Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
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Claudio Loredo escreveu:[color=#40ff40] (.........) mas sempre fracassava porque quando estava num almoço, em alguma casa junto com outras pessoas, e me ofereciam carne, eu ficava sem graça de dizer que não gostava, quando conseguia dizer isto, eu não tinha os argumentos para justificar minha decisão. Ficava constrangido.
Só que agora eu tenho bons argumentos. (....)
Claudio, é bom ter argumentos, mas não esqueça que é um direito seu que precisa ser respeitado sem que voce tenha que se explicar ou pedir desculpas.
No entanto...se quiser ser "polido"...tenho endereços sobre "Diplomacia Vegetariana", se quiser.
Voce é um idealista que se esforça para praticar aquilo em que acredita, e isso é digno de admiração.
Carmen escreveu:Claudio, é bom ter argumentos, mas não esqueça que é um direito seu que precisa ser respeitado sem que voce tenha que se explicar ou pedir desculpas.
- Correto Carmem, mas ele nem precisava de argumento nenhum, bastava dizer que não gosta de carne, como ele mesmo já admitiu.
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Kramer escreveu:O Res é vegetariano ou simplemente concorda com seus argumentos sem ainda tê-los aplicado na prática?
Hoje eu almocei Picanha, salada de soja, palmito, arroz mais um pastel de queijo com orégano.
Ontem eu jantei Picanha, calabresa, farofa, arroz e batata frita.
Isso responde sua pergunta?
Editado pela última vez por Res Cogitans em 26 Jun 2006, 15:58, em um total de 1 vez.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
O Res tem aberto vários tópicos sobre direitos dos animais, com textos e debates de pensadores empenhados no assunto e ele mesmo tem opinado de forma excelente !
Kramer escreveu:O Res é vegetariano ou simplemente concorda com seus argumentos sem ainda tê-los aplicado na prática?
Hoje eu almocei Picanha, salada de soja, palmito, arroz mais um pastel de queijo com orégano. Ontem eu jantei Picanha, calabresa, farofa, arroz e batata frita. Isso responde sua pergunta?
O Res tem aberto vários tópicos sobre direitos dos animais, com textos e debates de pensadores empenhados no assunto e ele mesmo tem opinado de forma excelente !
Acho que foi isso que ele quis dizer.
Sim foi isso.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
Dieta vegetariana pode 'prejudicar crianças', diz médica
MICHELLE ROBERTS
da BBC Brasil, em Washington
Obrigar as crianças a seguirem uma dieta "vegan" --nome dado a vegetarianos radicais, que não consomem carne, leite e seus derivados-- "não é ético" e pode afetar o desenvolvimento delas, segundo a cientista americana Lindsay Allen.
Allen, do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, criticou os pais que insistem que seus filhos vivam de acordo com a máxima "carne é assassinato".
A cientista disse durante encontro da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Washington, que alimentos de origem animal têm alguns nutrientes que não são encontrados em qualquer outro lugar.
A Sociedade Vegan descartou essas alegações, dizendo que as pesquisas mostram que os vegans são normalmente mais saudáveis do que aqueles que comem carne.
'Desenvolvimento lento'
"Já foram feitos estudos suficientes que mostram claramente que quando as mulheres evitam todos os alimentos de origem animal, os seus bebês nascem menores, crescem muito lentamente e seu desenvolvimento é retardado, possivelmente de forma permanente", disse a cientista.
"Se estamos falando de alimentar crianças pequenas, mulheres grávidas ou que estão amamentando, eu chegaria ao ponto de dizer que não é ético eliminar esses alimentos (de origem animal) durante esse período da vida."
Ela criticou especialmente os pais que impõem um estilo de vida vegan aos seus filhos, negando que eles tenham acesso a leite, queijo, manteiga e carne.
"Não há absolutamente qualquer dúvida de que não é ético que os pais criem seus filhos como vegans rígidos", disse a cientista no encontro.
Nutrientes
Segundo a médica, o prejuízo para as crianças começa quando elas estão crescendo no útero e continua depois do nascimento.
Pesquisa que ela fez entre crianças africanas em idade escolar sugere que duas colheres de carne por dia são o suficiente para fornecer nutrientes como vitamina B12, zinco e ferro.
As 544 crianças analisadas foram criadas com dietas baseadas em farinhas e grãos de baixo valor nutricional.
Durante dois anos, algumas dessas crianças receberam suplementação equivalente a duas colheres cheias de carne moída diariamente.
Os dois outros grupos receberam ou um copo de leite ou um suplemento de óleo com mesmo equivalente de energia diariamente. A dieta de um terceiro grupo foi deixada inalterada.
As mudanças observadas nas crianças que comeram carne e, em menor medida, beberam leite ou óleo foram dramáticas.
Ao final de dois anos, essas crianças cresceram mais e tiveram melhor desempenho na solução de problemas e testes de inteligência do que as outras.
Elas também se tornaram mais ativas, falantes e participativas na escola.
A inclusão de carne ou leite às dietas das crianças praticamente eliminou as altas taxas de deficiência de vitamina B12 que foram observadas anteriormente.
Sem solução rápida
A professora Allen disse que, embora a pesquisa tenha sido feita em uma comunidade africana pobre, sua mensagem é altamente relevante para as pessoas em países desenvolvidos.
Ela admite que os adultos podem evitar alimentos de origem animal se tomarem os suplementos necessários.
Mas ela disse que adicionar alimento de origem animal à dieta é uma maneira melhor de atacar a desnutrição no mundo do que as soluções rápidas na forma de suplementos em pílulas.
"Onde for possível, é muito melhor fazer isso por meio da dieta e não por meio de cápsulas", disse ela.
"Com pílulas, é difícil ter certeza de que a quantidade de nutrientes é a correta para todo mundo."
O professor Montague Demment, da Universidade da Califórnia em Davis, disse que deveria ser dada mais ênfase em alimentos de origem animal para combater a desnutrição global.
Flavio Costa escreveu:Cabeça, você rejeita o critério da dor e adota outro, o naturalista, da cadeia alimentar. Só que enquanto você diz que o da dor é arbitrário e subjetivo, o natural também é. É natural fazer sexo e ter filhos, mas artificialmente evitamos isso pela nossa conveniência social. Com a alimentação pode ou não se dar a mesma coisa, a diferença é que enquanto os anticoncepcionais são para o nosso benefício, o critério da dor é para o benefício dos animais. Se minha conveniência nutricional e gastronômica justifica o sofrimento dos animais, eu também poderia envenenar os cachorros que latem à noite quando quero dormir e, porque não, matar a vizinha (humana) chata.
Não é a primeira vez que eu falo: para mim, o critério da dor não é uma obrigação, é uma boa ação.
Só estou respondendo ao usuário "Flavio Costa" porque não sei se a mensagem do usuário "Res Cogitans" se referia ao meu texto.
Pois bem, parece que as dificuldades (preferirei o termo "dificuldade" a "desonestidade", até por se tratar do Flavio Costa) na argumentação pró-vegetarianismo têm origem numa alfabetização deficitária, ou então na sua emulação (intencional ou não).
De qualquer forma, para fins de comprovação da tese exposta acima, darei a única interpretação racional possível do meu prévio texto ao qual essa mensagem do referido forista remete, e então caberá ao leitor decidir se a subseqüente resposta é ou não cabível.
Na hipótese remota de que a mensagem do usuário "Res Cogitans" também fosse uma "resposta" a mim, o mesmo resultado se aplica.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Seres humanos precisam comer. Eles consomem outros organismos para se alimentar, organismos que podem sentir dor ou não nesse processo.
Verdade fundamental. Seres humanos precisam comer, já que não sintetizam todos os nutrientes necessários para seu sustento e precisam obter-los de outras formas de vida, sintetizadoras ou consumidoras.
Talvez seja complicado afirmar quais são os organismos que sintam dor, mas na medida que esse critério foi estabelecido, qualquer que seja, ou o organismo sente, ou não sente dor, logo, o conjunto de fontes alimentares se resumiria a esses dois casos.
A pergunta é: por que seria melhor comer aqueles que não sentem dor?
user f.k.a. Cabeção escreveu:Não me parece razoável que se deva escolher entre meus alimentos aquele que sentiu menos dor no processo. Isso é um critério arbitrário e subjetivo. Se um animal sente dor ao ser abatido, tanto pior para ele quando eu, alguém em posição superior na cadeia alimentar, quiser me alimentar dele.
Aqui talvez seja uma possível fonte para a primária interpretação do "Flavio Costa". Veja que qualquer um que se dê ao trabalho de ler com atenção o trecho, verá que eu não justifico em nenhum momento a morte de um animal por este se encontrar em posição inferior na cadeia alimentar. Apenas afirmo que o fato dele sentir dor é tanto pior para ele quando ele for consumido por um predador, no caso, eu.
user f.k.a. Cabeção escreveu:A dor não confere privilégios, o desenvolvimento do mecanismo da dor nos animais superiores tem a ver com a sobrevivência no sentido de que quando sentem dor, "sabem" que algo está errado, e fogem daquilo que causou a dor, ou evitam fazer outra vez aquilo que provocou a dor, ou gritam por socorro. Ou seja, a dor é um alarme daqueles organismos para que eles detectassem ameaças e tomassem decisões.
Aqui eu dou mais ou menos (considerando-se as minhas grandes limitações nas áreas do conhecimento biológico) uma idéia de qual é a função e porquê a dor existe.
A finalidade aqui é mostrar que a dor tem sua utilidade para o animal, e não deve ser esta tida como um diferenciador de misericórdia.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Animais não desenvolveram esse mecanismo para que seus predadores sentissem pena deles. Não entendo porque o critério da dor possa ser decisivo na escolha entre os organismos a serem consumidos, quando outros critérios como teor nutritivo, energético e afinidade palatar parecem ser bem mais relevantes.
Aqui eu dou a seqüência natural do parágrafo anterior. A dor não é um diferenciador de misericórdia, mas uma estratégia de defesa. Animais que sentem dor possivelmente tem mais chances de escapar ou de não repetir um erro passado.
O critério que se vale da presença desse mecanismo para definir o que deve ou não ser consumido é arbitrário, pois não existe conexão lógica entre sentir dor e ser bom ou não para se consumir. Aquilo que é bom para se consumir deve atender a critérios tais como teor nutritivo, sabor, conteúdo energético, nível de toxinas, índice de raridade, dificuldade na obtenção e sustetabilidade do consumo. Dor não se relaciona com nenhuma dessas categorias, logo, é um critério arbitrário.
Eu poderia, da mesma forma, me abster de consumir tudo aquilo que for "bonitinho", "líquido", "cor-de-abóra", ou que tenha origem em uma latitude específica. Todos esses critérios não tem qualquer correlação com a viabilidade do consumo, assim como a dor.
...
Conclusão:
A minha defesa nada tem a ver com evolução ou com falácia naturalista, e sim com o entendimento do que é dor e como isso nada tem a ver com a viabilidade de consumo, pois para a perspectiva do consumidor (predador), a dor é critério irrelevante.
Editado pela última vez por user f.k.a. Cabeção em 26 Jun 2006, 16:34, em um total de 1 vez.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
Carmen escreveu:Claudio, é bom ter argumentos, mas não esqueça que é um direito seu que precisa ser respeitado sem que voce tenha que se explicar ou pedir desculpas.
- Correto Carmem, mas ele nem precisava de argumento nenhum, bastava dizer que não gosta de carne, como ele mesmo já admitiu.
Concordo, Abmael, não gostar de carne também é um direito, embora o Claudio a esteja rejeitando não só porisso.
Mas dar algumas "explicações" às vezes é necessário, só para pararem de te olhar como um ET. Mal comparando, o pessoal faz a mesma cara de perplexidade de quando dizemos não ter religião, ou pior, sermos ateus.
O segredo de uma alimentação vegetariana bem planejada é a variedade. Dietas muito restritas podem facilmente apresentar deficiências de vitaminas, minerais e calorias. Leia, a seguir, algumas considerações importantes:
Energia: crianças em fase de crescimento necessitam de uma grande quantidade de energia (calorias). Mas pelo fato de possuírem um estômago pequeno, não conseguem comer muita quantidade em cada refeição. Dietas vegetarianas geralmente contêm grande quantidade de frutas, verduras e legumes, alimentos pouco calóricos e ricos em fibra.
Fibra em excesso enche o estômago do pequeno rapidamente, antes dele ter ingerido todas as calorias e nutrientes de que necessita. O baixo conteúdo de gordura destas dietas também pode torná-las pouco calóricas. Em alguns casos, dietas muito restritas em gordura tendem a comprometer o crescimento. Por isso, o segredo é fornecer refeições que sejam, ao mesmo tempo, ricas em calorias e nutrientes intercaladas por lanches igualmente saudáveis. Use e abuse de alimentos como abacate, nozes, sementes, amendoins, manteiga de amendoim, frutas secas* e produtos a base de soja.
*Nozes, amendoins, sementes, uvas passas e outras frutas secas não são recomendados para crianças menores de 4 anos, mais propensas a engasgar
Proteínas: Dietas vegetarianas são capazes de satisfazer as necessidades protéicas de crianças, desde que sejam adequadas em calorias e variadas. Isso porque se a dieta não fornecer as quantidades necessárias de calorias, a proteína será utilizada como fonte de energia e não mais para o crescimento, sua principal atividade.
A variedade também e fundamental, pois vários dos alimentos de origem vegetal não contêm um ou outro aminoácido (partes menores que formam a proteína), o que diminui a utilização da proteína. Por isso, ao utilizar uma grande variedade de alimentos vegetais protéicos, ao longo do dia, eles se complementarão. Alimentos ricos em proteínas, além das carnes, aves e peixes são: leite e derivados, ovos, leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico), cereais e grãos, produtos à base de soja (leite de soja, tofu, tempeh), nozes, sementes e outras oleaginosas.
Ferro: Uma dieta deficiente em ferro pode gerar problemas como cansaço, fraqueza, apatia, até anemia, comprometimento do crescimento e dificuldade de atenção. Anemia é, na verdade, uma deficiência comum, não apenas nas crianças vegetarianas mas também nas que recebem uma alimentação tradicional. Mas devido ao baixo teor de carnes, peixes, aves, fígado e vísceras (alimentos ricos em um tipo de ferro muito bem absorvido pelo organismo - ferro heme) das dietas vegetarianas, elas tem mais chances de apresentar deficiências. Por isso, uma adequada seleção de alimentos é fundamental.
Entre os alimentos de origem vegetal, as leguminosas (feijão, lentilha, ervilha e grão de bico), vegetais de folhas escuras (espinafre, couve, mostarda, brócolis), frutas secas, cereais fortificados, alimentos integrais e a gema de ovo, contem ferro, porém o ferro vegetal (não heme) não é tão eficiente. Pelo fato da vitamina C melhorar a absorção do ferro não heme, as refeições vegetarianas devem ser ricas em alimentos que contenham esta vitamina (laranja, acerola, goiaba, maracujá, caju, morango, tomate, batata). Algumas vezes a suplementação pode ser necessária, especialmente para crianças pequenas e gestantes, devido às maiores necessidades destes períodos. Converse com seu medico ou nutricionista para saber qual a melhor conduta.
Cálcio: este mineral é fundamental para a formação dos ossos e dentes, para a coagulação do sangue e para o funcionamento dos nervos, músculos e coração. Dietas lacto-ovo-vegetarinas e lacto-vegetarianas fornecem mais facilmente as quantidades necessárias de cálcio, já que leite e derivados são as principais fontes. Indivíduos consumindo dietas veganistas têm mais chances de apresentar deficiências, mas com um pouco de planejamento e possível ingerir as quantidades necessárias.
Basta incluir na dieta, diariamente, alimentos vegetais ricos em cálcio: tofu preparado com sulfato de cálcio, leite de soja e outros produtos à base de soja fortificados com cálcio, folhas verde escuras (couve, agrião, mostarda e brócolis), além de sardinha em lata e alguns tipos de feijão. A ingestão de quantidades adequadas de vitamina D também e fundamental para a absorção do cálcio. Leia abaixo sobre esta vitamina.
Vitamina D: essencial para a absorção do cálcio. Sua deficiência pode levar ao raquitismo. Existem basicamente duas maneiras de se adquiri-la: uma é por meio do sol. A exposição da pele ao sol transforma uma substância que circula pela corrente sangüínea em vitamina D. A exposição das mãos, faces e braços ao sol, por 5 a 15 minutos diários, parece ser suficiente para fornecer as quantidades adequadas desta vitamina (indivíduos com pele escura, assim como indivíduos que vivem em latitudes mais altas ou áreas com pouco sol necessitam de um tempo maior de exposição). A outra maneira é por intermédio dos alimentos. Entretanto, as fontes dietéticas naturais são limitadas e estão restritas ao fígado e óleo de peixe. O leite acaba sendo a principal fonte da vitamina, pois é fortificado (iogurte e queijo geralmente não são).
Outras opções de alimentos fortificados são cereais e leite de soja. Indivíduos que seguem dietas veganistas geralmente apresentam baixa ingestão, por isso devem se certificar de incluir em seu cardápio estes alimentos fortificados. A suplementação de vitamina D é indicada para as crianças veganistas que não são expostas suficientemente ao sol ou que vivem em latitudes mais altas ou em áreas excessivamente sombreadas.
Vitamina B12: age na produção sangüínea e na produção de células novas e sua deficiência pode causar anemia e problemas neurológicos nas crianças pequenas. É encontrada praticamente apenas nos alimentos de origem animal, por isso veganistas e, eventualmente, os lacto-ovo-vegetarianos que consomem quantidades limitadas de produtos animais, apresentam maior risco de deficiência. Para evitar isso, devem ingerir alimentos fortificados (leite de soja, cereais) e muito provavelmente irão necessitar de suplementação vitamínica. Mães veganistas ou que consomem quantidades baixas desta vitamina e que estão amamentando também necessitam suplementação, caso contrário seu leite apresentará deficiência, e seu bebe também. De qualquer maneira, a Associação Americana de Pediatria recomenda que todos os bebês, crianças e adolescentes veganistas recebam suplementacão de vitamina B12.
Fibras: excesso de fibra "enche" o estômago da criança rapidamente e a saciedade é alcançada com um consumo menor de alimentos, calorias e nutrientes. Também pode atrapalhar a absorção de alguns minerais como ferro, zinco, cálcio e magnésio, pois algumas delas possuem substâncias chamadas "fitatos", que se ligam a estes minerais e impedem a sua absorção. A ingestão de fibras por crianças veganistas é, muitas vezes, bem maior do que a quantidade recomendada. Por isso, o uso de alguns alimentos refinados é aconselhável. O uso de suplementos de fibras como farelo de aveia e farelo de trigo não são recomendados para os pequenos.
Zinco: essencial para a produção celular, desenvolvimento cerebral, crescimento e reparação das células. Ele é facilmente encontrado nos alimentos protéicos, como frutos do mar, carnes, aves, peixes e fígado. Entre os alimentos de origem vegetal, pode ser encontrado em leguminosas, nozes e sementes, alimentos integrais, germe de trigo, tofu. O problema é que o zinco proveniente dos vegetais é bem menos absorvido devido à presença de fitatos e fibras em alguns desses alimentos. Por isso, vegetarianos que não consomem nenhum tipo de carne devem se certificar de incluir quantidades adequadas de vegetais ricos em zinco nas refeições.
Como vocês viram, dietas vegetarianas podem ser saudáveis e promover o crescimento e desenvolvimento adequado de crianças, desde que planejadas cuidadosamente. E lembre-se: o segredo para uma alimentação adequada - seja vegetariana ou não - é comer alimentos variados, em quantidades moderadas, respeitando as necessidades de cada um.
*Flavia Schwartzman é nutricionista, formada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, com especialização em Nutrição Materno-Infantil, Mestre em Nutrição pela Escola Paulista de Medicina.
Este outro artigo mostra que é possível uma criança comer somente vegetais.
Mas vejo que há riscos, conforme evidenciado acima.
Carmen escreveu:Claudio, é bom ter argumentos, mas não esqueça que é um direito seu que precisa ser respeitado sem que voce tenha que se explicar ou pedir desculpas.
- Correto Carmem, mas ele nem precisava de argumento nenhum, bastava dizer que não gosta de carne, como ele mesmo já admitiu.
Concordo, Abmael, não gostar de carne também é um direito, embora o Claudio a esteja rejeitando não só porisso.
Mas dar algumas "explicações" às vezes é necessário, só para pararem de te olhar como um ET. Mal comparando, o pessoal faz a mesma cara de perplexidade de quando dizemos não ter religião, ou pior, sermos ateus.
Creio não existir preconceito contra vegetarianos.
Corvo escreveu:Refiro-me aos procariotas. E milhares de espécies dependem dos macróbios? Em que sentido? Por acaso essas espécies se extinguiriam se os macróbios se extinguissem... mesmo sabendo que os micróbios podem evoluir rapidamente? Há alguma prova que o fim da espécie humana levaria á extinção das espécies de micróbios do nosso intestino de que dependemos? Não poderiam esses microbios adaptar-se a outras condições. dado o numero incrível de micróbios de cada espécie... a sua velocidade e autonomia de reprodução e evolução... bastaria que apenas um individuo da espécie, no meio de biliões, se adaptasse, para que a espécie sobrevivesse...
Ah... Lynn Margulis.
Muitas espécies de procariontes são dependentes de macrobiontes ou de outros microbiontes eucarióticos.
Basta lembrar as centenas (ou milhares) de procariontes que são simbiontes de outros seres, bem como os decompositores, que necessitam de matéria orgância para se alimentarem.
Obviamente que a extinção em massa de seres "superiores" causaria repercursões noutros níveis tróficos.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Carmen escreveu:No entanto...se quiser ser "polido"...tenho endereços sobre "Diplomacia Vegetariana", se quiser.
Sim, Carmen, eu quero estes endereços, pois irei precisar deles. Agora, da próxima vez que eu estiver com meus pais terei que explicar a eles que não como mais carne. Também terei que explicar a outras pessoas o mesmo e terei que ter argumentos bem simples e rápidos. Tipo, não posso, no meio de uma refeição com outras pessoas dizer que comer carne é transformar nosso corpo em cemitério de animais. Tenho que ter o argumento certo para cada pessoa e cada situação.
Carmen escreveu:Claudio, é bom ter argumentos, mas não esqueça que é um direito seu que precisa ser respeitado sem que voce tenha que se explicar ou pedir desculpas.
- Correto Carmem, mas ele nem precisava de argumento nenhum, bastava dizer que não gosta de carne, como ele mesmo já admitiu.
Concordo, Abmael, não gostar de carne também é um direito, embora o Claudio a esteja rejeitando não só porisso.
Mas dar algumas "explicações" às vezes é necessário, só para pararem de te olhar como um ET. Mal comparando, o pessoal faz a mesma cara de perplexidade de quando dizemos não ter religião, ou pior, sermos ateus.
Creio não existir preconceito contra vegetarianos.
O debate está apenas no campo das idéias.
- Concordo com O ENCOSTO, não vejo o vegetarianismo causar esta perplexidade de que você fala, além disso, nem seria vegetarianismo se ele dissesse que não come carne apenas porque não gosta, seria apenas questão de paladar, ele só precisa de argumentos se estiver interessado em fazer proselitismo, e eu creio que seja isso mesmo.
Beijos,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
A vida dos animais é semelhante a nossa. Eles nascem, desenvolvem sentimentos pela mãe, brincam com os irmãos, aprendem as habilidades próprias de sua espécie, vivenciam todos os sentimentos e necessidades que conhecemos, interagem com o meio ambiente, tem sua própria individualidade e não podem escapar dela nem do seu corpo, eles sentem atração pelo sexo oposto, investem na conquista dos melhores parceiros, sonham, buscam o melhor para si e são capazes de se sacrificar pelo grupo. A vida dos seres humanos consiste basicamente nisto.
[color=#ffff00] Fala Loredo ! Desculpe-me , mas tenho que descordar , tais sentimentos estao restriros ao seres RACIONAIS ! Tudo no animal e instinto basico , o filhote nao sente saudades da maezinha dele quando ela fica longe , apenas sabe por instinto que ali esta sua condicao de sobre vida !
Editado pela última vez por videomaker em 26 Jun 2006, 17:09, em um total de 1 vez.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Usuário user f.k.a. Cabeção, sua mensagem não afirma que temos o direito de comer tudo que está abaixo na cadeia alimentar, mas quando diz "consomem outros organismos para se alimentar, organismos que podem sentir dor ou não nesse processo" e adiante defende que a dor não é um critério significativo na escolha ou trato do alimento, a que conclusão se chega? Que devemos comer o que é nutritivo, mesmo que o alimento seja um animal, e independente de quanta dor este sofra. É isso que acontece na cadeia alimentar, não é mesmo?
Você enrolou e não abordou o ponto principal da minha argumentação: se eu posso me alimentar do que é nutritivo, independente do sofrimento causado, porque não posso me beneficiar de outras maneiras independente do sofrimento causado? Qual a diferença moral entre "temos que nos alimentar do que faz bem, por mais dor que isso cause" e "precisamos ter sossego e tranquilidade em casa, por mais dor que isso cause?" Por que a alimentação nos dá o direito de impor despreocupadamente sofrimento a outros seres e outras formas de benefício próprio não nos dão?
Editado pela última vez por Flavio Costa em 26 Jun 2006, 17:08, em um total de 1 vez.
The world's mine oyster, which I with sword will open. - William Shakespeare Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos. - William James Agora já aprendemos, estamos mais calejados... os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato. - Luis Inácio, 20/10/2006
Editado pela última vez por videomaker em 26 Jun 2006, 17:08, em um total de 1 vez.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
O ENCOSTO escreveu:Creio não existir preconceito contra vegetarianos.
O debate está apenas no campo das idéias.
- Concordo com O ENCOSTO, não vejo o vegetarianismo causar esta perplexidade de que você fala, além disso, nem seria vegetarianismo se ele dissesse que não come carne apenas porque não gosta, seria apenas questão de paladar, ele só precisa de argumentos se estiver interessado em fazer proselitismo, e eu creio que seja isso mesmo.
Beijos,
Abmael, voce não vê porque não é um. E não entendi porque não seria vegetarianismo só porque não gosta...como tem sido repetido tanto aqui, o vegetarianismo engloba praticantes que têm as mais variadas motivações. Os argumentos podem servir para proselitismo, como também podem ser usados apenas para explicar o motivo da escolha, por educação com um anfitrião, por exemplo.
Beijos !
Editado pela última vez por Carmen em 26 Jun 2006, 17:12, em um total de 1 vez.
videomaker escreveu:Desculpe-me , mas tenho que descordar , tais sentimentos estao restriros ao seres RACIONAIS ! Tudo no animal e instinto basico , o filhote nao sente saudades da maezinha dele quando ela fica longe , apenas sabe por instinto que ali esta sua condicao de sobre vida !
Flavio Costa escreveu:Usuário user f.k.a. Cabeção, sua mensagem não afirma que temos o direito de comer tudo que está abaixo na cadeia alimentar, mas quando diz "consomem outros organismos para se alimentar, organismos que podem sentir dor ou não nesse processo" e adiante defende que a dor não é um critério significativo na escolha ou trato do alimento, a que conclusão se chega? Que devemos comer o que é nutritivo, mesmo que o alimento seja um animal, e independente de quanta dor este sofra. É isso que acontece na cadeia alimentar, não é mesmo?
Você enrolou e não abordou o ponto principal da minha argumentação: se eu posso me alimentar do que é nutritivo, independente do sofrimento causado, porque não posso me beneficiar de outras maneiras independente do sofrimento causado? Qual a diferença moral entre "temos que nos alimentar do que faz bem, por mais dor que isso cause" e "precisamos ter sossego e tranquilidade em casa, por mais dor que isso cause?" Por que a alimentação nos dá o direito de impor despreocupadamente sofrimento a outros seres e outras formas de benefício próprio não nos dão?
Caro Flávio,
- Creio que o cabeça não está afirmando que o sofrimento causado a outros não é critério para NADA e sim que não é critério para alimentação.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Carmen escreveu:No entanto...se quiser ser "polido"...tenho endereços sobre "Diplomacia Vegetariana", se quiser.
Sim, Carmen, eu quero estes endereços, pois irei precisar deles. Agora, da próxima vez que eu estiver com meus pais terei que explicar a eles que não como mais carne. Também terei que explicar a outras pessoas o mesmo e terei que ter argumentos bem simples e rápidos. Tipo, não posso, no meio de uma refeição com outras pessoas dizer que comer carne é transformar nosso corpo em cemitério de animais. Tenho que ter o argumento certo para cada pessoa e cada situação.
videomaker escreveu:Desculpe-me , mas tenho que descordar , tais sentimentos estao restriros ao seres RACIONAIS ! Tudo no animal e instinto basico , o filhote nao sente saudades da maezinha dele quando ela fica longe , apenas sabe por instinto que ali esta sua condicao de sobre vida !
Assim como os bebês.
Só pra ficar claro , nenhum dos dois habitam um espirito , certo ? Se sua resposta é sim , tá explicado a tua posïcão !
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)