O que vocês fariam em meu lugar?
Enviado: 01 Fev 2007, 19:04
Bem.
Não sei se já comentei por aqui. Um dos meus dois trampos atuais, o privado, é uma empresa que atua na área de educação e tecnologia. Suas duas bases estão, justamente, na formação tecnológica e na prestação de consultoria especializada a terceiros.
[...]
Ontem à noite, eu estava trabalhando, normalmente, quando já próximo do fim de meu horário um segurança da empresa veio até a minha sala para saber se havia algum aluno da instituição comigo. Às vezes, recebo estudantes para prestar orientações. Informei que não e então ele pediu-me que o acompanhasse, pois havia uma forte desconfiança de que havia um casal escondido em um dos banheiros e, como eles (seguranças) pertencem a uma empresa terceirizada, ele precisava de algum colaborador da instituição como testemunha.
Prontamente fui com ele, embora já mentalmente imaginando qual era o casal e torcendo para que não estivessem lá.
Chegando próximo, já havia uma pequena comitiva de seguranças pronta a entrar no local e, sim, flagraram o casal...
O líder dos seguranças perguntou-me o que fazer, pois não gostaria de registrar o acontecido em ata: o casal era jovem, e certamente sairia prejudicado da situação.
Pedí para conversar com o rapaz, para não constranger a garota. Mas tive o cuidado de trazer o líder da segurança junto comigo, de forma que ouvisse a conversa.
Inquirí o rapaz se ele se dava conta da gravidade da situação.
Disse-lhe que também sou jovem, sei como é gostoso namorar e que muitas vezes somos impulsionados a fazer coisas sem pensar. No entanto, é preciso ter responsabilidade com os próprios atos.
Contei-lhe que se eu levasse o fato até a secretaria de cursos, ou o segurança registrasse o ocorrido em ata, passando ao Núcleo Administrativo, certamente eles seriam expulsos da instituição, seriam desligados da empresa que está custeando a formação deles e, quem sabe até, outras complicações maiores. Sem falar no constragimento para a garota, quando da divulgação do fato.
Disse-lhe que o assunto morreria ali, mas que ele precisava repensar as próprias atitudes, bem como ela, caso desejassem um futuro que fosse além do resultado de inconsequências.
Quando terminei ele tremia (deve ter uns 19, 20 anos) e apertou a minha mão pedindo-me desculpas e dizendo que não aconteceria mais.
O segurança também falou-me que não registraria a ocorrência.
[...]
Hoje, falei sobre o fato com duas pessoas que trabalham diretamente comigo (e há mais tempo na instituição).
Eles disseram que, apesar de entender meu desejo de não prejudicá-los, achavam que eu não deveria calar-me ante o ocorrido, pois no futuro poderia trazer consequencias para mim.
E se a garota depois dissesse que foi violentada no campus da Unidade e que nós tinhamos conhecimento do fato?
E se ela engravidasse e os pais resolvessem criar problemas com a instituição?
E se algum dos outros seguranças fizer o fato "vazar" e complicar a nós que preferimos omitir?
Vários SE's, que poderiam vir a comprometer-me futuramente.
Tudo o que eu queria era que o assunto morresse por aí. Mas o que fazer? Torcer para a história findar-se? Ou levar às vias "legais"?
Não sei se já comentei por aqui. Um dos meus dois trampos atuais, o privado, é uma empresa que atua na área de educação e tecnologia. Suas duas bases estão, justamente, na formação tecnológica e na prestação de consultoria especializada a terceiros.
[...]
Ontem à noite, eu estava trabalhando, normalmente, quando já próximo do fim de meu horário um segurança da empresa veio até a minha sala para saber se havia algum aluno da instituição comigo. Às vezes, recebo estudantes para prestar orientações. Informei que não e então ele pediu-me que o acompanhasse, pois havia uma forte desconfiança de que havia um casal escondido em um dos banheiros e, como eles (seguranças) pertencem a uma empresa terceirizada, ele precisava de algum colaborador da instituição como testemunha.
Prontamente fui com ele, embora já mentalmente imaginando qual era o casal e torcendo para que não estivessem lá.
Chegando próximo, já havia uma pequena comitiva de seguranças pronta a entrar no local e, sim, flagraram o casal...
O líder dos seguranças perguntou-me o que fazer, pois não gostaria de registrar o acontecido em ata: o casal era jovem, e certamente sairia prejudicado da situação.
Pedí para conversar com o rapaz, para não constranger a garota. Mas tive o cuidado de trazer o líder da segurança junto comigo, de forma que ouvisse a conversa.
Inquirí o rapaz se ele se dava conta da gravidade da situação.
Disse-lhe que também sou jovem, sei como é gostoso namorar e que muitas vezes somos impulsionados a fazer coisas sem pensar. No entanto, é preciso ter responsabilidade com os próprios atos.
Contei-lhe que se eu levasse o fato até a secretaria de cursos, ou o segurança registrasse o ocorrido em ata, passando ao Núcleo Administrativo, certamente eles seriam expulsos da instituição, seriam desligados da empresa que está custeando a formação deles e, quem sabe até, outras complicações maiores. Sem falar no constragimento para a garota, quando da divulgação do fato.
Disse-lhe que o assunto morreria ali, mas que ele precisava repensar as próprias atitudes, bem como ela, caso desejassem um futuro que fosse além do resultado de inconsequências.
Quando terminei ele tremia (deve ter uns 19, 20 anos) e apertou a minha mão pedindo-me desculpas e dizendo que não aconteceria mais.
O segurança também falou-me que não registraria a ocorrência.
[...]
Hoje, falei sobre o fato com duas pessoas que trabalham diretamente comigo (e há mais tempo na instituição).
Eles disseram que, apesar de entender meu desejo de não prejudicá-los, achavam que eu não deveria calar-me ante o ocorrido, pois no futuro poderia trazer consequencias para mim.
E se a garota depois dissesse que foi violentada no campus da Unidade e que nós tinhamos conhecimento do fato?
E se ela engravidasse e os pais resolvessem criar problemas com a instituição?
E se algum dos outros seguranças fizer o fato "vazar" e complicar a nós que preferimos omitir?
Vários SE's, que poderiam vir a comprometer-me futuramente.
Tudo o que eu queria era que o assunto morresse por aí. Mas o que fazer? Torcer para a história findar-se? Ou levar às vias "legais"?