Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Folha de S.Paulo
Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Ações cobram recompensas por promessas que não foram cumpridas
Pastor disse que, se tivesse fé, homem não cairia do telhado do templo que consertaria; caiu e sofreu politraumatismo
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
MATHEUS PICHONELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Eles depositaram fé e recursos em quem lhes prometeu dias melhores. Até que, cansados de esperar a providência divina, resolveram pedir o seu dinheiro de volta. São ex-fiéis desapontados que cobram na Justiça indenizações por danos morais e materiais.
Nas estantes de fóruns e do Tribunal de Justiça de São Paulo, casos de pessoas que investiram dinheiro em promessas (desde a celebração de um casamento até o enriquecimento imediato) esperam agora da lei dos homens uma sentença.
As histórias de Maria e de Carlos, ex-freqüentadores da Igreja Universal do Reino de Deus, ilustram essa situação. Eles reclamam na Justiça terem vendido bens, como apartamentos e carros, em troca de prosperidade financeira que não foi alcançada.
Já um católico cobra a devolução de R$ 1.500 pagos para o casamento. Ele pediu o cancelamento dizendo que o padre interferia nos preparativos. O pároco se negou a devolver o dinheiro, e o caso foi à Justiça.
"Quis dias melhores e tudo que me deram foi porrada", conta o padeiro desempregado José Leite. Ele diz ter participado de sessão de descarrego na Universal, na qual o auxiliar do pastor, ao tentar exorcizá-lo, bateu sua cabeça no banco.
Ele quer R$ 5.000 por danos. O pedido foi considerado procedente, mas a igreja apelou. Já Nelson ouviu do pastor que, se tivesse fé, não cairia do telhado que consertaria no templo da Universal. Caiu, teve politraumatismo e requereu R$ 356.200 de indenização. O pedido foi julgado procedente.
"É muito difícil provar que o fiel é ingênuo e foi induzido. Fé não pode ser mensurada", diz Adriano Ferriani, professor da PUC-SP e especialista em responsabilidade civil.
Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Ações cobram recompensas por promessas que não foram cumpridas
Pastor disse que, se tivesse fé, homem não cairia do telhado do templo que consertaria; caiu e sofreu politraumatismo
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
MATHEUS PICHONELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Eles depositaram fé e recursos em quem lhes prometeu dias melhores. Até que, cansados de esperar a providência divina, resolveram pedir o seu dinheiro de volta. São ex-fiéis desapontados que cobram na Justiça indenizações por danos morais e materiais.
Nas estantes de fóruns e do Tribunal de Justiça de São Paulo, casos de pessoas que investiram dinheiro em promessas (desde a celebração de um casamento até o enriquecimento imediato) esperam agora da lei dos homens uma sentença.
As histórias de Maria e de Carlos, ex-freqüentadores da Igreja Universal do Reino de Deus, ilustram essa situação. Eles reclamam na Justiça terem vendido bens, como apartamentos e carros, em troca de prosperidade financeira que não foi alcançada.
Já um católico cobra a devolução de R$ 1.500 pagos para o casamento. Ele pediu o cancelamento dizendo que o padre interferia nos preparativos. O pároco se negou a devolver o dinheiro, e o caso foi à Justiça.
"Quis dias melhores e tudo que me deram foi porrada", conta o padeiro desempregado José Leite. Ele diz ter participado de sessão de descarrego na Universal, na qual o auxiliar do pastor, ao tentar exorcizá-lo, bateu sua cabeça no banco.
Ele quer R$ 5.000 por danos. O pedido foi considerado procedente, mas a igreja apelou. Já Nelson ouviu do pastor que, se tivesse fé, não cairia do telhado que consertaria no templo da Universal. Caiu, teve politraumatismo e requereu R$ 356.200 de indenização. O pedido foi julgado procedente.
"É muito difícil provar que o fiel é ingênuo e foi induzido. Fé não pode ser mensurada", diz Adriano Ferriani, professor da PUC-SP e especialista em responsabilidade civil.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
"Lei de mercado" leva igrejas à Justiça
Não são consumidores lesados, mas fiéis desapontados que, dizendo-se enganados por líderes religiosos, tomaram o caminho da Justiça para cobrar das igrejas indenizações por danos morais e materiais.
Nas estantes de fóruns e do Tribunal de Justiça de São Paulo, casos de pessoas que investiram dinheiro em promessas _desde a celebração de um casamento até o enriquecimento imediato_ esperam agora da lei dos homens uma sentença final _ao menos nesta vida (leia os casos ao lado).
As histórias de Maria e de Carlos Marcelo, ex-freqüentadores da Igreja Universal do Reino de Deus, ilustram essa situação. Eles reclamam na Justiça terem vendido bens, como apartamentos e carros, em troca de uma prosperidade financeira que não foi alcançada, de um milagre que não ocorreu. Nas audiências, representantes das igrejas dizem que são mediadores da vontade divina e que não se comprometeram a cumprir as promessas feitas em nome de Deus. A moeda de troca, conforme argumentam, é algo imensurável: a fé. Do outro lado, antigos fiéis afirmam que foram enganados, levados ao erro e até extorquidos.
"Fui até a igreja querendo dias melhores e tudo que me deram foi uma porrada no nariz", conta, revoltado, o padeiro desempregado José Bezerra Leite. Ele diz ter participado de uma sessão de descarrego na Universal, na qual o auxiliar de um pastor, ao tentar exorcizá-lo, bateu sua cabeça no banco. O saldo da frustração é cobrado na Justiça: R$ 5.000.
Há também a história de um católico que pagou R$ 1.500 para casar na tradicional paróquia Nossa Senhora do Brasil, em São Paulo. Ele pediu o cancelamento do evento, pois o padre interferia nos preparativos. O pároco se negou a devolver o dinheiro, e o caso foi à Justiça. O fiel parou de contribuir com a paróquia e agora reza em uma igreja ortodoxa, onde se casou.
Regras contra abusos
De acordo com o sociólogo e professor da USP Antônio Flávio Pierucci, o fato de os fiéis irem à Justiça reclamar seus direitos indica uma pressão para que sejam criadas regras que os protejam de abusos.
"Da mesma forma que um dia os consumidores se mobilizaram para que seus direitos fossem garantidos por lei, existe um movimento para que o fiel deixe de ser vítima de humilhações e para que a lei valha também para o pastor ou o cardeal", avalia. "As igrejas no Brasil possuem privilégios enormes, até mesmo fiscais, que criam terreno para arbitrariedades. A pessoa é livre para entrar, mas depois, pressionada e ameaçada, não consegue sair."
O sociólogo Edin Sued Abumanssur, do departamento de teologia e ciências da religião da PUC-SP, considera que a disputa jurídica é conseqüência do processo de mercantilização da fé, na qual a relação entre igrejas e fiéis tende a ser mediada por dinheiro.
"A religião hoje é um produto pelo qual a pessoa paga, mesmo que seja simbólico. Se não, ela processa. É a lei do mercado, uma tendência em todas as igrejas", analisa Abumanssur.
Na avaliação de Pierucci, a frustração é mais forte para quem foi atraído por promessas e convertido a uma nova religião. "As pessoas chegam nessas novas igrejas com uma enorme expectativa de prosperidade instantânea", diz.
Abumanssur diz ainda que a Igreja Católica, com a renovação carismática, mostra que também está atenta ao que o leigo quer. "Por ser uma relação mais mercantil, os fiéis agem racionalmente, como qualquer consumidor."
Na opinião de Antônio Evangelista de Souza, advogado de Maria _que processa a Universal_ queixas na Justiça por questões religiosas tendem a ficar mais comuns. Para ele, a liberdade de culto, garantida pela Constituição, não pode blindar a igreja que promete ao fiel algo que não pode cumprir. "É um contrato manipulado."
Num tempo em que cartas psicografadas são aceitas como documento da defesa, como ocorreu em maio deste ano em um tribunal do Rio Grande do Sul, muitas igrejas ainda não aceitam sentar no banco dos réus e questionam a legitimidade do juiz para decidir sobre algo metafísico. Algumas chegam a citar longas passagens bíblicas para justificar suas atitudes.
Para o advogado da Congregação Cristã no Brasil Paulo Sanches Campoi, a liberdade de organização e doutrina das igrejas não pode ser analisada por uma lei humana.
"O juiz é uma autoridade estatal que não fez curso de teologia para decidir sobre a fé, algo íntimo que se insere na liberdade de se expressar religiosamente. Muitos morreram na fogueira por essa liberdade."
De acordo com o advogado Adriano Ferriani, professor da PUC-SP e especialista em responsabilidade civil, não existe no Brasil uma lei que defina a relação entre fiel e igreja como um contrato a ser cumprido. Por isso, explica, é comum que os magistrados julguem como improcedentes ações movidas por fiéis desapontados. "Como não se trata de um contrato, deve-se provar que houve dano, culpa e nexo causal entre prometer e cumprir. É muito difícil provar que o fiel é muito ingênuo e foi induzido àquele erro. Fé e boa vontade são coisas que não podem ser mensuradas."
Não são consumidores lesados, mas fiéis desapontados que, dizendo-se enganados por líderes religiosos, tomaram o caminho da Justiça para cobrar das igrejas indenizações por danos morais e materiais.
Nas estantes de fóruns e do Tribunal de Justiça de São Paulo, casos de pessoas que investiram dinheiro em promessas _desde a celebração de um casamento até o enriquecimento imediato_ esperam agora da lei dos homens uma sentença final _ao menos nesta vida (leia os casos ao lado).
As histórias de Maria e de Carlos Marcelo, ex-freqüentadores da Igreja Universal do Reino de Deus, ilustram essa situação. Eles reclamam na Justiça terem vendido bens, como apartamentos e carros, em troca de uma prosperidade financeira que não foi alcançada, de um milagre que não ocorreu. Nas audiências, representantes das igrejas dizem que são mediadores da vontade divina e que não se comprometeram a cumprir as promessas feitas em nome de Deus. A moeda de troca, conforme argumentam, é algo imensurável: a fé. Do outro lado, antigos fiéis afirmam que foram enganados, levados ao erro e até extorquidos.
"Fui até a igreja querendo dias melhores e tudo que me deram foi uma porrada no nariz", conta, revoltado, o padeiro desempregado José Bezerra Leite. Ele diz ter participado de uma sessão de descarrego na Universal, na qual o auxiliar de um pastor, ao tentar exorcizá-lo, bateu sua cabeça no banco. O saldo da frustração é cobrado na Justiça: R$ 5.000.
Há também a história de um católico que pagou R$ 1.500 para casar na tradicional paróquia Nossa Senhora do Brasil, em São Paulo. Ele pediu o cancelamento do evento, pois o padre interferia nos preparativos. O pároco se negou a devolver o dinheiro, e o caso foi à Justiça. O fiel parou de contribuir com a paróquia e agora reza em uma igreja ortodoxa, onde se casou.
Regras contra abusos
De acordo com o sociólogo e professor da USP Antônio Flávio Pierucci, o fato de os fiéis irem à Justiça reclamar seus direitos indica uma pressão para que sejam criadas regras que os protejam de abusos.
"Da mesma forma que um dia os consumidores se mobilizaram para que seus direitos fossem garantidos por lei, existe um movimento para que o fiel deixe de ser vítima de humilhações e para que a lei valha também para o pastor ou o cardeal", avalia. "As igrejas no Brasil possuem privilégios enormes, até mesmo fiscais, que criam terreno para arbitrariedades. A pessoa é livre para entrar, mas depois, pressionada e ameaçada, não consegue sair."
O sociólogo Edin Sued Abumanssur, do departamento de teologia e ciências da religião da PUC-SP, considera que a disputa jurídica é conseqüência do processo de mercantilização da fé, na qual a relação entre igrejas e fiéis tende a ser mediada por dinheiro.
"A religião hoje é um produto pelo qual a pessoa paga, mesmo que seja simbólico. Se não, ela processa. É a lei do mercado, uma tendência em todas as igrejas", analisa Abumanssur.
Na avaliação de Pierucci, a frustração é mais forte para quem foi atraído por promessas e convertido a uma nova religião. "As pessoas chegam nessas novas igrejas com uma enorme expectativa de prosperidade instantânea", diz.
Abumanssur diz ainda que a Igreja Católica, com a renovação carismática, mostra que também está atenta ao que o leigo quer. "Por ser uma relação mais mercantil, os fiéis agem racionalmente, como qualquer consumidor."
Na opinião de Antônio Evangelista de Souza, advogado de Maria _que processa a Universal_ queixas na Justiça por questões religiosas tendem a ficar mais comuns. Para ele, a liberdade de culto, garantida pela Constituição, não pode blindar a igreja que promete ao fiel algo que não pode cumprir. "É um contrato manipulado."
Num tempo em que cartas psicografadas são aceitas como documento da defesa, como ocorreu em maio deste ano em um tribunal do Rio Grande do Sul, muitas igrejas ainda não aceitam sentar no banco dos réus e questionam a legitimidade do juiz para decidir sobre algo metafísico. Algumas chegam a citar longas passagens bíblicas para justificar suas atitudes.
Para o advogado da Congregação Cristã no Brasil Paulo Sanches Campoi, a liberdade de organização e doutrina das igrejas não pode ser analisada por uma lei humana.
"O juiz é uma autoridade estatal que não fez curso de teologia para decidir sobre a fé, algo íntimo que se insere na liberdade de se expressar religiosamente. Muitos morreram na fogueira por essa liberdade."
De acordo com o advogado Adriano Ferriani, professor da PUC-SP e especialista em responsabilidade civil, não existe no Brasil uma lei que defina a relação entre fiel e igreja como um contrato a ser cumprido. Por isso, explica, é comum que os magistrados julguem como improcedentes ações movidas por fiéis desapontados. "Como não se trata de um contrato, deve-se provar que houve dano, culpa e nexo causal entre prometer e cumprir. É muito difícil provar que o fiel é muito ingênuo e foi induzido àquele erro. Fé e boa vontade são coisas que não podem ser mensuradas."
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Repetido.
Editado pela última vez por spink em 05 Jul 2006, 12:03, em um total de 1 vez.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Fiéis x igrejas
>> NARIZ QUEBRADO
José Bezerra Leite diz que, durante culto na Igreja Universal, um obreiro (fiel que ajuda o pastor) bateu sua cabeça contra um banco, na tentativa de exorcizá-lo e quebrou seu nariz. O pedido de indenização foi considerado procedente, mas a igreja apelou
>>À ESPERA DE UM MILAGRE
Maria era uma fiel aplicada da Universal: conta que vendeu até dois apartamentos para doar à igreja. Quando percebeu que, para ela, o milagre nunca viria, resolveu pedir na Justiça seu dinheiro de volta. O juiz não aceitou o caso e seus advogados apelaram
Os argumentos expostos na inicial são oportunistas(...) A vontade de contribuir desprovida da crença é nada mais do que a simples compra de uma mercadoria (...) É uma simples adoração, contemplação ou idolatria
Excerto da sentença do caso de Maria
>>FÉ NA QUEDA
Nelson diz que, antes de subir para consertar o telhado de um templo da Universal, o pastor o encorajou, dizendo que, se ele tivesse fé, não cairia. Depois de cair e sofrer politraumatismo, requereu R$ 356.200 de indenização. O pedido foi julgado procedente
>>UM PASSAT PELO CÉU
Em busca da prosperidade, Carlos, empresário, diz ter doado à Universal um Passat 1997. Esperava receber de Deus cem vezes o valor. Não ganhou um tostão, revoltou-se e tenta reaver seus investimentos. Ele apelou da sentença que julgou a ação improcedente
Se existe algo inexplicável, de forma científica, é a fé. (...)Tentar culpar a igreja porque não foi abençoado como esperava mostra a torpeza e a fragilidade espiritual do autor
Excerto da sentença do caso de Carlos
>>LA GARANTIA SOY YO
Luiz conta que, depois que o padre de uma das igrejas mais tradicionais de São Paulo passou a se intrometer nos preparativos da cerimônia de seu casamento, cancelou o evento _mas não recebeu o dinheiro de volta. O processo em que pede R$ 1.500 aguarda julgamento
>>PROPAGANDA ENGANOSA
Evandro, modelo e católico, argumenta que a CNBB usou, sem que ele autorizasse, uma foto sua em campanha contra as drogas. Apelou da sentença que julgou o pedido de indenização improcedente
>>PRESENTE GREGO Padre Milton, da igreja ortodoxa grega, foi até a Grécia fazer um curso de teologia que nem sequer existia. Seu pedido de R$ 200 mil, que ainda espera julgamento, não o impediu de voltar a celebrar cultos
>>DORMINDO COM O INIMIGO
André, pastor da Assembléia de Deus, afirma ter se desiludido de tal forma com seus superiores que apresentou ao Ministério Público pedido para que os dirigentes da igreja sejam investigados por enriquecimento ilícito. O pedido foi acolhido e André, com medo de ser morto, planeja sair do país
>>SEM DEFESA
Caio e Túlio têm casos quase idênticos. Perderam seus cargos na Congregação Cristã depois de terem sido acusados de adultério. Hoje pedem indenizações à igreja, argumentando que não puderam se defender. Ambos os casos esperam julgamento
Fontes: site do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e advogados das partes
* exceto José Bezerra, os nomes são fictícios
>> NARIZ QUEBRADO
José Bezerra Leite diz que, durante culto na Igreja Universal, um obreiro (fiel que ajuda o pastor) bateu sua cabeça contra um banco, na tentativa de exorcizá-lo e quebrou seu nariz. O pedido de indenização foi considerado procedente, mas a igreja apelou
>>À ESPERA DE UM MILAGRE
Maria era uma fiel aplicada da Universal: conta que vendeu até dois apartamentos para doar à igreja. Quando percebeu que, para ela, o milagre nunca viria, resolveu pedir na Justiça seu dinheiro de volta. O juiz não aceitou o caso e seus advogados apelaram
Os argumentos expostos na inicial são oportunistas(...) A vontade de contribuir desprovida da crença é nada mais do que a simples compra de uma mercadoria (...) É uma simples adoração, contemplação ou idolatria
Excerto da sentença do caso de Maria
>>FÉ NA QUEDA
Nelson diz que, antes de subir para consertar o telhado de um templo da Universal, o pastor o encorajou, dizendo que, se ele tivesse fé, não cairia. Depois de cair e sofrer politraumatismo, requereu R$ 356.200 de indenização. O pedido foi julgado procedente
>>UM PASSAT PELO CÉU
Em busca da prosperidade, Carlos, empresário, diz ter doado à Universal um Passat 1997. Esperava receber de Deus cem vezes o valor. Não ganhou um tostão, revoltou-se e tenta reaver seus investimentos. Ele apelou da sentença que julgou a ação improcedente
Se existe algo inexplicável, de forma científica, é a fé. (...)Tentar culpar a igreja porque não foi abençoado como esperava mostra a torpeza e a fragilidade espiritual do autor
Excerto da sentença do caso de Carlos
>>LA GARANTIA SOY YO
Luiz conta que, depois que o padre de uma das igrejas mais tradicionais de São Paulo passou a se intrometer nos preparativos da cerimônia de seu casamento, cancelou o evento _mas não recebeu o dinheiro de volta. O processo em que pede R$ 1.500 aguarda julgamento
>>PROPAGANDA ENGANOSA
Evandro, modelo e católico, argumenta que a CNBB usou, sem que ele autorizasse, uma foto sua em campanha contra as drogas. Apelou da sentença que julgou o pedido de indenização improcedente
>>PRESENTE GREGO Padre Milton, da igreja ortodoxa grega, foi até a Grécia fazer um curso de teologia que nem sequer existia. Seu pedido de R$ 200 mil, que ainda espera julgamento, não o impediu de voltar a celebrar cultos
>>DORMINDO COM O INIMIGO
André, pastor da Assembléia de Deus, afirma ter se desiludido de tal forma com seus superiores que apresentou ao Ministério Público pedido para que os dirigentes da igreja sejam investigados por enriquecimento ilícito. O pedido foi acolhido e André, com medo de ser morto, planeja sair do país
>>SEM DEFESA
Caio e Túlio têm casos quase idênticos. Perderam seus cargos na Congregação Cristã depois de terem sido acusados de adultério. Hoje pedem indenizações à igreja, argumentando que não puderam se defender. Ambos os casos esperam julgamento
Fontes: site do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e advogados das partes
* exceto José Bezerra, os nomes são fictícios
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
A mercadoria é o centro de tudo. 

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Veja íntegra da entrevista com o sociólogo Edin Sued Abumanssur
Para professor da PUC-SP, fiel mede custo-benefício com igrejas
Um mero produto comercial. Na opiniao do sociólogo Edin Sued Abumanssur, do departamento de teologia e ciencias da religiao da PUC-SP, a relaçao entre fiéis e suas igrejas é hoje pautada por uma questao comercial. De um lado, há a busca da graça, um milagre a ser alcançado. De outro, alguém disposto a oferecer conforto e intermediar a vontade.
Como toda relaçao entre agentes de mercado, o contrato pode um dia vir a ser contestado por uma das partes. "É a lei do mercado", analisa.
Nesta entrevista, Abumanssur explica como o dinheiro ganhou dimensao simbólica nas igrejas. "Quanto maior o sacrifício, mais direito o fiel terá de cobrar."
A cobrança, muitas vezes, tem como endereço as salas de audiencias dos tribunais.
Folha: Como o senhor ve o fato de as pessoas recorrerem r Justiça para resolver conflitos de fé e religiao?
Abumanssur: Isso é muito fácil de ser entendido. A religiao hoje é um produto de consumo e as pessoas pagam para recebe-lo. É um bem simbólico, como se diz em antropologia, ainda que intangível. Se nao recebe, ela processa. É a lei do mercado.
Folha: Isso é uma tendencia em todas as igrejas?
Abumanssur: É uma tendencia em todas as igrejas transformar a religiao em mercadoria. Algumas mais e outras menos, mas a tendencia é encarar a questao como um mercado. Sao agentes econômicos que estao no mercado e oferecendo produtos. A postura atual, contemporânea na relaçao da igreja com a fé é a postura de consumidor para produtor. Voce adquire esse produto e espera que ele seja entregue. Se nao entregar, é passível de ser processada.
Folha: O que diferencia as igrejas sob esse aspecto?
Abumanssur: Existe um discurso mercadológico na hora de uma igreja vender o produto. Algumas tem postura um pouco menos de mercado. Se pegar as religioes orientais, por exemplo, ou mesmo candomblé, voce nao ve essa postura. Elas estao no mercado, mas a maneira de se posicionar é diferente, por exemplo, das neopentecostais. Elas se diferenciam na maneira de conquistar posiçao no mercado, o tipo de visibilidade e do produto. É algo menos explícito.
Folha: O senhor percebe esse posicionamento também na Igreja Católica?
Abumanssur: Sim, com a renovaçao carismática. Ela vende bens de salvaçao, simbólicos, promete felicidade, paz, harmonia familiar, segurança no trabalho, segurança depois da morte.
Folha: Mas a relaçao com o dinheiro nao é tao forte como em outras igrejas.
Abumanssur: Sim, porque o dízimo deixa os fiéis sócios de Deus. Nas pentecostais isso é mais forte, na renovaçao carismática, nao. É a contrapartida. Na verdade, a relaçao do fiel com a igreja nao é mediada monetariamente. O dinheiro tem valor simbólico, de sacrifício, nao monetário. Pode ser R$ 2 ou R$ 10.000.
Se nao pesa, nao tem sacrifício, nao tem valor.
Será maior o direito de cobrar quanto maior for o sacrifício, a possibilidade de cobrar a graça nao alcançada. Se o sujeito pensa: "paguei e fiz esperança, conforme a vontade do pastor. Isso nao foi cumprido, portanto eu fui enganado". É uma relaçao típica de que vai atrás de religiao, nao como fiel, mas como cliente.
Folha: Isso tende a aumentar?
Abumanssur: Nao sei se tende a aumentar, mas é o padrao atual dos fiéis em relaçao rs igrejas. E a igreja também trata o fiel como cliente, embora haja um discurso religioso para legitimar essa postura. Por isso nao é surpresa que alguém vá r Justiça processar uma igreja.
Folha: Existe um discurso comum para os anseios dos fiéis?
Abumanssur: Em igrejas do protestantismo histórico, como metodista e presbiteriano, o produto de salvaçao nao está r venda da mesma maneira. A relaçao é outra. Na hora do aperto, igrejas como a católica e do protestantismo tradicional, nao tem discurso para o anseio. Mas as essas procuram. A relaçao das pessoas com a Universal, por exemplo, é como a de quem vai r cartomante. É o cúmulo da necessidade do fiel.
Folha: Por isso se ve menos açoes em igrejas tradicionais?
Abumanssur: Igrejas tradicionais vendem o sentido da vida, tem uma teologia mais estruturada no sentido da existencia. As neopentecostais vendem soluçoes para necessidades pontuais. Sao bens simbólicos, mas sao produtos diferentes. Desemprego,desilusao amorosa, casamento etc...igrejas tradicionais nao se arriscam nesse universo. O discurso aponta para um futuro distante.
Folha: Sao formas de se encontrar em diferentes igrejas?
Abumanssur: O fiel se julga no direito de exercer o direito do consumidor e faz uma leitura pessoal do que é igreja. Nao é ela quem dá as regras, quem dita é o grupo de fieis. É ele.
Folha: Isso indica uma falta de hierarquia nas igrejas?
Abumanssur: Nao. Ela está mais forte e mais estruturada. Há uma mudança no foco do poder. Em igrejas mais recentes, o poder nao é herdado, mas vem do consenso dos fiéis. A pessoa faz a mediaçao com o universo sagrado e espiritual. Se nao exercer o papel vai ser responsabilidade disso.
Folha: Isso é uma particularidade de nossos dias?
Abumanssur: É um processo da modernidade, que se inicia no século e segue. A reforma protestante, que levou o poder na mao do leigo foi contribui neste sentido. Isso vem se acentuando de lá pra cá e mesmo a católica está atenta rquilo que o leigo pensa e deseja. Igrejas evangélicas conquistam terreno em cima dos desejos dos fiéis. Sao, digamos assim, democráticas. Elas se pautam pela necessidade do povo.
Folha: Muitos veem os fiéis como ingenuos. O fato de eles reclamarem direitos na Justiça quebra essa imagem?
Abumanssur: Eles nao sao ingenuos e nao sao explorados. Sabem o que está acontecendo, o que estao comprando Dizer isso é muito preconceito em relaçao ao povo. Conversao é um cálculo de custo-benefício. A gente nao explicaria o crescimento das neopentecostais pela ingenuidade. Seria passar um atestado de burrice r boa parte da populaçao brasileira. Há um desfile de provas em favor dessa igreja nas sessoes, de quem deu certo e vao apontar a graça. Quando o pastor faz a promessa, o cliente se posiciona. Em Aparecida, as pessoas agradecem a graça, fazem romaria. Há uma passarela enorme que liga a basílica enorme e a nova igreja. É algo típico da devoçao do católico. Uma relaçao clientelista, mas privatizada. Como com santo Antônio: ‘se nao arranja namorada para mim, coloco de cabeça para baixo’. Isso faz parte da alma religiosa brasileira. Um padrao de relacionamento de um povo. Mesmo assim, o candomblé e a Universal vivem criticando uma é outra. É uma disputa por cliente. Da mesma maneira que tem sessao de descarrego, benze roupa, há rituais parecidos no candomblé e na umbamda. Elas atuam no mesmo campo religioso. Por isso Universal bate tanto neles, porque disputam seus fiéis.
Para professor da PUC-SP, fiel mede custo-benefício com igrejas
Um mero produto comercial. Na opiniao do sociólogo Edin Sued Abumanssur, do departamento de teologia e ciencias da religiao da PUC-SP, a relaçao entre fiéis e suas igrejas é hoje pautada por uma questao comercial. De um lado, há a busca da graça, um milagre a ser alcançado. De outro, alguém disposto a oferecer conforto e intermediar a vontade.
Como toda relaçao entre agentes de mercado, o contrato pode um dia vir a ser contestado por uma das partes. "É a lei do mercado", analisa.
Nesta entrevista, Abumanssur explica como o dinheiro ganhou dimensao simbólica nas igrejas. "Quanto maior o sacrifício, mais direito o fiel terá de cobrar."
A cobrança, muitas vezes, tem como endereço as salas de audiencias dos tribunais.
Folha: Como o senhor ve o fato de as pessoas recorrerem r Justiça para resolver conflitos de fé e religiao?
Abumanssur: Isso é muito fácil de ser entendido. A religiao hoje é um produto de consumo e as pessoas pagam para recebe-lo. É um bem simbólico, como se diz em antropologia, ainda que intangível. Se nao recebe, ela processa. É a lei do mercado.
Folha: Isso é uma tendencia em todas as igrejas?
Abumanssur: É uma tendencia em todas as igrejas transformar a religiao em mercadoria. Algumas mais e outras menos, mas a tendencia é encarar a questao como um mercado. Sao agentes econômicos que estao no mercado e oferecendo produtos. A postura atual, contemporânea na relaçao da igreja com a fé é a postura de consumidor para produtor. Voce adquire esse produto e espera que ele seja entregue. Se nao entregar, é passível de ser processada.
Folha: O que diferencia as igrejas sob esse aspecto?
Abumanssur: Existe um discurso mercadológico na hora de uma igreja vender o produto. Algumas tem postura um pouco menos de mercado. Se pegar as religioes orientais, por exemplo, ou mesmo candomblé, voce nao ve essa postura. Elas estao no mercado, mas a maneira de se posicionar é diferente, por exemplo, das neopentecostais. Elas se diferenciam na maneira de conquistar posiçao no mercado, o tipo de visibilidade e do produto. É algo menos explícito.
Folha: O senhor percebe esse posicionamento também na Igreja Católica?
Abumanssur: Sim, com a renovaçao carismática. Ela vende bens de salvaçao, simbólicos, promete felicidade, paz, harmonia familiar, segurança no trabalho, segurança depois da morte.
Folha: Mas a relaçao com o dinheiro nao é tao forte como em outras igrejas.
Abumanssur: Sim, porque o dízimo deixa os fiéis sócios de Deus. Nas pentecostais isso é mais forte, na renovaçao carismática, nao. É a contrapartida. Na verdade, a relaçao do fiel com a igreja nao é mediada monetariamente. O dinheiro tem valor simbólico, de sacrifício, nao monetário. Pode ser R$ 2 ou R$ 10.000.
Se nao pesa, nao tem sacrifício, nao tem valor.
Será maior o direito de cobrar quanto maior for o sacrifício, a possibilidade de cobrar a graça nao alcançada. Se o sujeito pensa: "paguei e fiz esperança, conforme a vontade do pastor. Isso nao foi cumprido, portanto eu fui enganado". É uma relaçao típica de que vai atrás de religiao, nao como fiel, mas como cliente.
Folha: Isso tende a aumentar?
Abumanssur: Nao sei se tende a aumentar, mas é o padrao atual dos fiéis em relaçao rs igrejas. E a igreja também trata o fiel como cliente, embora haja um discurso religioso para legitimar essa postura. Por isso nao é surpresa que alguém vá r Justiça processar uma igreja.
Folha: Existe um discurso comum para os anseios dos fiéis?
Abumanssur: Em igrejas do protestantismo histórico, como metodista e presbiteriano, o produto de salvaçao nao está r venda da mesma maneira. A relaçao é outra. Na hora do aperto, igrejas como a católica e do protestantismo tradicional, nao tem discurso para o anseio. Mas as essas procuram. A relaçao das pessoas com a Universal, por exemplo, é como a de quem vai r cartomante. É o cúmulo da necessidade do fiel.
Folha: Por isso se ve menos açoes em igrejas tradicionais?
Abumanssur: Igrejas tradicionais vendem o sentido da vida, tem uma teologia mais estruturada no sentido da existencia. As neopentecostais vendem soluçoes para necessidades pontuais. Sao bens simbólicos, mas sao produtos diferentes. Desemprego,desilusao amorosa, casamento etc...igrejas tradicionais nao se arriscam nesse universo. O discurso aponta para um futuro distante.
Folha: Sao formas de se encontrar em diferentes igrejas?
Abumanssur: O fiel se julga no direito de exercer o direito do consumidor e faz uma leitura pessoal do que é igreja. Nao é ela quem dá as regras, quem dita é o grupo de fieis. É ele.
Folha: Isso indica uma falta de hierarquia nas igrejas?
Abumanssur: Nao. Ela está mais forte e mais estruturada. Há uma mudança no foco do poder. Em igrejas mais recentes, o poder nao é herdado, mas vem do consenso dos fiéis. A pessoa faz a mediaçao com o universo sagrado e espiritual. Se nao exercer o papel vai ser responsabilidade disso.
Folha: Isso é uma particularidade de nossos dias?
Abumanssur: É um processo da modernidade, que se inicia no século e segue. A reforma protestante, que levou o poder na mao do leigo foi contribui neste sentido. Isso vem se acentuando de lá pra cá e mesmo a católica está atenta rquilo que o leigo pensa e deseja. Igrejas evangélicas conquistam terreno em cima dos desejos dos fiéis. Sao, digamos assim, democráticas. Elas se pautam pela necessidade do povo.
Folha: Muitos veem os fiéis como ingenuos. O fato de eles reclamarem direitos na Justiça quebra essa imagem?
Abumanssur: Eles nao sao ingenuos e nao sao explorados. Sabem o que está acontecendo, o que estao comprando Dizer isso é muito preconceito em relaçao ao povo. Conversao é um cálculo de custo-benefício. A gente nao explicaria o crescimento das neopentecostais pela ingenuidade. Seria passar um atestado de burrice r boa parte da populaçao brasileira. Há um desfile de provas em favor dessa igreja nas sessoes, de quem deu certo e vao apontar a graça. Quando o pastor faz a promessa, o cliente se posiciona. Em Aparecida, as pessoas agradecem a graça, fazem romaria. Há uma passarela enorme que liga a basílica enorme e a nova igreja. É algo típico da devoçao do católico. Uma relaçao clientelista, mas privatizada. Como com santo Antônio: ‘se nao arranja namorada para mim, coloco de cabeça para baixo’. Isso faz parte da alma religiosa brasileira. Um padrao de relacionamento de um povo. Mesmo assim, o candomblé e a Universal vivem criticando uma é outra. É uma disputa por cliente. Da mesma maneira que tem sessao de descarrego, benze roupa, há rituais parecidos no candomblé e na umbamda. Elas atuam no mesmo campo religioso. Por isso Universal bate tanto neles, porque disputam seus fiéis.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Se arrependimento matasse...
Deus é um só...
...mas com várias caras: uma para cada religião
O homem é um animal inteligente o bastante para criar o seu próprio criador
Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
O seu? 

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
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"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
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Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Que novidade. Tem muitos casos esdrúxulos da IURD que foram acobertados. Se esse pessoal pedisse na justiça, alguns pastores ficariam sem receber durante um mês ou dois.

Re: Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
carlos escreveu:O seu?
O arrependimento de qualquer crente que percebe que foi iludido
Deus é um só...
...mas com várias caras: uma para cada religião
O homem é um animal inteligente o bastante para criar o seu próprio criador
Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
Re: Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Lúcifer escreveu:Que novidade. Tem muitos casos esdrúxulos da IURD que foram acobertados. Se esse pessoal pedisse na justiça, alguns pastores ficariam sem receber durante um mês ou dois.
Tem razão... Mas o interessante é um "jornalão" dar ênfase ao tema.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re: Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Cabula escreveu:carlos escreveu:O seu?
O arrependimento de qualquer crente que percebe que foi iludido
Essa estória de iludido não passa na minha goela.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re: Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
carlos escreveu:Cabula escreveu:carlos escreveu:O seu?
O arrependimento de qualquer crente que percebe que foi iludido
Essa estória de iludido não passa na minha goela.
Você é quem pensa, ainda tem muita gente besta
Deus é um só...
...mas com várias caras: uma para cada religião
O homem é um animal inteligente o bastante para criar o seu próprio criador
Ei, porque acreditar em alguem que pune todos os descendentes e também todos os animais por causa da desobediência de dois indivíduos?
Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Vão mandar cobrar do fabricante. 

Re.: Ex-fiéis vão à Justiça pedir indenização de igrejas
Nunca fiquei tentado a resolver meus problemas através da fé.
Talvez seja o modo como fui educado. Meu pai odiava padres, meu avô materno, apesar de ter sido sacristão na juventude, também os odiava.
Deve ser por isso.
Talvez seja o modo como fui educado. Meu pai odiava padres, meu avô materno, apesar de ter sido sacristão na juventude, também os odiava.
Deve ser por isso.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).