Cirurgia mediúnica
Re.: Cirurgia mediúnica
Tenho fontes seguras que me garantem que a tal "cirurgia bariátrica" pela qual o Hammond teria sido submetido não passou de uma cirurgia mediúnica cumulada com sessão de desobsessão do espírito do Oliver Hardy realizadas pelos médiuns do Centro Espírita Divino Mestre em SJC.
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
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Re: Re.: Cirurgia mediúnica
Tranca-Ruas escreveu:Tenho fontes seguras que me garantem que a tal "cirurgia bariátrica" pela qual o Hammond teria sido submetido não passou de uma cirurgia mediúnica cumulada com sessão de desobsessão do espírito do Oliver Hardy realizadas pelos médiuns do Centro Espírita Divino Mestre em SJC.
Antes da desobsessão

Depois

Re: Re.: Cirurgia mediúnica
Kramer escreveu:Tranca-Ruas escreveu:Tenho fontes seguras que me garantem que a tal "cirurgia bariátrica" pela qual o Hammond teria sido submetido não passou de uma cirurgia mediúnica cumulada com sessão de desobsessão do espírito do Oliver Hardy realizadas pelos médiuns do Centro Espírita Divino Mestre em SJC.
Antes da desobsessão
Depois






Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
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Re: Re.: Cirurgia mediúnica
videomaker escreveu:DarkWings escreveu:Será que existe aspirina espiritual?
Sério cara. Se os caras podem remover tumor só com "forças fluídicas astrais magnéticas" por que não poderiam remover uma dor de cabeça?
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!
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- videomaker
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Re: Re.: Cirurgia mediúnica
Kramer escreveu:Tranca-Ruas escreveu:Tenho fontes seguras que me garantem que a tal "cirurgia bariátrica" pela qual o Hammond teria sido submetido não passou de uma cirurgia mediúnica cumulada com sessão de desobsessão do espírito do Oliver Hardy realizadas pelos médiuns do Centro Espírita Divino Mestre em SJC.
Antes da desobsessão
Depois
É boca do AM .. É SIM !!!!!

Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: Cirurgia mediúnica
DarkWings escreveu:Se os caras podem remover tumor só com "forças fluídicas astrais magnéticas"

- videomaker
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Re: Re.: Cirurgia mediúnica
DarkWings escreveu:videomaker escreveu:DarkWings escreveu:Será que existe aspirina espiritual?
Sério cara. Se os caras podem remover tumor só com "forças fluídicas astrais magnéticas" por que não poderiam remover uma dor de cabeça?
Como vc sabe disso Dark ?
Já estivestes em um centro desses ?

Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re.: Cirurgia mediúnica
Qual o problema, Videomaker? Não acredita que os médiuns tenham capacidade de curar uma simples enxaqueca? 

- videomaker
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Re: Re.: Cirurgia mediúnica
Kramer escreveu:Qual o problema, Videomaker? Não acredita que os médiuns tenham capacidade de curar uma simples enxaqueca?
Podem ... :emoticon17:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re.: Cirurgia mediúnica
Enxaqueca pode ser sinal de que o paciente está obsediado por um espírito muito poderoso.
Seria necessário uma "junta médi(úni)ca" para proceder a cura.
Seria necessário uma "junta médi(úni)ca" para proceder a cura.
Palavras de um visionário:
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Re: Re.: Cirurgia mediúnica
RCAdeBH escreveu:Bem... se a medicina convencional resolvesse o problema da maioria daqueles que procuram o tratamento espiritual, eles não estariam lá, pois a fila lá é mais longa do que a do SUS.![]()
Aproximadamente 70% das pessoas que procuram o posto de saúde modelo de Porto Alegre são portadoras de doenças psicossomaticas... minha mãe é assistente social fazem 20 anos neste posto e todos meses é feito um levantamento.
Então não me surpreende esta tua conclusão (e todo o desenrolar), diria até normal, vinda de quem veio.
No fundo é tudo problema de cuca.

"Bater couro" tambem "funciona" para estes "casos".



Re: Re.: Cirurgia mediúnica
Tranca-Ruas escreveu:Seria necessário uma "junta médi(úni)ca" para proceder a cura.[/b]
Se botar uma lona em cima, vira circo.... se cercar, vira hospício.



Re: Re.: Cirurgia mediúnica
Spitfire escreveu:RCAdeBH escreveu:Bem... se a medicina convencional resolvesse o problema da maioria daqueles que procuram o tratamento espiritual, eles não estariam lá, pois a fila lá é mais longa do que a do SUS.![]()
Aproximadamente 70% das pessoas que procuram o posto de saúde modelo de Porto Alegre são portadoras de doenças psicossomaticas... minha mãe é assistente social fazem 20 anos neste posto e todos meses é feito um levantamento.
Então não me surpreende esta tua conclusão (e todo o desenrolar), diria até normal, vinda de quem veio.
No fundo é tudo problema de cuca.![]()
"Bater couro" tambem "funciona" para estes "casos".![]()
![]()
Médicos adoram utilizar a somatizaçao. Já virou quase um vício. Aquela dor no abdomen é mais facil e mais barato para o estado ser diagnosticada como "stress" do que como algum cálculo que demandaria uma ultra-sonografia. Depois, quando a coisa evolui para um óbito, a causa mortis é falência generelizada dos orgaos.
Pobre Brasil... até quando....
Re.: Cirurgia mediúnica
E existe ultra-sonografia espírita ou é só na base do olhometro?
"Perai que a tua aura esta purpura... estou "vendo"".
"Estou 'vendo' um 'espírito' sobre você".


"Perai que a tua aura esta purpura... estou "vendo"".
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Re.: Cirurgia mediúnica
Aliás... a saúde publica deve ser uma bosta ai em BH, né? 

Re: Re.: Cirurgia mediúnica
Spitfire escreveu:Aliás... a saúde publica deve ser uma bosta ai em BH, né?
E É! E É!
Re.: Cirurgia mediúnica
Eu queria entender como em países de primeiro mundo, onde a doutrina espírita não existe e a medicina esta bastante evoluída e acessível, como os casos de "obsessão" conseguem ser curados.
Me parece algo inversamente proporcional...

Me parece algo inversamente proporcional...

- Aurelio Moraes
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Charlatanismo
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível;
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Curandeirismo
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;


III - fazendo diagnósticos.
É impressionante como esses charlatões nojentos e vagabundos pseudo-científicos não são presos no Brasil. A lei está aí para ser aplicada.
Placebo, pensemento-seletivo e outras coisas. Tiram a dor muitas vezes, não a causa, aplicam o velho efeito placebo....
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível;
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Curandeirismo
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;


III - fazendo diagnósticos.
É impressionante como esses charlatões nojentos e vagabundos pseudo-científicos não são presos no Brasil. A lei está aí para ser aplicada.
Placebo, pensemento-seletivo e outras coisas. Tiram a dor muitas vezes, não a causa, aplicam o velho efeito placebo....
Editado pela última vez por Aurelio Moraes em 10 Jul 2006, 17:32, em um total de 3 vezes.
- Vito Álvaro
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Re.: Cirurgia mediúnica
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Re.: Cirurgia mediúnica
Acho que se tiver algum problema farei uma intervenção com o próprio James Randi!!!!
Tentando ser o mais imparcial possível, é muito mais coerente e plausível acreditar em auto-sugestão do que na cura mediúnica propriamente dita!!!!
Uhu!
®

Tentando ser o mais imparcial possível, é muito mais coerente e plausível acreditar em auto-sugestão do que na cura mediúnica propriamente dita!!!!
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- Aurelio Moraes
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Remissão Espontânea
A recuperação de doenças, seja após a auto-medicação, tratamento por um profissional científico, ou tratamento por um praticante não científico, pode levar indivíduos a concluir que o tratamento recebido foi a causa do retorno à boa saúde. Como observado pelo historiador da medicina James Harvey Young, Ph.D.:
Fulano de tal nem sempre percebe que muitas doenças são auto-limitadas e melhoram com o tempo independente do tratamento. Quando um sintoma desaparece após ele tomar um remédio, é provável que dê crédito ao remédio por tê-lo curado. Ele não percebe que teria ficado melhor tão rapidamente mesmo se não tivesse feito nada! Milhares de fulanos bem intencionados têm impulsionado a fama dos remédios populares e têm assinado testemunhos sinceros para remédios acessíveis, dando crédito a eles ao invés do poder de recuperação do corpo por um retorno ao bem-estar. . . .
O curador não científico não precisa observar as restrições da medicina respeitável. Aonde a verdadeira ciência médica é complexa, o charlatão pode simplificar em demasia. . . . Aonde as doenças são auto-limitadas, o charlatão torna a natureza seu aliado secreto [1].
Comumente é dito que se você trata um resfriado ele irá desaparecer em uma semana, mas se você deixá-lo em paz irá durar sete dias. Mesmo muitas doenças graves têm altos e baixos.
Artrite reumatóide e esclerose múltipla são ótimos exemplos. Em ocasiões raras, mesmo o câncer pode inexplicavelmente desaparecer (embora muitos testemunhos de remédios charlatanescos para o câncer sejam baseados em diagnósticos originais errôneos ou administração simultânea de tratamento eficaz).
Vítimas do charlatanismo não são os únicos que podem ser enganadas pelo efeito placebo, remissões espontâneas e outros eventos coincidentes. A gratidão e adulação de pessoas que pensam ter sido ajudadas podem até mesmo persuadir charlatães de que seus métodos são eficazes!
O Efeito Placebo
O poder da sugestão tem sido demonstrado por muitos investigadores em uma variedade de modos. Em uma sala de aula, por exemplo, um professor borrifou água comum ao redor da sala e pediu aos estudantes para levantar suas mãos tão logo detectassem um odor. Setenta e três por cento disseram sentir um odor inexistente.
Pessoas com uma personalidade dominante ou persuasiva freqüentemente têm impacto considerável sobre os outros através de sua capacidade em criar confiança, a qual acentua a sugestibilidade.Muitos indivíduos que foram enganados por um charlatão mais tarde dizem aos seus médicos, "Mas ele conversou comigo; ele explicou coisas; ele foi tão encantador."
Indivíduos que são psicologicamente susceptíveis a sugestão freqüentemente se sentem melhor sob a influência de aconselhamento ou resseguro. Vários anos atrás, uma comissária de bordo me disse, "Tomo comprimidos de multivitaminas que o Consumer Reports diz serem inúteis. Mas não me importo. Elas me fazem feliz."
Credulidade e o desejo de que coisas fossem realidade [wishful thinking] são características humanas comuns. Pessoas são inclinadas a acreditar em coisas irreais de diversas maneiras e em graus variados. Mesmo pessoas cientificamente sofisticadas podem responder ao poder da sugestão.
Em medicina o efeito da sugestão é referido como "efeito placebo". A palavra latina placebo significa "ficarei bem". Um efeito placebo é uma resposta benéfica a uma substância, aparelho ou procedimento que não pode ser responsável pelo efeito em base de ação farmacológica ou outra ação física direta. Sentir-se melhor quando o médico caminha na sala é um exemplo comum.
Um placebo pode ser usado em medicina para dar uma satisfação ao paciente de que algo está sendo feito. Ao diminuir a ansiedade, a ação placebo pode aliviar sintomas causados pela reação do corpo a tensão (sintomas psicossomáticos). Em certas circunstâncias, um tablete de lactose (comprimido de açúcar) pode aliviar não apenas ansiedade mas também dor, náuseas, vômitos, palpitações, falta de ar, e outros sintomas. O paciente espera que a "medicação" traga melhora, e algumas vezes isso ocorre.
Muitos estudos sugerem que os placebos podem aliviar um largo espectro de sintomas. Em muitas desordens, um terço ou mais dos pacientes obterão alívio com um placebo. Alívio temporário foi demonstrado, por exemplo, em artrite, febre do feno, dor de cabeça, tosse, pressão alta, tensão pré-menstrual, úlcera péptica, e até mesmo câncer. Os aspectos psicológicos de muitas desordens também trabalham a favor do curador. Uma grande porcentagem de sintomas ou tem um componente psicológico ou não são provenientes da doença orgânica. Por isso, o tratamento que oferece alguma diminuição da tensão pode freqüentemente ajudar. Um ouvido simpático ou restabelecimento da confiança de que nenhuma doença grave está envolvida pode provar por si só um efeito terapêutico. O psicólogo Barry Beyerstein, Ph.D., observou:
A dor é parcialmente uma sensação . . . e parcialmente uma emoção. . . . Qualquer coisa que possa aliviar a ansiedade, redirecionar a atenção, reduzir a excitação, promover uma sensação de controle, ou levar a. . . . reinterpretação de sintomas pode aliviar o componente agônico da dor. Modernas clínicas da dor adotam essas estratégias para uso diário. Charlatães e curadores pela fé de sucesso tipicamente tem personalidades carismáticas que os tornam peritos em influenciar essas variáveis psicológicas que podem modular a dor. . . . Mas devemos ser cautelosos para que o alívio puramente sintomático não afastem pessoas de remédios comprovados até que seja tarde demais para que sejam eficazes [2].
Confiança no tratamento -- por parte do paciente e do profissional -- faz com que seja mais provável que um efeito placebo ocorrerá. Mas o poder de sugestão pode até mesmo levar um incrédulo a responder favoravelmente. A única exigência para um efeito placebo é estar ciente de que algo foi feito. Não é possível prever facilmente ou de maneira acurada a reação de um paciente em particular a um placebo em um momento particular. Entretanto, a predisposição psicológica a responder positivamente ao placebo está presente em alguma extensão em muitas pessoas. Em alguns é muito provável que ocorra alívio com placebos em uma ampla variedade de situações, enquanto com outros é muito improvável. A resposta na maioria das pessoas situa-se em algum lugar no meio termo.
Outro fator que pode enganar as pessoas é a afirmação seletiva -- uma tendência de reparar nas respostas positivas quando é esperada uma melhora. Conforme William T. Jarvis, Ph.D., ex-presidente do National Council Aghainst Health Fraud, apontou:
Um ambiente culturalmente significativo também pode produzir um efeito potente, como bem sabem os curadores populares. Ambientes eficazes podem ser tão divergentes quanto a decoração de um herbanário oriental para asiáticos, um círculo de parafernália de bruxaria para um primitivo membro de uma tribo, ou a atmosfera de uma moderna clínica para um moderno americano urbano. Expectativas sociais também podem desempenhar um papel, como ocorre em culturas estóicas onde pessoas são instruídas a aturar a dor e sofrer sem se queixar. . . .
Condicionamento operante pode ocorrer . . . quando o comportamento é gratificante. . . . Assim, pessoas com um história de respostas favoráveis ao tratamento são mais aptas a reagir bem ao ato do tratamento [3].
Além disso, Dr. Jarvis disse:
Pessoas que estão sofrendo de sintomas crônicos estão freqüentemente deprimidas, e a depressão freqüentemente produz sintomas que o paciente atribui à doença de base. Se as promessas do charlatão faz o paciente se sentir esperançoso, os sintomas depressivos podem se resolver, levando o paciente a concluir -- pelo menos temporariamente -- que a abordagem do charlatão foi eficaz contra a doença [4].
Respostas ao ambiente do tratamento também podem ser negativas ("efeito nocebo"). Em um experimento, por exemplo, alguns sujeitos que foram advertidos de possíveis efeitos colaterais de uma droga receberam injeções de um placebo no lugar. Muitos deles relataram tonturas, náuseas, vômitos, e mesmo depressão mental. Uma revisão recente de 109 ensaios duplo-cegos de drogas descobriu que a incidência geral de eventos adversos em voluntários saudáveis durante a administração placebo foi de 19% [5].
Respostas placebo, como sentir menos dor ou mais energia, não afetam o curso real da doença. Assim respostas placebo podem ocultar a doença real, o que pode levar ao atraso em obter diagnóstico ou tratamento apropriado.
O efeito placebo não é limitado à drogas mas pode também resultar de procedimentos [6]. Aparelhos e técnicas físicas freqüentemente têm um impacto psicológico significativo. Quiropráticos, naturopatas e vários outros profissionais não médicos usam calor, luz, diatermia, hidroterapia, manipulação, massagem e uma variedade de aparatos. Além de quaisquer efeitos fisiológicos, seu uso pode exercer uma força psicológica que pode ser reforçada pela relação entre o paciente e o profissional. Naturalmente, aparelhos e procedimentos usados por profissionais científicos também podem ter efeitos placebo.
Considerações Éticas
Médicos são confrontados por muitas pessoas que se queixam de fadiga ou uma variedade de sintomas vagos que são reações a tensão nervosa. Muito freqüentemente, ao invés de descobrir o que os está preocupando, médicos lhes dizem para tomar um tônico, uma vitamina ou algum outro tipo de placebo.
Um estudo recente desafiou a visão amplamente sustentada de que o efeito placebo é um fator maior no resultado de ensaios clínicos. A maioria dos ensaios placebo-controlado compara o tratamento ativo com um placebo, e não com um grupo sem tratamento. Esse modelo não consegue distinguir entre um efeito do placebo e do curso natural da doença, regressão a média (a tendência para aumento ou diminuição aleatória como resultado de observações próximas a média), ou os efeitos de outros fatores. Após analisar 114 ensaios randomizados que tinham um grupo "sem tratamento" em acréscimo aos grupos tratamento ativo e placebo, os autores concluíram:
* Os placebos parecem produzir benefício modesto em estudos de dor e em outros estudos onde o resultado que está sendo avaliado foi similarmente subjetivo.
* Alguns dos benefícios relatados podem ser resultado de placebos, podem ser o resultado de pacientes desejando agradar seu médicos.
* Não há nenhum uso justificável para o placebo fora de ensaios clínicos [7].
Um editorial que acompanhava o trabalho declarou que o uso placebo deveria ser rapidamente reduzido mas ainda pode ser justificado em situações cuidadosamente selecionadas onde o alívio da dor é necessário [8]. O estudo também levanta suspeita sobre a noção amplamente promovida de que "métodos alternativos" podem funcionar através do estímulo de um efeito placebo.
Charlatães que confiam no efeito placebo julgam que (a) sabem o que estão fazendo, (b) podem dizer o que está errado com você, e (c) seu tratamento é eficaz para quase tudo. Muitos de seus pacientes participam do equivalente a uma roleta russa. Médicos que usam vitaminas como placebos podem não ser tão perigosos, mas encorajam pessoas a usarem habitualmente produtos que não precisam. Como a maioria das pessoas que usam placebos não obtém alívio a partir deles, seu uso também é uma forma de exploração financeira.
http://www.geocities.com/quackwatch/placebo.html
http://www.geocities.com/quackwatch/fe.html
A recuperação de doenças, seja após a auto-medicação, tratamento por um profissional científico, ou tratamento por um praticante não científico, pode levar indivíduos a concluir que o tratamento recebido foi a causa do retorno à boa saúde. Como observado pelo historiador da medicina James Harvey Young, Ph.D.:
Fulano de tal nem sempre percebe que muitas doenças são auto-limitadas e melhoram com o tempo independente do tratamento. Quando um sintoma desaparece após ele tomar um remédio, é provável que dê crédito ao remédio por tê-lo curado. Ele não percebe que teria ficado melhor tão rapidamente mesmo se não tivesse feito nada! Milhares de fulanos bem intencionados têm impulsionado a fama dos remédios populares e têm assinado testemunhos sinceros para remédios acessíveis, dando crédito a eles ao invés do poder de recuperação do corpo por um retorno ao bem-estar. . . .
O curador não científico não precisa observar as restrições da medicina respeitável. Aonde a verdadeira ciência médica é complexa, o charlatão pode simplificar em demasia. . . . Aonde as doenças são auto-limitadas, o charlatão torna a natureza seu aliado secreto [1].
Comumente é dito que se você trata um resfriado ele irá desaparecer em uma semana, mas se você deixá-lo em paz irá durar sete dias. Mesmo muitas doenças graves têm altos e baixos.
Artrite reumatóide e esclerose múltipla são ótimos exemplos. Em ocasiões raras, mesmo o câncer pode inexplicavelmente desaparecer (embora muitos testemunhos de remédios charlatanescos para o câncer sejam baseados em diagnósticos originais errôneos ou administração simultânea de tratamento eficaz).
Vítimas do charlatanismo não são os únicos que podem ser enganadas pelo efeito placebo, remissões espontâneas e outros eventos coincidentes. A gratidão e adulação de pessoas que pensam ter sido ajudadas podem até mesmo persuadir charlatães de que seus métodos são eficazes!
O Efeito Placebo
O poder da sugestão tem sido demonstrado por muitos investigadores em uma variedade de modos. Em uma sala de aula, por exemplo, um professor borrifou água comum ao redor da sala e pediu aos estudantes para levantar suas mãos tão logo detectassem um odor. Setenta e três por cento disseram sentir um odor inexistente.
Pessoas com uma personalidade dominante ou persuasiva freqüentemente têm impacto considerável sobre os outros através de sua capacidade em criar confiança, a qual acentua a sugestibilidade.Muitos indivíduos que foram enganados por um charlatão mais tarde dizem aos seus médicos, "Mas ele conversou comigo; ele explicou coisas; ele foi tão encantador."
Indivíduos que são psicologicamente susceptíveis a sugestão freqüentemente se sentem melhor sob a influência de aconselhamento ou resseguro. Vários anos atrás, uma comissária de bordo me disse, "Tomo comprimidos de multivitaminas que o Consumer Reports diz serem inúteis. Mas não me importo. Elas me fazem feliz."
Credulidade e o desejo de que coisas fossem realidade [wishful thinking] são características humanas comuns. Pessoas são inclinadas a acreditar em coisas irreais de diversas maneiras e em graus variados. Mesmo pessoas cientificamente sofisticadas podem responder ao poder da sugestão.
Em medicina o efeito da sugestão é referido como "efeito placebo". A palavra latina placebo significa "ficarei bem". Um efeito placebo é uma resposta benéfica a uma substância, aparelho ou procedimento que não pode ser responsável pelo efeito em base de ação farmacológica ou outra ação física direta. Sentir-se melhor quando o médico caminha na sala é um exemplo comum.
Um placebo pode ser usado em medicina para dar uma satisfação ao paciente de que algo está sendo feito. Ao diminuir a ansiedade, a ação placebo pode aliviar sintomas causados pela reação do corpo a tensão (sintomas psicossomáticos). Em certas circunstâncias, um tablete de lactose (comprimido de açúcar) pode aliviar não apenas ansiedade mas também dor, náuseas, vômitos, palpitações, falta de ar, e outros sintomas. O paciente espera que a "medicação" traga melhora, e algumas vezes isso ocorre.
Muitos estudos sugerem que os placebos podem aliviar um largo espectro de sintomas. Em muitas desordens, um terço ou mais dos pacientes obterão alívio com um placebo. Alívio temporário foi demonstrado, por exemplo, em artrite, febre do feno, dor de cabeça, tosse, pressão alta, tensão pré-menstrual, úlcera péptica, e até mesmo câncer. Os aspectos psicológicos de muitas desordens também trabalham a favor do curador. Uma grande porcentagem de sintomas ou tem um componente psicológico ou não são provenientes da doença orgânica. Por isso, o tratamento que oferece alguma diminuição da tensão pode freqüentemente ajudar. Um ouvido simpático ou restabelecimento da confiança de que nenhuma doença grave está envolvida pode provar por si só um efeito terapêutico. O psicólogo Barry Beyerstein, Ph.D., observou:
A dor é parcialmente uma sensação . . . e parcialmente uma emoção. . . . Qualquer coisa que possa aliviar a ansiedade, redirecionar a atenção, reduzir a excitação, promover uma sensação de controle, ou levar a. . . . reinterpretação de sintomas pode aliviar o componente agônico da dor. Modernas clínicas da dor adotam essas estratégias para uso diário. Charlatães e curadores pela fé de sucesso tipicamente tem personalidades carismáticas que os tornam peritos em influenciar essas variáveis psicológicas que podem modular a dor. . . . Mas devemos ser cautelosos para que o alívio puramente sintomático não afastem pessoas de remédios comprovados até que seja tarde demais para que sejam eficazes [2].
Confiança no tratamento -- por parte do paciente e do profissional -- faz com que seja mais provável que um efeito placebo ocorrerá. Mas o poder de sugestão pode até mesmo levar um incrédulo a responder favoravelmente. A única exigência para um efeito placebo é estar ciente de que algo foi feito. Não é possível prever facilmente ou de maneira acurada a reação de um paciente em particular a um placebo em um momento particular. Entretanto, a predisposição psicológica a responder positivamente ao placebo está presente em alguma extensão em muitas pessoas. Em alguns é muito provável que ocorra alívio com placebos em uma ampla variedade de situações, enquanto com outros é muito improvável. A resposta na maioria das pessoas situa-se em algum lugar no meio termo.
Outro fator que pode enganar as pessoas é a afirmação seletiva -- uma tendência de reparar nas respostas positivas quando é esperada uma melhora. Conforme William T. Jarvis, Ph.D., ex-presidente do National Council Aghainst Health Fraud, apontou:
Um ambiente culturalmente significativo também pode produzir um efeito potente, como bem sabem os curadores populares. Ambientes eficazes podem ser tão divergentes quanto a decoração de um herbanário oriental para asiáticos, um círculo de parafernália de bruxaria para um primitivo membro de uma tribo, ou a atmosfera de uma moderna clínica para um moderno americano urbano. Expectativas sociais também podem desempenhar um papel, como ocorre em culturas estóicas onde pessoas são instruídas a aturar a dor e sofrer sem se queixar. . . .
Condicionamento operante pode ocorrer . . . quando o comportamento é gratificante. . . . Assim, pessoas com um história de respostas favoráveis ao tratamento são mais aptas a reagir bem ao ato do tratamento [3].
Além disso, Dr. Jarvis disse:
Pessoas que estão sofrendo de sintomas crônicos estão freqüentemente deprimidas, e a depressão freqüentemente produz sintomas que o paciente atribui à doença de base. Se as promessas do charlatão faz o paciente se sentir esperançoso, os sintomas depressivos podem se resolver, levando o paciente a concluir -- pelo menos temporariamente -- que a abordagem do charlatão foi eficaz contra a doença [4].
Respostas ao ambiente do tratamento também podem ser negativas ("efeito nocebo"). Em um experimento, por exemplo, alguns sujeitos que foram advertidos de possíveis efeitos colaterais de uma droga receberam injeções de um placebo no lugar. Muitos deles relataram tonturas, náuseas, vômitos, e mesmo depressão mental. Uma revisão recente de 109 ensaios duplo-cegos de drogas descobriu que a incidência geral de eventos adversos em voluntários saudáveis durante a administração placebo foi de 19% [5].
Respostas placebo, como sentir menos dor ou mais energia, não afetam o curso real da doença. Assim respostas placebo podem ocultar a doença real, o que pode levar ao atraso em obter diagnóstico ou tratamento apropriado.
O efeito placebo não é limitado à drogas mas pode também resultar de procedimentos [6]. Aparelhos e técnicas físicas freqüentemente têm um impacto psicológico significativo. Quiropráticos, naturopatas e vários outros profissionais não médicos usam calor, luz, diatermia, hidroterapia, manipulação, massagem e uma variedade de aparatos. Além de quaisquer efeitos fisiológicos, seu uso pode exercer uma força psicológica que pode ser reforçada pela relação entre o paciente e o profissional. Naturalmente, aparelhos e procedimentos usados por profissionais científicos também podem ter efeitos placebo.
Considerações Éticas
Médicos são confrontados por muitas pessoas que se queixam de fadiga ou uma variedade de sintomas vagos que são reações a tensão nervosa. Muito freqüentemente, ao invés de descobrir o que os está preocupando, médicos lhes dizem para tomar um tônico, uma vitamina ou algum outro tipo de placebo.
Um estudo recente desafiou a visão amplamente sustentada de que o efeito placebo é um fator maior no resultado de ensaios clínicos. A maioria dos ensaios placebo-controlado compara o tratamento ativo com um placebo, e não com um grupo sem tratamento. Esse modelo não consegue distinguir entre um efeito do placebo e do curso natural da doença, regressão a média (a tendência para aumento ou diminuição aleatória como resultado de observações próximas a média), ou os efeitos de outros fatores. Após analisar 114 ensaios randomizados que tinham um grupo "sem tratamento" em acréscimo aos grupos tratamento ativo e placebo, os autores concluíram:
* Os placebos parecem produzir benefício modesto em estudos de dor e em outros estudos onde o resultado que está sendo avaliado foi similarmente subjetivo.
* Alguns dos benefícios relatados podem ser resultado de placebos, podem ser o resultado de pacientes desejando agradar seu médicos.
* Não há nenhum uso justificável para o placebo fora de ensaios clínicos [7].
Um editorial que acompanhava o trabalho declarou que o uso placebo deveria ser rapidamente reduzido mas ainda pode ser justificado em situações cuidadosamente selecionadas onde o alívio da dor é necessário [8]. O estudo também levanta suspeita sobre a noção amplamente promovida de que "métodos alternativos" podem funcionar através do estímulo de um efeito placebo.
Charlatães que confiam no efeito placebo julgam que (a) sabem o que estão fazendo, (b) podem dizer o que está errado com você, e (c) seu tratamento é eficaz para quase tudo. Muitos de seus pacientes participam do equivalente a uma roleta russa. Médicos que usam vitaminas como placebos podem não ser tão perigosos, mas encorajam pessoas a usarem habitualmente produtos que não precisam. Como a maioria das pessoas que usam placebos não obtém alívio a partir deles, seu uso também é uma forma de exploração financeira.
http://www.geocities.com/quackwatch/placebo.html
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Re.: Cirurgia mediúnica
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- Aurelio Moraes
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"Recuperações Milagrosas"
Stephen Barrett, M.D.
Se você ouvir que um método "alternativo" produziu recuperações "milagrosas" do câncer, você deveria ser cético. Há pelo menos cinco razões pelas quais um relato assim pode ser errôneo:
* O paciente nunca teve câncer
* O câncer foi curado ou posto em remissão pela terapia comprovada, mas a terapia questionável também foi usada e erroneamente levou o crédito pelo resultado benéfico.
* O câncer está progredindo mas é erroneamente descrito como regredindo ou curado.
* O paciente descrito como curado pode ter morrido como resultado do câncer ou deixou-se de acompanha-lo.
* O paciente teve uma remissão espontânea (muito rara) ou o câncer parou de crescer o que foi anunciado como uma cura.
http://www.geocities.com/quackwatch/milagres.html
Mais Truques Que Podem Enganá-lo
Stephen Barrett, M.D.
Victor Herbert, M.D., J.D.
Divulgadores dos "métodos alternativos" estão chamando a atenção das pessoas através de emoções. O que vende não é a qualidade de seus produtos, mas a habilidade em influenciar seu público. Suas estratégias básicas são prometer o impossível e criticar a "competição". Para todos, prometem uma saúde melhor e uma vida mais longa. Oferecem soluções para virtualmente todo problema de saúde, incluindo alguns que inventaram. Para aqueles que sentem dores, prometem alívio. Para os incuráveis, oferecem esperança. Para os que se preocupam com a nutrição, dizem, "Assegure-se de ter o suficiente". Para um público preocupado com a poluição, dizem, "Comprem produtos naturais". Para as doenças accessíveis a medicina científica, oferecem "alternativas não tóxicas, mais seguras". E eles possuem um arsenal de truques para se defenderem contra as críticas. Para ganhar sua fidelidade não é necessário persuadi-lo de que todas as declarações abaixo são verdadeiras. Apenas uma pode ser suficiente para fisgá-lo.
"Nós realmente nos importamos com você!"
Apesar do "se importar com " possa oferecer um poderoso estímulo psicológico, não fará com que um tratamento inútil se torne eficaz. Pode também encorajar uma confiança exagerada em uma forma de terapia inapropriada.
"Nós tratamos o paciente por inteiro."
Não há nada de errado em dar atenção apropriada ao estilo de vida e interesses sociais e emocionais de um paciente em adição aos problemas físicos. Na verdade, bons médicos sempre fazem isso. Hoje, todavia, a maioria dos profissionais que se rotula como "holístico" está engajado no charlatanismo e adota o termo como uma estratégia de marketing. Poucos realmente "tratam o paciente por inteiro".
"Sem efeitos colaterais."
Métodos "alternativos" são freqüentemente descritos como mais seguros, mais brandos e/ou sem efeitos colaterais. Se isso fosse verdade -- e freqüentemente não é -- seus "remédios" seriam fracos demais para terem qualquer efeito. Qualquer medicação potente o suficiente para auxiliar as pessoas, será potente o suficiente para causar efeitos colaterais. A aprovação do FDA exige evidência de que a probabilidade de benefício exceda de longe o provável dano.
"Nós atacamos a causa da doença."
Os charlatães alegam que o quer que façam não apenas curará as doenças mas também prevenirá problemas futuros. Esta alegação é falsa. Doenças podem resultar de muitos fatores, tanto internos como externos, alguns dos quais foram identificados e outros são desconhecidos. A assistência médica científica pode prevenir certas doenças e reduzir a probabilidade de vir a ter várias outras.
"Nós tratamos os fracassos da medicina".
É freqüentemente sugerido que as pessoas buscam as "alternativas" porque os médicos são rudes e que se fossem mais atenciosos, seus pacientes não procurariam os charlatães. Realmente isso ocorre algumas vezes, mas a maior parte do charlatanismo envolvido com produtos nutricionais não envolve assistência por um médico. Culpar os médicos pela persistência do charlatanismo é como culpar os astrônomos pela popularidade da astrologia. Algumas necessidades das pessoas excedem aquilo que a assistência médica ética e científica pode oferecer. Alguns nutrem antagonismos arraigados em relação a assistência médica e o conceito de um método científico. Mas a razão principal do sucesso do charlatanismo é sua habilidade em seduzir pessoas insuspeitas, crédulas ou desesperadas. Há alguns anos, uma pesquisa realizada na Nova Zelândia descobriu que a maioria dos pacientes com câncer que utiliza as terapias "alternativas" estava satisfeita com sua assistência médica e via a assistência "alternativa" somente como um suplemento [1]. Um estudo mais recente descobriu que somente 4,4% dos entrevistados relataram contar com as terapias alternativas como o atendimento principal. O autor concluiu:
Juntamente devido ao fato de serem mais educados e por estarem em um estado mais precário de saúde, a maioria dos usuários da medicina alternativa parece estar fazendo isso não tanto como resultado de uma insatisfação com a medicina convencional, mas em grande parte porque julgam que esses tratamentos alternativos são mais congruentes com seus próprios valores, crenças e orientações filosóficas em relação a saúde e a vida [2].
"Pense positivo!"
A maioria dos promotores do charlatanismo sugerem que a utilização de seus métodos oferecerá benefícios mentais que transcendem as propriedades físicas de seus remédios. Isso é tipicamente descrito em termos como "interação mente/corpo," "mente sobre a matéria" ou o poder do pensamento positivo. Uma atitude positiva pode tornar as pessoas mais aptas a agirem de acordo com um regime de tratamento eficaz. Contudo, contrário a "sabedoria popular", existe pouca evidência científica que o otimismo ou a fé em um tratamento faça com que as pessoas vivam mais ou recuperem-se mais rápido de uma doença. Mesmo se fosse, não superaria os perigos de confiar em alguém que não mereça nossa confiança.
"Não percam o bonde da história."
Charlatães e empurradores de vitaminas usam diversas estratégias para alegar que seus métodos são populares (o que pode ou não ser verdade), que a popularidade é um sinal da eficácia (o que é freqüentemente inverídico), e que deste modo você deveria experimentá-los. A alegação de popularidade pode envolver endossos ou testemunhos (que são inerentemente enganosos) ou estatísticas (que são tipicamente inflacionadas). As estatísticas podem incluir o número de consumidores que supostamente usaram um método, quanto tempo o método está em uso, o número de praticantes que o administram e/ou o período de tempo que um praticante ou suas instalações estão nos negócios.
"Testado pelo tempo" ou "Usado por séculos!"
Este truque sugere que o período de tempo que um remédio tem sido utilizado é um parâmetro de sua eficácia. Seus promotores implicam que se o remédio não funcionasse, não continuaria disponível. Alguns promotores alegam (algumas vezes sinceramente, outras não) que seus métodos foram passados de geração a geração, estão impregnados da sabedoria popular, foram extraídos de escrituras antigas, ou coisa parecida. A falsidade deste truque é facilmente identificada ao notar que a astrologia sobreviveu por milhares de anos sem nenhuma evidência plausível de qualquer validade. Note, também, que muitos métodos genuínos sobreviveram por curtos períodos de tempo porque foram substituídos por outros mais eficazes.
"Respaldado por estudos científicos"
Uma vez que a maioria das pessoas julgam a evidência científica como um algo a mais, promotores não científicos alegam terem uma evidência quando na verdade não têm. Seus textos podem listar dezenas ou mesmo centenas de publicações que supostamente apóiam o que dizem. Mas as referências que citam podem ser impossíveis de se localizar, mal interpretadas, desatualizadas, irrelevantes, inexistentes e/ou baseadas em pesquisas mal conduzidas. O exemplo clássico é o livro Let's Get Well de Adelle Davis, que lista 2402 referências. Muitas não apóiam seus pontos de vista e algumas nem mesmo estão relacionadas com a passagem na qual foram citadas. O que deveria valer não é o número de referências mas sim sua qualidade e relevância -- o que o leitor comum achará difícil ou impossível de julgar. Quando conversam com especialistas, os charlatães podem admitir que "alguns aspectos daquilo que fazemos não são bem compreendidos," assim implicam que outros aspectos estão solidamente fundamentados e o resto eventualmente será substanciado.
"Tome o controle sobre sua saúde!"
Este é provavelmente o slogan mais poderoso do saco de truques do charlatão. As pessoas geralmente gostam de sentir que estão no controle de suas vidas. Os charlatães tiram vantagem desse fato por darem aos seus clientes a idéia de que estão fazendo isso -- como tomar pílulas de vitaminas, preparar alimentos especiais, meditar e coisas do gênero. A atividade pode trazer uma melhora psicológica, mas acreditar em coisas falsas tende a cobrar um preço alto em troca. O preço pode ser financeiro, psicológico (quando a desilusão entra em cena) ou social (desviar-se de atividades mais construtivas).
"Pense por você mesmo."
Charlatães estimulam as pessoas a menosprezarem a evidência científica (as quais eles não podem produzir) em favor das experiências pessoais (as deles ou as de vocês). Mas a experiência pessoal não é a melhor maneira de determinar se um método funciona. Quando alguém se sente melhor após ter utilizado um produto ou um procedimento, é natural dar crédito para o que quer que se tenha feito. A maioria das doenças são auto-limitadas, e mesmo condições incuráveis podem ter uma variação diária suficiente para permitir que os métodos do charlatão ganhem muitos seguidores. Além disso, agir freqüentemente produz um alívio temporário dos sintomas (um efeito placebo). Por essas razões, a experimentação científica é quase sempre necessária para estabelecer se métodos de saúde são realmente eficazes. Experiências individuais raramente oferecem uma base para separar causa e efeito de coincidência. Tampouco as probabilidades de um tratamento funcionar podem ser determinadas sem acompanhar os participantes em um estudo bem conduzido e tabulando tanto os fracassos como os sucessos -- algo que os charlatães não fazem.
"O que você tem a perder?"
Charlatães e empurradores de vitaminas gostariam que você acreditasse que seus métodos são inofensivos e deste modo não há nada a perder em experimentá-los. Com vitaminas usadas como um "seguro nutricional", por exemplo, muitas pessoas se sentem como se estivessem fazendo uma aposta em que tem pouco a perder e muito a ganhar. Se um método não funciona, a probabilidade de causar um dano físico realmente importa? Além disso, alguns métodos dos charlatães são diretamente prejudiciais; outros prejudicam por desviar as pessoas dos métodos comprovados. Todos desperdiçam o tempo e/ou o dinheiro das pessoas.
"Se você apenas tivesse vindo mais cedo".
Esta frase é prática quando o tratamento falha. Encoraja os pacientes e seus sobreviventes a não encararem o fato de que consultar o charlatão foi um erro.
"A ciência não têm todas as respostas."
Os charlatães usam este truque para sugerir que se olhe para além daquilo que a medicina científica pode oferecer, também sugerem que desde que a assistência médica têm limitações, eles também estão no direito de terem. A ciência médica não alega ter todas as respostas, mas sua eficácia continua a crescer porque o método científico oferece maneiras de encontrar mais respostas. A idéia de que as pessoas procurariam os tratamentos charlatanescos quando ficam frustradas pela inabilidade da ciência em controlar as doenças é irracional. O charlatanismo carece de respostas genuínas e não possui nenhum método para encontrá-las.
"Não tenha medo de experimentar."
Este conselho, que apareceu no Diretório da Saúde Holística 1993-1994 do New Age Journal, estava baseado no clichê "o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra com o mesmo problema". Apesar desta declaração ser literalmente verdadeira, os métodos científicos nos possibilitam determinar quais métodos são mais prováveis de funcionar e quais não vale a pena tentar. Se um barril está repleto de maças que estão obviamente estragadas, faz sentido experimentar cada uma delas para ver se alguma presta?
"Vamos trabalhar juntos."
Este truque é usado para retratar os charlatães como "bom sujeitos" enquanto sugere que seus críticos não são. "Uma vez que a ciência não têm as respostas," eles podem dizer, "vamos deixar nossas diferenças de lado e trabalharmos juntos para o bem comum." O que seria ótimo se eles tivessem alguma coisa a oferecer além de promessas vazias. Os proponentes da "medicina complementar" (também chamada "medicina integrativa") alegam integrar a medicina científica com a "alternativa", usando o melhor das duas. Tem alguma utilidade adicionar métodos ineficazes com métodos eficazes? Faz sentido ir a alguém que usa o "melhor" de métodos ineficazes? É provável que alguém, cujos processos de raciocínio sejam ruins o suficiente para acreditar em certas coisas como a homeopatia, ofereça assistência médica de alta qualidade? Os profissionais "complementares" utilizam métodos confiáveis tão freqüente como deveriam? Pelo o que temos visto, as respostas para cada uma destas perguntas é não.
"Mantenha uma mente aberta."
Charlatães se rotulam como inovadores e sugerem que seus críticos são rígidos, elitistas, imparciais e fechados a novas idéias. Na verdade, eles põem as coisas às avessas. A questão real é se um método funciona. A ciência oferece maneiras para julgar e descartar idéias infundadas. A ciência médica progride através de novos métodos que substituem os menos eficazes. Os métodos dos charlatães persistem enquanto permanecerem vendáveis. Mesmo após terem desaparecido, podem ainda serem glorificados.
"Por que você não limpa sua própria casa!"
Este tipo de declaração vem a tona freqüentemente em debates entre profissionais científicos e "alternativos", normalmente quando o último não é médico. Seu objetivo é retratar o crítico como um intrometido ou um rancoroso. Um truque favorito é, "Por que vocês não fazem alguma coisa em relação as cirurgias desnecessárias?" A resposta simples é que as falhas da assistência médica não justificam qualquer forma de charlatanismo. Uma cirurgia desnecessária é um abuso de algo que funciona e é completamente diferente do charlatanismo, que é a utilização de coisas que não funcionam. Outra grande diferença é que o charlatanismo é organizado. Não existe nenhuma organização nacional dos "Cirurgiões Dedicados a Cirurgia Desnecessária", mas existem organizações nacionais dedicadas ao charlatanismo. Ainda mais, diferente dos membros da comunidade científica, os charlatães raramente criticam sua própria metodologia ou a de seus colegas.
"Prove que estou errado!"
Charlatães tentam submeter a ciência às suas idéias por exigirem que seus críticos provem que eles estão errados. Ou podem dizer, "Como você sabe que não funciona se não experimentou?" Mas não existem recursos suficientes para testar toda idéia que é proposta; por esta razão, os cientistas tendem a se dedicar àquelas que parecem mais promissoras. Pelas regras da ciência, o ônus da prova cabe a pessoa que faz a alegação. Métodos não comprovados que carecem de uma razão plausível deveriam ser considerados inúteis até que se provem o contrário. A experiência pessoal não é um substituto para o exame científico.
"Nós não temos dinheiro para pesquisas."
Quando acusados a respeito da falta de evidência científica para apoiar a causa que defendem, promotores do charlatanismo freqüentemente alegam que não têm o dinheiro para conduzir as pesquisas. Entretanto, a pesquisa preliminar não requer fundos ou mesmo muito esforço. Os ingredientes principais são observações clínicas cuidadosas, coleta de dados detalhados e acompanhamento por um período longo para "anotar dados". Defensores dos métodos "alternativos" quase nunca fazem qualquer uma destas coisas. A maioria que clama por pesquisa o faz como estratégia para atrair a simpatia do público. A última coisa que querem é um exame científico que pudesse provar que estão errados. Se um estudo científico é conduzido e traz resultados negativos, os proponentes invariavelmente alegam que fora conduzido impropriamente ou que os avaliadores foram parciais. Os proponentes dos pretensos produtos "naturais" (suplementos alimentares e ervas) freqüentemente se queixam que é difícil ou impossível se obter financiamento porque os produtos não podem ser patenteados e deste modo as companhias farmacêuticas tem pouco interesse em estudá-los. O que pode ser verdade para alguns produtos, mas certamente é inverídico para todos. Pense, por um momento, sobre a simples aspirina. Apesar de não ser possível patenteá-la, tem sido o objeto de milhares de estudos publicados.
"Estou ocupado demais fazendo com que pessoas doentes fiquem boas."
Charlatães usam esta resposta quando questionados a respeito do motivo de não terem tabulados seus supostos bons resultados e enviado-os para a publicação em um periódico científico. A pergunta chave, obviamente, é como você pode saber se um método funciona sem fazer anotações cuidadosas. A resposta correta é que simplesmente não se pode. Mesmo anotações simples podem oferecer informações significativas. Em 1983, um naturopata chamado Steve Austin visitou a Gerson Clinic e pediu para trinta pacientes com câncer que permitissem que ele acompanhasse seus progressos. Conseguiu acompanhar 21 pacientes através de cartas anuais ou telefonemas. Na marca do quinto ano, somente um ainda estava vivo (porém continuava com câncer); o restante havia sucumbido a doença.
"Eles perseguiam Galileu!"
A história da ciência é marcada por momentos onde grandes pioneiros e suas descobertas foram recebidos com resistência. William Harvey (natureza da circulação sangüínea), Joseph Lister (técnica de anti-sepsia) e Louis Pasteur (teoria dos germens) são exemplos notáveis. Os charlatães de hoje audaciosamente alegam que eles também são cientistas a frente de seu tempo. Contudo, um exame mais profundo mostrará como isso não é verdade. Galileu, Harvey, Lister e Pasteur venceram seus opositores ao demonstrarem a solidez de sua idéias.
"Liberdade de escolha na saúde"
Charlatães usam o slogan "liberdade de escolha na saúde" ("health freedom") para desviar a atenção para longe deles e em direção das vítimas de doenças com as quais somos naturalmente simpáticos. Os charlatães que insistem que "as pessoas deveriam ter a liberdade de escolher qualquer tratamento que queiram" gostariam que ignorássemos duas coisas. Primeiro, ninguém quer ser enganado, especialmente nas questões de vida e saúde.Vítimas de doenças não procuram tratamentos charlatanescos porque querem exercitar seus "direitos", mas porque foram enganadas a pensar que ofereciam esperança. Segundo, as leis contra as preparações inúteis não estão direcionadas contra as vítimas de doenças mas contra os promotores de terapias charlatanescas que tentam explorá-las. Estas leis simplesmente exigem que os produtos oferecidos no mercado da saúde sejam tanto seguros como eficazes. Se somente segurança fosse exigida, qualquer substância que não lhe matasse instantaneamente seria vendida ao crédulo.
"Nós oferecemos alternativas."
Os promotores do charlatanismo são adeptos do uso de slogans e frases de efeito. Durante a década de 1970 popularizaram a palavra "natural" como uma palavra mágica de venda. Durante a década de 1980, a palavra "holístico" ganhou uso similar. A palavra do momento é "alternativo". Corretamente empregada, refere-se ao métodos que tenham valores iguais para um propósito em particular. (Um exemplo seriam dois antibióticos capazes de matar um organismo em particular). Quando aplicada ao métodos questionáveis, entretanto, o termo é mal empregado porque métodos inseguros ou ineficazes não são alternativas razoáveis à tratamentos comprovados. Por essa razão, colocamos a palavra "alternativa" entre aspas quando se refere a métodos não aceitos geralmente pela comunidade científica e que não tenham nenhuma base racional plausível.
Referências
1. Clinical Oncology Group. New Zealand cancer patients and alternative medicine. New Zealand Medical Journal 100:110-113, 25 de fevereiro de 1987.
2. Astin JA. Why patients use alternative medicine: Results of a national study. Journal of the American Medical Association 279:1548-1553, 1998.
http://www.geocities.com/quackwatch/truques.html
[/b]
Stephen Barrett, M.D.
Se você ouvir que um método "alternativo" produziu recuperações "milagrosas" do câncer, você deveria ser cético. Há pelo menos cinco razões pelas quais um relato assim pode ser errôneo:
* O paciente nunca teve câncer
* O câncer foi curado ou posto em remissão pela terapia comprovada, mas a terapia questionável também foi usada e erroneamente levou o crédito pelo resultado benéfico.
* O câncer está progredindo mas é erroneamente descrito como regredindo ou curado.
* O paciente descrito como curado pode ter morrido como resultado do câncer ou deixou-se de acompanha-lo.
* O paciente teve uma remissão espontânea (muito rara) ou o câncer parou de crescer o que foi anunciado como uma cura.
http://www.geocities.com/quackwatch/milagres.html
Mais Truques Que Podem Enganá-lo
Stephen Barrett, M.D.
Victor Herbert, M.D., J.D.
Divulgadores dos "métodos alternativos" estão chamando a atenção das pessoas através de emoções. O que vende não é a qualidade de seus produtos, mas a habilidade em influenciar seu público. Suas estratégias básicas são prometer o impossível e criticar a "competição". Para todos, prometem uma saúde melhor e uma vida mais longa. Oferecem soluções para virtualmente todo problema de saúde, incluindo alguns que inventaram. Para aqueles que sentem dores, prometem alívio. Para os incuráveis, oferecem esperança. Para os que se preocupam com a nutrição, dizem, "Assegure-se de ter o suficiente". Para um público preocupado com a poluição, dizem, "Comprem produtos naturais". Para as doenças accessíveis a medicina científica, oferecem "alternativas não tóxicas, mais seguras". E eles possuem um arsenal de truques para se defenderem contra as críticas. Para ganhar sua fidelidade não é necessário persuadi-lo de que todas as declarações abaixo são verdadeiras. Apenas uma pode ser suficiente para fisgá-lo.
"Nós realmente nos importamos com você!"
Apesar do "se importar com " possa oferecer um poderoso estímulo psicológico, não fará com que um tratamento inútil se torne eficaz. Pode também encorajar uma confiança exagerada em uma forma de terapia inapropriada.
"Nós tratamos o paciente por inteiro."
Não há nada de errado em dar atenção apropriada ao estilo de vida e interesses sociais e emocionais de um paciente em adição aos problemas físicos. Na verdade, bons médicos sempre fazem isso. Hoje, todavia, a maioria dos profissionais que se rotula como "holístico" está engajado no charlatanismo e adota o termo como uma estratégia de marketing. Poucos realmente "tratam o paciente por inteiro".
"Sem efeitos colaterais."
Métodos "alternativos" são freqüentemente descritos como mais seguros, mais brandos e/ou sem efeitos colaterais. Se isso fosse verdade -- e freqüentemente não é -- seus "remédios" seriam fracos demais para terem qualquer efeito. Qualquer medicação potente o suficiente para auxiliar as pessoas, será potente o suficiente para causar efeitos colaterais. A aprovação do FDA exige evidência de que a probabilidade de benefício exceda de longe o provável dano.
"Nós atacamos a causa da doença."
Os charlatães alegam que o quer que façam não apenas curará as doenças mas também prevenirá problemas futuros. Esta alegação é falsa. Doenças podem resultar de muitos fatores, tanto internos como externos, alguns dos quais foram identificados e outros são desconhecidos. A assistência médica científica pode prevenir certas doenças e reduzir a probabilidade de vir a ter várias outras.
"Nós tratamos os fracassos da medicina".
É freqüentemente sugerido que as pessoas buscam as "alternativas" porque os médicos são rudes e que se fossem mais atenciosos, seus pacientes não procurariam os charlatães. Realmente isso ocorre algumas vezes, mas a maior parte do charlatanismo envolvido com produtos nutricionais não envolve assistência por um médico. Culpar os médicos pela persistência do charlatanismo é como culpar os astrônomos pela popularidade da astrologia. Algumas necessidades das pessoas excedem aquilo que a assistência médica ética e científica pode oferecer. Alguns nutrem antagonismos arraigados em relação a assistência médica e o conceito de um método científico. Mas a razão principal do sucesso do charlatanismo é sua habilidade em seduzir pessoas insuspeitas, crédulas ou desesperadas. Há alguns anos, uma pesquisa realizada na Nova Zelândia descobriu que a maioria dos pacientes com câncer que utiliza as terapias "alternativas" estava satisfeita com sua assistência médica e via a assistência "alternativa" somente como um suplemento [1]. Um estudo mais recente descobriu que somente 4,4% dos entrevistados relataram contar com as terapias alternativas como o atendimento principal. O autor concluiu:
Juntamente devido ao fato de serem mais educados e por estarem em um estado mais precário de saúde, a maioria dos usuários da medicina alternativa parece estar fazendo isso não tanto como resultado de uma insatisfação com a medicina convencional, mas em grande parte porque julgam que esses tratamentos alternativos são mais congruentes com seus próprios valores, crenças e orientações filosóficas em relação a saúde e a vida [2].
"Pense positivo!"
A maioria dos promotores do charlatanismo sugerem que a utilização de seus métodos oferecerá benefícios mentais que transcendem as propriedades físicas de seus remédios. Isso é tipicamente descrito em termos como "interação mente/corpo," "mente sobre a matéria" ou o poder do pensamento positivo. Uma atitude positiva pode tornar as pessoas mais aptas a agirem de acordo com um regime de tratamento eficaz. Contudo, contrário a "sabedoria popular", existe pouca evidência científica que o otimismo ou a fé em um tratamento faça com que as pessoas vivam mais ou recuperem-se mais rápido de uma doença. Mesmo se fosse, não superaria os perigos de confiar em alguém que não mereça nossa confiança.
"Não percam o bonde da história."
Charlatães e empurradores de vitaminas usam diversas estratégias para alegar que seus métodos são populares (o que pode ou não ser verdade), que a popularidade é um sinal da eficácia (o que é freqüentemente inverídico), e que deste modo você deveria experimentá-los. A alegação de popularidade pode envolver endossos ou testemunhos (que são inerentemente enganosos) ou estatísticas (que são tipicamente inflacionadas). As estatísticas podem incluir o número de consumidores que supostamente usaram um método, quanto tempo o método está em uso, o número de praticantes que o administram e/ou o período de tempo que um praticante ou suas instalações estão nos negócios.
"Testado pelo tempo" ou "Usado por séculos!"
Este truque sugere que o período de tempo que um remédio tem sido utilizado é um parâmetro de sua eficácia. Seus promotores implicam que se o remédio não funcionasse, não continuaria disponível. Alguns promotores alegam (algumas vezes sinceramente, outras não) que seus métodos foram passados de geração a geração, estão impregnados da sabedoria popular, foram extraídos de escrituras antigas, ou coisa parecida. A falsidade deste truque é facilmente identificada ao notar que a astrologia sobreviveu por milhares de anos sem nenhuma evidência plausível de qualquer validade. Note, também, que muitos métodos genuínos sobreviveram por curtos períodos de tempo porque foram substituídos por outros mais eficazes.
"Respaldado por estudos científicos"
Uma vez que a maioria das pessoas julgam a evidência científica como um algo a mais, promotores não científicos alegam terem uma evidência quando na verdade não têm. Seus textos podem listar dezenas ou mesmo centenas de publicações que supostamente apóiam o que dizem. Mas as referências que citam podem ser impossíveis de se localizar, mal interpretadas, desatualizadas, irrelevantes, inexistentes e/ou baseadas em pesquisas mal conduzidas. O exemplo clássico é o livro Let's Get Well de Adelle Davis, que lista 2402 referências. Muitas não apóiam seus pontos de vista e algumas nem mesmo estão relacionadas com a passagem na qual foram citadas. O que deveria valer não é o número de referências mas sim sua qualidade e relevância -- o que o leitor comum achará difícil ou impossível de julgar. Quando conversam com especialistas, os charlatães podem admitir que "alguns aspectos daquilo que fazemos não são bem compreendidos," assim implicam que outros aspectos estão solidamente fundamentados e o resto eventualmente será substanciado.
"Tome o controle sobre sua saúde!"
Este é provavelmente o slogan mais poderoso do saco de truques do charlatão. As pessoas geralmente gostam de sentir que estão no controle de suas vidas. Os charlatães tiram vantagem desse fato por darem aos seus clientes a idéia de que estão fazendo isso -- como tomar pílulas de vitaminas, preparar alimentos especiais, meditar e coisas do gênero. A atividade pode trazer uma melhora psicológica, mas acreditar em coisas falsas tende a cobrar um preço alto em troca. O preço pode ser financeiro, psicológico (quando a desilusão entra em cena) ou social (desviar-se de atividades mais construtivas).
"Pense por você mesmo."
Charlatães estimulam as pessoas a menosprezarem a evidência científica (as quais eles não podem produzir) em favor das experiências pessoais (as deles ou as de vocês). Mas a experiência pessoal não é a melhor maneira de determinar se um método funciona. Quando alguém se sente melhor após ter utilizado um produto ou um procedimento, é natural dar crédito para o que quer que se tenha feito. A maioria das doenças são auto-limitadas, e mesmo condições incuráveis podem ter uma variação diária suficiente para permitir que os métodos do charlatão ganhem muitos seguidores. Além disso, agir freqüentemente produz um alívio temporário dos sintomas (um efeito placebo). Por essas razões, a experimentação científica é quase sempre necessária para estabelecer se métodos de saúde são realmente eficazes. Experiências individuais raramente oferecem uma base para separar causa e efeito de coincidência. Tampouco as probabilidades de um tratamento funcionar podem ser determinadas sem acompanhar os participantes em um estudo bem conduzido e tabulando tanto os fracassos como os sucessos -- algo que os charlatães não fazem.
"O que você tem a perder?"
Charlatães e empurradores de vitaminas gostariam que você acreditasse que seus métodos são inofensivos e deste modo não há nada a perder em experimentá-los. Com vitaminas usadas como um "seguro nutricional", por exemplo, muitas pessoas se sentem como se estivessem fazendo uma aposta em que tem pouco a perder e muito a ganhar. Se um método não funciona, a probabilidade de causar um dano físico realmente importa? Além disso, alguns métodos dos charlatães são diretamente prejudiciais; outros prejudicam por desviar as pessoas dos métodos comprovados. Todos desperdiçam o tempo e/ou o dinheiro das pessoas.
"Se você apenas tivesse vindo mais cedo".
Esta frase é prática quando o tratamento falha. Encoraja os pacientes e seus sobreviventes a não encararem o fato de que consultar o charlatão foi um erro.
"A ciência não têm todas as respostas."
Os charlatães usam este truque para sugerir que se olhe para além daquilo que a medicina científica pode oferecer, também sugerem que desde que a assistência médica têm limitações, eles também estão no direito de terem. A ciência médica não alega ter todas as respostas, mas sua eficácia continua a crescer porque o método científico oferece maneiras de encontrar mais respostas. A idéia de que as pessoas procurariam os tratamentos charlatanescos quando ficam frustradas pela inabilidade da ciência em controlar as doenças é irracional. O charlatanismo carece de respostas genuínas e não possui nenhum método para encontrá-las.
"Não tenha medo de experimentar."
Este conselho, que apareceu no Diretório da Saúde Holística 1993-1994 do New Age Journal, estava baseado no clichê "o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra com o mesmo problema". Apesar desta declaração ser literalmente verdadeira, os métodos científicos nos possibilitam determinar quais métodos são mais prováveis de funcionar e quais não vale a pena tentar. Se um barril está repleto de maças que estão obviamente estragadas, faz sentido experimentar cada uma delas para ver se alguma presta?
"Vamos trabalhar juntos."
Este truque é usado para retratar os charlatães como "bom sujeitos" enquanto sugere que seus críticos não são. "Uma vez que a ciência não têm as respostas," eles podem dizer, "vamos deixar nossas diferenças de lado e trabalharmos juntos para o bem comum." O que seria ótimo se eles tivessem alguma coisa a oferecer além de promessas vazias. Os proponentes da "medicina complementar" (também chamada "medicina integrativa") alegam integrar a medicina científica com a "alternativa", usando o melhor das duas. Tem alguma utilidade adicionar métodos ineficazes com métodos eficazes? Faz sentido ir a alguém que usa o "melhor" de métodos ineficazes? É provável que alguém, cujos processos de raciocínio sejam ruins o suficiente para acreditar em certas coisas como a homeopatia, ofereça assistência médica de alta qualidade? Os profissionais "complementares" utilizam métodos confiáveis tão freqüente como deveriam? Pelo o que temos visto, as respostas para cada uma destas perguntas é não.
"Mantenha uma mente aberta."
Charlatães se rotulam como inovadores e sugerem que seus críticos são rígidos, elitistas, imparciais e fechados a novas idéias. Na verdade, eles põem as coisas às avessas. A questão real é se um método funciona. A ciência oferece maneiras para julgar e descartar idéias infundadas. A ciência médica progride através de novos métodos que substituem os menos eficazes. Os métodos dos charlatães persistem enquanto permanecerem vendáveis. Mesmo após terem desaparecido, podem ainda serem glorificados.
"Por que você não limpa sua própria casa!"
Este tipo de declaração vem a tona freqüentemente em debates entre profissionais científicos e "alternativos", normalmente quando o último não é médico. Seu objetivo é retratar o crítico como um intrometido ou um rancoroso. Um truque favorito é, "Por que vocês não fazem alguma coisa em relação as cirurgias desnecessárias?" A resposta simples é que as falhas da assistência médica não justificam qualquer forma de charlatanismo. Uma cirurgia desnecessária é um abuso de algo que funciona e é completamente diferente do charlatanismo, que é a utilização de coisas que não funcionam. Outra grande diferença é que o charlatanismo é organizado. Não existe nenhuma organização nacional dos "Cirurgiões Dedicados a Cirurgia Desnecessária", mas existem organizações nacionais dedicadas ao charlatanismo. Ainda mais, diferente dos membros da comunidade científica, os charlatães raramente criticam sua própria metodologia ou a de seus colegas.
"Prove que estou errado!"
Charlatães tentam submeter a ciência às suas idéias por exigirem que seus críticos provem que eles estão errados. Ou podem dizer, "Como você sabe que não funciona se não experimentou?" Mas não existem recursos suficientes para testar toda idéia que é proposta; por esta razão, os cientistas tendem a se dedicar àquelas que parecem mais promissoras. Pelas regras da ciência, o ônus da prova cabe a pessoa que faz a alegação. Métodos não comprovados que carecem de uma razão plausível deveriam ser considerados inúteis até que se provem o contrário. A experiência pessoal não é um substituto para o exame científico.
"Nós não temos dinheiro para pesquisas."
Quando acusados a respeito da falta de evidência científica para apoiar a causa que defendem, promotores do charlatanismo freqüentemente alegam que não têm o dinheiro para conduzir as pesquisas. Entretanto, a pesquisa preliminar não requer fundos ou mesmo muito esforço. Os ingredientes principais são observações clínicas cuidadosas, coleta de dados detalhados e acompanhamento por um período longo para "anotar dados". Defensores dos métodos "alternativos" quase nunca fazem qualquer uma destas coisas. A maioria que clama por pesquisa o faz como estratégia para atrair a simpatia do público. A última coisa que querem é um exame científico que pudesse provar que estão errados. Se um estudo científico é conduzido e traz resultados negativos, os proponentes invariavelmente alegam que fora conduzido impropriamente ou que os avaliadores foram parciais. Os proponentes dos pretensos produtos "naturais" (suplementos alimentares e ervas) freqüentemente se queixam que é difícil ou impossível se obter financiamento porque os produtos não podem ser patenteados e deste modo as companhias farmacêuticas tem pouco interesse em estudá-los. O que pode ser verdade para alguns produtos, mas certamente é inverídico para todos. Pense, por um momento, sobre a simples aspirina. Apesar de não ser possível patenteá-la, tem sido o objeto de milhares de estudos publicados.
"Estou ocupado demais fazendo com que pessoas doentes fiquem boas."
Charlatães usam esta resposta quando questionados a respeito do motivo de não terem tabulados seus supostos bons resultados e enviado-os para a publicação em um periódico científico. A pergunta chave, obviamente, é como você pode saber se um método funciona sem fazer anotações cuidadosas. A resposta correta é que simplesmente não se pode. Mesmo anotações simples podem oferecer informações significativas. Em 1983, um naturopata chamado Steve Austin visitou a Gerson Clinic e pediu para trinta pacientes com câncer que permitissem que ele acompanhasse seus progressos. Conseguiu acompanhar 21 pacientes através de cartas anuais ou telefonemas. Na marca do quinto ano, somente um ainda estava vivo (porém continuava com câncer); o restante havia sucumbido a doença.
"Eles perseguiam Galileu!"
A história da ciência é marcada por momentos onde grandes pioneiros e suas descobertas foram recebidos com resistência. William Harvey (natureza da circulação sangüínea), Joseph Lister (técnica de anti-sepsia) e Louis Pasteur (teoria dos germens) são exemplos notáveis. Os charlatães de hoje audaciosamente alegam que eles também são cientistas a frente de seu tempo. Contudo, um exame mais profundo mostrará como isso não é verdade. Galileu, Harvey, Lister e Pasteur venceram seus opositores ao demonstrarem a solidez de sua idéias.
"Liberdade de escolha na saúde"
Charlatães usam o slogan "liberdade de escolha na saúde" ("health freedom") para desviar a atenção para longe deles e em direção das vítimas de doenças com as quais somos naturalmente simpáticos. Os charlatães que insistem que "as pessoas deveriam ter a liberdade de escolher qualquer tratamento que queiram" gostariam que ignorássemos duas coisas. Primeiro, ninguém quer ser enganado, especialmente nas questões de vida e saúde.Vítimas de doenças não procuram tratamentos charlatanescos porque querem exercitar seus "direitos", mas porque foram enganadas a pensar que ofereciam esperança. Segundo, as leis contra as preparações inúteis não estão direcionadas contra as vítimas de doenças mas contra os promotores de terapias charlatanescas que tentam explorá-las. Estas leis simplesmente exigem que os produtos oferecidos no mercado da saúde sejam tanto seguros como eficazes. Se somente segurança fosse exigida, qualquer substância que não lhe matasse instantaneamente seria vendida ao crédulo.
"Nós oferecemos alternativas."
Os promotores do charlatanismo são adeptos do uso de slogans e frases de efeito. Durante a década de 1970 popularizaram a palavra "natural" como uma palavra mágica de venda. Durante a década de 1980, a palavra "holístico" ganhou uso similar. A palavra do momento é "alternativo". Corretamente empregada, refere-se ao métodos que tenham valores iguais para um propósito em particular. (Um exemplo seriam dois antibióticos capazes de matar um organismo em particular). Quando aplicada ao métodos questionáveis, entretanto, o termo é mal empregado porque métodos inseguros ou ineficazes não são alternativas razoáveis à tratamentos comprovados. Por essa razão, colocamos a palavra "alternativa" entre aspas quando se refere a métodos não aceitos geralmente pela comunidade científica e que não tenham nenhuma base racional plausível.
Referências
1. Clinical Oncology Group. New Zealand cancer patients and alternative medicine. New Zealand Medical Journal 100:110-113, 25 de fevereiro de 1987.
2. Astin JA. Why patients use alternative medicine: Results of a national study. Journal of the American Medical Association 279:1548-1553, 1998.
http://www.geocities.com/quackwatch/truques.html
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- Aurelio Moraes
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Re: Re.: Cirurgia mediúnica
Vito Álvaro escreveu:Aurélio. Porque eles não foram na cadeia?
Liga a polícia! Prendem eles!
Eu não sei aonde é o tal "centro de cirurgias espirituais" que aparece no vídeo.
Se eu ver isso aqui na minha cidade, vou denunciar sim.
Se descobrir o endereço, talvez caiba uma denúncia no Ministério Público.
A lei é clara, mas infelizmente confundem no Brasil liberdade religiosa com claro charlatanismo e curandeirismo. As pessoas podem e devem ter liberdade para proferirem suas crenças, mas quando começam a prometer cura se aproveitando de um grave problema de saúde pública, a coisa começa a complicar.
A lei é simples: Prometeu cura sem ser médico, está cometendo crime. Diz que trata doença sem conhecimento da medicina, está cometendo crime.
E isso a loira vagabunda ,calhorda e charlatona faz no início do vídeo. Diz que trata câncer, aids...crime claro. Não existe nada de medicina de verdade ou de ciência ali.
Editado pela última vez por Aurelio Moraes em 10 Jul 2006, 17:46, em um total de 1 vez.
- darthvader
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Re.: Cirurgia mediúnica
O problema no Brasil é político!!!
Tem muita gente que "crê" nisso e faz parte da política! Muita gente que "precisa" disso e faz parte da política!
É duro combater algo que está enraizado desta forma!
Tudo gira em torno de interesses!
Uhu!
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Tem muita gente que "crê" nisso e faz parte da política! Muita gente que "precisa" disso e faz parte da política!
É duro combater algo que está enraizado desta forma!
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