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Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igreja

Enviado: 13 Fev 2007, 06:21
por O ENCOSTO
Portugal: o aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igreja

A descriminalização do aborto, aprovada domingo num referendo em Portugal, constitui uma séria derrota para a Igreja, num país com mais de 90% da população considerada católica, e uma vitória para o primeiro-ministro José Socrates, que fez campanha a favor do "sim".

"Trata-se talvez da maior derrota da Igreja católica desde o restabelecimento da democracia" em 1974 , estimava o jornal Público em sua edição de segunda-feira, sublinhando que a rejeição do aborto constitui "uma questão fundamental de sua doutrina" sobre a qual ela "nunca cedeu um milímetro".

Mais de 59% dos eleitores votaram a favor do direito das mulheres de interromper voluntariamente a gravidez durante as primeiras dez semanas num estabelecimento de saúde autorizado, num referendo marcado por uma abstenção de 56%.

A participação não atingiu os 50% requeridos para que este resultado seja vinculante, mas o primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista confirmou que o parlamento, onde ele tem maioria, modificaria a lei atual.

A Igreja mobilizou toda sua influência numa campanha contra este "crime abominável" em Portugal, país considerado um bastião do catolicismo.

Alguns de seus representantes, como o cardeal de Lisboa, José Policarpo, pediram uma "reflexão serena" dos fiéis sobre "a defesa da vida, da concepção à morte".

Outros ameaçaram de "excomunhão automática" os partidários do "sim" e advertiram contra a "maldição" que atingiria Portugal se o país aceitasse "a apostasia silenciosa" do resto da Europa e sua "cultura da morte".

A Conferência episcopal não reagiu na manhã desta segunda-feira e apenas o arcebispo de Braga (norte do país), Jorge Ortiga, fez um comentário público, julgando que "o resultado do referendo não é decisivo e que a Igreja considera que a questão da vida não pode ser abordada por referendo".

O primeiro-ministro viu na vitória do "sim" a imagem de país "moderno e progressista" que ele quer para Portugal, ainda preso a uma imagem de conservadorismo e até de obscurantismo.

Durante a campanha, Socrates havia pedido votos a favor da descriminalização para que Portugal acabasse com os abortos clandestinos e se juntasse ao grupo de "países mais desenvolvidos", da "modernidade e do progresso". Sócrates defendeu o sim dizendo que Portugal deveria se tornar uma democracia "mais madura" e mais respeitosa da liberdade das mulheres.

No domingo, ele anunciou que o país seguiria "as melhoras práticas dos países europeus" no assunto, sublinhando que dispunha de uma "maioria muito confortável".

Como principal formação da oposição, o Partido Social-Democrata (centro-direita), que deixou seus simpatizantes livres para votar, agora anunciou que a maioria dos portugueses votou "sim" e esse voto "deve ser respeitado".

Os adversários da descriminalização insistiram na forte porcentagem de abstenção. O porta-voz da campanha do "não", João Paulo Malta, estima que o referendo provou que "a questão do aborto divide fortemente a sociedade portuguesa" e "não está definitivamente regulamentado".

ep/fg AFP 121423 FEB 07

http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 94,00.html

Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 09:53
por RCAdeBH
:emoticon8:

Re: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igreja

Enviado: 13 Fev 2007, 10:21
por Poindexter
O ENCOSTO escreveu:Portugal: o aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igreja

A descriminalização do aborto, aprovada domingo num referendo em Portugal, constitui uma séria derrota para a Igreja, num país com mais de 90% da população considerada católica, e uma vitória para o primeiro-ministro José Socrates, que fez campanha a favor do "sim".

"Trata-se talvez da maior derrota da Igreja católica desde o restabelecimento da democracia" em 1974 , estimava o jornal Público em sua edição de segunda-feira, sublinhando que a rejeição do aborto constitui "uma questão fundamental de sua doutrina" sobre a qual ela "nunca cedeu um milímetro".

Mais de 59% dos eleitores votaram a favor do direito das mulheres de interromper voluntariamente a gravidez durante as primeiras dez semanas num estabelecimento de saúde autorizado, num referendo marcado por uma abstenção de 56%.

A participação não atingiu os 50% requeridos para que este resultado seja vinculante, mas o primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista confirmou que o parlamento, onde ele tem maioria, modificaria a lei atual.

A Igreja mobilizou toda sua influência numa campanha contra este "crime abominável" em Portugal, país considerado um bastião do catolicismo.

Alguns de seus representantes, como o cardeal de Lisboa, José Policarpo, pediram uma "reflexão serena" dos fiéis sobre "a defesa da vida, da concepção à morte".

Outros ameaçaram de "excomunhão automática" os partidários do "sim" e advertiram contra a "maldição" que atingiria Portugal se o país aceitasse "a apostasia silenciosa" do resto da Europa e sua "cultura da morte".

A Conferência episcopal não reagiu na manhã desta segunda-feira e apenas o arcebispo de Braga (norte do país), Jorge Ortiga, fez um comentário público, julgando que "o resultado do referendo não é decisivo e que a Igreja considera que a questão da vida não pode ser abordada por referendo".

O primeiro-ministro viu na vitória do "sim" a imagem de país "moderno e progressista" que ele quer para Portugal, ainda preso a uma imagem de conservadorismo e até de obscurantismo.

Durante a campanha, Socrates havia pedido votos a favor da descriminalização para que Portugal acabasse com os abortos clandestinos e se juntasse ao grupo de "países mais desenvolvidos", da "modernidade e do progresso". Sócrates defendeu o sim dizendo que Portugal deveria se tornar uma democracia "mais madura" e mais respeitosa da liberdade das mulheres.

No domingo, ele anunciou que o país seguiria "as melhoras práticas dos países europeus" no assunto, sublinhando que dispunha de uma "maioria muito confortável".

Como principal formação da oposição, o Partido Social-Democrata (centro-direita), que deixou seus simpatizantes livres para votar, agora anunciou que a maioria dos portugueses votou "sim" e esse voto "deve ser respeitado".

Os adversários da descriminalização insistiram na forte porcentagem de abstenção. O porta-voz da campanha do "não", João Paulo Malta, estima que o referendo provou que "a questão do aborto divide fortemente a sociedade portuguesa" e "não está definitivamente regulamentado".

ep/fg AFP 121423 FEB 07

http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 94,00.html


Mentira.

Os assassinatos intra-uterinos NÃO foram aprovados no referendo português. Na verdade, sofreram uma duríssima derrota: perderam por 76% contra 24% (60% do povo nem votou no referendo, o que endosa o "NÃO", e 40% dos 40% que votaram também votaram no "NÃO", também, o que dá 76% do geral.

O que ocorreu foi que, como o SIM teve mais votos de urna que o NÃO, o governo liberalista de Portugal decidiu "entender" que o povo quer os assassinatos, mesmo sem ter havido o quórum necessário no referendo, fato que foi intensamnte lembrado pelo governo quando, anos atrás, o NÃO venceu o SIM nas urnas.

É um velho jogo de cartas marcadas. Maioria do povo é contra os assassinatos, mas isso de vontade do povo é o de menos para os liberalistas. Daí inventam de fazer sucesivos referendos até que, quem sabe, "ganhem" um (sim, esta vitória foi com aspas, por causa da abstenção), e daí consideram que essa é a vontade "final e última" do povo e ainda tentam posar de democráticos.

Conclusão: vão tentar instaurar os assassinatos contrariamente à vontade do povo português.

Re: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igreja

Enviado: 13 Fev 2007, 10:42
por O ENCOSTO
Poindexter escreveu:
O ENCOSTO escreveu:Portugal: o aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igreja

A descriminalização do aborto, aprovada domingo num referendo em Portugal, constitui uma séria derrota para a Igreja, num país com mais de 90% da população considerada católica, e uma vitória para o primeiro-ministro José Socrates, que fez campanha a favor do "sim".

"Trata-se talvez da maior derrota da Igreja católica desde o restabelecimento da democracia" em 1974 , estimava o jornal Público em sua edição de segunda-feira, sublinhando que a rejeição do aborto constitui "uma questão fundamental de sua doutrina" sobre a qual ela "nunca cedeu um milímetro".

Mais de 59% dos eleitores votaram a favor do direito das mulheres de interromper voluntariamente a gravidez durante as primeiras dez semanas num estabelecimento de saúde autorizado, num referendo marcado por uma abstenção de 56%.

A participação não atingiu os 50% requeridos para que este resultado seja vinculante, mas o primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista confirmou que o parlamento, onde ele tem maioria, modificaria a lei atual.

A Igreja mobilizou toda sua influência numa campanha contra este "crime abominável" em Portugal, país considerado um bastião do catolicismo.

Alguns de seus representantes, como o cardeal de Lisboa, José Policarpo, pediram uma "reflexão serena" dos fiéis sobre "a defesa da vida, da concepção à morte".

Outros ameaçaram de "excomunhão automática" os partidários do "sim" e advertiram contra a "maldição" que atingiria Portugal se o país aceitasse "a apostasia silenciosa" do resto da Europa e sua "cultura da morte".

A Conferência episcopal não reagiu na manhã desta segunda-feira e apenas o arcebispo de Braga (norte do país), Jorge Ortiga, fez um comentário público, julgando que "o resultado do referendo não é decisivo e que a Igreja considera que a questão da vida não pode ser abordada por referendo".

O primeiro-ministro viu na vitória do "sim" a imagem de país "moderno e progressista" que ele quer para Portugal, ainda preso a uma imagem de conservadorismo e até de obscurantismo.

Durante a campanha, Socrates havia pedido votos a favor da descriminalização para que Portugal acabasse com os abortos clandestinos e se juntasse ao grupo de "países mais desenvolvidos", da "modernidade e do progresso". Sócrates defendeu o sim dizendo que Portugal deveria se tornar uma democracia "mais madura" e mais respeitosa da liberdade das mulheres.

No domingo, ele anunciou que o país seguiria "as melhoras práticas dos países europeus" no assunto, sublinhando que dispunha de uma "maioria muito confortável".

Como principal formação da oposição, o Partido Social-Democrata (centro-direita), que deixou seus simpatizantes livres para votar, agora anunciou que a maioria dos portugueses votou "sim" e esse voto "deve ser respeitado".

Os adversários da descriminalização insistiram na forte porcentagem de abstenção. O porta-voz da campanha do "não", João Paulo Malta, estima que o referendo provou que "a questão do aborto divide fortemente a sociedade portuguesa" e "não está definitivamente regulamentado".

ep/fg AFP 121423 FEB 07

http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... 94,00.html


Mentira.

Os assassinatos intra-uterinos NÃO foram aprovados no referendo português. Na verdade, sofreram uma duríssima derrota: perderam por 76% contra 24% (60% do povo nem votou no referendo, o que endosa o "NÃO", e 40% dos 40% que votaram também votaram no "NÃO", também, o que dá 76% do geral.

O que ocorreu foi que, como o SIM teve mais votos de urna que o NÃO, o governo liberalista de Portugal decidiu "entender" que o povo quer os assassinatos, mesmo sem ter havido o quórum necessário no referendo, fato que foi intensamnte lembrado pelo governo quando, anos atrás, o NÃO venceu o SIM nas urnas.

É um velho jogo de cartas marcadas. Maioria do povo é contra os assassinatos, mas isso de vontade do povo é o de menos para os liberalistas. Daí inventam de fazer sucesivos referendos até que, quem sabe, "ganhem" um (sim, esta vitória foi com aspas, por causa da abstenção), e daí consideram que essa é a vontade "final e última" do povo e ainda tentam posar de democráticos.

Conclusão: vão tentar instaurar os assassinatos contrariamente à vontade do povo português.



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Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 11:06
por Johnny
Se era vontade no NÃO então que fossem às urnas escolher. O povo quer sempre cobrar e não move uma palha. Problema deles. Eu não reclamo, estou satisfeito. Quando a água bater na minha bunda daí eu me remexo muito.

Re: Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a I

Enviado: 13 Fev 2007, 11:31
por Poindexter
Johnny escreveu:Se era vontade no NÃO então que fossem às urnas escolher. O povo quer sempre cobrar e não move uma palha. Problema deles. Eu não reclamo, estou satisfeito. Quando a água bater na minha bunda daí eu me remexo muito.


Se era vontade no SIM no plebiscito anterior (que o NÃO venceu), então que fossem às urnas escolher. O povo quer sempre cobrar e não move uma palha. Problema deles. Eu não reclamo, estou satisfeito. Quando a água bater na minha bunda daí eu me remexo muito.


Pra quê votar no NÃO, Johnny? Para o governo relançar esse plebiscito três meses depois?

Imagina que eu chego aqui no RV e digo que tu és da TFP. Daí você vem aqui e me desmente. No dia seguinte eu faço o mesmo. No outro você desmente.

Daí, na oitava vez que eu faço isso, você não desmente, e eu digo: "Se não fosse que viesse aqui desmentir!"

Essa é a "democracia" liberalista.

E não é só isso: o pessoal do NÃO não necessariamente era obrigado a manifestar-se votando, porque o plebiscito era para alterar a situação atualmente defendida pelo próprio NÃO! Desta forma, o SIM é que teria que lotar as urnas, o SIM é que teria que ter conseguido o quórum! E não só não conseguiu como ainda 40% dos votos foi de gente do NÃO que votou.

Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 11:34
por Poindexter
Vamos, liberalistas! Mostrem a sua "democracia"! Digam-me: quando mostrarão interesse novamente em "consultar" o que os portugueses pensam da discriminalização do aborto? No dia 30 de fevereiro do ano que vem? No dia de São Nunca?

Um post de desistência, por obséquio!

Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 11:36
por Poindexter
Esses que votaram no NÃO foram trouxas. Deram a aparência de que as duas tendências se manifestaram plenamente nas urnas. Deveriam ter deixado de votar também, deixando o referendo num total FIASCO ao contar apenas com 24% do eleitorado! Iria ficar bem claro o 76% a 24%!

Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 11:38
por Johnny
Então vamos fazer o seguinte: Deixemos de lado as votações e plebiscitos, afinal, plebe não tem que ter direito mesmo... :emoticon12:

Agora sério Poin: Dizem que o poder emana do povo. Se isso acontece (falcatruas) e o povo deixa, realmente o problema é dele (povo). Alguma dúvida a respeito disso?

Re: Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a I

Enviado: 13 Fev 2007, 11:41
por O ENCOSTO
Poindexter escreveu:Esses que votaram no NÃO foram trouxas. Deram a aparência de que as duas tendências se manifestaram plenamente nas urnas. Deveriam ter deixado de votar também, deixando o referendo num total FIASCO ao contar apenas com 24% do eleitorado! Iria ficar bem claro o 76% a 24%!


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Re: Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a I

Enviado: 13 Fev 2007, 11:49
por Poindexter
Johnny escreveu:Então vamos fazer o seguinte: Deixemos de lado as votações e plebiscitos, afinal, plebe não tem que ter direito mesmo... :emoticon12:


Os liberalistas de fato estariam sendo mais honestos consigo mesmos e com o povo se o fizessem.


Johnny escreveu:Agora sério Poin: Dizem que o poder emana do povo. Se isso acontece (falcatruas) e o povo deixa, realmente o problema é dele (povo). Alguma dúvida a respeito disso?


Não, Johnny, nenhuma. Se esses 76% toparem ser passados para trás pelos outros 24%, com certeza estes últimos o farão, como já estão fazendo.

Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 12:25
por o anátema
Bem, mas resumindo, agora algumas pessoas podem agir confome creem ser mais responsável, e as pessoas que acham que isso é que na verdade é imoral ou irresponsável, não tem obrigação de fazer nada diferente do que já fariam.

Mais ou menos como transfusão de sangue ou diversas outras coisas, legalmente disponíveis a pesar de contrárias a alguma noção totalmente religiosa, ou no mínimo bem questionável de moral, em que as pessoas que não tem nada contra podem tirar proveito, e as religiosa-moralmente contrárias podem continuar fazendo pregação contrária e renegando o direito, até que mudem de idéia. Que bom.

Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 16:13
por clara campos
Poind

Os teus post demonstram uma grande ignorância da questão do referendo-aborto em Portugal.

Vou tentar explicar:

-em 98 realizou-se um referendo sobre a despenalização do aborto. A abstenção fez com que o referendo não fosse vinculativo, o que significa que o parlamento não era obrigado a acatar a decisão expressa em referendo, ainda assim, fê-lo.

-diversos movimentos cívicos em portugal, e diversas sondagens, mostraram ao longo dos anos que a grande maioria da população portuguesa era favorável à alteração da lei proposta. Os elevados níveis de abstenção foram interpretados (por ambas as facções) à luz de vários acontecimentos que então ocorreram, desde a uma enorme falta de informação (coisa que não ocorreu desta vez) até ao baixíssimo nível a que a campanha desceu. Tradicionalmente, os portugueses não costumam apreciar campanhas "porcas" embora se conheçam algumas execpções.

-pegando em vários sinais sociais, a sociedade entendeu que se deveria repetir o referendo, posição inclusivamente defendida pelos partidários do Não, que pretendiam calar as vozes e sondagens que clamam que a maioria da população era na verdade favorável à despenalização.

-o referendo que se pretendia maiscedo, foi no entanto impossibilitado pela grande quantidade de eleições que ocorreram no início do mandato deste governo (o anterior foi dissolvido pelo presidente, depois houveram as autárquicas e finalmente as presidenciais).

-assim o referendo foi sendo adiado, não tendo sido marcado para o verão tendo em conta o histórico de elevadas abstenções neste período.


-Finalmente foi marcado o referendo (aprovado no parlamento por TODOS os partidos execepto os comunistas), e aclamado por diversos movimentos cívicos.

Desta feita a informação isenta não faltou e as campanhas, de forma geral (com execepção de alguns exessos de ambas as partes) decorreram de forma idónea e moderada.

Quem votou falou, quem não votou calou - e consentiu.

Assim, tal como da última vez, o parlamento acatou a decisão popular (apesar de não ser legalmente vinculativa).

Folgarás em saber que o partido popular (democratas cristãos) já prometeu que tudo fará para impedir o avanço da lei, e a alterará quando possível.

Desta feito folgo eu em saber, que em Portugal nunca nenhum partido ousou desde que nasceste, de forma peremptória e antidemocrática, contrariar a vontade da maioria.

Falta ainda dizer que muitos dos partidários do NÃo acabarão por acatar a lei, já que se verifica que muitos votaram devido ao seu enquadramento religoso, mas que, na prática, são contra a penalização da mulher que efectua abortos, como se verificou nas campanhas do NÃO, em que chegou a ser sugerido (por movimentos numerosos), que a lei não fosse alterada, mas que a mulher não fosse penalizada!!!

Tento dizer-te da forma mais isenta que consigo, que na generalidade, a sociedade portuguesa, sendo fortemente aversa ao aborto, é ainda mais aversa à penalização das mulheres, e à obrigatoriedade de prosseguir uma gravidez indesejada.

Re: Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a I

Enviado: 13 Fev 2007, 16:49
por Mr. Crowley
O ENCOSTO escreveu:
Poindexter escreveu:Esses que votaram no NÃO foram trouxas. Deram a aparência de que as duas tendências se manifestaram plenamente nas urnas. Deveriam ter deixado de votar também, deixando o referendo num total FIASCO ao contar apenas com 24% do eleitorado! Iria ficar bem claro o 76% a 24%!


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:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Re: Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a I

Enviado: 13 Fev 2007, 20:53
por zencem
O ENCOSTO escreveu:
Poindexter escreveu:Esses que votaram no NÃO foram trouxas. Deram a aparência de que as duas tendências se manifestaram plenamente nas urnas. Deveriam ter deixado de votar também, deixando o referendo num total FIASCO ao contar apenas com 24% do eleitorado! Iria ficar bem claro o 76% a 24%!


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Esse Poindexter, é o legítimo tipo, daquele que não dispensa sorver, até a última gota, do seu Jus Isperniandi, ùltima safra.

Ele deve até ter sonhado que, no dia posterior a vitória esmagadora do SIM, os chamados 60%, que se abstiveram em sinal de protesto, ocuparam as ruas de Lisboa, exigindo que Sócrates tomasse Cicuta pela segunda vêz.

hehehe!!!

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Re: Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a I

Enviado: 13 Fev 2007, 21:18
por Poindexter
clara campos escreveu:-diversos movimentos cívicos em portugal, e diversas sondagens, mostraram ao longo dos anos que a grande maioria da população portuguesa era favorável à alteração da lei proposta.


"Movimentos cívicos" = eufemismo para grupos de liberalistas.


clara campos escreveu:-assim o referendo foi sendo adiado, não tendo sido marcado para o verão tendo em conta o histórico de elevadas abstenções neste período.


Caramba! Nem assim dá quórum! O povo não quer mesmo a despenalização ds assassinatos de fetos, hein!


clara campos escreveu:... e aclamado por diversos movimentos cívicos.


Bando de liberalistas...


clara campos escreveu:Quem votou falou, quem não votou calou - e consentiu.


É mesmo?

Então, no último plebiscito, quem votou falou e quem não votou calou e consentiu, de modo que nem seria mais necessário outro plebiscito... interessante, né?

Quem não votou não calou e nem consentiu coisíssima nenhuma! Não votar era uma forma de evitar vinculações de modificações nas leis do aborto, ajudando a manter a situação inalterada!

Imagina que as pesquisas informam que mais ou menos metade da população pretende votar e que o SIM está com 60% dos votos. Eu sou a favor do NÃO. Que você acha que seria mais interessante para mim? Ir votar no NÃO ou não ir votar? Lógico que a segunda opção!




clara campos escreveu:Assim, tal como da última vez, o parlamento acatou a decisão popular (apesar de não ser legalmente vinculativa).


É mesmo? E daqui a nove anos repetirão o plebiscito? Ou vai ficar para 30 de fevereiro do ano que vem? :emoticon54:


clara campos escreveu:Folgarás em saber que o partido popular (democratas cristãos) já prometeu que tudo fará para impedir o avanço da lei, e a alterará quando possível.


Tomara que consigam!


clara campos escreveu:Desta feito folgo eu em saber, que em Portugal nunca nenhum partido ousou desde que nasceste, de forma peremptória e antidemocrática, contrariar a vontade da maioria.


1974. :emoticon7:


clara campos escreveu:Todo o resto que a clara falou


Li toda a tua mensagem e fiquei impressionado com o grau de "otarice" dos conservadores neste tema!

Não perceberam que, se da outra vez o NÃO teve 50.07% dos votos, desta vez depois de mais 9 anos de doutrinação liberalista não iriam repetir os 50% e que desta vez por interesse os liberalistas iriam ignorar que mais da metade da população não votou?

São liberalistas, caramba! Tinham que entender melhor quem estava por trás do SIM!

Espero que consigam barrar essa permissão aos assassinatos, ou revertê-las o quanto antes.

Obrigado pelas informações, clara!

Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 21:34
por Ateu Tímido
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Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 21:37
por Alter-ego
Viva a maioria do povo português, que sequer foi às urnas discutir assassinato de crianças!

Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 22:01
por francioalmeida
Que a igreja e os anti-abortista enfie o dedo no seu proprio C* e rasguem, agora o aborto é só um pecadinho, nada que um pai-nosso não resolva :emoticon12:

Re: Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a I

Enviado: 13 Fev 2007, 22:41
por Mr. Crowley
Alter-ego escreveu:Viva a maioria do povo português, que sequer foi às urnas discutir assassinato de crianças!


:emoticon11: :emoticon11: :emoticon11:

Enviado: 13 Fev 2007, 22:48
por André
Liberalistas?O partido é socialista que tem estado frequentemente no poder.

É como o primeiro ministro disse, tendencias progressistas.

So se vc estiver falando que se assemelha aos liberais americanos, esses que culturalmente em oposição aos neo-conservadores, são mais progressitas.Estão em geral no Partido Democrático em sua ala mais a esquerda.Mas isso é uma particularidade americana.

Enfim fico com a Clara, nessa. sou avesso ao aborto, mas ainda mais avesso a criminalização do aborto.A clinicas amadoras, colocando em risco a vida dessas mulheres.Aborto não deve ser incentivado, e contra indicado, mas querendo fazer é melhor no hospital com segurança, do que tentar induzir elas mesmas ou num desses lugares amadores.

Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a Igrej

Enviado: 13 Fev 2007, 23:00
por betossantana
Poind, e se você cortar os pulsos em protesto?

Re: Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a I

Enviado: 13 Fev 2007, 23:14
por Poindexter
francioalmeida escreveu:Que a igreja e os anti-abortista enfie o dedo no seu proprio C* e rasguem, agora o aborto é só um pecadinho, nada que um pai-nosso não resolva :emoticon12:


Poderia dizer o mesmo dos liberalistas pelo fato de aqui ser criminalizado. :emoticon54:

Re: Re.: Aborto descriminalizado, uma séria derrota para a I

Enviado: 13 Fev 2007, 23:20
por Mr. Crowley
betossantana escreveu:Poind, e se você cortar os pulsos em protesto?


Teria o meu apoio.

Enviado: 13 Fev 2007, 23:24
por Poindexter
André escreveu:Liberalistas?O partido é socialista que tem estado frequentemente no poder.


Qual seria a contradição?


André escreveu:É como o primeiro ministro disse, tendencias progressistas.


Progressistas? Hahaha! Faz-me rir! Progressistas somente se se estiver à beira do abismo e voltado em direção à ele!


André escreveu:So se vc estiver falando que se assemelha aos liberais americanos, esses que culturalmente em oposição aos neo-conservadores, são mais progressitas.


Que "progresistas" que nada! São mais irresponsáveis, isso sim!


André escreveu:A clinicas amadoras, colocando em risco a vida dessas mulheres.


Ah, claro! As clínicas as sequestram nas casas delas e fazem o aborto contra as suas vontades, arriscando suas vidas! :emoticon22:

Salvo o caso de estupro, que não está em discussão, fizeram sexo porque quiseram!

Vamos legalizar os roubos também! Afinal, muitos bandidos morrem e matam nos roubos justamente porque é ilegal! Se fosse legal, ele poderia roubar as coisas das pessoas sem violência, alegando que está fazendo o seu trabalho! :emoticon:

Que "lindo" o mundo liberalista!



André escreveu:Aborto não deve ser incentivado, e contra indicado, mas querendo fazer é melhor no hospital com segurança, do que tentar induzir elas mesmas ou num desses lugares amadores.


Estupro não deve ser incentivado, e contra indicado, mas querendo fazer é melhor em um estupródromo com segurança, do que tentar estuprar num desses lugar amador.

Esse libertarianismo...