"A Questão Judaica" de Karl Marx.
Enviado: 30 Jan 2007, 04:26
"Porém, a atitude do Estado em face da religião - e nos referimos aqui ao Estado livre - é a atitude diante da religião dos homens que formam o Estado. Donde se conclui que o homem se liberta por meio do Estado; liberta-se politicamente de uma barreira ao se colocar em contradição consigo mesmo, ao sobrepor esta barreira de modo abstrato e limitado, de um modo parcial. Deduz-se, além disso, que ao emancipar-se politicamente, o homem o faz por meio de um subterfúgio, através de um meio, mesmo que seja um meio necessário. Conclui-se, finalmente, ainda quando se proclame ateu por mediação dó Estado, isto é, proclamando o Estado ateu, o homem continua sujeito às cadeias religiosas, precisamente porque só se reconhece a si mesmo mediante um subterfúgio, através de um meio. A religião é, cabalmente, o reconhecimento do homem através de um mediador. O Estado é o mediador entre o homem e a sua liberdade. Assim como Cristo é o mediador sobre quem o homem descarrega toda sua divindade, toda sua servidão religiosa, assim também o Estado é o mediador para o qual desloca toda sua não-divindade, toda sua não-servidão humana. "
Um trecho desse texto.
http://www.marxists.org/portugues/marx/ ... udaica.htm
Por recomendação do HUgo estou lendo e tem muitas coisas interessantes.Como Marx tira a religião dos ceus e a traz para Terra, tb defende a separação entre Estado e Igreja.
"O homem se emancipa politicamente da religião ao bani-Ia do direito público para o direito privado."
Marx discorre sobre coisas como intolerancia religisa no inicio e seus problemas.Tanto de um Estado cristão quanto aos judeus, como a ausencia de auto-crítica judaica.Criticando para isso textos de Bauer que tem merítos e problemas.Alias como é método de Marx.Defende na essencia a necessidade da emancipação política.Mas se diferencia de Bauer ao reconhecer que é a emancipação política que pode ser atualizada para o Estado laico não é a emancipação humana a abolição da religião.
"Por isto, não dizemos aos judeus, como Bauer: não podeis emancipar-vos politicamente se não vos emancipais radicalmente do judaísmo. Ao contrário, dizemos: podeis emancipar-vos politicamente sem vos desvincular radical e absolutamente do judaísmo porque a emancipação política não implica emancipação humana. Quando vós, judeus, quereis a emancipação política sem vos emancipar humanamente, a meia-solução e a contradição não residem em vós, mas na essência e na categoria da emancipação política. E, ao vos perceber encerrados nesta categoria, lhes comunicais uma sujeição geral. Assim como o Estado evangeliza quando, apesar de já ser uma instituição, se conduz cristãmente frente aos judeus, do mesmo modo o judeu pontifica quando, apesar de já ser judeu, adquire direitos de cidadania dentro do Estado. "
O mesmo vale para os cristãos obviamente.O fundamental deslocamento e afastamento dos privilegios que desfrutam as religioes e suas instituiçoes notadamente as Igrejas.
Estou lendo e é interessante.Já detectei uma coisa que discordo relevante as individualidades.Essas devem ser valorizadas e falta a menção de Marx a isso, e apenas ao críticar o egoismo individualista, parece ignora-las e da espaço para idéias que deseja suprimir as individualidades humanas.O que não procede, mas suprimir um traço de comportamento egoista, voltado principalmente para o interesse particular.O erro está em não dedicar, nem explicitar o valor das particularidades, se forem empenhadas para uma contribuição ao coletivo, talvez isso tenha sido por demais obvio para Marx, mas não o é para muitos.E sem duvida fundamenta a crítica que acompanho que falta a valorização da individualidade na obra, o que acaba resultando em oposição, devido a críticas do exarcebado no comportamento egoista, e celebrado.Até pelas religioes protestantes que viam na riqueza sinais da salvação.
"Somente quando o homem individual real recupera em si o cidadão abstrato e se converte, como homem individual, em ser genérico, em seu trabalho individual e em suas relações individuais; somente quando o homem tenha reconhecido e organizado suas "forces propres" (26) como forças sociais e quando, portanto, já não separa de si a força social sob a forma de força política, somente então se processa a emancipação humana."
Apesar das críticas divergencias, o texto é no minimo interessante.Não tive a oportunidade de ler esse durante o curso, mas agora resolvi ler.(até pq estou preocupado com parente que já deveria ter chegado de viagem e perdi o sono, ai a oportunidade.
Um trecho desse texto.
http://www.marxists.org/portugues/marx/ ... udaica.htm
Por recomendação do HUgo estou lendo e tem muitas coisas interessantes.Como Marx tira a religião dos ceus e a traz para Terra, tb defende a separação entre Estado e Igreja.
"O homem se emancipa politicamente da religião ao bani-Ia do direito público para o direito privado."
Marx discorre sobre coisas como intolerancia religisa no inicio e seus problemas.Tanto de um Estado cristão quanto aos judeus, como a ausencia de auto-crítica judaica.Criticando para isso textos de Bauer que tem merítos e problemas.Alias como é método de Marx.Defende na essencia a necessidade da emancipação política.Mas se diferencia de Bauer ao reconhecer que é a emancipação política que pode ser atualizada para o Estado laico não é a emancipação humana a abolição da religião.
"Por isto, não dizemos aos judeus, como Bauer: não podeis emancipar-vos politicamente se não vos emancipais radicalmente do judaísmo. Ao contrário, dizemos: podeis emancipar-vos politicamente sem vos desvincular radical e absolutamente do judaísmo porque a emancipação política não implica emancipação humana. Quando vós, judeus, quereis a emancipação política sem vos emancipar humanamente, a meia-solução e a contradição não residem em vós, mas na essência e na categoria da emancipação política. E, ao vos perceber encerrados nesta categoria, lhes comunicais uma sujeição geral. Assim como o Estado evangeliza quando, apesar de já ser uma instituição, se conduz cristãmente frente aos judeus, do mesmo modo o judeu pontifica quando, apesar de já ser judeu, adquire direitos de cidadania dentro do Estado. "
O mesmo vale para os cristãos obviamente.O fundamental deslocamento e afastamento dos privilegios que desfrutam as religioes e suas instituiçoes notadamente as Igrejas.
Estou lendo e é interessante.Já detectei uma coisa que discordo relevante as individualidades.Essas devem ser valorizadas e falta a menção de Marx a isso, e apenas ao críticar o egoismo individualista, parece ignora-las e da espaço para idéias que deseja suprimir as individualidades humanas.O que não procede, mas suprimir um traço de comportamento egoista, voltado principalmente para o interesse particular.O erro está em não dedicar, nem explicitar o valor das particularidades, se forem empenhadas para uma contribuição ao coletivo, talvez isso tenha sido por demais obvio para Marx, mas não o é para muitos.E sem duvida fundamenta a crítica que acompanho que falta a valorização da individualidade na obra, o que acaba resultando em oposição, devido a críticas do exarcebado no comportamento egoista, e celebrado.Até pelas religioes protestantes que viam na riqueza sinais da salvação.
"Somente quando o homem individual real recupera em si o cidadão abstrato e se converte, como homem individual, em ser genérico, em seu trabalho individual e em suas relações individuais; somente quando o homem tenha reconhecido e organizado suas "forces propres" (26) como forças sociais e quando, portanto, já não separa de si a força social sob a forma de força política, somente então se processa a emancipação humana."
Apesar das críticas divergencias, o texto é no minimo interessante.Não tive a oportunidade de ler esse durante o curso, mas agora resolvi ler.(até pq estou preocupado com parente que já deveria ter chegado de viagem e perdi o sono, ai a oportunidade.