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Porque não falam também do Comun*smo?

Enviado: 17 Jan 2007, 08:33
por Alter-ego
Muito tem se falado ultimamente na participação do governo Americano na contra-Revolução de 1964, com apoio logístico, informações estratégicas e até com suposta participação na questão da tortura.

Porque a mídia não dá tanta ênfase ao que hoje já se sabe com tanta clareza, de que a Intentona de 1935, liderada por Prestes teve apoio logístico, financeiro, estratégico, direto da União Soviética e da Internacional Comunista?
Nem mesmo se fala que o louvado Prestes ordenou pessoalmente a morte da esposa de Miranda, presidente do PCB, então apenas uma jovem de 16 anos, que foi estrangulada até a morte e depois teve seu corpo literalmente quebrado ao meio e enterrado no quintal de membros do partido.

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Hoje, pela madrugada, assisti a um documentário da TV Senado que, apesar de tratar o período histórico com excesso de romantismo e sem mostrar o comunismo em toda a sua crueldade, trouxe algumas informações preciosas que, aliadas a outras que já trazia, me despertaram para este fato histórico em especial.
O documentário trazia falas do próprio Prestes, de seu filho (hoje historiador), de William Waack (que escreveu um livro sobre o assunto), de um filho de Miranda, de uma ex-presidente do PCB e historiadora, etc.

Fiquei ainda a pensar no papel dos militares na história republicana...
O golpe fracassado de 35 tinha participação de muitos militares. Bem como, há registros de que as quarteladas eram coisa quase comum, sempre com um viés à esquerda.
Para depois, em 64 chegarmos a um contra-golpe contra um comunista, mas que veio a fazer um governo estatizante, com um estado grande e pesado...

Re.: Porque não falam também do Comun*smo?

Enviado: 17 Jan 2007, 09:29
por Poindexter
Isso eles não falam, Alter-ego!

Também não falam que na Intentona haveria orientação para que os golpistas procurassem matar seus companheiros de farda enquanto estes dormiam!

O general e ex-presidente Ernesto Geisel foi taxativo a esse respeito: segundo ele, foi a partir deste momento que o comun*smo passou a ser uma das maiores preocupações das Forças Armadas.

Os comun*stas adoram reclamar que os revolucionários de 1964 foram "covardes" com eles, porque eles não tinham chance nenhuma de chegar ao poder naquela época. Mesmo que isso fosse verdade, o quê queriam esses comun*stas? Que as Forças Armadas esperassem até que eles tivessem essas condições para que o Brasil mergulhasse no caos e/ou no comun*smo? Sem comentários...

Re: Porque não falam também do Comun*smo?

Enviado: 17 Jan 2007, 10:44
por Alter-ego
Usuário deletado escreveu:Só achei que o Getúlio foi muito radical ao extraditar a Olga Benário para a Alemanha Nazista, sabendo que ela era judia.

É verdade...
Aliás, o Prestes era um banana. Toda a "reputação" que construiu, deve a Olga e à sua mãe.

Re.: Porque não falam também do Comun*smo?

Enviado: 17 Jan 2007, 12:23
por Ateu Tímido
Com todas as restrições que se possa fazer ao regime soviético, mesmo o de 1935, anterior aos maiores "expurgos", é completamente diferente o apoio de um movimento internacional militante, apoiado por um país que sequer era uma potência mundial ainda, dado a militantes locais organizados, numa tentativa revolucionária (ainda que ridícula) de tomada do poder, em relação ao apoio de uma superpotência, com envolvimento financeiro e militar, dado a notóriois fascistas e corruptos, com o objetivo de proteger interesses econômicos e geopolíticos.

Enviado: 17 Jan 2007, 12:28
por user f.k.a. Cabeção

A designação "fascistas" e "corruptos" é por sua conta. O mesmo pode ser dito de toda administração socialista da História.

Quanto a contra-revolução de 1964, não houve participação alguma dos EUA. Quando eles foram informados, e demonstraram interesse em ajudar, já havia acontecido.

Enviado: 17 Jan 2007, 12:47
por Ateu Tímido
user f.k.a. Cabeção escreveu:
A designação "fascistas" e "corruptos" é por sua conta. O mesmo pode ser dito de toda administração socialista da História.

Quanto a contra-revolução de 1964, não houve participação alguma dos EUA. Quando eles foram informados, e demonstraram interesse em ajudar, já havia acontecido.


Não só "fascistas" e "corruptos", como também "notórios", ou seja, pessoas cujas "qualidades" eram de tal modo públicas, que dispensam até mesmo que se prove isso.

Sobre a participação americana, você deve estar mal-informado. Nem é preciso recorrer a "clássicos" como "1964, A Conquista do Estado", de R. A. Dreyfuss. Basta ler o primeiro volume da recente série histórica de Elio Gaspari, escrita, aliás, com a colaboração de muitos militares participantes do golpe e do regime.