O que vocês fariam em meu lugar?
O que vocês fariam em meu lugar?
Bem.
Não sei se já comentei por aqui. Um dos meus dois trampos atuais, o privado, é uma empresa que atua na área de educação e tecnologia. Suas duas bases estão, justamente, na formação tecnológica e na prestação de consultoria especializada a terceiros.
[...]
Ontem à noite, eu estava trabalhando, normalmente, quando já próximo do fim de meu horário um segurança da empresa veio até a minha sala para saber se havia algum aluno da instituição comigo. Às vezes, recebo estudantes para prestar orientações. Informei que não e então ele pediu-me que o acompanhasse, pois havia uma forte desconfiança de que havia um casal escondido em um dos banheiros e, como eles (seguranças) pertencem a uma empresa terceirizada, ele precisava de algum colaborador da instituição como testemunha.
Prontamente fui com ele, embora já mentalmente imaginando qual era o casal e torcendo para que não estivessem lá.
Chegando próximo, já havia uma pequena comitiva de seguranças pronta a entrar no local e, sim, flagraram o casal...
O líder dos seguranças perguntou-me o que fazer, pois não gostaria de registrar o acontecido em ata: o casal era jovem, e certamente sairia prejudicado da situação.
Pedí para conversar com o rapaz, para não constranger a garota. Mas tive o cuidado de trazer o líder da segurança junto comigo, de forma que ouvisse a conversa.
Inquirí o rapaz se ele se dava conta da gravidade da situação.
Disse-lhe que também sou jovem, sei como é gostoso namorar e que muitas vezes somos impulsionados a fazer coisas sem pensar. No entanto, é preciso ter responsabilidade com os próprios atos.
Contei-lhe que se eu levasse o fato até a secretaria de cursos, ou o segurança registrasse o ocorrido em ata, passando ao Núcleo Administrativo, certamente eles seriam expulsos da instituição, seriam desligados da empresa que está custeando a formação deles e, quem sabe até, outras complicações maiores. Sem falar no constragimento para a garota, quando da divulgação do fato.
Disse-lhe que o assunto morreria ali, mas que ele precisava repensar as próprias atitudes, bem como ela, caso desejassem um futuro que fosse além do resultado de inconsequências.
Quando terminei ele tremia (deve ter uns 19, 20 anos) e apertou a minha mão pedindo-me desculpas e dizendo que não aconteceria mais.
O segurança também falou-me que não registraria a ocorrência.
[...]
Hoje, falei sobre o fato com duas pessoas que trabalham diretamente comigo (e há mais tempo na instituição).
Eles disseram que, apesar de entender meu desejo de não prejudicá-los, achavam que eu não deveria calar-me ante o ocorrido, pois no futuro poderia trazer consequencias para mim.
E se a garota depois dissesse que foi violentada no campus da Unidade e que nós tinhamos conhecimento do fato?
E se ela engravidasse e os pais resolvessem criar problemas com a instituição?
E se algum dos outros seguranças fizer o fato "vazar" e complicar a nós que preferimos omitir?
Vários SE's, que poderiam vir a comprometer-me futuramente.
Tudo o que eu queria era que o assunto morresse por aí. Mas o que fazer? Torcer para a história findar-se? Ou levar às vias "legais"?
Não sei se já comentei por aqui. Um dos meus dois trampos atuais, o privado, é uma empresa que atua na área de educação e tecnologia. Suas duas bases estão, justamente, na formação tecnológica e na prestação de consultoria especializada a terceiros.
[...]
Ontem à noite, eu estava trabalhando, normalmente, quando já próximo do fim de meu horário um segurança da empresa veio até a minha sala para saber se havia algum aluno da instituição comigo. Às vezes, recebo estudantes para prestar orientações. Informei que não e então ele pediu-me que o acompanhasse, pois havia uma forte desconfiança de que havia um casal escondido em um dos banheiros e, como eles (seguranças) pertencem a uma empresa terceirizada, ele precisava de algum colaborador da instituição como testemunha.
Prontamente fui com ele, embora já mentalmente imaginando qual era o casal e torcendo para que não estivessem lá.
Chegando próximo, já havia uma pequena comitiva de seguranças pronta a entrar no local e, sim, flagraram o casal...
O líder dos seguranças perguntou-me o que fazer, pois não gostaria de registrar o acontecido em ata: o casal era jovem, e certamente sairia prejudicado da situação.
Pedí para conversar com o rapaz, para não constranger a garota. Mas tive o cuidado de trazer o líder da segurança junto comigo, de forma que ouvisse a conversa.
Inquirí o rapaz se ele se dava conta da gravidade da situação.
Disse-lhe que também sou jovem, sei como é gostoso namorar e que muitas vezes somos impulsionados a fazer coisas sem pensar. No entanto, é preciso ter responsabilidade com os próprios atos.
Contei-lhe que se eu levasse o fato até a secretaria de cursos, ou o segurança registrasse o ocorrido em ata, passando ao Núcleo Administrativo, certamente eles seriam expulsos da instituição, seriam desligados da empresa que está custeando a formação deles e, quem sabe até, outras complicações maiores. Sem falar no constragimento para a garota, quando da divulgação do fato.
Disse-lhe que o assunto morreria ali, mas que ele precisava repensar as próprias atitudes, bem como ela, caso desejassem um futuro que fosse além do resultado de inconsequências.
Quando terminei ele tremia (deve ter uns 19, 20 anos) e apertou a minha mão pedindo-me desculpas e dizendo que não aconteceria mais.
O segurança também falou-me que não registraria a ocorrência.
[...]
Hoje, falei sobre o fato com duas pessoas que trabalham diretamente comigo (e há mais tempo na instituição).
Eles disseram que, apesar de entender meu desejo de não prejudicá-los, achavam que eu não deveria calar-me ante o ocorrido, pois no futuro poderia trazer consequencias para mim.
E se a garota depois dissesse que foi violentada no campus da Unidade e que nós tinhamos conhecimento do fato?
E se ela engravidasse e os pais resolvessem criar problemas com a instituição?
E se algum dos outros seguranças fizer o fato "vazar" e complicar a nós que preferimos omitir?
Vários SE's, que poderiam vir a comprometer-me futuramente.
Tudo o que eu queria era que o assunto morresse por aí. Mas o que fazer? Torcer para a história findar-se? Ou levar às vias "legais"?
"Noite escura agora é manhã..."
- O ENCOSTO
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- Localização: Ohio - Texas (USA)
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Re: O que vocês fariam em meu lugar?
Alter-ego escreveu:Tudo o que eu queria era que o assunto morresse por aí. Mas o que fazer?
TOMA CACHAÇA, CARAI!
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Re: O que vocês fariam em meu lugar?
O ENCOSTO escreveu:Alter-ego escreveu:Tudo o que eu queria era que o assunto morresse por aí. Mas o que fazer?
TOMA CACHAÇA, CARAI!
É uma boa opção, Jeremias.
Mas quando eu acordasse do porre o problema ainda poderia estar lá. Ou talvez não...
"Noite escura agora é manhã..."
- Ateu Tímido
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Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Igor, eu agiria da mesma forma. Quanto À garota, ela não teria como provar nada. Pois tanto você quanto os seguranças não anotaram nada. Só se algum de vocês reconhecesse, poderia haver alguma coisa. Se ela era maior, os pais não vão poder fazer nada. Sem a você ou os seguranças falarem, não há como dizer q algo aconteceu nas dependências da escola.
Ah! O arrependimento é influência do Chatólico.
Ah! O arrependimento é influência do Chatólico.
Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Nossa, Alter, que situação ein? Sinceramente, sinuca de três. Não há provas para todos os efeitos de que você sabe de tudo, mas há testemunhas. O que está feito está feito e você fez o que pareceu mais correto na hora. Mas se houvesse certeza de que não haverá consequências ( do tipo gravidez ou chantagem) , ou que algum segurança pode abrir a boca, seria bom. Ou se pelo menos você pudesse contar com o apoio de um superior hierarquicamente...
Os SE's permanecem...
Talvez o assunto deva ser levado à direção ou a algum departamento do tipo assessoria pedagógica, como uma forma de você ficar neutro nisso. É muita responsabilidade, que o segurança colocou em você, pois seguiu provavelmente normas para protegê-los, sendo terceirizados.
Assim você se transformou num cúmplice.
Eu levaria o fato à Diretoria ou afim. Deixe bem claro que foi chamado e acabou por testemunhar o fato.
E peça sigilo sobre o seu nome. Mas ouça outras opiniões e faça o que julgar melhor.
Bjs.
Os SE's permanecem...
Talvez o assunto deva ser levado à direção ou a algum departamento do tipo assessoria pedagógica, como uma forma de você ficar neutro nisso. É muita responsabilidade, que o segurança colocou em você, pois seguiu provavelmente normas para protegê-los, sendo terceirizados.
Assim você se transformou num cúmplice.
Eu levaria o fato à Diretoria ou afim. Deixe bem claro que foi chamado e acabou por testemunhar o fato.
E peça sigilo sobre o seu nome. Mas ouça outras opiniões e faça o que julgar melhor.
Bjs.
Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Por que vem a um foro de ímpios pedir amparo ao invés de procurar o "professor"?
Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Não se arrependa. Foi o melhor desfecho pra uma situação delicada. Você está de parabéns.
Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Ela é maior de idade?
Acho que a chance de que alguém abra a boca é pequena. Mas é preciso considerar.
Acho que a chance de que alguém abra a boca é pequena. Mas é preciso considerar.
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Apocaliptica escreveu:Ela é maior de idade?
Acho que a chance de que alguém abra a boca é pequena. Mas é preciso considerar.
É, Apo... a coisa é séria. Mas num caso assim, o Igor se preocupou com os dois seres humanos e as consequências imediatas para ambos. Se tivesse agido de forma a deixar os dois em maus lençóis ele não ficaria bem também...
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Najma escreveu:Apocaliptica escreveu:Ela é maior de idade?
Acho que a chance de que alguém abra a boca é pequena. Mas é preciso considerar.
É, Apo... a coisa é séria. Mas num caso assim, o Igor se preocupou com os dois seres humanos e as consequências imediatas para ambos. Se tivesse agido de forma a deixar os dois em maus lençóis ele não ficaria bem também...
Eu faria a mesma coisa....mas é muita responsabilidade ein? Fiquei com peninha dele....
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Apocaliptica escreveu:Najma escreveu:Apocaliptica escreveu:Ela é maior de idade?
Acho que a chance de que alguém abra a boca é pequena. Mas é preciso considerar.
É, Apo... a coisa é séria. Mas num caso assim, o Igor se preocupou com os dois seres humanos e as consequências imediatas para ambos. Se tivesse agido de forma a deixar os dois em maus lençóis ele não ficaria bem também...
Eu faria a mesma coisa....mas é muita responsabilidade ein? Fiquei com peninha dele....
Confesso que eu também...
- O ENCOSTO
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Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
O chatólico não pensou na honra da moça.
O ENCOSTO
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
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Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Najma escreveu::emoticon1:
Não se arrependa. Foi o melhor desfecho pra uma situação delicada. Você está de parabéns.
Concordo 100%!
"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
- Nospheratu
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Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Você agiu de maneira correta, deixe estar.
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
O ENCOSTO escreveu:O chatólico não pensou na honra da moça.
Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Acabei de puxar a ficha dela no sistema:19 anos. É uma guria bonita.
Bairro com pessoas entre classe baixa e classe média-baixa. Empresa pagando curso, ao final deste poderá conseguir uma boa colocação...
Não, não quero prejudicar.
Bairro com pessoas entre classe baixa e classe média-baixa. Empresa pagando curso, ao final deste poderá conseguir uma boa colocação...
Não, não quero prejudicar.
"Noite escura agora é manhã..."
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Najma escreveu:O ENCOSTO escreveu:O chatólico não pensou na honra da moça.
"Noite escura agora é manhã..."
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Alter-ego escreveu:Acabei de puxar a ficha dela no sistema:19 anos. É uma guria bonita.
Bairro com pessoas entre classe baixa e classe média-baixa. Empresa pagando curso, ao final deste poderá conseguir uma boa colocação...
Não, não quero prejudicar.
Então fica quieto e em paz.
- francioalmeida
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Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Eu chantageava e proporia um suruba pra não falar nada
Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Conheci um caso muito parecido, só que o resultado foi que um dos guardas passou a assediar sexualmente a moça... Moral da história, o assunto foi parar nos jornais, com os fatos um pouco distorcidos...Ou seja, só foi vinculado que o guarda assedia a guria.
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Will escreveu:Conheci um caso muito parecido, só que o resultado foi que um dos guardas passou a assediar sexualmente a moça... Moral da história, o assunto foi parar nos jornais, com os fatos um pouco distorcidos...Ou seja, só foi vinculado que o guarda assedia a guria.
Veiculado, Will....
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Will escreveu:perdão!
Perdoado.
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Apocaliptica escreveu:Will escreveu:perdão!
Perdoado.
É o convívio com uns e outros kardecistas daqui...
Re: Re.: O que vocês fariam em meu lugar?
Will escreveu:Apocaliptica escreveu:Will escreveu:perdão!
Perdoado.
É o convívio com uns e outros kardecistas daqui...
HUm...maldoooooooso que só vendo!