Líder de Políticas do Ano: Al Gore, vice-presidente
Enviado: 21 Jan 2007, 14:03
Líder de Políticas do Ano: Al Gore, vice-presidente americano
Parece improvável: um documentário sobre o aquecimento global, estrelado pelo vice-presidente Al Gore, se tornou o terceiro mais lucrativo de todos os tempos. Depois de perder na eleição presidencial de 2000, Gore começou a falar sobre aquecimento global para platéias ao redor do mundo. Uma verdade inconveniente é a versão em filme (também disponível em forma de livro) de sua apresentação multimídia. De forma surpreendente, seu forte uso de slides de PowerPoint na verdade suplementa a narrativa, que entremeia explicações sobre ciência do clima com casos da vida de Gore e transmitem um misto de alerta e esperança.
O filme é um modelo de perfeição em termos de clareza na comunicação de um tema científico. Ele explica o funcionamento de fenômenos físicos complexos, como a corrente de jato, mesmo tempo que descreve a realidade do recuo das geleiras. Obviamente se elas estão recuando, elas estão se reduzindo também, mas o maior problema é mesmo a questão da distância, pois isso diminui a quantidade de massa de terra no planeta, mas se quiser pode mudar para "redução das geleiras") e o aumento nas emissões de dióxido de carbono e na elevação das temperaturas globais. Gore, enquanto isso, é bem-sucedido em levar o "imperativo moral" de trazer o problema do efeito estufa para um âmbito pessoal, tentando convencer o público de que suas ações podem fazer diferença.
Seu apelo à responsabilidade individual é fortalecido pela forma como o ex-político, com freqüência satirizado por seu estilo de falar duro, oferece ao espectador um vislumbre de sua vida. Em uma das cenas mais fortes do filme, Gore reconta como a morte de sua irmã mais velha, devido a um câncer do pulmão, levou a família a parar de cultivar tabaco - uma metáfora dolorosa da dificuldade do mundo industrial em reconhecer o excesso de carbono na atmosfera.
O filme incitou comentários de todo o espectro político. Depois de seu lançamento, o Instituto de Empreendimentos Competitivos atacou: "Dióxido de carbono - eles chamam de poluição; nós chamamos de vida".
Mas os críticos do filme em geral fizeram menção a ele com elogios profusos: "Você tem uma obrigação com você mesmo de ver esse filme", exortou Roger Ebert. "Se você não assistir a esse filme, terá de explicar a seus netos por que optou por não vê-lo". A realização de Uma verdade inconveniente foi trazer a questão científica e técnica mais importante de nosso tempo para a visão pública de uma forma mais bem-feita do que jamais se viu na mídia impressa ou em filme.
Por JR Minkel e Gary Stix
http://www2.uol.com.br/sciam/
Parece improvável: um documentário sobre o aquecimento global, estrelado pelo vice-presidente Al Gore, se tornou o terceiro mais lucrativo de todos os tempos. Depois de perder na eleição presidencial de 2000, Gore começou a falar sobre aquecimento global para platéias ao redor do mundo. Uma verdade inconveniente é a versão em filme (também disponível em forma de livro) de sua apresentação multimídia. De forma surpreendente, seu forte uso de slides de PowerPoint na verdade suplementa a narrativa, que entremeia explicações sobre ciência do clima com casos da vida de Gore e transmitem um misto de alerta e esperança.
O filme é um modelo de perfeição em termos de clareza na comunicação de um tema científico. Ele explica o funcionamento de fenômenos físicos complexos, como a corrente de jato, mesmo tempo que descreve a realidade do recuo das geleiras. Obviamente se elas estão recuando, elas estão se reduzindo também, mas o maior problema é mesmo a questão da distância, pois isso diminui a quantidade de massa de terra no planeta, mas se quiser pode mudar para "redução das geleiras") e o aumento nas emissões de dióxido de carbono e na elevação das temperaturas globais. Gore, enquanto isso, é bem-sucedido em levar o "imperativo moral" de trazer o problema do efeito estufa para um âmbito pessoal, tentando convencer o público de que suas ações podem fazer diferença.
Seu apelo à responsabilidade individual é fortalecido pela forma como o ex-político, com freqüência satirizado por seu estilo de falar duro, oferece ao espectador um vislumbre de sua vida. Em uma das cenas mais fortes do filme, Gore reconta como a morte de sua irmã mais velha, devido a um câncer do pulmão, levou a família a parar de cultivar tabaco - uma metáfora dolorosa da dificuldade do mundo industrial em reconhecer o excesso de carbono na atmosfera.
O filme incitou comentários de todo o espectro político. Depois de seu lançamento, o Instituto de Empreendimentos Competitivos atacou: "Dióxido de carbono - eles chamam de poluição; nós chamamos de vida".
Mas os críticos do filme em geral fizeram menção a ele com elogios profusos: "Você tem uma obrigação com você mesmo de ver esse filme", exortou Roger Ebert. "Se você não assistir a esse filme, terá de explicar a seus netos por que optou por não vê-lo". A realização de Uma verdade inconveniente foi trazer a questão científica e técnica mais importante de nosso tempo para a visão pública de uma forma mais bem-feita do que jamais se viu na mídia impressa ou em filme.
Por JR Minkel e Gary Stix
http://www2.uol.com.br/sciam/