica da religião em crítica do direito, a crítica da teologia em crítica da política”(p. 47).
Apesar de concordar com visão de Marx sobre a religião, enquanto forma de alienação,não concordo com o encaminhamento político que ele propôs, ou seja, a extinção necessária da religião, que se colocou, historicamente como proibição da religião. Penso que isso contraria a liberdade individual e coletiva de crença e organização que pode ocorrer em torno de uma religião ou um projeto político.
Considerando que a religião deva perder a importância que tem, imagino que a melhor forma disso acontecer seria com o avanço de uma concepção racional do mundo, e a eliminação progressiva do sofrimento real dos homens. A melhoria das condições de vida, tornariam desnecessárias as explicações e justificativas religiosas para a pobreza e o sofrimento. O alcance da felicidade na terra tornaria dispensável a ilusão de uma felicidade no céu.”
Pode ser visto também no site.
http://webtekk.org/ateismos/?cat=5