Um novo mundo socialista é possível e necessário
Enviado: 27 Jan 2007, 06:37
Pela primeira vez, o Fórum Social Mundial ocorre, de forma integral, em um país africano. Aqui, na capital do Quênia, estão reunidos ativistas dos movimentos sociais, organizações, partidos e forças progressistas de todo o mundo. Ao completar seis anos, o FSM se consolida como uma das maiores expressões da luta dos movimentos sociais e políticos do planeta.
Por isso, é bastante significativo o fato de o evento acontecer na África, um continente que sofre com a espoliação estrangeira e que traz as marcas mais candentes da ação predatória do colonialismo, no passado, e do imperialismo em nosso tempo. Escravizados outrora, os africanos viram seu continente retalhado pelas potências imperialistas no século 20, seus povos oprimidos e obrigados a trabalhar em benefício de ocupantes estrangeiros, suas nações divididas entre estados coloniais muitas vezes conflitantes; suas tradições e culturas vilipendiadas. Disso resultaram guerras, genocídios, legiões de desabrigados, miséria, fome e doenças que mataram – e matam – milhões.
A realização do FSM no continente revela o fortalecimento dos movimentos sociais africanos na luta contra o neocolonialismo e pelo progresso social. Os comunistas são solidários com a luta dos africanos pelo desenvolvimento, pela soberania de suas nações e pela promoção da qualidade de vida de sua população e defendem a intensificação das relações Brasil-África e América Latina-África como já vem fazendo o governo do presidente Lula ao longo dos últimos quatro anos.
Panorama brasileiro
A vontade do imperialismo norte-americano de manter o status quo de um mundo unipolar por ele hegemonizado, acima do direito internacional e da ONU, choca-se crescentemente com a tendência objetiva à “multipolaridade”, a uma nova ordem mundial. Das muitas eleições que se realizaram recentemente na América Latina contestam a política do imperialismo. A vitória no Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva teve elevada significação, somando-se às vitórias recentes de Evo Morales na Bolívia, de Daniel Ortega na Nicarágua e agora de Rafael Correa no Equador.
O êxito alcançado pela reeleição Lula no segundo turno das eleições presidenciais, quando atingiu mais de 58 milhões de votos, é uma vitória do povo e das forças progressistas brasileiras. Essa vitória tem sentido estratégico, se projeta na história e tem forte influência na vida nacional e internacional. No segundo turno, a campanha liderada por Lula foi capaz de aglutinar forças de caráter democrático e popular, de unir o movimento social e nortear pela esquerda o debate político.
O programa de governo 2007-2010 demarca com teses neoliberais e parte de uma avaliação bastante positiva do primeiro mandato para concluir que se vive um momento propício a mudanças maiores e mais profundas. Para o segundo mandato, torna-se possível um governo de coalizão com base programática. Apesar dos avanços, não se pôde alcançar ainda em nosso país um novo poder político, uma nova relação estratégica de forças na sociedade brasileira. Nossa luta é no sentido de acumular forças e condições que abram caminho para a conquista de um socialismo do século 21, com a cara e o jeito do povo brasileiro.
O PCdoB luta para que os compromissos mudancistas e desenvolvimentistas assumidos pelo presidente da República e pelas forças que o apóiam tornem-se realidade. Para isso será necessário reforçar os laços com o movimento social sindical e popular e estabelecer vínculos com as camadas mais pobres que elegeram Lula como base fundamental e indispensável das transformações.
Saudação comunista
No contexto da busca por mudanças que norteia os debates do FSM, o Partido Comunista do Brasil saúda todos aqueles presentes em Nairobi e os conclama para o debate franco e fraterno, em busca de soluções para os graves problemas que a agressividade guerreira do imperialismo causa aos povos do mundo. Este debate precisa traduzir-se no acúmulo de forças para a resistência antiimperialista e na formulação das mudanças, dentro do bandeira já tradicional deste encontro: “Um outro mundo é possível”.
Se o capitalismo não oferece saída, é preciso construir um outro sistema, e a busca pelo socialismo precisa envolver as forças progressistas envolvidas no esforço de encontrar soluções para os graves problemas da humanidade. É para empunhar esta bandeira que militantes do PCdoB que atuam nos movimentos sociais, parlamentares e prefeitos de nosso partido estão presentes em Nairobi, representando a luta dos comunistas brasileiros. Eles levam, juntamente com centenas de representantes da sociedade civil e do governo brasileiro,a mensagem de luta do nosso povo aos povos do mundo. Para os comunistas brasileiros, um outro mundo é possível e ele é socialista.
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=12433
Por isso, é bastante significativo o fato de o evento acontecer na África, um continente que sofre com a espoliação estrangeira e que traz as marcas mais candentes da ação predatória do colonialismo, no passado, e do imperialismo em nosso tempo. Escravizados outrora, os africanos viram seu continente retalhado pelas potências imperialistas no século 20, seus povos oprimidos e obrigados a trabalhar em benefício de ocupantes estrangeiros, suas nações divididas entre estados coloniais muitas vezes conflitantes; suas tradições e culturas vilipendiadas. Disso resultaram guerras, genocídios, legiões de desabrigados, miséria, fome e doenças que mataram – e matam – milhões.
A realização do FSM no continente revela o fortalecimento dos movimentos sociais africanos na luta contra o neocolonialismo e pelo progresso social. Os comunistas são solidários com a luta dos africanos pelo desenvolvimento, pela soberania de suas nações e pela promoção da qualidade de vida de sua população e defendem a intensificação das relações Brasil-África e América Latina-África como já vem fazendo o governo do presidente Lula ao longo dos últimos quatro anos.
Panorama brasileiro
A vontade do imperialismo norte-americano de manter o status quo de um mundo unipolar por ele hegemonizado, acima do direito internacional e da ONU, choca-se crescentemente com a tendência objetiva à “multipolaridade”, a uma nova ordem mundial. Das muitas eleições que se realizaram recentemente na América Latina contestam a política do imperialismo. A vitória no Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva teve elevada significação, somando-se às vitórias recentes de Evo Morales na Bolívia, de Daniel Ortega na Nicarágua e agora de Rafael Correa no Equador.
O êxito alcançado pela reeleição Lula no segundo turno das eleições presidenciais, quando atingiu mais de 58 milhões de votos, é uma vitória do povo e das forças progressistas brasileiras. Essa vitória tem sentido estratégico, se projeta na história e tem forte influência na vida nacional e internacional. No segundo turno, a campanha liderada por Lula foi capaz de aglutinar forças de caráter democrático e popular, de unir o movimento social e nortear pela esquerda o debate político.
O programa de governo 2007-2010 demarca com teses neoliberais e parte de uma avaliação bastante positiva do primeiro mandato para concluir que se vive um momento propício a mudanças maiores e mais profundas. Para o segundo mandato, torna-se possível um governo de coalizão com base programática. Apesar dos avanços, não se pôde alcançar ainda em nosso país um novo poder político, uma nova relação estratégica de forças na sociedade brasileira. Nossa luta é no sentido de acumular forças e condições que abram caminho para a conquista de um socialismo do século 21, com a cara e o jeito do povo brasileiro.
O PCdoB luta para que os compromissos mudancistas e desenvolvimentistas assumidos pelo presidente da República e pelas forças que o apóiam tornem-se realidade. Para isso será necessário reforçar os laços com o movimento social sindical e popular e estabelecer vínculos com as camadas mais pobres que elegeram Lula como base fundamental e indispensável das transformações.
Saudação comunista
No contexto da busca por mudanças que norteia os debates do FSM, o Partido Comunista do Brasil saúda todos aqueles presentes em Nairobi e os conclama para o debate franco e fraterno, em busca de soluções para os graves problemas que a agressividade guerreira do imperialismo causa aos povos do mundo. Este debate precisa traduzir-se no acúmulo de forças para a resistência antiimperialista e na formulação das mudanças, dentro do bandeira já tradicional deste encontro: “Um outro mundo é possível”.
Se o capitalismo não oferece saída, é preciso construir um outro sistema, e a busca pelo socialismo precisa envolver as forças progressistas envolvidas no esforço de encontrar soluções para os graves problemas da humanidade. É para empunhar esta bandeira que militantes do PCdoB que atuam nos movimentos sociais, parlamentares e prefeitos de nosso partido estão presentes em Nairobi, representando a luta dos comunistas brasileiros. Eles levam, juntamente com centenas de representantes da sociedade civil e do governo brasileiro,a mensagem de luta do nosso povo aos povos do mundo. Para os comunistas brasileiros, um outro mundo é possível e ele é socialista.
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=12433