Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Milamber escreveu:Quem pensa desse modo, de facto depois não tem autoridade nem moralidade para se queixar pela forma como são tratados os ateus irreligiosos.
A opinião nela expressa é que a moralidade de outros pode ser julgada pelos eufemismos que escolhe ou evita e, pior, insinuar que quem rejeita tais firulas deve ser privado de seus direitos civis.
Não vi nada disso aqui, Acauan. Quem teve seus direitos em cheque não foi o Cabeção nem você. E o que está sendo questionado é a boa vontade, não a moralidade.
Nós ateus não ganhamos nada em vender a imagem de teimosos em questões que realmente não nos acrescentam nada como essa da nomenclatura.
Então me explique com que intenção a palavra "moralidade" aparece na passagem quotada.
E ninguém teve seus direitos em cheque até o momento. Muçulmanos não gostam de ser chamados de maometanos, o que não implica que seja direito deles ou de quem os apoia proibir outros de chamá-los assim. Como mostrado, a palavra consta dos dicionários de língua portuguesa e não tem, em si, significado pejorativo ou ofensivo, significado este que lhe é agregado por questões ideológicas, não semânticas.
Quanto à boa vontade, no Religião é Veneno ela é opcional de cada um. Não cabe à moderação emitir fatwas céticas ou ateístas convocando os participantes a praticarem-na.
E por fim, nós quem cara-pálida? Se há uma única coisa em que todos os ateus e céticos concordam é que queremos ser julgados por nossos atos como indivíduos e não por não confessar as crenças que outros acham que devíamos confessar.
A tudo o mais, não cabem conclusões coletivas quanto a este nosso grupo. Nós não vendemos imagem nenhuma, porque não temos uma imagem comum a ser vendida.
Editado pela última vez por Acauan em 18 Nov 2005, 12:01, em um total de 1 vez.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Até parece que um ateu pensa o seguinte quando pronuncia o termo "maometano": - "Vou chama-los de Maometanos só para classifica-los como idolatras de Maomé".
Isso nunca me passou pela cabeça.
Até porque, em materia de religião, idolatrar ou deixar de idolatrar não torna a fé de ninguém melhor ou pior.
O ENCOSTO escreveu:Falando sério, é muita frescura dos maometanos.
Até parece que um ateu pensa o seguinte quando pronuncia o termo "maometano": - "Vou chama-los de Maometanos só para classifica-los como idolatras de Maomé".
Isso nunca me passou pela cabeça.
Até porque, em materia de religião, idolatrar ou deixar de idolatrar não torna a fé de ninguém melhor ou pior.
Um exemplo histórico. Pessoas muito próximas ao Pelé se referiam a ele como "o crioulo", incluindo seus amigos de juventude, colegas de clube, treinadores e alguns jornalistas esportivos.
Hoje se alguém chamar um afro-descendente de crioulo será igualado a Heinrich Himmler e lançado no ostracismo compatível a tal julgamento.
Só que o Pelé nunca reclamou de ser chamado de crioulo e os amigos que o chamavam assim o faziam como expressão de proximidade carinhosa. O que mudou? Pelé fez um exame de consciência e concluiu que era errado ele aceitar passivamente lhe atribuírem uma qualificação pejorativa e ofensiva a todos de sua etnia? Os amigos de Pelé concluíram que deviam encontrar modos melhores de expressar intimidade?
Nada disso. Gente de fora, que não era nem o Pelé e nem os amigos do Pelé decidiram por que termos o Pelé e todos os negros deviam ser chamados e quais termos deveriam recusar como ofensivos.
Fica a pergunta de com que direito fizeram isto e por que um grupo de amigos deve se submeter às opiniões de desconhecidos sobre como devem se tratar entre si.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Milamber escreveu:Quem pensa desse modo, de facto depois não tem autoridade nem moralidade para se queixar pela forma como são tratados os ateus irreligiosos.
A opinião nela expressa é que a moralidade de outros pode ser julgada pelos eufemismos que escolhe ou evita e, pior, insinuar que quem rejeita tais firulas deve ser privado de seus direitos civis.
Não vi nada disso aqui, Acauan. Quem teve seus direitos em cheque não foi o Cabeção nem você. E o que está sendo questionado é a boa vontade, não a moralidade.
Nós ateus não ganhamos nada em vender a imagem de teimosos em questões que realmente não nos acrescentam nada como essa da nomenclatura.
Milamber escreveu:Nem por isso Mig 29 Acauna, não estarás a olhar num espelho em lugar de leres milhas palavras.
Afinal de contas sou bem directo e não necessito de malabarismo para esconder o verdadeiro pensamento como vc tantas vcs o faz.
Força, mais opiniões.
Suas palavras foram reproduzidas quotadas exatamente como as escreveu. Já minhas conclusões sobre elas cabem apenas a mim.
Quanto aos malabarismos para esconder os pensamentos, acho que está falando com o Índio errado. Quem esconde pensamentos geralmente o faz para agradar a outros, preocupação da qual ninguém há de acusar-me.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Sparrow escreveu:Religiosos são uma verdadeira curiosidade zoológica! Eles não só querem impor suas crenças e padrões, como até o modo "certo" de serem tratados. A palavra "maometano" existe há séculos na lingua portuguesa. Agora resolvem inventar que traduz preconceito e têm a cara dura de pedir censura.
Daí para a burka é um pulo!
Tenham pena de nós, discípulos de Mafoma (como os chamaria Cervantes)!
Olha a extrapolação. A maioria dos religiosos vivem a religião deles sem proselitismo. Só uma minoria barulhenta faz proselitismo.
Uma pergunta: Chamaria um Judeu de mestre da usura. Penso que há uma diferença entre ser politicamente correto e ofensivo. Duvido que alguém aqui chamasse maometano na cara de um muçulmano.
Mas vamos ver se alguém tem coragem. Aí se vê se há hipocrisia ou não nesta história de ser ou não políticamente incorreto. No Forum é tudo muito fácil...
Tanto preciosismo com o uso das palavras... Chamem-me Corsário ao invés de Pirata! Qual a diferença?
Então discutir o sexo dos anjos é um bom exercício de dialética? E de qual "moral" há de advir a forma de um ateu, que se supõe livre das amarras de um comportamento condicionado, expressar-se para ser "bem visto" pelos demais ainda afeitos ao condicionamento imposto pelas religiões e do qual não fazem questão alguma de fugirem por puro comodismo ou necessidade de conterem os próprios ímpetos sob a égide da hipocrisia?
Malabarista és tu, caro Milamber. Malabarista andando em corda bamba prestes a romper-se ao peso dos próprios passos... À prancha com isto!!
Sparrow escreveu:Religiosos são uma verdadeira curiosidade zoológica! Eles não só querem impor suas crenças e padrões, como até o modo "certo" de serem tratados. A palavra "maometano" existe há séculos na lingua portuguesa. Agora resolvem inventar que traduz preconceito e têm a cara dura de pedir censura.
Daí para a burka é um pulo!
Tenham pena de nós, discípulos de Mafoma (como os chamaria Cervantes)!
Olha a extrapolação. A maioria dos religiosos vivem a religião deles sem proselitismo. Só uma minoria barulhenta faz proselitismo. Uma pergunta: Chamaria um Judeu de mestre da usura. Penso que há uma diferença entre ser politicamente correto e ofensivo. Duvido que alguém aqui chamasse maometano na cara de um muçulmano.
Se não fosse com o intuito de ofender... Qual o problema? A palavra existe, designa certo grupo de pessoas que seguem fielmente o que seu profeta lhes deixou escrito. Acaso sentem-se ofendidos por verem na terminologia "maometano" o que estão a fazer de fato? Se for assim, que se queime o Corão, que se ateie fogo às palavras deixadas pelo profeta e que tais discípulos de Mafoma rendam seus préstimos a Alah sem tanta cerimônia.
Chame um obeso de gordo, um fraco de incompetente, um oligofrênico de idiota e veja por si mesmo.
Por mero acaso, minha genitora não faz parte do seleto grupo de mulheres que dedicam suas vidas à árdua tarefa de saciarem os desejos e anseios de homens e mulheres que não os podem satisfazer em seus próprios lares, muitas vezes por imposição da fé que abraçam e das máscaras de hipocrisia que tão impiedosamente fazem questão de portarem... Assim, tal pretenso xingamento não me ofende. Mas se a sua for puta... não revidarei.
Chame um obeso de gordo, um fraco de incompetente, um oligofrênico de idiota e veja por si mesmo.
Por mero acaso, minha genitora não faz parte do seleto grupo de mulheres que dedicam suas vidas à árdua tarefa de saciarem os desejos e anseios de homens e mulheres que não os podem satisfazer em seus próprios lares, muitas vezes por imposição da fé que abraçam e das máscaras de hipocrisia que tão impiedosamente fazem questão de portarem... Assim, tal pretenso xingamento não me ofende. Mas se a sua for puta... não revidarei.
. Afinal há palavras que doem. Mas eu não lhe chamei de fdp NEM SUGERI QUE VC É FDP.
Sparrow escreveu:Tanto preciosismo com o uso das palavras... Chamem-me Corsário ao invés de Pirata! Qual a diferença?
A diferença, como sempre, está nos significados que as pessoas envolvidas dão às palavras.
Lamento que não queiram entender isso, e não posso deixar de entender a frustração do Milamber.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
Milamber escreveu:Leia a resposta de Luis Dantas, bastante equilibrada como é hábito.
Quem pensa desse modo, de facto depois não tem autoridade nem moralidade para se queixar pela forma como são tratados os ateus irreligiosos.
Diria mesmo, daí para a fogueira com os ateus é um pequeno passo, afinal não devem ser respeitados só porque são ateus. Diga não ao politicamente correcto.
É exactamente o mesmo.
Luis Dantas escreveu:
Sparrow escreveu:Tanto preciosismo com o uso das palavras... Chamem-me Corsário ao invés de Pirata! Qual a diferença?
A diferença, como sempre, está nos significados que as pessoas envolvidas dão às palavras.
Lamento que não queiram entender isso, e não posso deixar de entender a frustração do Milamber.
A palavra "maometano", tal como "cristão", surgiu, provavelmente de um simples gesto de identificação, por um povo, de determinado grupo. Na origem, palavras como o verbo "judiar" expressam muito mais preconceito. Entretanto, depois de séculos, tudo isso faz parte da língua. A origem se tornou irrelevante para determinar o significado.
Esse tipo de tentativa de forçar uma sociedade a adotar palavras, simplesmente para "agradar" grupos, sejam ou não religiosos, significa castrar a linguagem construída ao longo do tempo. É uma forma de restrição à liberdade de pensamento e expressão que se tenta fazer auto-consentida, mas é, na verdade imposta por uma ideologia artificial de "coabitação forçada". Sinceramente, pouco me importa se os maometanos gostam ou não de ser assim chamados... É ainda mais ridículo querer que não se use a palavra "Maomé" para se referir ao "profeta". Esse é o nome dele em português! "Murramédi" não existe. "Mohammed" não faz parte da nossa língua. Gostem ou não, é Maomé mesmo! O resto é hipocrisia.
Sparrow escreveu:Tanto preciosismo com o uso das palavras... Chamem-me Corsário ao invés de Pirata! Qual a diferença?
A diferença, como sempre, está nos significados que as pessoas envolvidas dão às palavras.
Lamento que não queiram entender isso, e não posso deixar de entender a frustração do Milamber.
Achar que coisa tão simples não foi entendida é subestimar demais o interlocutor, dado que a obviedade da proposta torna o "não queiram entender" impossível, mesmo se verdadeiro fosse.
O que há de fato é uma diferença entre entender a proposta e submeter-se à tentativa de imposição que lhe é sub-reptícia.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism