agora eh a vez do Egito caçar o Codigo Da Vinci

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Hrrr
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agora eh a vez do Egito caçar o Codigo Da Vinci

Mensagem por Hrrr »

13/06/2006 - 22h04m
Egito confisca livro 'O código Da Vinci' e proíbe filme
Reuters

CAIRO - O ministro da Cultura do Egito disse ao Parlamento nesta terça-feira que as autoridades vão confiscar cópias do best-seller "O código Da Vinci" e proibir a exibição do filme baseado no livro em todo o território nacional.

Aplaudido por deputados do Parlamento, o ministro Farouk Hosni disse:

- Proibimos qualquer livro que insulte qualquer religião. Vamos confiscar este livro.

O Parlamento discutia o livro e o filme, atendendo a pedidos de vários parlamentares cristãos coptas, que pediram a proibição da obra. A deputada copta Georgette Sobhi mostrou um exemplar do livro e de sua tradução árabe e disse que o livro contém materiais que constituem em ofensas.

- O livro é baseado em mitos sionistas e contém insultos a Cristo. Ele insulta a religião cristã e o Islã - disse ela.

Uma parte central da trama fictícia de "O código Da Vinci" diz que Cristo se casou com Maria Madalena e que os descendentes dos dois continuam vivos hoje.

Hussein Ibrahim, vice-líder do bloco da Irmandade Muçulmana no Parlamento, disse que, assim como a Irmandade se opôs às caricaturas dinamarquesas do profeta Maomé, ela vai se opor a qualquer insulto a Jesus Cristo.

A notícia da decisão do governo provocou preocupação em outros setores. Um ativista dos direitos humanos qualificou a decisão de perigosa e disse que ela representa a continuidade das agressões liberdade de expressão.

Hafez Abu Saeda, secretário-geral da Organização Egípcia de Direitos Humanos, disse:

- Isto viola a liberdade de pensamento e religião. Isto (o livro)é ficção, arte, e deve ser visto como tal.

Saeda disse que o livro vendeu bem em muitos países de maioria cristã, onde não enfrentou chamados por sua proibição. Para ele, os deputados deveriam ter consciência de que a proibição não vai funcionar, pois milhares de egípcios já possuem exemplares do livro, que também pode ser descarregado da Internet.

Shahira Fathy, gerente da livraria Diwan, no Cairo, disse que o livro é um dos mais vendidos em sua loja desde que saiu, em 2003.

- É uma pena, muitas pessoas se interessam pelo tema - disse ela, acrescentando que outros livros sobre o mesmo tema também têm vendido bem.

http://oglobo.globo.com/online/cultura/ ... 251905.asp



tinha que ser num pais maometano de novo!

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JINGOL BEL, JINGOL BEL DENNY NO COTEL... :emoticon266:

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Hrrr
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Re.: agora eh a vez do Egito caçar o Codigo Da Vinci

Mensagem por Hrrr »

ninguem vai responder?
JINGOL BEL, JINGOL BEL DENNY NO COTEL... :emoticon266:

i am gonna score... h-hah-hah-hah-hah-hah...

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Pug
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Re.: agora eh a vez do Egito caçar o Codigo Da Vinci

Mensagem por Pug »

Não :emoticon12:
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido

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Pug
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Re.: agora eh a vez do Egito caçar o Codigo Da Vinci

Mensagem por Pug »

Que querias ouvir?

Religião é veneno :emoticon12:


É um direito do país fazer o que bem entende.
Pessoalmente lamento a censura, leva a inibição da criatividade o que afectará o desennvolvimento de um país.

Acho que viajei...
"Nunca te justifiques. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam" - Desconhecido

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clara campos
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Mensagem por clara campos »

«O Código Da Vinci» visto por um ateu

Sim, fui ver o filme. Na minha opinião, não é um manifesto anti-cristão, mas apenas um filme de entretenimento como muitos outros que todos os anos saem de Hollywood.

Quem gosta de filmes policiais, com perseguições de carro, pistolas apontadas, enigmas em série e actores competentes, não ficará decepcionado com «O Código Da Vinci». Quem é ateu e espera um manifesto anti-cristão (eu não esperava) sairá defraudado: perto do final, Robert Langdon diz algo como «não interessa se Cristo foi humano ou divino, o importante é que inspirou as pessoas», e recomenda os efeitos tranquilizantes da oração independentemente de se crer ou não. Pressiona ainda Sophie Neveu, que no início era ateia, a seguir esta espiritualidade, no fundo semelhante à de muitos grupos cristãos ditos «liberais», como os quakers ou os unitários. Tudo muito «cristianismo light», portanto.

Então, porquê a polémica? Pelo pouco que sei, por três razões. Primeira, o filme atribui uma descendência a dois personagens do Novo Testamento, «Jesus Cristo» e «Maria Madalena». Talvez por nunca ter sido cristão, não compreendo a aflição que a hipótese de que o semi-deus dos cristãos tivesse tido relações sexuais provoca. O «Deus» cristão em forma humana teria necessariamente que ser um castrado ou um impotente? Ou será a contradição com a misoginia doentia de Paulo de Tarso que incomoda?

Segunda razão para a polémica, o filme refere alguns factos históricos genuínos mas inconvenientes para a religião cristã, como a existência de evangelhos «não canónicos» que contradizem os evangelhos escolhidos no Concílio de Niceia, no ano 325 da nossa era, existência e escolha estas que são desconhecidas pela esmagadora maioria dos católicos. (Creio que o livro, que não li, se alarga mais sobre os evangelhos «não canónicos».)

Terceira razão de polémica (e talvez a mais importante), o filme mostra as auto-flagelações corporais praticadas no Opus Dei, embora com algum exagero (como as cicatrizes e o sangue a escorrer). No entanto, em boa verdade não se pode condicionar comunidades inteiras de pessoas numa cultura de auto-agressão e esperar que nem uma única pessoa exagere (particularmente quando circulam rumores, dentro da própria organização, de que Escrivá se flagelava até deixar as paredes da casa de banho esguichadas com sangue). Mas o nervosismo de certos sectores era desnecessário. Afinal, tanta publicidade até atraiu masoquistas à Obra...



Quanto aos «erros históricos», será verdade que no início do livro Dan Brown atribui uma data errónea (1099) à fundação do «Priorado de Sião», uma criação recente (século 20) de um grupo de brincalhões, e que inclui essa data num conjunto de afirmações apresentadas como «factos». Mas, das duas uma: ou é um recurso estílistico deliberado (muitas obras de ficção arrancam prometendo contar uma estória verídica) ou é efectivamente um erro do autor, que poderia ser corrigido em edições posteriores. Todos os anos são publicados romances históricos com «erros» (recordar «Equador», de Miguel Sousa Tavares), sem provocarem a fúria a que temos assistido. A razão real para a fúria católica deverá ser a ameaça que a narrativa «cristã alternativa» d´«O Código Da Vinci» representa para uma instituição habituada a ter o monopólio da fantasia e dos erros históricos e científicos (nascimentos a partir de virgens, a «ressurreição», a pretensamente incontroversa historicidade de «Jesus Cristo», a suposta fundação de uma nova igreja por «Jesus Cristo», etc.). Convém acrescentar que o filme «O Código Da Vinci» já foi visto por mais de meio milhão de portugueses, que assim têm acesso a factos, dúvidas e especulações que a ICAR lhes escondeu durante séculos, e que portanto lhes podem semear dúvidas...

Acrescente-se que existem centenas de filmes com «erros históricos», fantasias contraditas pela ciência e imprecisões várias. Encontrar «erros» em filmes é um pouco como encontrar pessoas na rua. Só choca quem não percebe que os filmes são ficção e que as pessoas circulam nas ruas. Dois exemplos: existe um filme com Marlon Brando em que os portugueses têm uma colónia nas Caraíbas («erro histórico»...) e oprimem os trabalhadores locais; existe um filme estado-unidense sobre Fátima em que se afirma, logo no início, que as igrejas em Portugal foram «mandadas fechar» em 1910 e que só em 1916 «reabriram algumas na província» («erro histórico» ideologicamente intencionado), e em que aparece uma «Virgem» suspensa no ar a falar à multidão (o que, sendo cientificamente disparatado, é uma fantasia habitual em filmes de ficção científica).

A terminar, é espantoso que ninguém tenha reparado que os países que proibiram a exibição de «O Código Da Vinci» são, salvo uma ou outra excepção, aqueles em que houve protestos violentos contra os cartunes dinamarqueses. A ICAR e o islão, com toda a coerência, são contra toda e qualquer crítica aos seus dogmas, e sabem cooperar quando necessário.


http://www.ateismo.net/diario/2006/06/o ... m-ateu.php
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Johnny
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Re.: agora eh a vez do Egito caçar o Codigo Da Vinci

Mensagem por Johnny »

Putz, juro que li Agora é a vez dop Egito CAGAR...

Meu zóio num anda beim
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Trancado