o pensador escreveu:Perdoe-me o engano entâo.Sim,ele passa pelo critério que estabeleci.
Muito bom.
o pensador escreveu:Em meu critério deve haver uma cadeia de intermediários completa no registro fóssil,senâo nâo é possível estabelecer a ancestralidade comum de todos os seres vivos,tese cardeal para a teoria evolucionista.
Bom, as teorias evolutivas são em tese independentes da hipótese da ancestralidade comum universal - os mecanismos evolutivos são plenamente compatíveis com a vida partindo de várias ramas independentes ao invés de uma só.
Nem o paleontólogo mais rigoroso exigiria uma cadeia completa de intermediários morfológicos no registro fóssil. Há boas razões para isso.
Primeiro, fossilização é um evento excepcional. Segundo, processos geológicos que formaram o fóssil podem destruí-lo ou fragmentá-lo também. Terceiro, algumas estruturas se fossilizam melhor do que outras. Quarto, alguns ambientes geram fósseis melhores/em maior quantidade do que outros, de forma que o registro fóssil por si só não é um retrato acurado do passado. Quinto, mesmo populações onde ocorreu muita macroevolução podem passar tímidas pela história natural, sem sequer serem registradas - nós não temos os fósseis dos ancestrais dos morcegos, por exemplo. E sexto, nós não temos capacidade de fazer prospecção em toda a crosta terrestre.
Feitas essas ressalvas, notamos o seguinte; existe uma quantidade razoável de transicionais entre ordens taxonômicas mais elevadas (classe, filo) e não muitos entre as ordens menores (gênero, espécie). Isso é esperado devido ao que enumerei acima. Não encontramos anacronismos grandes, como mamíferos marinhos em estratos geológicos anteriores a mamíferos terrestres.
A configuração do registro fóssil é compatível com todas as formas de vida advindo de uma única rama quatro bilhões de anos atrás. Entretanto, isso é insuficiente para confirmar essa hipótese de ancestralidade comum universal; para confirmá-la precisamos de confirmações independentes de áreas fora da paleontologia e geologia. Então se você me permitir, vamos discutir em seguida genética.