Brasil adota sanções contra o Irã
Enviado: 23 Fev 2007, 06:13
Brasil adota sanções contra o Irã
Decreto proíbe empresas de exportar material para programa nuclear
RODRIGO MÜZZEL*
Acatando uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil proibiu ontem o comércio de equipamentos, bens e tecnologia que possam ajudar o Irã a desenvolver seu programa nuclear. Além disso, determinou o congelamento de possíveis ativos financeiros e recursos econômicos de 22 organizações e autoridades iranianas envolvidas nos programas nuclear e de mísseis balísticos daquele país.
Segundo o Itamaraty, a atitude foi tomada porque as sanções do Conselho de Segurança, impostas depois da decisão do Irã de manter seu programa nuclear, devem ser adotadas por todos os países membros. O Ministério das Relações Exteriores informou não ter conhecimento de nenhuma empresa brasileira que venda ao Irã os produtos proibidos.
Óleo de soja, açúcar e milho lideram a pauta de exportações brasileiras para o Irã. O país também compra do Brasil, em grande quantidade, equipamentos de transporte e máquinas agrícolas. O vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Irã, Sarrokh Chadan, afirmou ontem "desconhecer esse tipo de produto (para uso em programas nucleares) na pauta de exportações para o Irã". Na lista citada no decreto brasileiro, publicado ontem no Diário Oficial, constam dezenas de equipamentos e produtos necessários ao enriquecimento de urânio, atividade que permite obter plutônio, o principal componente de explosivos atômicos.
País dos aiatolás descumpriu resolução das Nações Unidas
No dia 23 de dezembro, o Conselho de Segurança da ONU havia dado ao Irã prazo de 60 dias para paralisar seu programa nuclear. O prazo venceu na quarta-feira, sem nenhum sinal positivo de Teerã. Ontem, a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) informou oficialmente que o Irã não suspendeu as atividades de enriquecimento de urânio, descumprindo a resolução.
Os negócios entre Brasil e Irã
O que importamos
Derivados de petróleo
Uvas secas
Pistaches frescos ou secos
Peles de ovinos wet blue
Tapetes de lã
Outras frutas de casca rija, sementes e conservas
Embreagens e suas peças para tratores e automóveis; borracha de butadieno e outras sintéticas
Sementes de cominho
Sucos e extratos de alcaçuz
O que exportamos
Óleo de soja
Açúcar
Grãos de soja e bagaço
Milho
Carnes
Chassis e outras peças para veículos
Minério de ferro
Laminados
Papel
Caixas registradoras
A lista proibida
O decreto estabelece o congelamento de fundos, ativos financeiros e recursos econômicos de indivíduos e de entidades envolvidas no programa nuclear iraniano. Confira a lista de quem está sob sanção do Brasil:
1. Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI)
2. Empresa de Eletricidade de Mesbah
3. Kala-Electric
4. Pars Trash Company
5. Farayand Technique
6. Organização de Indústrias de Defesa
7. Sétimo de Tir
8. Grupo Industrial Shahid Hemmat
9. Grupo Industrial Shahid Bagheri
10. Grupo Industrial Fajr
11. Mohammad Qannadi, vice-presidente de Pesquisa da OEAI
12. Behman Asgarpour, gerente operacional da Arak
13. Dawood Agha-Jani, chefe da central de enriquecimento de urânio de Natanz
14. Ehsan Monajemi, gerente de projeto de construção, Natanz
15. Jafar Mohammadi, assessor técnico da OEAI
16. Ali Hajinia Leilabadi, diretor da Empresa de Eletricidade de Mesbah
17. Tenente-general Mohammad Mehdi Nejad Nouri, reitor da Universidade de Tecnologia de Defesa Malek Ashtar
18. General Hosein Salimi, comandante da força aérea
19. Ahmad Vahid Dastjerdi, diretor da Organização de Indústrias Aeroespaciais
20. Reza-Gholi Esmaeli, chefe do Departamento de Comércio e Assuntos Internacionais da Organização de Indústrias Aeroespaciais
21. Bahmanyar Bahmanyar, chefe do Departamento de Finanças da Organização de Indústrias Aeroespaciais
22. General Yahya Rahim Safavi, comandante da Guarda Revolucionária
http://zh.clicrbs.com.br
Decreto proíbe empresas de exportar material para programa nuclear
RODRIGO MÜZZEL*
Acatando uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil proibiu ontem o comércio de equipamentos, bens e tecnologia que possam ajudar o Irã a desenvolver seu programa nuclear. Além disso, determinou o congelamento de possíveis ativos financeiros e recursos econômicos de 22 organizações e autoridades iranianas envolvidas nos programas nuclear e de mísseis balísticos daquele país.
Segundo o Itamaraty, a atitude foi tomada porque as sanções do Conselho de Segurança, impostas depois da decisão do Irã de manter seu programa nuclear, devem ser adotadas por todos os países membros. O Ministério das Relações Exteriores informou não ter conhecimento de nenhuma empresa brasileira que venda ao Irã os produtos proibidos.
Óleo de soja, açúcar e milho lideram a pauta de exportações brasileiras para o Irã. O país também compra do Brasil, em grande quantidade, equipamentos de transporte e máquinas agrícolas. O vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Irã, Sarrokh Chadan, afirmou ontem "desconhecer esse tipo de produto (para uso em programas nucleares) na pauta de exportações para o Irã". Na lista citada no decreto brasileiro, publicado ontem no Diário Oficial, constam dezenas de equipamentos e produtos necessários ao enriquecimento de urânio, atividade que permite obter plutônio, o principal componente de explosivos atômicos.
País dos aiatolás descumpriu resolução das Nações Unidas
No dia 23 de dezembro, o Conselho de Segurança da ONU havia dado ao Irã prazo de 60 dias para paralisar seu programa nuclear. O prazo venceu na quarta-feira, sem nenhum sinal positivo de Teerã. Ontem, a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) informou oficialmente que o Irã não suspendeu as atividades de enriquecimento de urânio, descumprindo a resolução.
Os negócios entre Brasil e Irã
O que importamos
Derivados de petróleo
Uvas secas
Pistaches frescos ou secos
Peles de ovinos wet blue
Tapetes de lã
Outras frutas de casca rija, sementes e conservas
Embreagens e suas peças para tratores e automóveis; borracha de butadieno e outras sintéticas
Sementes de cominho
Sucos e extratos de alcaçuz
O que exportamos
Óleo de soja
Açúcar
Grãos de soja e bagaço
Milho
Carnes
Chassis e outras peças para veículos
Minério de ferro
Laminados
Papel
Caixas registradoras
A lista proibida
O decreto estabelece o congelamento de fundos, ativos financeiros e recursos econômicos de indivíduos e de entidades envolvidas no programa nuclear iraniano. Confira a lista de quem está sob sanção do Brasil:
1. Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI)
2. Empresa de Eletricidade de Mesbah
3. Kala-Electric
4. Pars Trash Company
5. Farayand Technique
6. Organização de Indústrias de Defesa
7. Sétimo de Tir
8. Grupo Industrial Shahid Hemmat
9. Grupo Industrial Shahid Bagheri
10. Grupo Industrial Fajr
11. Mohammad Qannadi, vice-presidente de Pesquisa da OEAI
12. Behman Asgarpour, gerente operacional da Arak
13. Dawood Agha-Jani, chefe da central de enriquecimento de urânio de Natanz
14. Ehsan Monajemi, gerente de projeto de construção, Natanz
15. Jafar Mohammadi, assessor técnico da OEAI
16. Ali Hajinia Leilabadi, diretor da Empresa de Eletricidade de Mesbah
17. Tenente-general Mohammad Mehdi Nejad Nouri, reitor da Universidade de Tecnologia de Defesa Malek Ashtar
18. General Hosein Salimi, comandante da força aérea
19. Ahmad Vahid Dastjerdi, diretor da Organização de Indústrias Aeroespaciais
20. Reza-Gholi Esmaeli, chefe do Departamento de Comércio e Assuntos Internacionais da Organização de Indústrias Aeroespaciais
21. Bahmanyar Bahmanyar, chefe do Departamento de Finanças da Organização de Indústrias Aeroespaciais
22. General Yahya Rahim Safavi, comandante da Guarda Revolucionária
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