Hugo Chávez não descarta "nacionalizações maciças"
Rio de Janeiro, 19 jan (EFE).- O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou hoje em declarações à Efe que fará nacionalizações maciças "caso seja necessário", e caso as empresas privadas se neguem a cumprir funções sociais.
Chávez disse que, por enquanto, não pretende nacionalizar grandes empresas básicas de mineração e metais, como a siderúrgica Sidor e a fabricante de alumínio Alcasa, que operam no estado de Bolívar (sul).
Em declarações concedidas após a Cúpula do Mercosul, Chávez disse que tudo dependerá das circunstâncias.
Os anúncios de nacionalização de Chávez, até agora pouco explicados, alimentaram dúvidas dentro e fora da Venezuela, e foram interpretados por seus críticos como um passo rumo ao comunismo, algo que ele nega.
"Não estamos propondo o comunismo. Pensamos e queremos que o setor privado nacional se incorpore (ao processo), mas subordinando seus interesses egoístas", garantiu.
O presidente que promoverá o "cooperativismo" e a co-gestão das empresas entre proprietários e trabalhadores.
Mas afirmou que a orientação econômica do seu projeto responde a um modelo próprio e "está em plena construção". Também disse que pretende construir um modelo econômico "produtivo, diversificado", mas ressaltou, como o tem feito outras vezes, que acredita que "a propriedade privada não é sagrada, sagrado é Deus".
Chávez, apontado por seus opositores como um "autocrata" que quer concentrar o poder de todas as instituições em suas mãos, foi reeleito em dezembro com 65% dos votos válidos, em eleições com um índice de abstenção de 25%, e nas quais a oposição obteve 39%.
Agora, se prepara para governar por decreto durante 18 meses, graças a uma lei de poderes especiais, que já foi aprovada em primeira instância pela Assembléia Nacional.
O presidente venezuelano afirmou que "a passagem da Venezuela do capitalismo ao socialismo foi eficiente".
"A economia venezuelana de hoje é diferente da de oito ou vinte anos atrás. Antes era totalmente dependente do império americano.
Éramos dependentes do Fundo Monetário Internacional", afirmou.
O Governo de Chávez se beneficiou dos preços mais altos do petróleo em quase dez anos, o que permitiu que realizasse grandes investimentos sociais e ajudasse outros países, algo que, para seus opositores, é um esforço para "comprar" apoio externo e interno.
O governante, de 52 anos, voltou a rejeitar comparações com os antigos países comunistas, e explicou à Efe que "o papel da propriedade privada será cumprir uma tarefa social, uma função social subordinada ao império da lei".
A Venezuela é um dos países latino-americanos com maiores reservas de ouro, minerais e pedras preciosas, mas estas riquezas, afirmou, não deixam nada para o país, e provocam um enorme impacto ambiental. EFE ol rra/gs
http://br.noticias.yahoo.com/s/19012007 ... -maci.html
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