Censura ideológica

Aqui você pede, reclama, pergunta, implora, malha, sugere, e até elogia os moderadores.
Avatar do usuário
Aurelio Moraes
Mensagens: 19637
Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
Localização: São José dos Campos, S.P
Contato:

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Aurelio Moraes »

Capitão América escreveu:Deixa eu adiantar a foto-postagem para você...

Capitão América escreveu:O que me estranha ainda é o fato do meu banimento ter ocorrido dias antes da confirmação da perseguição petralhafascista na internet, através de sua Polícia do pensamento.


Imagem


:emoticon12: :emoticon12:

No mesmo estilo de:


A turma da Mônica.
Não canso de repetir que os maiores perigos atuais são: O Homossexualismo, O Satanismo e a revolução comunista que paira sobre nosso planeta.

E destes, sem dúvida, o que mais me assombra é a revolução comunista, já que esta conta com a ajuda dos meios de comunicação, dos governos de quase todos os países, da ONU, do sistema educacional e, acabo de descobrir também dos gibis.

Depois de debruçar-me sobre os trabalhos de um tal Marício de Souza, veja em sua obra nada mais que propaganda soviética, com traços nazistas e nuances maoístas.

Eureka, gritei extasiado. Faz todo o sentido: Uma das estratégias de Gramsci e do Sendero Luminoso é minar e enfraquecer a sociedade temente à Deus e ainda não contaminada pelo vírus do comunismo. E para atingir este objetivo, nada mais fácio que atingir nossas crianças.

Senão vejamos:

Os pais dos personagens são ausentes, passando para os leitores-mirins uma mensagem com a semente da rebeldia, de modo a desacreditar seus pais que, mais tarde, ao dizerem: Meu filho, não use drogas; Meu filho, fique longe dos cabeludos do DCE pois são todos PTistas trotskista ou PCdoBsistas Stalinistas, essa mensagem seja interpretada como o chamado que a sra cascão fazia ao filho para tomar banho: Podia ser desrespeitada sem maiores problemas, no próximo número do Gibi lá estava o cascão mais sujo que no exemplar anterior.

Além das mensagens subliminares, como a citada aqui, as personagens representam bem o maniqueísmo entre nós, os bons, e os malvados comunistas da união soviética. E não é difícil explicar esta relação:

1. A Mônica. Ninguém tem dúvidas que é comunista Stalinista. Mandona, não gosta que apontem seus defeitos (afinal, ela não é mesmo baixinha e dentuça?). Como não dá para mandar o cascão para o México e mandar matá-lo com uma machadada como fez com Trotski, Stalin, ou melhor, a mônica usa seu Coelinho azul para bater no pobre coitado co Cebolinha, numa clara alusão aos crimes e assassinatos cometidos dentro da cortina de ferro.

2. A Magali. Comunista. Seu apetite incontrolável representa nada mais que a fome da burocracia bolchevique. Assim como o estômago da personagem aparentava não ter fim, o ralo da burocracia e da corrupção soviética também eram sorvedouros dos recursos e das riquezas tão duramente acumulados pelo povo russo durante o brilhante regime dos czares Nicolau e Alexandre.

3. Cascão. Não tomava banho. Comunista. E Hippie. Alguma tendência homossexual. Não precisa dizer mais. O papelo do cascão neste instrumento de propaganda revolucionária chamado Turma da Mônica é bem claro: Representa os países periféricos, aqueles cujos nomes terminavam com ÃO (Uzbesquistão, Cazaquistão, Quizdisquistão). Além da rima com CASCÃO, estes países existiam para a união soviética apenas com o propósito de realizar o serviço sujo: Fornecer mão de obra para as minas de carvão, fornecer matéria prima de graça para a rússia, enviar militares para realizar golpes de estado mundo afora.

4. Bidu. Deste eu gosto. O Bidu é um agente infiltrado da CIA e está lá apenas para tentar diminuir os impactos negativos desta trama satânica. Ao falar com a pedra, teoricamente um objeto surdo, o Bidu simboliza todos os pregadores do bem, pessoas que, como eu, falam somente a verdade, nada mais que a verdade, mesmo achando que estão falando com objetos inanimados e surdos, sem a mínima condição de entender as mensagens enviadas.

5. Anjinho. Um dos mais perigosos. Um anjo caído do céu. Vocês meus leitores, sabem bem o que isto significa. Mais um elemento do satanismo infiltrado.

6. Chico bento. Capiria. Não é preciso dizer quem representa. Meus leitores, inteligentes como são, saberão que se trata dos pobres latino-americanos. Caipirões, com papéis secundários da trama. Não sabem nem falar suas próprias linguas. Ficam esperando uma chance de se aproximar da Rosinha.

7. Rosinha. Pela Beleza e pureza, representa o capitalismo. Não tenho dúvidas que a Rosinha é a representação dos EUA. E o Chico bento, um latino tentando pular a fronteira.


OC nos odeia

Avatar do usuário
Aurelio Moraes
Mensagens: 19637
Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
Localização: São José dos Campos, S.P
Contato:

Mensagem por Aurelio Moraes »

CA,
as suas postagens direitistas e as coisas que o Olavo escrevem me fazem pensar nisto aqui.
No mundo dos EUA
Bem distante daqui
Na luta pela paz
Um guardião vai surgir
A força e a coragem
Ele nasceu para o bem


Os músculos de ação
Nosso herói Olavo

Aponta para o céu a sua espada de geléia a brilhar
E entre raios e trovoes um campeão nascerá
Diploma não vence Astrologia
Na luta da justiça se entrega por inteiro


Eu tenho a força, sou invencível
Vamos amigos, unidos venceremos
A semente do mal

Lá Lá Lá Lá Lá Lá Olavo!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Olavo!

Pelos poderes de Hayek!

Lula, Chavez e as forças do mal
O plano de Gramsci poderá ser fatal
Segredos do castelo ele quer conseguir
Planeja mil trapaças nunca vai desistir

Olavo, Nivaldo e Rodrigo Constantino são as forças do bem
Amigos da Verdade eles não temem ninguém
O corpo gira, gira pro feitiço quebrar
Olavo com sua espada faz a guerra acabar!

Perseus
Mensagens: 1944
Registrado em: 26 Out 2005, 00:44

Re.: Censura ideológica

Mensagem por Perseus »

Meu deus..um confunde ironias com ameaças de morte.. outro atribui um banimento por engano à obscuras forças do alto comando do PT agindo na moderaçào do RV..

Essas olavetes são loucas..
"Uau! O Brasil é grande"

Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".

Avatar do usuário
Yep
Mensagens: 15
Registrado em: 23 Jul 2006, 14:48

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Yep »

Perseus escreveu:Meu deus..um confunde ironias com ameaças de morte.. outro atribui um banimento por engano à obscuras forças do alto comando do PT agindo na moderaçào do RV..

Essas olavetes são loucas..


Imagem

Imagem
Editado pela última vez por Yep em 23 Jul 2006, 15:39, em um total de 4 vezes.

Avatar do usuário
Aurelio Moraes
Mensagens: 19637
Registrado em: 23 Out 2005, 18:26
Localização: São José dos Campos, S.P
Contato:

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Aurelio Moraes »

Perseus escreveu:
Essas olavetes são loucas..


Se não fossem, não seriam olavetes.

Avatar do usuário
Claudio Loredo
Mensagens: 3343
Registrado em: 20 Out 2005, 13:33
Localização: Palmas - TO
Contato:

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Claudio Loredo »

Capitão América escreveu:Já conversei com o Acauan e descartei a possibilidade de censura ideológica. O que me estranha ainda é o fato do meu banimento ter ocorrido dias antes da confirmação da perseguição petralhafascista na internet, através de sua Polícia do pensamento.


É pura coincidência. Pode ficar tranquilo que na moderação não há nenhum filiado ao PT. Só que estamos de olho em você. Você demonstra ter um ódio muito grande contra quem é de esquerda, contra quem é homossexual, contra muçulmanos e contra outros grupos. Para o nosso fórum não é nada bom termos um participante que prega tanto ódio.

Todo extremisto é ruim, seja o de direita ou o de esquerda.


Avatar do usuário
Claudio Loredo
Mensagens: 3343
Registrado em: 20 Out 2005, 13:33
Localização: Palmas - TO
Contato:

Re.: Censura ideológica

Mensagem por Claudio Loredo »


Existem diversos participantes do RV que não gostam do PT e postam diversas mensagens censurando ações do partido, mas eles fazem isto respeitando o ser humano e sem ofender nenhum grupo. Coisa que você não faz.

Neste momento os ânimos estão muito acirrados devido a proximidade das eleições presidencias. Assim que as eleições acabarem, creio que poderemos discutir política com bem mais calma e menos paixões e tudo dentro do ceticismo e do racionalismo.

O Religião é Veneno é um fórum de amigos e não é bom que existam brigas dentro dele por motivos políticos/ideologicos.


Avatar do usuário
Capitão América
Mensagens: 533
Registrado em: 29 Abr 2006, 19:48

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Capitão América »

Claudio Loredo escreveu:
Capitão América escreveu:Já conversei com o Acauan e descartei a possibilidade de censura ideológica. O que me estranha ainda é o fato do meu banimento ter ocorrido dias antes da confirmação da perseguição petralhafascista na internet, através de sua Polícia do pensamento.


É pura coincidência. Pode ficar tranquilo que na moderação não há nenhum filiado ao PT. Só que estamos de olho em você. Você demonstra ter um ódio muito grande contra quem é de esquerda, contra quem é homossexual, contra muçulmanos e contra outros grupos. Para o nosso fórum não é nada bom termos um participante que prega tanto ódio.



Já te pedi anteriormente, e você não me mostrou, mas pedirei novamente: nos mostre algum trecho onde apareça a minha pessoa pregando algum tipo de ódio aos grupos citados acima.
[]'s

Imagem

"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

Avatar do usuário
Capitão América
Mensagens: 533
Registrado em: 29 Abr 2006, 19:48

Re.: Censura ideológica

Mensagem por Capitão América »

Solicito novamente uma posição da moderação quanto ao meu acesso ao forum principal.
[]'s

Imagem

"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

Avatar do usuário
Capitão América
Mensagens: 533
Registrado em: 29 Abr 2006, 19:48

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Capitão América »

Claudio Loredo escreveu:
Existem diversos participantes do RV que não gostam do PT e postam diversas mensagens censurando ações do partido, mas eles fazem isto respeitando o ser humano e sem ofender nenhum grupo. Coisa que você não faz.


Ofendi algum grupo? Quem foi o ofendido? Não era a minha intenção, faço questão de pedir as devidas desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas por alguma afirmação minha. Mas também quero saber quem são as pessoas, em que momento se sentiram ofendidas e o porquê.

Claudio Loredo escreveu:[b]
[color=#40ff40]
Neste momento os ânimos estão muito acirrados devido a proximidade das eleições presidencias. Assim que as eleições acabarem, creio que poderemos discutir política com bem mais calma e menos paixões e tudo dentro do ceticismo e do racionalismo.
O Religião é Veneno é um fórum de amigos e não é bom que existam brigas dentro dele por motivos políticos/ideologicos.


Puxa, mas eu provoquei alguma briga? Ofendi alguém? Até agora ninguém tinha mencionado o ocorrido. Não é a minha intenção aqui, peço desculpas se caso provoquei alguma confusão com minhas opiniões "politicamente incorretas". Estou aqui só para discutir idéias, não para brigas nem confusões. Peço que me informem se caso tenha excedido em algum momento e ofendido pessoalmente algum usuário/moderador. Sinceramente, não me lembro disso.
[]'s

Imagem

"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

Avatar do usuário
Samael
Mensagens: 13718
Registrado em: 19 Out 2005, 13:31
Gênero: Masculino
Contato:

Mensagem por Samael »

O CA agrediu gays?

Se uma dessas ocorreu me passou desapercebida...

Avatar do usuário
Claudio Loredo
Mensagens: 3343
Registrado em: 20 Out 2005, 13:33
Localização: Palmas - TO
Contato:

Re.: Censura ideológica

Mensagem por Claudio Loredo »

MENSAGENS DO CAPITÃO AMÉRICA PARA AGREDIR OS HOMOSSEXUAIS

Mas eu não tenho o direito de não gostar de bichas? Se uma pessoa não quiser contratar uma bicha para trabalhar com ela, qual o problema?

Não gosto de bichinha trabalhando comigo, nem frequentando os mesmos lugares que frequento, qual o problema? Se for elas lá, eu aqui, sem problema nenhum. Se quiserem se casar, adotar filhos, praticar sodomia, que façam, que vivam. Live and let live. Só não venham querer que eu aceite com normalidade duas bibas se lambendo ao lado de minha família no cinema.

MENSAGENS DO CAPITÃO AMÉRICA PARA AGREDIR QUEM É DE ESQUERDA

E ainda tem alguns intelectualóides que questionam o carácter militante esquerdista do PCC...

Viva as cidades! Viva o concreto! Eu quero que esses esquerdinhas vão morar no mato, abraçando árvores, só para eu passar com minha pickup Off-Road por cima

As ovelhinhas do pedófilo maomé são as mais protegidas pela esquerda brasileira. Afinal, em sua maioria são terroristas e genocidas.

Superando o Esquerdismo em 10 Etapas
Etapa 9: Pare de fumar maconha ou de se entorpecer com o que quer que seja

Avatar do usuário
Capitão América
Mensagens: 533
Registrado em: 29 Abr 2006, 19:48

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Capitão América »

Claudio Loredo escreveu:Mas eu não tenho o direito de não gostar de bichas? Se uma pessoa não quiser contratar uma bicha para trabalhar com ela, qual o problema?

Não gosto de bichinha trabalhando comigo, nem frequentando os mesmos lugares que frequento, qual o problema? Se for elas lá, eu aqui, sem problema nenhum. Se quiserem se casar, adotar filhos, praticar sodomia, que façam, que vivam. Live and let live. Só não venham querer que eu aceite com normalidade duas bibas se lambendo ao lado de minha família no cinema.


Onde está o ódio? Ou é síndrome de coitadismo mesmo, onde não gostar de tal coisa é considerado igual a odiar tal coisa?


Claudio Loredo escreveu:E ainda tem alguns intelectualóides que questionam o carácter militante esquerdista do PCC...


Onde está o ódio?

Claudio Loredo escreveu:Viva as cidades! Viva o concreto! Eu quero que esses esquerdinhas vão morar no mato, abraçando árvores, só para eu passar com minha pickup Off-Road por cima


Onde está o ódio? Considerar esse trecho de pura zombaria como algo que possa "ferir" os sentimentos de outros chega a ser digno de riso.

Claudio Loredo escreveu:As ovelhinhas do pedófilo maomé são as mais protegidas pela esquerda brasileira. Afinal, em sua maioria são terroristas e genocidas.


Onde está o ódio?

Claudio Loredo escreveu:Superando o Esquerdismo em 10 Etapas
Etapa 9: Pare de fumar maconha ou de se entorpecer com o que quer que seja


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Tá de saca, né?
[]'s

Imagem

"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

Avatar do usuário
Apáte
Mensagens: 9061
Registrado em: 20 Jul 2006, 19:32
Gênero: Masculino
Localização: Asa Sul
Contato:

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Apáte »

Claudio Loredo escreveu: MENSAGENS DO CAPITÃO AMÉRICA PARA AGREDIR OS HOMOSSEXUAIS

Mas eu não tenho o direito de não gostar de bichas? Se uma pessoa não quiser contratar uma bicha para trabalhar com ela, qual o problema?

Não gosto de bichinha trabalhando comigo, nem frequentando os mesmos lugares que frequento, qual o problema? Se for elas lá, eu aqui, sem problema nenhum. Se quiserem se casar, adotar filhos, praticar sodomia, que façam, que vivam. Live and let live. Só não venham querer que eu aceite com normalidade duas bibas se lambendo ao lado de minha família no cinema.

Cláudio, há uma linha tênue entre ódio e homofobia. Se bem, que de certo modo, eu concordo com o CA quanto a não achar bom exemplos dois gays se agarrando no cinema (num fime infantil, por exemplo). Assim como, dependendo dos amassos o casal de hétero também passa a ser bom exemplos.
Agora, desde que não estejam fazendo nada com intenção de aparecer e chamar atenção "olha aqui, eu sou diferente" eles que se fodam (literalmente) :emoticon12:

MENSAGENS DO CAPITÃO AMÉRICA PARA AGREDIR QUEM É DE ESQUERDA

E ainda tem alguns intelectualóides que questionam o carácter militante esquerdista do PCC...

Viva as cidades! Viva o concreto! Eu quero que esses esquerdinhas vão morar no mato, abraçando árvores, só para eu passar com minha pickup Off-Road por cima

As ovelhinhas do pedófilo maomé são as mais protegidas pela esquerda brasileira. Afinal, em sua maioria são terroristas e genocidas.

Superando o Esquerdismo em 10 Etapas
Etapa 9: Pare de fumar maconha ou de se entorpecer com o que quer que seja

É... há um pouco de paranóia...

Avatar do usuário
Capitão América
Mensagens: 533
Registrado em: 29 Abr 2006, 19:48

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Capitão América »

Capitão América escreveu:Solicito novamente uma posição da moderação quanto ao meu acesso ao forum principal.
[]'s

Imagem

"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

Avatar do usuário
Claudio Loredo
Mensagens: 3343
Registrado em: 20 Out 2005, 13:33
Localização: Palmas - TO
Contato:

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Claudio Loredo »

Capitão América escreveu:Onde está o ódio?


Você não consegue ver o ódio porque você já se acostumou com ele. Crê numa verdade absoluta, agride quem questiona esta verdade e ainda ofende os grupos de pessoas que se opõe as suas crenças.

Avatar do usuário
Capitão América
Mensagens: 533
Registrado em: 29 Abr 2006, 19:48

Re.: Censura ideológica

Mensagem por Capitão América »

Politicamente correto: a transgenia das palavras

por Félix Maier em 13 de agosto de 2004

Tanto a "língua de pau" utilizada em países comunistas como a atual linguagem "politicamente correta", utlizam imagens lingüísticas e figuras de retórica para fazer propaganda ideológica.

“Political language...is designed to make lies sound truthful and murder respectable, and to give an appearance of solidity to pure wind”

(George Orwell).

Em sua obra Pequena História da Desinformação (*), Vladimir Volkoff fala sobre a “língua de pau” (langue de bois, em francês), adotada como língua oficial pelos antigos países comunistas. “A língua de pau, segundo o Larousse, é uma forma rígida de expressão, nomeadamente no domínio da política, através da multiplicação de estereótipos e de fórmulas congeladas” (Volkoff, op. cit., pg. 66).

A antiga língua de pau se utilizava de imagens lingüísticas e figuras de retórica para fazer propaganda ideológica, como a alegoria, o eufemismo, a prosopopéia, a metonímia, a metalepse. Utilizava-se do maniqueísmo simplista para exaltar suas próprias virtudes e demonizar o inimigo. Com o tempo, o idioma russo foi se empobrecendo, tornando-se minimalista. “O dicionário de Dahl contém 22000 palavras; os escritores soviéticos utilizavam 1500” (pg. 68). Enfim, o “idioma fantasma” assume a confissão de Goebbels: “Não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter um determinado efeito” (cit. pg. 68).

Goerge Orwell, no grandioso 1984, desenvolveu com muita propriedade uma língua de pau imaginária, a Newspeak (Novalíngua). Nessa obra, havia um tirano em Oceânia, chamado Big Brother, que impunha à população uma doutrina totalitária, o Ingsoc (Socialismo inglês), de modo que “um pensamento herético, ou seja, um pensamento divergente dos princípios do Ingsoc, se torna literalmente inconcebível, pelo menos na parte em que o pensamento depende das palavras” tão logo a “Oldspeak”, a língua atual, seja esquecida. Tal resultado era alcançado “parcialmente, com a invenção de novas palavras, mas sobretudo através da eliminação de palavras indesejáveis e despindo as restantes de qualquer significação heterodoxa e, tanto quanto possível, de significado secundário, seja ele qual for. Reduziu-se o número de palavras, pois “cada redução era um ganho, pois menos escolha havia e menor era a tentação de pensar” (pg. 69-70).

O Big Brother de Orwell estava associado, inicialmente, ao onipotente, onipresente e onisciente Josef Stalin, o déspota que maximizou o terror na União Soviética, assassinando os próprios camaradas da Revolução para se manter incólume no poder. Com a ruína da URSS, o Big Brother passou a representar os EUA, única hiperpotência do planeta, que tenta ser a polícia do mundo, com incursões no insolúvel tabuleiro de xadrez que são os Bálcãs, ao mesmo tempo em que pretende “impor a democracia” no Afeganistão e no Iraque, declarando guerra sem trégua ao terrorismo islâmico internacional.

Se Orwell desenvolvia a gramática da Newspeak, Ludwig von Mises identificava o “polilogismo” – não o talento para desenvolver vários temas, mas a capacidade para “provar” que, por exemplo, o comunismo (totalitário) e a democracia (representativa) são a mesma coisa (cfr. http://www.mises.org).

Hoje, ocorre nos meios pensantes algo semelhante à antiga língua do rígido pau-ferro: o modo “politicamente correto” (pecê) de se expressar. As antigas línguas de pau, utilizadas tanto por comunistas quanto por nazistas, ao menos tentavam camuflar o objetivo ideológico que havia por trás das palavras colocadas no freezer, que tinham a intenção subliminar de difundir a desinformação. O pecê de hoje não tem nenhum escrúpulo de assumir sua postura ideológica, pós-socialista porém mais socialista do que nunca, que deve ser imposta a toda criatura humana com a mesma ênfase que os islâmicos, extremistas ou não, tentam impor a fé de Alá.

A língua de pau moderna do pecê tem também enorme influência na elaboração das leis. Se o “politicamente correto” é a gramática de pau que orienta a sociedade atual, podemos dizer que a Constituição brasileira de 1988 é sua bíblia, especialmente por subordinar todas as decisões legais a uma palavra abstrata, oca, que nada diz, mas que tem força plena, relativizando conceitos como “propriedade”, por ter enorme apelo populista: o “social”.

“O politicamente correto consiste na observação da sociedade e da história em termos maniqueístas. O politicamente correto representa o bem e o politicamente incorreto representa o mal. O sumo bem consiste em buscar as opções e a tolerância nos demais, a menos que as opções do outro não sejam politicamente incorretas; o sumo mal encontra-se nos dados que precederiam à opção, quer sejam estes de caráter étnico, histórico, social, moral e sexual, e inclusive nos avatares humanos. O politicamente correto não atende à igualdade de oportunidade alguma no ponto de partida, senão, ao igualitarismo nos resultados no ponto de chegada”. (Ver entrevista de Vladimir Volkoff a Marc Vittelio).

“Stalinismo puritano” foi a denominação dada pelo diretor teatral inglês, Peter Hall, para a moda do “politicamente correto” em vigor. Para Hall, a esquerda liberal substituiu a antiga direita e hoje promove patrulhamento e censura a trabalhos de intelectuais que ousam escrever palavras julgadas ofensivas. Segundo Hall, um de seus atores secundários recusara-se a dizer a palavra “nigger” (crioulo), embora o autor de “Um Bonde Chamado Desejo”, Tennessee Williams, a tivesse escrito.

Mas, enfim, como se expressa o lingüista de pau politicamente correto, em suas lições diárias de eufemismo e manipulação da informação?

Não se deve chamar um homem baixo de “anão”. Nem de “baixinho” (Baixinho é cu de cobra! – resmungava um baixinho esquentado, conhecido meu, quando o chamavam de baixinho.) É politicamente correto chamar o “pintor de rodapé” de “negativamente avantajado”. Preto brasileiro deve ser chamado de “afro-brasileiro”. Gustavo Kuerten e Giselle Bünchen seriam, então, teuto-brasileiros, assim como este escrevinhador?. E Emerson Fittipaldi, ítalo-brasileiro?

Infanticídio não existe mais, nem aborto, apenas o “direito da mulher dispor de seu próprio corpo”. Prostituta não é mais prostituta, é “empresária do sexo”. Papa-defunto virou “empresário do luto”. Pederasta, palavra riscada dos códigos brasileiros, passou a ser o inofensivo e alegre “gay”. O coronel Guerra, segundo a gramática pecê, deveria ter seu nome mudado para “coronel Paz”. A polícia seria menos violenta...

O “esperanto” de pau falado hoje já merece um dicionário, por isso estou coletando palavras e expressões de pau, onde constarão verbetes como “agenda positiva”, “anos de chumbo”, “anticomunismo primário (ou visceral)”, “antiglobalização”, “a propriedade é um roubo”, “burguês”, “cavaleiro da esperança”, “centralismo democrático”, “clero progressista”, “consulta às bases”, “contrato social”, “copyleft”, “democracia de cruzeiro” (dos mísseis Cruise), “democracia no Iraque”, “discriminação positiva”, “expropriação”, “Fome Zero”, “função social da propriedade”, “governo paralelo”, “orçamento participativo” e tantos outros. Em breve, em Usina de Letras (quem sabe também no MSM, se os editores permitirem), será lançada “A língua de pau – dicionário comentado”. A lista estará absolutamente incompleta, que poderá ser enriquecida pelo leitor. É só prestar atenção ao palavreado que se fala no local de trabalho, nas mesmices vistas nos noticiários, jornais e revistas, e ir anotando as palavras e expressões pauleiras da atualidade. A seguir, um verbete, como exemplo:

Anos de chumbo – Expressão de pau utilizada pela esquerda brasileira para designar os anos em que os militares combateram os grupos terroristas em nosso país. Não tivessem os militares feito seu serviço de casa, hoje estaríamos combatendo as “FARB” em todo o país, como ocorre hoje na Colômbia das FARC, que na época “gazeteou” a aula. Não é com bombons que se desarmam terroristas e bandidos comuns – como espera o Movimento Viva Rio apaziguar a favela da Rocinha, oferecendo flores a seus habitantes no “Dia do Carinho”.
Sem pudor, esses antigos militantes, que dinamitavam civis inocentes, hoje afirmam que lutavam pela democracia. Que democracia? A de Cuba que lhes servia de modelo, como era o caso da ALN de Marighela, do Molipo de José “Daniel” Dirceu e do MR-8 de Fernando Gabeira, todos com treinamento de guerrilha na “ilha do Dr. Castro”?

A verdade é que não haveria “anos de chumbo” no Brasil se não tivesse havido “anos de dinamite”.

Uma sandice pouco conhecida foi a obrigatoriedade dos proprietários do Dicionário inglês Webster de "raspar" algumas palavras consideradas "ofensivas" aos negros. Algo parecido foi tentado por uma deputada distrital do PT durante o governo de Cristovam Buarque no Distrito Federal (época em que foi rejeitada, pelo PT, a concessão do título de cidadão honorário a Pelé). Energúmenos acreditam que a retirada do Aurélio de palavras como puta e crioulo iria diminuir a putaria e a discriminação. Os brasileiros livres de ódio e preconceito, que são a imensa maioria, estão cansados de ouvir tanta bobagem. Nada de negritude júnior, amarelice sênior ou branquelice master. Somos todos brasileiros e ponto final.

O próprio governo federal é racista, na medida em que implanta as famigeradas “cotas raciais”, macaqueando a affirmative action dos americanos. Não dá para acabar com o racismo propondo uma ação baseada na pigmentação da pele das pessoas. Movimento Negro Unificado, grupo musical Raça Negra e outros movimentos do mesmo teor apenas conseguem pregar ou sugerir a exclusão racial, pois abrem o precedente de serem criados no Brasil, por exemplo, o Movimento do Orgulho Branco ou algo como Camerata da Raça Ariana, com todos os seus integrantes sendo obrigatoriamente louros e de olhos azuis, descendentes da Renânia, tocando violinos e violoncelos Stradivarius...

Nos EUA, o jornalista Bernard Goldberg lançou o livro Bias – A CBS Insider Exposes How the Media Distort the News (Tendencioso – Um Conhecedor da CBS Mostra Como a Mídia Distorce as Notícias). Logo, Goldberg foi tachado de “mentiroso”, “extremista de direita”. Uma das teses polêmicas de Goldberg se refere aos doentes da AIDS, cujos números foram escondidos para agradar ao lobby dos homossexuais e das minorias raciais dos EUA (negros e hispânicos), para acelerar as pesquisas de remédios. Por exemplo, dos aidéticos mostrados na TV, 6% eram gays, 16% eram negros e hispânicos e 2% eram drogados. Na verdade, 58% eram gays, 46% eram negros e hispânicos e 23% eram drogados (período estudado: 1992 a 1995).

A Universidade de Oxford, nos EUA, lançou uma versão “politicamente correta” do Novo Testamento, “Novo Testamento e Salmos: uma versão não-excludente”, onde há alterações, como: “A expressão Deus Pai passa a ser Deus Pai e Mãe; a oração Pai-Nosso recebe o nome de Pai e Mãe Nossos; foi excluído o termo ‘escuridão’ como sinônimo do mal por ter conotação racista; eliminaram-se as acusações de que os judeus mataram Jesus Cristo; as mulheres deixam de ser ‘sujeitas’ aos maridos e passam a ser ‘compromissadas’; as crianças devem ‘prestar atenção aos pais’, não ‘obedecê-los’ ” (Cfr. “Deus Pai e Mãe”, in revista Istoé, 6/9/1995).

“Um dos objetivos da ‘novilíngua’ (vide Orwell) é apagar as emoções e tornar tudo pasteurizado, anódino, sem emoção. Os sentimentos devem ser varridos para debaixo do tapete. Tome cuidado com o que fala. O termo ‘crioulo’ pode enquadrá-lo na Lei Caó (cujo apelido nos tempos da UNE era Crioulo). Tudo depende de como se fala, embora a descrição ‘passou por aqui, era um crioulão’ seja adequada. Mas, se fosse vivo, Adolfo Caminha teria problemas com ‘O bom crioulo’ ” (Fritz Utzeri, in “O Politicamente correto”).

Em suma: além de aprisionar a língua do cidadão numa gaveta do freezer, o modo politicamente correto de se expressar propõe uma mudança radical da natureza humana, impedindo as pessoas de expressar suas emoções, seus ódios, de dizer um palavrão, tornando a vida mais insípida que um lanche de frango encontrado em uma loja de fast food.


(*) VOLKOFF, Vladimir. Pequena História da Desinformação – do Cavalo de Tróia à Internet. Editora Vila do Príncipe Ltda., Curitiba, 2004.
[]'s

Imagem

"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

Avatar do usuário
Capitão América
Mensagens: 533
Registrado em: 29 Abr 2006, 19:48

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Capitão América »

Claudio Loredo escreveu:
Capitão América escreveu:Onde está o ódio?


Você não consegue ver o ódio porque você já se acostumou com ele. Crê numa verdade absoluta, agride quem questiona esta verdade e ainda ofende os grupos de pessoas que se opõe as suas crenças.


Não há ódio algum naqueles trechos postados. Como o colega postou acima, somente você viu uma citação de ódio ali.

Você diz:


Crê numa verdade absoluta, agride quem questiona esta verdade e ainda ofende os grupos de pessoas que se opõe as suas crenças.


Mas não percebe que quem está fazendo isso aqui é somente você. Continua seguindo a máxima de Lenin, "sempre acuse seu adversário daquilo que você é".
[]'s

Imagem

"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

Avatar do usuário
Hugo
Mensagens: 4530
Registrado em: 12 Mar 2006, 12:21

Re.: Censura ideológica

Mensagem por Hugo »

Só pra te lembrar: você chamou os esquerdistas de criminosos e os muçulmanos de terroristas.

Avatar do usuário
Acauan
Moderador
Mensagens: 12929
Registrado em: 16 Out 2005, 18:15
Gênero: Masculino

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Acauan »

Capitão América escreveu:Mas eu não tenho o direito de não gostar de bichas? Se uma pessoa não quiser contratar uma bicha para trabalhar com ela, qual o problema?


O problema é que é ilegal.

Todos tem o direito de não gostar de homossexuais tanto quanto os homossexuais tem o direito de não gostar de qualquer grupo ou de um membro de qualquer grupo não gostar de qualquer outro grupo.

Isto são preferências pessoais, sobre as quais a legislação não vigora e as quais as ideologias como o Politicamente Correto querem controlar.

Mas negar emprego a alguém por pertencer a determinado grupo com o qual não simpatiza, sem associar esta decisão a um comportamento ou atitude individual que viole a lei, as regras da empresa ou afete o desempenho no trabalho é violação dos direitos civis.

Quem usa a foto do dr. Martin Luther King jr. como assinatura deveria saber a diferença.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Avatar do usuário
Acauan
Moderador
Mensagens: 12929
Registrado em: 16 Out 2005, 18:15
Gênero: Masculino

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Acauan »

Capitão América escreveu:
Capitão América escreveu:Solicito novamente uma posição da moderação quanto ao meu acesso ao forum principal.


Censurado escreveu:
Acauan escreveu:
Censurado escreveu:Poderia postar o trecho onde eu supostamente admiti ser o tal participante banido? Não sou o dito usuário, invente outra justificativa. Até o momento, a única justificativa razoável é a de que algum moderador esquerdinha (como o dono desse forum) ter me banido por não ter gostado daquele tópico.


Fui eu quem o baniu, por ter respondido a um cumprimento dirigido a Liquid Snake pelo Kramer, como mostrado na mensagem citada acima.

Se não é o "Liquid" por que respondeu ao cumprimento?


Já me chamaram de "Liquid" diversas vezes aqui no forum, e sempre que questionei o porquê nunca me responderam. O próprio Kramer já tinha me chamado de "Liquid" por diversas vezes, assim como o Aurélio, e outras pessoas que não me recordo. Jamais responderia se caso soubesse que poderia ser confundido com algum usuário banido previamente.

Estou procurando as mensagens e postarei aqui.


A moderação aguarda a prometida apresentação destas mensagens.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Avatar do usuário
Apáte
Mensagens: 9061
Registrado em: 20 Jul 2006, 19:32
Gênero: Masculino
Localização: Asa Sul
Contato:

Re.: Censura ideológica

Mensagem por Apáte »

Mas negar emprego a alguém por pertencer a determinado grupo com o qual não simpatiza, sem associar esta decisão a um comportamento ou atitude individual que viole a lei, as regras da empresa ou afete o desempenho no trabalho é violação dos direitos civis.

Se eu tivesse uma empresa, o pré-requisito pra ser secretária seria ser gostosa. Isso é ilegal? (só uma pergunta).
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi

Avatar do usuário
o anátema
Mensagens: 4651
Registrado em: 18 Out 2005, 19:06

Re.: Censura ideológica

Mensagem por o anátema »

acredito que sim, mas não tenho certeza. Sei que há anuncios de vagas de emprego com coisas mais sutis, como "é preciso ter boa aparência", o que não sei se é exatamente legal, talvez não seja, porque não implica "ser gostosa", apenas não ser um maltrapilho, acredito.

Acho que não deve ser permitido selecionar por critérios não relacionados ao que será exercido no cargo, nesse caso, ser gostosa, para ser secretária. Seria talvez permitido se fosse critério de emprego para uma boate de strip tease, talvez, mas acredito que pudesse haver algum tipo de recurso legal contra esse tipo de critério nonsense, tal como deve haver para coisas como "é preciso ser branco(a)", ou "católico(a)", ou "torcer para o X".

Tenho a impressão de que ainda que eventualmente hajam pessoas selecionadas ou descartadas segundo esse tipo de critério, se elas puderem provar que foi por não cumprir esse tipo de requisito que foram desqualificadas (talvez por compraração de currículos, não sei), o empregador deve estar em maus lençóis, e piores de acordo com a natureza da discriminação, umas devem ser um tanto mais pesadas que outras.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution

Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções

Avatar do usuário
Capitão América
Mensagens: 533
Registrado em: 29 Abr 2006, 19:48

Mensagem por Capitão América »

Orwell, caricaturas e liberdade de expressão
Desidério Murcho
King's College London

Quando George Orwell tentou publicar a fábula política O Triunfo dos Porcos (Animal Farm, no original) estava-se em plena segunda guerra mundial. Concebida em 1937, só no final de 1943 Orwell a escreveu, como explica no prefácio a esta obra que se perdeu e só postumamente foi publicado, em 1971. O Reino Unido travou a segunda guerra mundial sem prescindir da democracia, da imprensa livre e do direito de manifestação e expressão — um feito notável, como o próprio Orwell reconhece neste prefácio. Contudo, o autor teve muitas dificuldades em publicar a fábula Animal Farm. Por motivos ideológicos ou para não provocar mal-estar junto dos seus leitores, os editores fugiam da publicação da obra. A razão compreende-se ao ler uma passagem crucial da carta que o Ministério do Interior enviou a um editor mais zeloso que decidiu escrever a este organismo para pedir conselho:

"Vejo agora que poderia ser considerado um acto muitíssimo infeliz publicar esta obra neste momento. Se a fábula se dirigisse contra os ditadores e a ditadura em geral, então a sua publicação não levantaria problemas; mas a fábula segue tão completamente, percebo-o agora, o progresso dos Sovietes russos e dos seus dois ditadores, que só se pode aplicar à Rússia, excluindo-se as outras ditaduras. Além disso, seria menos ofensiva se a casta dominante na fábula não fossem porcos. Penso que a escolha de porcos como classe governativa será sem dúvida ofensiva para muita gente, e em particular para qualquer pessoa que seja algo susceptível, como sem dúvida os russos são."

A complexidade do que estava em causa enuncia-se facilmente: a União Soviética era aliada do Reino Unido na guerra contra a Alemanha nazi. Uma aliança, como Orwell declara sem hesitações, que todas as pessoas livres queriam que ganhasse a guerra. Assim, a opinião do ministério do interior britânico era que, por motivos de expediência, seria melhor não publicar a tão ofensiva fábula política de Orwell.

O paralelo com o que se passa actualmente relativamente à publicação das caricaturas dinamarquesas é notável. Também neste caso vemos pessoas que pensam que defendem a liberdade de expressão, mas que ao mesmo tempo consideram que, por uma questão de bom gosto e de expediência, seria melhor não ter publicado as caricaturas. E o que é assustador nesta posição é precisamente os dois aspectos centrais que assustaram Orwell e que ele explica no referido prefácio.

O primeiro é a ideia de que os jornais, os artistas e os autores se devem autocensurar em nome do bom gosto, da expediência política ou do que quer que seja. Como Orwell sublinha, este tipo de censura é muitíssimo pior do que a censura explícita. Pois perante a censura explícita até dá logo vontade de a violar e de tentar subvertê-la. Mas quando a censura é interiorizada é impossível combatê-la, ultrapassá-la ou subvertê-la: está-nos entranhada. Esta é a censura que muitas pessoas hoje defendem; e isso é assustador.

O segundo aspecto é a ideia de que a liberdade de expressão acaba quando começa a ofensa alheia. Deste ponto de vista, até por razões de expediência política, ainda que não por angélica boa educação, deve-se autocensurar o que é previsível que será ofensivo para certas pessoas, grupos, nações ou religiões. Quando se defende este tipo de posição, embarca-se num tipo de actividade muito comum, e para a qual Orwell nos chama repetidamente a atenção em muitos dos seus ensaios — e, ironicamente, na própria fábula Animal Farm. Consiste tal actividade em mudar o significado das palavras, de modo a que possa parecer que se defende o que as pessoas em geral e as boas consciências exigem, ao mesmo tempo que de facto se defende exactamente o oposto. "Liberdade de expressão" significa "liberdade para dizer coisas que ofendem as pessoas", precisamente porque nada ofende mais alguém do que afirmar como verdade o que essas pessoas tomam como falso, ou vice-versa. Como afirma Orwell: "Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". Assim, a liberdade significa dizer aos cristãos o que eles não querem ouvir, como Saramago fez no livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo, ou como Jim Crace fez em Quarentena; e significa publicar as caricaturas que os muçulmanos não querem ver; e significa publicar coisas de muito mau gosto. É isto que é a liberdade de expressão, e qualquer tentativa de excluir estes casos do seu âmbito é uma forma de prostituição semântica, de quem não tem a coragem de se assumir contra a liberdade de expressão, só porque sabe, evidentemente, que essa opinião é hoje minoritária nos países livres. Se me é permitido uma nota pessoal, este era o tipo de prostituição semântica a que fui submetido na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, na qual o professor de Filosofia Social e Política insistia em falar das "democracias ocidentais", insinuando constantemente que a União Soviética era uma democracia — mas diferente. E realmente era diferente. Tão diferente, que não era democracia nenhuma.

Um aspecto que Orwell não aborda no seu prefácio mas que é relevante é o seguinte: a compreensão do que é verdadeiramente a liberdade de expressão implica duas atitudes que são contrárias à natureza humana mais chã. São elas o distanciamento epistémico perante nós mesmos e a ideia de que os outros têm a liberdade de estar errados.

O distanciamento epistémico perante nós mesmos é a noção de que podemos estar errados. Esta verdade parece comezinha, mas é de extrema e profunda importância, e o seu esquecimento é uma das origens de grande parte dos males do mundo. Imaginemos que eu estou firmemente convencido de algo — que Deus existe (seja ele cristão ou islâmico), que a melhor altura para mudar o óleo do carro é quando o motor está quente ou que sem discussão crítica não há verdadeira filosofia. O distanciamento epistémico coloca-me logo em alerta quando alguém me apresenta ideias contrárias às minhas: eis uma excelente oportunidade para ver se por acaso não ando a laborar em erro há tantos anos.

O distanciamento epistémico permite-me ver claramente que é possível, e até provável, que muitas das minhas ideias estejam erradas. Isso provoca logo o tipo de cautela de que falava Russell quando declarou: "Jamais morreria pelas minhas crenças, porque elas podem estar erradas". Esta atitude, contudo, não é humanamente natural. Por causa de um circuito evolutivo facilmente explicável, temos tendência para pensar que a convicção forte é sinal de verdade. E é, em alguns casos: ao perguntar algo a uma testemunha, num tribunal, é avisado não acreditar muito nela se a sua resposta for hesitante e cheia de reservas; ao perguntar a outra pessoa da tribo se há caça a norte do rio, é avisado não acreditar nela se ela não revelar profunda convicção, pois pode estar a querer esconder a caça só para si, fazendo-me ir para sul em vão. Assim, é natural que para nos convencermos a nós mesmos de certas crenças que nos são úteis ou desejáveis ou confortáveis, a primeira coisa a fazer, como ensinam as religiões, é colocarmo-nos num estado de espírito tal que o nosso comportamento seja sinal da maior convicção naquilo que na realidade não sabemos. Pois se exibimos tanta convicção, é porque é verdade — esta é a ilusão capital, que herdámos culturalmente (e quem sabe se geneticamente) dos nossos antepassados. Daí que a fé seja encarada como um valor em si, no pensamento religioso. Elevado ao extremo, esta posição dá origem ao fundamentalismo — a imposição de práticas e credos arbitrários e tantas vezes desumanos, precisamente para que toda a gente exiba no seu comportamento tanta convicção que o que ardentemente desejamos que seja verdade (vinte e sete virgens na outra vida ou a tranquilidade de uma tarde a coser meia no paraíso) não possa deixar de ser realmente verdade.

Assim, é a falta de distanciamento epistémico que faz as pessoas ter reacções histéricas perante o livro de Saramago ou perante as caricaturas dinamarquesas. Estas pessoas não querem ver as suas crenças mais queridas submetidas ao ácido corrosivo do humor ou da fábula literária, porque isso provoca precisamente o que elas não querem: distanciamento epistémico perante as suas crenças. Mas é precisamente porque estas actividades provocam distanciamento epistémico que são instrumentos fundamentais da verdade e portanto da civilização e da cultura. Todos queremos que as nossas crenças mais queridas sejam verdadeiras, mas a melhor maneira de garantir que não o serão é não permitir que sejam objecto da ironia, da caricatura, do insulto e da blasfémia. A melhor maneira de garantir que as nossas crenças mais queridas são verdadeiras, é estar disposto a mudar de crenças em função da argumentação e das provas. Como disse Konrad Lorenz, "um bom exercício para um cientista é abandonar uma hipótese querida todos os dias antes do pequeno-almoço; isso não o deixa envelhecer". Quem verdadeiramente preza a verdade, tem de prezar a verdadeira liberdade de expressão, que só tem valor precisamente porque provoca distanciamento epistémico — o que implica muitas vezes ofender as nossas crenças mais queridas.

O segundo aspecto importante é a ideia de que os outros têm a liberdade de laborar em erro. Esta é uma noção muitíssimo difícil de ser assimilada, mesmo entre as pessoas com alguma cultura. Mas esta noção faz parte da noção de tolerância, que no entanto nos países ocidentais é de bom-tom defender. Uma vez mais, estamos perante uma espécie de prostituição semântica, que neste caso tem até nomes muito precisos: relativismo e multiculturalismo. Estas ideologias pretendem fazer-se passar por posições de tolerância relativamente a culturas e práticas e crenças diferentes das nossas; na verdade, no entanto, escondem uma incapacidade radical de compreender e praticar a tolerância. Vejamos: se não é realmente verdade que x (a minha crença mais querida), que tolerância especial tenho eu de ter para aceitar quem defende que não x? A resposta é que não se trata verdadeiramente de tolerância, dado que eu começo por admitir que não há verdades neste domínio; logo, os outros nunca estão errados. Claro que o preço a pagar é admitir que eu também não tenho realmente razão; x é apenas verdade-para-mim, tal como y é verdade-para-eles. O relativismo e o multiculturalismo são sucedâneos da verdadeira tolerância quando não se tem a capacidade mental para ser verdadeiramente tolerante. A tolerância é tolerar o que consideramos errado. É tolerar os casamentos entre homossexuais, ainda que eu nem queira ouvir falar nisso. É tolerar as praias de nudistas, ainda que eu jamais aceite ir a uma praia dessas. É tolerar que as pessoas andem descalças e com dentes podres, ainda que eu nem queira pensar em andar assim.

O distanciamento epistémico perante as nossas crenças e a verdadeira tolerância constituem como que um binómio sem o qual não podemos ter uma civilização livre e saudável. Na falta de um destes aspectos, o outro ainda consegue só por si ter algum papel civilizador e libertador. Mas, sem ambos, entra-se na barbárie ditatorial e na infantilidade cultural. Ainda que alguém não tenha distanciamento epistémico perante as suas crenças, a tolerância obriga-o a aceitar que os outros, que do seu ponto de vista estão absolutamente errados, tenham o direito de o estar desde que não matem, roubem ou violem ninguém. Assim, a atitude islâmica perante as caricaturas dinamarquesas falha precisamente nos dois aspectos: não só aquelas pessoas que andam a matar e a ameaçar não têm qualquer distanciamento perante as suas próprias crenças, como não querem sequer permitir que os outros possam errar ao representar o profeta. E quem defende a autocensura por motivos de expediência, está a sancionar esta atitude islâmica, que é a própria negação da vida livre e culta.

A combinação destes dois aspectos — distanciamento epistémico e tolerância — permite-nos defender com veemência as nossas ideias, mas aceitar a máxima de Voltaire: "Discordo totalmente do que afirmas, mas defenderei até à morte o teu direito a afirmá-lo". Assim, uma pessoa pode defender o modo de vida cristão, ou islâmico, ou ateu; e pode defendê-lo veementemente. Mas está obrigado não apenas a permitir a existência de quem discorda de si, mas a defender inequivocamente e com a mesma veemência o direito dessas pessoas a existir e a defender os seus pontos de vista. É isso, precisamente, que o distanciamento epistémico e a tolerância nos exigem.

Desidério Murcho

http://www.criticanarede.com/ed110.html
[]'s

Imagem

"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

Avatar do usuário
Capitão América
Mensagens: 533
Registrado em: 29 Abr 2006, 19:48

Re: Re.: Censura ideológica

Mensagem por Capitão América »

Acauan escreveu:
Capitão América escreveu:Mas eu não tenho o direito de não gostar de bichas? Se uma pessoa não quiser contratar uma bicha para trabalhar com ela, qual o problema?



Mas negar emprego a alguém por pertencer a determinado grupo com o qual não simpatiza, sem associar esta decisão a um comportamento ou atitude individual que viole a lei, as regras da empresa ou afete o desempenho no trabalho é violação dos direitos civis.


Sim, concordo! Mas a questão não é negar emprego ao grupo em si, mas ao indivíduo cuja atitude viola as regras da empresa, do bom convívio entre os colaboradores e o desempenho no trabalho. Pouco me importa a sexualidade do indivíduo, se ele é pansexual, sadomasoquista, pedófilo, o que seja, desde que respeite os demais profissionais. Agora, se ele deixa transparecer isso ao ambiente de trabalho, com as histerias e confusões da militância sodomita, não o contratarei mesmo. Por isso pergunto, qual o problema com isso? Porque eu devo ser obrigado por Lei a aturar as bizarrices de tais indivíduos?
[]'s

Imagem

"Se a liberdade significa realmente alguma coisa, significa o direito de dizer às pessoas o que elas não querem ouvir". - George Orwell

Trancado