Cargill e Aracruz: duas empresas criminosas

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Hrrr
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Re: Re.: Cargill e Aracruz: duas empresas criminosas

Mensagem por Hrrr »

Fernando Silva escreveu:A Mata Atlântica já foi destruída há muito tempo.


93% ja. Mas ainda restam 7%, abrigando inclusive especies ainda nao descobertas.

Fernando Silva escreveu:Por que criticar quem a replanta?


noticia da Amauta escreveu:Em Linhares, segundo denúncia feita pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), a Aracruz desmatou uma área de Mata Atlântica localizada na nascente do córrego Faria, no Vale Jacutinga, onde existiam árvores com mais de seis metros de altura. De acordo com o relato dos agricultores, a empresa utilizou 27 tratores que, em cerca de 20 minutos, teriam derrubado três hectares de vegetação nativa. A ação começou no dia 16 de junho, mas foi interrompida pela ação dos moradores da região. Dois dias depois, um domingo, os tratores tentarem retomar o trabalho enquanto a Seleção penava em campo contra a Austrália: “A derrubada começou por volta das duas e meia da tarde, quando todo mundo estava concentrado no jogo”, conta Elias Alves, coordenador estadual do MPA.

A ação mais uma vez foi impedida pela organização dos agricultores, que utilizaram idosos, crianças e gestantes para bloquear a “entrada da área” e, literalmente, garantir o empate. Segundo nota divulgada pelo MPA, uma das coordenadoras do movimento, grávida de nove meses, chegou a se sentar em frente aos tratores para impedir o desmatamento: “Os tratoristas disseram que tinham autorização do Ibama para a derrubada. Pedimos o documento e eles não mostraram. Então, entramos na frente das máquinas e impedimos a destruição”, conta Cristina Soprani. Diante da resistência, a Aracruz, segundo relato de Elias Alves, chamou a polícia: “Foram duas viaturas, dez policiais militares e quatro jagunços da empresa enviados para acabar com a mobilização. Também foram enviados uma ambulância e um caminhão pipa. A polícia disse que foram chamados para garantir o trabalho da empresa”, conta.

A Aracruz registrou ocorrência policial contra os agricultores, pois garante dispor de documentos e considera sua ação legal. A direção da empresa informou que tem autorização do Ibama para desmatar aquela área desde 2001. Segundo o atual superintendente estadual do Ibama, Ricardo Vereza, essa autorização, mesmo se for apresentada, não tem validade legal: “Mesmo que tenha recebido [a autorização], a Aracruz não poderá derrubar. A área foi embargada e, se for comprovado o crime, a empresa será autuada e a área deverá ser reflorestada”, disse.


isso eh replantar?
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Fernando Silva
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Re.: Cargill e Aracruz: duas empresas criminosas

Mensagem por Fernando Silva »

Eu preferia que os agricultores e moradores da área fossem expulsos e que ela fosse toda replantada com espécies nativas e transformada em área de preservação, só que não é isto que pretendiam fazer.

Se eles querem reflorestar, comecem saindo de lá, senão fica parecendo que estão apenas lutando pelo direito de ficar na terra e não pela preservação.
Ao estabelecer suas fazendas na área, eles já devastaram a Mata Atlântica.

Acho melhor uma floresta cerrada e contínua que pequenos bosques isolados no meio de fazendas. Bosques que, discretamente, serão aos poucos devastados.

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Hrrr
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Re.: Cargill e Aracruz: duas empresas criminosas

Mensagem por Hrrr »

a destruiçao feita pelos pequenos agricultores nao justifica a grande destruiçao que a Aracruz quis causar
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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

Reportagem Especial (Fonte- Jornal Zero Hora 30/06/06)

Projeto da Aracruz beneficia pelo menos 30 municípios

Plantio de florestas será distribuído na Metade Sul

Maior fabricante de celulose branqueada de eucalipto do mundo, a Aracruz confirmou ao governo gaúcho a construção de uma nova fábrica em Guaíba, num investimento de US$ 1,3 bilhão.

A ampliação das atividades da empresa se estende por pelo menos 30 municípios da Metade Sul.

Serão 100 mil hectares de plantações de eucalipto e 55 mil hectares destinados à preservação da mata nativa







Galhos estendidos ao Sul
LÚCIA RITZEL




Com a construção da nova unidade gaúcha da Aracruz Celulose, confirmada ontem, por meio da assinatura de um protocolo de intenções entre executivos da empresa e o governador Germano Rigotto, o Rio Grande do Sul se consolida como um novo pólo industrial de base florestal do país.

Terceiro projeto do setor de celulose anunciado para o Estado em dois anos, a fábrica, que deve começar a operar entre 2010 e 2015, exigirá uma área de plantio de 100 mil hectares, ampliando de 21 para 30 os municípios gaúchos integrados à base florestal da empresa. Do total de hectares estimados, pelo menos 30% serão parcerias com pequenos produtores.

O projeto antecipado ontem por Zero Hora deverá beneficiar outros municípios além de Guaíba, que será a sede. Segundo estimativas da empresa, sua implantação vai gerar cerca de US$ 200 milhões em tributos e injetar na região outros US$ 300 milhões, para contratação de serviços terceirizados, empresas locais e no trabalho florestal. O plano é firmar parcerias com pequenos produtores, que não abandonarão as atividades tradicionais.

Um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), citado ontem pelo governador Germano Rigotto, estima que, para cada emprego direto gerado pelo setor florestal, são abertos outros 10 indiretos.

- No período da construção da unidade vamos ter aproximadamente U$ 120 milhões circulando na região - disse Rigotto na cerimônia no Palácio Piratini.

O diretor da Aracruz Walter Lídio Nunes explicou que a empresa pretende comprar terras preferencialmente em direção à Metade Sul do Estado no que chama de eixo logístico do Rio Jacuí, onde serão instalados inclusive terminais fluviais (veja no quadro e na página ao lado). O objetivo é evitar a concentração de áreas em um só município, por questões ambientais. Além dos 100 mil hectares (dos quais 20 mil já foram adquiridos), outros 55 mil serão destinados à preservação, no sistema de mosaico, isto é, intercalados com os hectares de eucalipto.

- Adotamos a proporção de dois para um, que é internacionalmente recomendada. O setor de celulose brasileiro detém as melhores práticas e tecnologias do mundo, além da maior produtividade - afirmou.

A nova unidade representará um investimento de US$ 1,3 bilhão e produzirá 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano, destinadas à exportação, além de gerar 250 empregos diretos na área industrial e outros 1,2 mil na base florestal. As obras, no entanto, só devem começar dentro de cinco anos, o que despertou dúvidas sobre a confirmação do projeto anunciado ontem:

- Para ter uma fábrica é preciso antes ter as florestas. A decisão de fazer uma nova unidade aqui está tomada, ninguém investiria US$ 300 milhões em terras para ir a outro lugar. Agora, é claro que há essa janela de cinco ou seis anos e, até lá, precisamos nos ajustar às condições de mercado do momento - explicou o diretor-presidente da Aracruz, Carlos Aguiar.

Na escolha do Rio Grande do Sul para ser a sede do projeto, disse Aguiar, pesaram as negociações envolvendo infra-estrutura e o que considera visão estratégica do governo, que estimulou a formação de um pólo florestal na Metade Sul. Além disso, enfatizou que as reações de solidariedade que a empresa recebeu depois da destruição por agricultores da Via Campesina de seus laboratório e viveiros em Barra do Ribeiro, em março deste ano, foram fundamentais.



Trinca verde
Com a nova unidade da Aracruz, o Rio Grande do Sul receberá o terceiro projeto do setor. Confira os outros dois:
Stora Enso
Em fase de estudos, uma unidade industrial está prevista para sair do papel em 2011. Até agora, a empresa adquiriu 45 mil hectares no Rio Grande do Sul e investiu R$ 100 milhões. Mas a compra de terras é contínua. No ano que vem, a empresa sueco-filandesa espera obter o licenciamento ambiental para o projeto florestal. A fábrica está orçada em US$ 1,2 bilhão.
VCP - Votorantim Celulose e Papel
Começou em novembro do ano passado o processo de licenciamento socioambiental para a instalação de uma fábrica na Metade Sul, com início das obras previsto para entre 2009 e 2011. O local exato não está decidido, mas será no eixo Rio Grande, Pelotas e Arroio Grande. O investimento, incluindo a base florestal, é estimado em US$ 1,3 bilhão, com geração de 4 mil postos de trabalho.
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O ENCOSTO
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Re.: Cargill e Aracruz: duas empresas criminosas

Mensagem por O ENCOSTO »

Terminais fluviais no Jacuí




A Aracruz não receberá benefícios previstos nos programas de incentivos Fundopem e Integrar-RS, mas fez questão de assegurar que o Estado e os municípios se comprometam com questões de logísticas. Com as prefeituras de Cachoeira do Sul e Rio Pardo, obteve o compromisso de que ambas manterão os respectivos planos diretores de maneira a preservar as atuais condições de logística à empresa.

O projeto prevê a construção de terminais portuários fluviais nas duas cidades, que passarão a receber grande número de madeira dos demais municípios da região. Com isso, será intenso o tráfego de caminhões de carga na região.

- Em outras cidades, o crescimento desordenado transformou estradas em ruas. Queremos evitar riscos e problemas futuros com as comunidades - explicou o diretor da Aracruz Walter Lídio Nunes.

Também será construído um terminal no Porto de Rio Grande, por onde a empresa planeja exportar 100% da celulose produzida na nova unidade. Ainda em fase de estudo, o projeto poderá ser instalado em parceria com a Stora Enso e com a Votorantim.
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MDiesel
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Re.: Cargill e Aracruz: duas empresas criminosas

Mensagem por MDiesel »

Se deixassem a Amazónia para o MST... em poucos anos aquilo seria um novo Saara.

Trancado