
REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
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Observatório da Imprensa
ISTOÉ NO ALÉM
Ciência paga o pato da incompetência jornalística
Por Luiz Carlos Damasceno Junior em 1/8/2006
Impossível bater os olhos na capa da revista IstoÉ do dia 26 de julho e não lembrar do texto publicado por Luiz Cláudio Cunha em março deste ano no OI, sob o sugestivo título de "Como a IstoÉ tornou-se IstoEra". A referida edição traz estampada a manchete: "Falando com o além" e, abaixo, o subtítulo anuncia: "Ciência e médiuns aprimoram a tecnologia e os métodos de contato com os que morreram...". O que se segue nas páginas internas é, sem meias palavras, um exemplo da pior das crias que a preocupante aliança entre a estultice das pseudociências e o jornalismo medíocre, para não dizer de má-fé, pode gerar.
Deixando de lado as questões religiosas e de crença irracional envolvidas no infeliz texto de autoria de Celso Fonseca, Eliane Lobato e Ricardo Miranda, o que faz a matéria ser merecedora de críticas inflamadas, senão do mais puro asco, é a forma irresponsável com que a ciência é tratada. Irresponsável e temerária. Num mundo em que a ciência e a tecnologia ocupam um espaço cultural e detêm influência muito maior do que o cidadão comum gostaria de aceitar, é fundamental que instrumentos de informação competentes estejam a serviço do interesse público, a fim de manter o leitor a par do que se passa por trás dos panos das realizações científicas.
Jornalismo relaxado
Na reportagem em questão, a IstoÉ atropelou ao menos uma premissa básica da ética jornalística: a isenção. Ao dar chance para apenas um dos lados falar sobre o tema, a saber, o lado daqueles que acreditam piamente na comunicação com o mundo dos mortos e não dão a mínima para o que a ciência verdadeira tem a dizer sobre a querela, a revista incorreu em falta gravíssima com o método científico, que perde cada vez mais espaço para as pseudociências, e com o público, que vai engolir a informação errada. E isso na melhor das hipóteses. Ao que parece, a IstoÉ julgou-se no direito de estender um pouco mais a quantidade de disciplinas e áreas permeadas pela investigação científica tomando a liberdade de efetivamente proclamar uma nova ciência.
A título de ilustração, a única das muitas fontes consultadas na matéria cujas credenciais remetem a um mínimo conhecimento dos rigores científicos é o físico Cláudio Brasil, citado en passant apenas para registrar o maior dos clichês do misticismo em geral; "Temos que abrir a mente e aceitar que a ciência não tem explicação para tudo." Além do fato de que não é preciso ter um mestrado na USP para repetir a frase com igual propriedade, há uma contradição óbvia entre o que o único cientista entrevistado tem a dizer e o que é transmitido pela matéria acerca do reconhecimento científico do fenômeno. Ora, se dentre as coisas que a ciência não consegue explicar figura a suposta comunicação com mortos através de ondas de rádio, então é claro que este objeto não é alvo da avaliação científica e, portanto, não é ciência. E, a despeito da vontade sincera de terceiros, homens de ciência ou não, assim permanecerá até que se encaixe nos rigores necessários para tanto.
Ainda que o cientista optasse por ser mais claro, ou que a revista selecionasse um trecho melhor de seu depoimento, continuaríamos longe, muito longe, de ter o direito de erguer um novo campo de estudo para a ciência. Isso porque a única fonte com conhecimento de causa suficiente e que abaliza o suposto fenômeno faz parte de uma pequena minoria em sua categoria. Ao generalizar a afirmação, a IstoÉ induz o leitor a crer que o método e a comunidade científica corroboram a transcomunicação, ou que nem questionam a sua validade dentro dos rigores científicos. Dificilmente a mentira poderia ser maior. Se escolher as fontes a dedo para gerar o mínimo possível de discussão crítica e sadia no texto não configura um jornalismo relaxado e parcial, não sei mais o que pode ser.
Contradição em termos
E isso não é tudo. Num dos casos relatados, acerca de uma mãe que perdeu a filha adolescente – Edna – de forma trágica, a revista faz referência a um certo Laboratório Interdisciplinar de Biopscicocibernética, "único na Europa totalmente dedicado ao exame e análise científicos de fenômenos paranormais". Um laudo divulgado pela instituição é utilizado como evidência da origem além-mundo da voz captada por um dos instrumentos, que seria de Edna, e da subseqüente validade da transcomunicação como ciência. O fato é laureado como "o primeiro caso autenticado por um laboratório internacional de um contato com um espírito".
Em suma, os jornalistas da IstoÉ foram incapazes de desconfiar de uma evidência que precisa passar por uma instituição dedicada ao estudo de fenômenos paranormais para ser atestada. Eles aparentemente desconhecem que um dos parâmetros básicos do método científico é a reprodutibilidade dos fenômenos observados e dos resultados obtidos. Existem centenas de milhares de laboratórios no mundo que poderiam ter examinado o material gravado, mas justamente o que surge na reportagem como prova incontestável da aceitação científica é um centro especializado em promover o que está em dúvida: a paranormalidade.
Não conheço tal instituição, mas posso dizer com razoável segurança que o que lá se produz não é ciência. A partir do momento em que um fenômeno paranormal pode ser plenamente estudado, reproduzido e falseado, ele deixa de fazer parte da categoria do sobrenatural e passa a integrar os livros de ciência. A rigor, a simples existência de uma instituição científica que estuda fenômenos paranormais é uma contradição em termos. Eu adoraria tomar conhecimento das contribuições de tal centro de pesquisas à sociedade que o abriga. Que belos serviços devem ser prestados à comunidade com descobertas e experimentos que não podem ser reproduzidos em nenhum outro laboratório do mundo!
Questão crucial
Por questões inerentes a sua formação profissional, o jornalista confere altíssima relevância à palavra de suas fontes, a ponto de tornar-se este o método mais comumente adotado para apurar a realidade. As palavras carregam uma importância exagerada e costumam passar sem filtros de análise pelos blocos de nota, chegando à redação incólumes, por mais absurdas que sejam suas implicações.
É preciso estabelecer de uma vez por todas que evidências anedóticas não servem para comprovar coisa alguma e, não raro, as pessoas mentem deliberadamente, em favor de interesses próprios ou de terceiros, ou, simplesmente, erram. Essa é uma lição que não precisaria ser ensinada aos jornalistas da IstoÉ caso eles prestassem um pouco mais de atenção à própria profissão. Freqüentemente, o tema em pauta na mídia envolve áreas em que a mentira e a contradição se fazem constantes, a política é o melhor dos exemplos. O jornalismo deve pautar-se pela investigação, as fontes são mero ponto de partida para a verificação posterior dos fatos. Tenho certeza de que os redatores da IstoÉ já sabem disso.
O problema nos remete a uma questão crucial: como pode um profissional cujo currículo de formação desconhece completamente todos os referenciais que ajudaram a fazer da ciência o que ela é hoje, de Hume a Popper (com a vaga exceção de Descartes, que é citado mais pela sua visão ultrapassada do que pelo pioneirismo), alguém que não sabe diferenciar um teste duplo-cego de uma evidência anedótica, escrever sobre ciência? E, pior, usar as páginas de trabalho para efetivamente eleger uma nova área do conhecimento humano, pela consulta a "especialistas" no referido método que não se atreveriam, garanto, a concorrer ao prêmio de US$ 1 milhão oferecido por James Randi a quem comprovar, diante de testes científicos controlados, a existência de fenômenos paranormais?
Gestão do saber
O mal que afeta as revistas nacionais não é novidade, nós já conhecemos o caminho da perdição. As dificuldades financeiras e a concorrência pesada com os meios eletrônicos, em especial a internet, obrigam as publicações impressas a se diversificarem. A tentação de lucro fácil e retorno imediato é forte demais para que a maioria das redações possa resistir ao jornalismo rasteiro. As revistas perdem seu caráter analítico e reflexivo, justamente as qualidades que deveriam diferenciá-las no ecossistema jornalístico e que acabam por se perder em meio à superficialidade de temas esdrúxulos.
A IstoÉ não é a primeira e, infelizmente, não será a última revista a enredar-se no lamaçal do jornalismo oportunista, mais preocupado com as vendas do que com o interesse público. A SuperInteressante, por exemplo, outrora conceituada revista de divulgação científica, já passou por este processo há tempos. Nela, as pautas têm sempre um quê de espetáculo, apelando vez por outra a assuntos que costumam agradar à maior parte do público, cujo mote é a especulação pura. Muito antes de servir à educação científica, o jornalismo praticado por este tipo de publicação beira a literatura ou ao absurdo e, quando muito, arrisca pequenas curiosidades científicas, selecionadas mais por sua essência excêntrica do que pela importância dos fatos. A freqüente divulgação de informações erradas na mídia, o sensacionalismo, a priorização de aspectos pitorescos da ciência e pautas recorrentes e viciadas contribuem para ampliar o fosso existente entre a população e o extenso rol do conhecimento científico. Paralelamente, reforçam os já tradicionais pontos de conflito entre jornalistas e cientistas, reiterando a má fama dos primeiros como divulgadores da ciência.
O jornalismo científico tem como objetivo ser o intermediador entre a ciência e a sociedade. É o porta-voz do conhecimento humano, concebido de forma a popularizar a ciência, tornando-a compreensível e permitindo que o público possa criar juízo a respeito. Sua missão é atender às necessidades do cidadão de compreender como e por que as descobertas científicas e tecnológicas afetam, para melhor ou para pior, o seu dia-a-dia. O caráter de formador e educador científico dos meios de comunicação não é apenas reconhecido pelos profissionais da área, é admitido como legítimo há um tempo considerável, no mínimo desde 1978, quando a Comissão Internacional para o Estudo dos Problemas da Comunicação apontou em seu informe provisional: "A função principal da comunicação em ciência e tecnologia é a gestão do saber humano – da memória coletiva – de toda a informação que a sociedade necessita para progredir no mundo moderno."
Honrem seus diplomas
No Brasil cultiva-se o tabu de que certos assuntos são impenetráveis, que não podem ser decifrados ou compreendidos senão por um grupo pequeno de homens, no caso, sábios detentores do conhecimento científico. Este pensamento culturalmente enraizado revela-se extremamente prejudicial aos interesses da sociedade. É de grande importância que o cidadão conheça o potencial de seu país numa área que é estratégica em todos os frontes. Não é concebível que o interesse público se afaste de tal maneira do motor da sociedade moderna a ponto de a atenção com o assunto beirar o descaso. É ainda menos aceitável que os veículos de informação ajudem a agravar o quadro, prestando um desserviço à população, quando deveriam concentrar-se em divulgar o assunto com um mínimo de qualidade e seriedade.
Vale lembrar que o jornalista tem, entre suas atribuições profissionais, um compromisso com o público que supera em muito a ânsia de entretê-lo e de vender edições a todo custo. Entre os parâmetros éticos adotados para garantir a informação embasada e de cunho informativo ou reflexivo, a isenção e o cuidado com a informação deveriam estar acima de todos os outros valores. Não pretendo exigir da IstoÉ uma postura ativa em relação à divulgação científica. Não nutro esperanças de que a dita revista tenha algum potencial para especializar-se em jornalismo científico. O que se pede é apenas o mínimo; se a revista não tem condições profissionais, técnicas ou de qualquer outra ordem para escrever sobre ciência com alguma propriedade, então é melhor que não o faça.
Em suma, peço que os jornalistas da IstoÉ honrem os seus diplomas. A ciência por si só já reúne dificuldades suficientes para difundir-se entre a população, ainda que seus inúmeros resultados benéficos sejam abraçados com rapidez voraz. É necessário deixar claro que o conhecimento científico não precisa enfrentar mais este obstáculo, principalmente vindo de quem deveria ser um de seus mais fortes aliados.
ISTOÉ NO ALÉM
Ciência paga o pato da incompetência jornalística
Por Luiz Carlos Damasceno Junior em 1/8/2006
Impossível bater os olhos na capa da revista IstoÉ do dia 26 de julho e não lembrar do texto publicado por Luiz Cláudio Cunha em março deste ano no OI, sob o sugestivo título de "Como a IstoÉ tornou-se IstoEra". A referida edição traz estampada a manchete: "Falando com o além" e, abaixo, o subtítulo anuncia: "Ciência e médiuns aprimoram a tecnologia e os métodos de contato com os que morreram...". O que se segue nas páginas internas é, sem meias palavras, um exemplo da pior das crias que a preocupante aliança entre a estultice das pseudociências e o jornalismo medíocre, para não dizer de má-fé, pode gerar.
Deixando de lado as questões religiosas e de crença irracional envolvidas no infeliz texto de autoria de Celso Fonseca, Eliane Lobato e Ricardo Miranda, o que faz a matéria ser merecedora de críticas inflamadas, senão do mais puro asco, é a forma irresponsável com que a ciência é tratada. Irresponsável e temerária. Num mundo em que a ciência e a tecnologia ocupam um espaço cultural e detêm influência muito maior do que o cidadão comum gostaria de aceitar, é fundamental que instrumentos de informação competentes estejam a serviço do interesse público, a fim de manter o leitor a par do que se passa por trás dos panos das realizações científicas.
Jornalismo relaxado
Na reportagem em questão, a IstoÉ atropelou ao menos uma premissa básica da ética jornalística: a isenção. Ao dar chance para apenas um dos lados falar sobre o tema, a saber, o lado daqueles que acreditam piamente na comunicação com o mundo dos mortos e não dão a mínima para o que a ciência verdadeira tem a dizer sobre a querela, a revista incorreu em falta gravíssima com o método científico, que perde cada vez mais espaço para as pseudociências, e com o público, que vai engolir a informação errada. E isso na melhor das hipóteses. Ao que parece, a IstoÉ julgou-se no direito de estender um pouco mais a quantidade de disciplinas e áreas permeadas pela investigação científica tomando a liberdade de efetivamente proclamar uma nova ciência.
A título de ilustração, a única das muitas fontes consultadas na matéria cujas credenciais remetem a um mínimo conhecimento dos rigores científicos é o físico Cláudio Brasil, citado en passant apenas para registrar o maior dos clichês do misticismo em geral; "Temos que abrir a mente e aceitar que a ciência não tem explicação para tudo." Além do fato de que não é preciso ter um mestrado na USP para repetir a frase com igual propriedade, há uma contradição óbvia entre o que o único cientista entrevistado tem a dizer e o que é transmitido pela matéria acerca do reconhecimento científico do fenômeno. Ora, se dentre as coisas que a ciência não consegue explicar figura a suposta comunicação com mortos através de ondas de rádio, então é claro que este objeto não é alvo da avaliação científica e, portanto, não é ciência. E, a despeito da vontade sincera de terceiros, homens de ciência ou não, assim permanecerá até que se encaixe nos rigores necessários para tanto.
Ainda que o cientista optasse por ser mais claro, ou que a revista selecionasse um trecho melhor de seu depoimento, continuaríamos longe, muito longe, de ter o direito de erguer um novo campo de estudo para a ciência. Isso porque a única fonte com conhecimento de causa suficiente e que abaliza o suposto fenômeno faz parte de uma pequena minoria em sua categoria. Ao generalizar a afirmação, a IstoÉ induz o leitor a crer que o método e a comunidade científica corroboram a transcomunicação, ou que nem questionam a sua validade dentro dos rigores científicos. Dificilmente a mentira poderia ser maior. Se escolher as fontes a dedo para gerar o mínimo possível de discussão crítica e sadia no texto não configura um jornalismo relaxado e parcial, não sei mais o que pode ser.
Contradição em termos
E isso não é tudo. Num dos casos relatados, acerca de uma mãe que perdeu a filha adolescente – Edna – de forma trágica, a revista faz referência a um certo Laboratório Interdisciplinar de Biopscicocibernética, "único na Europa totalmente dedicado ao exame e análise científicos de fenômenos paranormais". Um laudo divulgado pela instituição é utilizado como evidência da origem além-mundo da voz captada por um dos instrumentos, que seria de Edna, e da subseqüente validade da transcomunicação como ciência. O fato é laureado como "o primeiro caso autenticado por um laboratório internacional de um contato com um espírito".
Em suma, os jornalistas da IstoÉ foram incapazes de desconfiar de uma evidência que precisa passar por uma instituição dedicada ao estudo de fenômenos paranormais para ser atestada. Eles aparentemente desconhecem que um dos parâmetros básicos do método científico é a reprodutibilidade dos fenômenos observados e dos resultados obtidos. Existem centenas de milhares de laboratórios no mundo que poderiam ter examinado o material gravado, mas justamente o que surge na reportagem como prova incontestável da aceitação científica é um centro especializado em promover o que está em dúvida: a paranormalidade.
Não conheço tal instituição, mas posso dizer com razoável segurança que o que lá se produz não é ciência. A partir do momento em que um fenômeno paranormal pode ser plenamente estudado, reproduzido e falseado, ele deixa de fazer parte da categoria do sobrenatural e passa a integrar os livros de ciência. A rigor, a simples existência de uma instituição científica que estuda fenômenos paranormais é uma contradição em termos. Eu adoraria tomar conhecimento das contribuições de tal centro de pesquisas à sociedade que o abriga. Que belos serviços devem ser prestados à comunidade com descobertas e experimentos que não podem ser reproduzidos em nenhum outro laboratório do mundo!
Questão crucial
Por questões inerentes a sua formação profissional, o jornalista confere altíssima relevância à palavra de suas fontes, a ponto de tornar-se este o método mais comumente adotado para apurar a realidade. As palavras carregam uma importância exagerada e costumam passar sem filtros de análise pelos blocos de nota, chegando à redação incólumes, por mais absurdas que sejam suas implicações.
É preciso estabelecer de uma vez por todas que evidências anedóticas não servem para comprovar coisa alguma e, não raro, as pessoas mentem deliberadamente, em favor de interesses próprios ou de terceiros, ou, simplesmente, erram. Essa é uma lição que não precisaria ser ensinada aos jornalistas da IstoÉ caso eles prestassem um pouco mais de atenção à própria profissão. Freqüentemente, o tema em pauta na mídia envolve áreas em que a mentira e a contradição se fazem constantes, a política é o melhor dos exemplos. O jornalismo deve pautar-se pela investigação, as fontes são mero ponto de partida para a verificação posterior dos fatos. Tenho certeza de que os redatores da IstoÉ já sabem disso.
O problema nos remete a uma questão crucial: como pode um profissional cujo currículo de formação desconhece completamente todos os referenciais que ajudaram a fazer da ciência o que ela é hoje, de Hume a Popper (com a vaga exceção de Descartes, que é citado mais pela sua visão ultrapassada do que pelo pioneirismo), alguém que não sabe diferenciar um teste duplo-cego de uma evidência anedótica, escrever sobre ciência? E, pior, usar as páginas de trabalho para efetivamente eleger uma nova área do conhecimento humano, pela consulta a "especialistas" no referido método que não se atreveriam, garanto, a concorrer ao prêmio de US$ 1 milhão oferecido por James Randi a quem comprovar, diante de testes científicos controlados, a existência de fenômenos paranormais?
Gestão do saber
O mal que afeta as revistas nacionais não é novidade, nós já conhecemos o caminho da perdição. As dificuldades financeiras e a concorrência pesada com os meios eletrônicos, em especial a internet, obrigam as publicações impressas a se diversificarem. A tentação de lucro fácil e retorno imediato é forte demais para que a maioria das redações possa resistir ao jornalismo rasteiro. As revistas perdem seu caráter analítico e reflexivo, justamente as qualidades que deveriam diferenciá-las no ecossistema jornalístico e que acabam por se perder em meio à superficialidade de temas esdrúxulos.
A IstoÉ não é a primeira e, infelizmente, não será a última revista a enredar-se no lamaçal do jornalismo oportunista, mais preocupado com as vendas do que com o interesse público. A SuperInteressante, por exemplo, outrora conceituada revista de divulgação científica, já passou por este processo há tempos. Nela, as pautas têm sempre um quê de espetáculo, apelando vez por outra a assuntos que costumam agradar à maior parte do público, cujo mote é a especulação pura. Muito antes de servir à educação científica, o jornalismo praticado por este tipo de publicação beira a literatura ou ao absurdo e, quando muito, arrisca pequenas curiosidades científicas, selecionadas mais por sua essência excêntrica do que pela importância dos fatos. A freqüente divulgação de informações erradas na mídia, o sensacionalismo, a priorização de aspectos pitorescos da ciência e pautas recorrentes e viciadas contribuem para ampliar o fosso existente entre a população e o extenso rol do conhecimento científico. Paralelamente, reforçam os já tradicionais pontos de conflito entre jornalistas e cientistas, reiterando a má fama dos primeiros como divulgadores da ciência.
O jornalismo científico tem como objetivo ser o intermediador entre a ciência e a sociedade. É o porta-voz do conhecimento humano, concebido de forma a popularizar a ciência, tornando-a compreensível e permitindo que o público possa criar juízo a respeito. Sua missão é atender às necessidades do cidadão de compreender como e por que as descobertas científicas e tecnológicas afetam, para melhor ou para pior, o seu dia-a-dia. O caráter de formador e educador científico dos meios de comunicação não é apenas reconhecido pelos profissionais da área, é admitido como legítimo há um tempo considerável, no mínimo desde 1978, quando a Comissão Internacional para o Estudo dos Problemas da Comunicação apontou em seu informe provisional: "A função principal da comunicação em ciência e tecnologia é a gestão do saber humano – da memória coletiva – de toda a informação que a sociedade necessita para progredir no mundo moderno."
Honrem seus diplomas
No Brasil cultiva-se o tabu de que certos assuntos são impenetráveis, que não podem ser decifrados ou compreendidos senão por um grupo pequeno de homens, no caso, sábios detentores do conhecimento científico. Este pensamento culturalmente enraizado revela-se extremamente prejudicial aos interesses da sociedade. É de grande importância que o cidadão conheça o potencial de seu país numa área que é estratégica em todos os frontes. Não é concebível que o interesse público se afaste de tal maneira do motor da sociedade moderna a ponto de a atenção com o assunto beirar o descaso. É ainda menos aceitável que os veículos de informação ajudem a agravar o quadro, prestando um desserviço à população, quando deveriam concentrar-se em divulgar o assunto com um mínimo de qualidade e seriedade.
Vale lembrar que o jornalista tem, entre suas atribuições profissionais, um compromisso com o público que supera em muito a ânsia de entretê-lo e de vender edições a todo custo. Entre os parâmetros éticos adotados para garantir a informação embasada e de cunho informativo ou reflexivo, a isenção e o cuidado com a informação deveriam estar acima de todos os outros valores. Não pretendo exigir da IstoÉ uma postura ativa em relação à divulgação científica. Não nutro esperanças de que a dita revista tenha algum potencial para especializar-se em jornalismo científico. O que se pede é apenas o mínimo; se a revista não tem condições profissionais, técnicas ou de qualquer outra ordem para escrever sobre ciência com alguma propriedade, então é melhor que não o faça.
Em suma, peço que os jornalistas da IstoÉ honrem os seus diplomas. A ciência por si só já reúne dificuldades suficientes para difundir-se entre a população, ainda que seus inúmeros resultados benéficos sejam abraçados com rapidez voraz. É necessário deixar claro que o conhecimento científico não precisa enfrentar mais este obstáculo, principalmente vindo de quem deveria ser um de seus mais fortes aliados.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Um tapa de luvas de pelica na Isto É. 

- Aurelio Moraes
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Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Ao dar chance para apenas um dos lados falar sobre o tema, a saber, o lado daqueles que acreditam piamente na comunicação com o mundo dos mortos e não dão a mínima para o que a ciência verdadeira tem a dizer sobre a querela, a revista incorreu em falta gravíssima com o método científico, que perde cada vez mais espaço para as pseudociências, e com o público, que vai engolir a informação errada.
Eu falei! Eu falei!
O "Observatório da Imprensa" é foda.
- Aurelio Moraes
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Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Spitfire, faz uma análise técnica do arquivo wav deste "caso":
Do orkut
EVP vamos falar sobre 02/08/2006 11:46
bom tenho bastante material sobre esse assunto
pois no rio de janeiro tem uma instituição
chamada arautos de uma nova era , e nós praticamos
esse tipo de experimento.
vou desponibilizar 1 pra vcs , lembrando que esse
caso foi um dos mais lindos e emocionantes visto
logo não tem o pq ter medo , pois é impossivel
agora ele ir atrás de vcs ^^' pois
graças a deus ele encontrou seu caminho
previa do caso:
esse rapaz tinha 16 anos quando se matou
por depressão , ele ia a cemitérios
e tudo ,pos era gótico (gótico - um estilo de rock depressivo),
então sua familia não o encontrava
pois ele se matou no cemitério do caju dia 3 de fevereiro
com venenos letais , logo o caso fora solucionado
com esta fita...
demorou 5 horas pra comunicação ser feita com secesso
porém completa.
http://rapidshare.de/files/27944932/mariana.wav.html
dialogo.
(notem que quando o espirito se aproxima aparece ruidos)
obs: essa gravação foi cortada devido aos rituais
(rezas) secretos que sempre fazemos
1: Eu nome é Kaio (o nome do rapaz)
2: morto por mim
3: ngm me ama
4: aki no cemitério do cajú
5: solidão
6: solitário
7: ????? dor
8: sofrimento
9: lagrimas
10: Adeus Mãe
no espiritismo seu espirito fica preso ao seu corpo quando
se comete o suicídio por isso essas palavras tão tristes
e essa voz (chamamos de sem luz) sem luz , caida e morbida
e temos outra gravação deste caso ... mas num posso colocar
espero que gostem...qualquer duvidas eu ensino como fazer a
conexão ... só me procurar ... abraços amigos
Do orkut
- Aurelio Moraes
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Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Por qual "via" isto foi captado? Radio? Telefone?
- Aurelio Moraes
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Re: Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Spitfire escreveu:Por qual "via" isto foi captado? Radio? Telefone?
Ainda não sei, o cara não me falou.
Mas quais são suas impressões gerais?
Será que os espiritóides não se casam de tentar PROVAR a sua fé porra
É tão fácil falar simplesmente eu ACREDITO que a vida continua após a morte eponto final...sem provas...apenas fé...Dessa maneira ninguém poderia falar nada contra.
Mas ao invés disso ficam, que nem essa mulher, querendo provar cietificamente a todo custo sua crença
Tão ficando piores que os criacionistas

É tão fácil falar simplesmente eu ACREDITO que a vida continua após a morte eponto final...sem provas...apenas fé...Dessa maneira ninguém poderia falar nada contra.
Mas ao invés disso ficam, que nem essa mulher, querendo provar cietificamente a todo custo sua crença

Tão ficando piores que os criacionistas

- videomaker
- Mensagens: 8668
- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Spitfire escreveu:Por qual "via" isto foi captado? Radio? Telefone?
RAPAZ ! não é que tão acreditando que vc sabe mesmo a respeito disso ! :emoticon12:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Hã???? É assim que estas antas burras fazem esta porra de EPV?


Eu pensei que era algo minimamente técnico... mas isto já é PALHAÇADA!
Nem vou perder mais meu precioso tempo analisando este monte de escremento.




VTNC!
- Vito Álvaro
- Mensagens: 3872
- Registrado em: 17 Out 2005, 13:14
- Localização: Teixeira de Freitas - Ba
Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
EPV chama Electronic Voice Phenomena. Aff...
Fórum Realidade === EvoWiki -- Primeiro Wiki === O Espiritismo do Cético -- Segundo Wiki
Status: Ocupadíssimo (Se caso queria me falar, mande MP ou Gmail)
Status: Ocupadíssimo (Se caso queria me falar, mande MP ou Gmail)
Re: Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Aurelio Moraes escreveu:Spitfire escreveu:Por qual "via" isto foi captado? Radio? Telefone?
Ainda não sei, o cara não me falou.
Mas quais são suas impressões gerais?
Vou olhar o arquivo agora... tive que dar uma saidinha.
Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Á primeira vista...
Ruído branco proveniente de um recptor de FM fora de sintonia...
Me interessava muito em saber em qual cidade esta gravação foi feita... gostaria de saber qual o nível de poluição de RF (radio frequência).
Estou tentando isolar uma parte do ruído branco como amostra para filtrar todo o ruído branco da gravação e deixar somente os sons da "fala" presentes... estão muito baixo e muito misturados. A princípio a "voz" é bastante grave, parece que alteraram o pitch...
Daqui mais um pouco eu comento com mais propriedade.
Ruído branco proveniente de um recptor de FM fora de sintonia...
Me interessava muito em saber em qual cidade esta gravação foi feita... gostaria de saber qual o nível de poluição de RF (radio frequência).
Estou tentando isolar uma parte do ruído branco como amostra para filtrar todo o ruído branco da gravação e deixar somente os sons da "fala" presentes... estão muito baixo e muito misturados. A princípio a "voz" é bastante grave, parece que alteraram o pitch...
Daqui mais um pouco eu comento com mais propriedade.
Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
"Espírito" se transcomunicando em STEREO.
Como desconfiava, editaram o pitch do áudio (stereo) e mixaram com um ruído branco de um receptor de FM (mono).
Fiz uma filtragem rápida do ruído e tentei deixar apenas a voz do sujeito... dei uma acelerada no áudio
http://rapidshare.de/files/27969991/mariana5.mp3.html
Só tenho uma coisa a dizer.
Diga para esta BURRALDO que ele que trate de tirar o caralho da boca antes de gravar sua voz.
Diga para ele converter a voz dele para mono tambem... voz de "espírito" em stereo é de foder com os culhões de qualquer um.



Como desconfiava, editaram o pitch do áudio (stereo) e mixaram com um ruído branco de um receptor de FM (mono).
Fiz uma filtragem rápida do ruído e tentei deixar apenas a voz do sujeito... dei uma acelerada no áudio
http://rapidshare.de/files/27969991/mariana5.mp3.html
Só tenho uma coisa a dizer.
Diga para esta BURRALDO que ele que trate de tirar o caralho da boca antes de gravar sua voz.


Diga para ele converter a voz dele para mono tambem... voz de "espírito" em stereo é de foder com os culhões de qualquer um.

- Aurelio Moraes
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Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Vou postar lá..
vamos ver se o cara comenta..
mas pelos erros grosseiros de gramática talvez não devamos esperar muito..

vamos ver se o cara comenta..
mas pelos erros grosseiros de gramática talvez não devamos esperar muito..



Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Passa este lá para eles, Aurélio.
http://rapidshare.de/files/27998512/rss_erv.mp3.html
Mensagem:
Estou de novo entre vós.
Vindo de longe para compartilhar das vossas alegrias e dirgir-vos palavras de confiança e de fé
Só não diga (não ainda, vamos ver se os patos, oops, digo, os espíritas caem) que se trata de um discurso de Getúlio Vargas no dia do trabalho de 1940.
Fiz tudo aqui, inclusive o ruído branco.
Diga que é uma EPV do Chico Xavier (ou um outro boiola qualquer
) ... o discurso é bastante convincente.
Pesquise um institutozinho de bosta qualquer, no meio do nada, e invente um laudo de autenticidade qualquer (nada que uns 15 min de photoshop não seja capaz de criar... tenho ate as guarnições de diplomas para te passar se for o caso).

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Só não diga (não ainda, vamos ver se os patos, oops, digo, os espíritas caem) que se trata de um discurso de Getúlio Vargas no dia do trabalho de 1940.
Fiz tudo aqui, inclusive o ruído branco.
Diga que é uma EPV do Chico Xavier (ou um outro boiola qualquer


Pesquise um institutozinho de bosta qualquer, no meio do nada, e invente um laudo de autenticidade qualquer (nada que uns 15 min de photoshop não seja capaz de criar... tenho ate as guarnições de diplomas para te passar se for o caso).



- Aurelio Moraes
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Re: Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Spitfire escreveu:Passa este lá para eles, Aurélio.
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Estou de novo entre vós.
Vindo de longe para compartilhar das vossas alegrias e dirgir-vos palavras de confiança e de fé
Só não diga (não ainda, vamos ver se os patos, oops, digo, os espíritas caem) que se trata de um discurso de Getúlio Vargas no dia do trabalho de 1940.
Fiz tudo aqui, inclusive o ruído branco.
Diga que é uma EPV do Chico Xavier (ou um outro boiola qualquer) ... o discurso é bastante convincente.
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boa..
vou postar!






Eu vou querer dar umas bolachas nos caras, se eles acreditarem!
Cara, faz um com um trecho disso aqui:
Ouça trechos da transmissão JP da trágica derrota do Brasil na final da Copa de 50
http://jovempan.uol.com.br/jpamnew/dest ... pagina=133


















Spitfire escreveu:
Hã???? É assim que estas antas burras fazem esta porra de EPV?![]()
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Eu pensei que era algo minimamente técnico... mas isto já é PALHAÇADA!
Nem vou perder mais meu precioso tempo analisando este monte de escremento.![]()
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VTNC!
Claro que é palhaçada..quem disse que TCI é algo sério?







- Aurelio Moraes
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Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Dando uma fuçada no orkut eu descobri o tal grupo que alega ter feito esta "TCI" que eu postei aqui, spit.
Veja:
Dá pra levar à sério?
Tão de saca, né?
Será que vão me ameaçar com macumba, assim como me ameaçaram com vudu?

Veja:
Dá pra levar à sério?







Tão de saca, né?
Será que vão me ameaçar com macumba, assim como me ameaçaram com vudu?





























- videomaker
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Re: Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Spitfire escreveu:
Hã???? É assim que estas antas burras fazem esta porra de EPV?![]()
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Eu pensei que era algo minimamente técnico... mas isto já é PALHAÇADA!
Nem vou perder mais meu precioso tempo analisando este monte de escremento.![]()
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VTNC!
Ei experto ! veja isso :
O grupo IFRES (L’Institut Français de Recherches et d’Expérimentations Spirites) está utilizando alta tecnologia para captar Transimagens. Utilizando-se de diversas aparelhagens e de laser para melhorar a qualidade das transimagens, eles estão registrando imagens de rostos. O seu website pode ser acessado em http://www.ifres.org. Entretanto, ainda não há maiores informações a nível de detalhes técnicos para que outros pesquisadores possam tentar reproduzir e utilizar esses novos métodos. Mas, é algo para se inspirar e elogiar o que esse grupo frânces vem pesquisando.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- videomaker
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Re: Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Ei AM , tu não gosta dos baianos ?
Já sei só das Baianas ...

Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- videomaker
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Re: Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
[quote="Spitfire"]"Espírito" se transcomunicando em STEREO.
Vamos aprender alguma coisa Exxxxxperto :
A Técnica do Rádio na Transcomunicação:
Sua Origem, Sua História e Seu Uso Hoje
Alexandre de Carvalho Borges - 2006
A técnica do rádio utilizada na Transcomunicação Instrumental foi inventada de modo natural pelo pioneiro do fenômeno das vozes eletrônicas, o cantor e pintor Friedrich Jürgenson. Nessa época ninguém sabia que as vozes poderiam se manifestar através de um rádio e sua introdução na Transcomunicação não foi um procedimento planejado. Pelo contrário, foram as vozes que Jürgenson já vinha gravando através de um microfone acoplado em seu gravador de rolo, que lhe indicaram para que ele passasse a utilizar um rádio. Frequentemente vozes diziam “tome contato com o rádio”. Jürgenson inicialmente não entendia bem o que se significam essas mensagens e ainda não compreendia que um rádio poderia ser um meio de contato com as vozes. Certa vez uma voz de mulher foi registrada em seu gravador dizendo “nós precisamos aumentar o volume das vozes”.
Certa noite Jürgenson revolveu ligar o seu gravador diretamente no rádio e ficou surpreso ao reconhecer uma voz a que ele já estava acostumado a contatar e ouvir em seu gravador. Agora ela aparecia também no aparelho de rádio. Essa voz era, segundo Jürgenson, de uma entidade espiritual chamada Lena, que mais tarde se tornou sua “assistente de rádio” e a quem lhe fornecia os procedimentos para gravar através dele e obter melhores comunicações em qualidade mais audíveis. Nessa primeira gravação usando o rádio, Jürgenson gravou a voz de Lena dizendo: “manter, manter!”. Uma nova etapa da Transcomunicação Instrumental havia nascido a partir de então com o uso do rádio, como um importante e impressionante instrumento de contato. Jürgenson narrou posteriormente em seu livro Sprechfunk Mit Verstorbenen (Telefone para o Além, Civilização Brasileira – 1972) que “pela primeira vez naquele dia, tomei consciência da importância do rádio como ´ponte de comunicação´, e embora esse conhecimento fosse novo para mim e ainda não soubesse como ocorria o fato tecnicamente, tinha a certeza de haver encontrado o caminho certo”. Certamente esse foi um imprescindível passo para a melhoria das transcomunicações futuras e um caminho aberto e descortinado para a melhoria da qualidade das gravações, com vozes registradas em nível de audibilidade de inquestionável clareza.
Com a recente introdução do rádio como novo método para suas gravações, Jürgenson se viu ainda muito confuso e embaralhado ao utilizá-lo. A nova técnica requeria um novo aprendizado, uma boa audição, um rigoroso treinamento e uma concentração dirigida na tarefa. Jürgenson teve que se habituar a toda a problemática inerente ao uso do rádio, como ele próprio narra: “a princípio, mergulhei num verdadeiro caos de sons e ruídos. No meio dessa miscelânea, ouvi música, peças teatrais, cantos, conferências, sinais Morse e os estrondos da perturbadora radiofonia russa”. No meio de todo esse pandemônio sonoro, as vozes se faziam presentes. Com o tempo as vozes já eram mais longas e mais audíveis que as obtidas através do antigo método de utilizar apenas um gravador com microfone. Ainda hoje realmente é fato que o uso do rádio possibilita que as vozes sejam mais claras em audibilidade e suas sentenças sejam maiores.
Friedrich Jurgenson: Pioneiro em registrar características anômalas das vozes.
Foram-se inúmeras gravações realizadas por Jürgenson e vários equívocos na escuta e interpretação, até poder educar seu ouvido para reconhecer as vozes peculiares e seleciona-las dentro de outros ruídos emitidos pelas estações transmissoras terrestres. Seu trabalho era difícil, mas segundo ele, as vozes faziam de tudo para auxiliá-lo. As vozes começaram a se pronunciar em diversos idiomas e ele interpretou essas ocorrências como uma tentativa de chamar-lhe sua atenção e de fazê-lo perceber que aquela voz era diferente das dos locutores convencionais das estações transmissoras terrestres. Realmente um locutor de rádio comum não iria falar aos seus ouvintes, palavras em diversos idiomas numa mesma frase. Como Jürgenson era poliglota, podia compreender as vozes que agora construíam suas mensagens usando palavras em vários idiomas. As vozes também costumavam cantar em vários idiomas, tanto em solo como em coral, na tentativa de, segundo interpretou Jürgenson, se diferenciarem das emissões radiofônicas convencionais. Além disso, as vozes agora empregavam uma espécie de “senha”. Eram palavras ditas para orientar Jürgenson no meio de toda a vozearia do rádio, com o objetivo de funcionar como sinais ou balizas indicando que estavam presentes e que estavam emitindo uma mensagem em determinado trecho da gravação.
Podemos entender as palavras de “senhas” hoje como o chamado “recurso da intencionalidade” das vozes, em se fazer notar e destacarem sua presença em determinado trecho de uma gravação. Em termos amplos, podemos entender como a intenção das vozes em chamar a atenção do transcomunicador e de fazê-lo certificar que não está enganado em sua interpretação ao pensar que sua gravação seja apenas um fenômeno ordinário, como por exemplo, uma estação terrestre qualquer. A intenção é garantir de que realmente está contatando um outro nível de consciência humana, uma entidade espiritual. Frequentemente as vozes citam o nome do transcomunicador e usam palavras-chave que somente ele sabe. Esse é o recurso da intencionalidade por parte das vozes e sua manifestação não pode ser explicada como uma interferência de uma rádio local ou estrangeira qualquer. Frequentemente os transcomunicadores provocam o fenômeno nesse sentido, saudando-o com uma “boa noite” em suas gravações, na esperança de ouvir uma recíproca por parte das vozes e obterem uma certeza que estão em contato direto. Ou mesmo, os transcomunicadores mencionam palavras-chave (as senhas de Jürgenson) para que as vozes repitam nas gravações a mesma palavra-chave, com o objetivo de certificarem a presença de um conteúdo dirigido intencionalmente ao transcomunicador e não uma emissão qualquer perdida no espaço que foi captada ali no gravador.
Jürgenson menciona que não teria avançado tanto em seu trabalho com o uso do rádio se não tivesse a sempre presente entidade espiritual Lena, ao qual tinha a tarefa de ser a sua “assistente de rádio”. Ela orientava Jürgenson falando as palavras de senha e indicando qual onda sintonizar. Sempre paciente, encoraja Jürgenson em seus momentos mais difíceis. Com o passar do tempo e de muitas gravações transcorridas, Jürgenson notou a existência de um fenômeno peculiar no modo como as vozes eram construídas e se tornavam audíveis na fitas do seu gravador de rolo. Percebeu que as entidades tinham habilidades incríveis e construíam suas vozes modulando instantaneamente os sons existentes de uma transmissão radiofônica. Era a “metamorfose” sonora que transformava alguns sons em vozes. Jürgenson observou que alguns sons que eram transmitidos pelo rádio ou mesmo a própria voz de locutores em várias estações, eram manipulados e modulados pelas entidades como matéria-prima para a criação das suas vozes.
Em verdade, esse notável fenômeno já havia sido observado pelo mesmo Jürgenson usando apenas seu método inicial de microfone e gravador. Quando certa feita ele estava fazendo suas habituais gravações, um cão ao longe latiu algumas vezes. Ao ouvir a fita, notou que o ruído do latido havia dado lugar a uma voz. Naturalmente essas modulações não são percebidas em tempo real e só são notadas quando da reprodução da fita gravada. Jürgenson descobrira através da observação e experimentação um dos pilares da Transcomunicação Instrumental, que está em voga até hoje. A teoria desde então se estabeleceu até o presente momento e diz que o ruído de fundo que nós fornecemos em nossas gravações, são modulados pelas entidades espirituais com a finalidade de construírem suas vozes. A depender do ruído fornecido, as vozes podem ganhar maior clareza e qualidade ou ficarem quase inaudíveis e muito ruidosas. Muitos outros transcomunicadores em anos posteriores notaram com espanto a mesma habilidade das vozes em modular sons e até outros acharam que tinham feito tal original descoberta. Na verdade, estavam apenas redescobrindo a roda! Vemos que na verdade foi o Jürgenson o pioneiro e descobridor de muitas das anomalias observadas nas vozes.
Jürgenson observou também através do rádio, modulações sonoras similares e passou a denominar a habilidade de algumas dessas vozes, em metamorfosear sons existentes, de copistas (imitador) e popser (repentista ou improvisador). O papel dos copistas era atribuído na técnica da fala e na modulação da voz falada. Os repentistas tinham destreza na vibração das músicas e do canto. Esses nomes certamente não foram atribuídos ao acaso. Jürgenson era cantor e seguramente sua aptidão artística foi um forte aliado no seu trabalho ao ouvir e analisar as gravações de vozes como um todo. Jürgenson até teorizava de como as entidades espirituais conseguiam tal proeza, afirmando que “aproveitam a enorme vantagem de sua posição acima e fora do tempo, eles são capazes de modificar sílabas e palavras de locutores radiofônicos ou os sons de quaisquer instrumentos musicais”. Eles conseguiam modificar apenas o texto, mas não o som vocal do locutor. Hoje em dia também são notadas essas permutas vocais, mas os nomes criados por Jürgenson não se fixaram no tempo.
Assim, com esse novo método de contato pelo rádio, Jürgenson gravou centenas de fitas e nunca mais abandonou o uso dele. Até hoje os transcomunicadores usam o rádio em preferência ao método que utiliza apenas o microfone. Certamente ficou demonstrado que com o uso do rádio na pesquisa da Transcomunicação Instrumental, existiam mais vantagens do que desvantagens em relação ao método inicial de gravação apenas com microfone e gravador. Podemos listar algumas vantagens freqüentes do uso do rádio:
· Maior audibilidade das vozes;
· Maior qualidade das vozes;
· Maior número de palavras em uma sentença;
· Maior a duração em tempo de uma sentença;
· Possibilidade de comunicação bidirecional em tempo real com a voz audível no ambiente.
São diversas as técnicas com o uso do rádio. A clássica técnica é dispor o rádio fora de sintonia, colocando seu dial entre duas estações, o que emitirá um característico chiado chamado de ruído branco. Entretanto, a técnica de maior preferência entre os transcomunicadores é sintonizar o rádio numa estação de locução de idioma que o transcomunicador não domine, como uma estação estrangeira. Essa técnica foi muito utilizada por Friedrich Jürgenson e foi através dela que ele pôde notar as interferências dos copistas e repentistas, que modificavam a narração da locução local e inseriam uma mensagem pessoal para ele. Uma freqüência em particular ficou conhecida como “a onda de Jürgenson”, onde as vozes lhe indicaram para sintonizar em 1480 KHz, entre as rádios de Moscou e Viena. Outro pesquisador, o alemão Hans Otto König, preferia sintonizar nas ondas curtas, em 31 metros (10MHz) e 41 metros (7 MHz). Praticamente foram obtidos resultados com gravações de vozes em diversas freqüências, tanto em ondas curtas, ondas médias, ondas longas ou mesmo a mistura de diversas freqüências, como a técnica da banda larga (faixa larga). É por isso que alguns pesquisadores preferem dispor de mais de um rádio ao mesmo tempo no momento de sua gravação. Sintonizam cada rádio em diversas freqüências e ondas com o objetivo de se proporcionar uma maior variedade para que as vozes se manifestem.
Friedrich Jurgenson: Inventou a técnica do rádio na Transcomunicação, usada até hoje.
Há recomendações atuais para se abandonar o uso do rádio na transcomunicação, em preferência a outros dispositivos de melhor e mais seguro controle e que teoricamente proporcionam resultados similares. A alegação é de que com o uso do rádio, o transcomunicador pode facilmente se enganar e cometer falsas interpretações. Por exemplo, na técnica da rádio estrangeira o transcomunicador pode interpretar palavras ditas pelo locutor como autênticas vozes vindas do Além. Já na técnica do ruído branco, a sintonização inter-estações pode não ter sido bem localizada e proporcionaria o risco de esporádicas interferências de algumas das estações entrarem na gravação, fazendo o transcomunicador interpretar como vozes vindas do ruído. Realmente o uso do rádio proporciona um cenário de erros, má interpretação de sentenças e absolutamente nenhuma segurança científica de uma amostra controle. O próprio Jürgenson já alertava para isto, dizendo ser umas das mais árduas tarefas. Por isso ele acreditou ser essa uma das razões para que as vozes passarem a lhe enviar “senhas”, chamar pelo seu nome e falar-lhe em diversos idiomas. Tinha como um dos objetivos, lhe situar no meio de todos os ruídos e locuções incontroláveis. O “recurso da intencionalidade” lhe dava a garantia que não estava apenas se enganando.
Abandonar o uso do rádio nas transcomunicações e utilizar fitas pré-gravadas com vozes é a recomendação de alguns transcomunicadores para a solução da falta de controle e parâmetros. As fitas pré-gravadas são chamadas de “fitas conservas” e são utilizadas na Transcomunicação há muitos anos com o objetivo de substituir o uso do rádio em determinados momentos. Ao utilizar uma fita com sons pré-gravados no lugar do rádio, ou seja, como fonte produtora do ruído de fundo, ela atingirá o objetivo de ser uma amostra controle, sem perder os mesmos bons resultados. Após uma sessão de gravação, bastaria observar se alguma voz apareceu na fita do experimento e compara-la com a fita da amostra controle. O problema maior em se abandonar o rádio é suprimir uma parcela das características da fenomenologia. São ocorrências esporádicas e raras em que as vozes são audíveis pelo alto-falante dos rádios em tempo real no ambiente e pode-se tentar estabelecer uma comunicação bidirecional. Abandonar completamente o rádio seria “calar” algumas características interessantes apresentadas pelas vozes. Apesar de um raro acontecimento, alguns poucos transcomunicadores no mundo recebem em seus rádios a manifestação dessas vozes de modo constante e corriqueiro. Para eles, abandonar o uso dos rádios seria impensável.
Portanto vimos que o uso do rádio foi um avanço na Transcomunicação Instrumental e até hoje é utilizado por grande parte dos pesquisadores e entusiastas do tema. O próximo patamar da Transcomunicação Instrumental seria inventar um dispositivo que o substituísse. Um dispositivo que trouxesse os mesmos ou melhores resultados e que fosse um meio passível de controle científico após o término de cada sessão de gravação. Certamente pelo andar da evolução das pesquisas, esse dispositivo não seria impossível de ser inventado. O futuro dirá.



Vamos aprender alguma coisa Exxxxxperto :
A Técnica do Rádio na Transcomunicação:
Sua Origem, Sua História e Seu Uso Hoje
Alexandre de Carvalho Borges - 2006
A técnica do rádio utilizada na Transcomunicação Instrumental foi inventada de modo natural pelo pioneiro do fenômeno das vozes eletrônicas, o cantor e pintor Friedrich Jürgenson. Nessa época ninguém sabia que as vozes poderiam se manifestar através de um rádio e sua introdução na Transcomunicação não foi um procedimento planejado. Pelo contrário, foram as vozes que Jürgenson já vinha gravando através de um microfone acoplado em seu gravador de rolo, que lhe indicaram para que ele passasse a utilizar um rádio. Frequentemente vozes diziam “tome contato com o rádio”. Jürgenson inicialmente não entendia bem o que se significam essas mensagens e ainda não compreendia que um rádio poderia ser um meio de contato com as vozes. Certa vez uma voz de mulher foi registrada em seu gravador dizendo “nós precisamos aumentar o volume das vozes”.
Certa noite Jürgenson revolveu ligar o seu gravador diretamente no rádio e ficou surpreso ao reconhecer uma voz a que ele já estava acostumado a contatar e ouvir em seu gravador. Agora ela aparecia também no aparelho de rádio. Essa voz era, segundo Jürgenson, de uma entidade espiritual chamada Lena, que mais tarde se tornou sua “assistente de rádio” e a quem lhe fornecia os procedimentos para gravar através dele e obter melhores comunicações em qualidade mais audíveis. Nessa primeira gravação usando o rádio, Jürgenson gravou a voz de Lena dizendo: “manter, manter!”. Uma nova etapa da Transcomunicação Instrumental havia nascido a partir de então com o uso do rádio, como um importante e impressionante instrumento de contato. Jürgenson narrou posteriormente em seu livro Sprechfunk Mit Verstorbenen (Telefone para o Além, Civilização Brasileira – 1972) que “pela primeira vez naquele dia, tomei consciência da importância do rádio como ´ponte de comunicação´, e embora esse conhecimento fosse novo para mim e ainda não soubesse como ocorria o fato tecnicamente, tinha a certeza de haver encontrado o caminho certo”. Certamente esse foi um imprescindível passo para a melhoria das transcomunicações futuras e um caminho aberto e descortinado para a melhoria da qualidade das gravações, com vozes registradas em nível de audibilidade de inquestionável clareza.
Com a recente introdução do rádio como novo método para suas gravações, Jürgenson se viu ainda muito confuso e embaralhado ao utilizá-lo. A nova técnica requeria um novo aprendizado, uma boa audição, um rigoroso treinamento e uma concentração dirigida na tarefa. Jürgenson teve que se habituar a toda a problemática inerente ao uso do rádio, como ele próprio narra: “a princípio, mergulhei num verdadeiro caos de sons e ruídos. No meio dessa miscelânea, ouvi música, peças teatrais, cantos, conferências, sinais Morse e os estrondos da perturbadora radiofonia russa”. No meio de todo esse pandemônio sonoro, as vozes se faziam presentes. Com o tempo as vozes já eram mais longas e mais audíveis que as obtidas através do antigo método de utilizar apenas um gravador com microfone. Ainda hoje realmente é fato que o uso do rádio possibilita que as vozes sejam mais claras em audibilidade e suas sentenças sejam maiores.
Friedrich Jurgenson: Pioneiro em registrar características anômalas das vozes.
Foram-se inúmeras gravações realizadas por Jürgenson e vários equívocos na escuta e interpretação, até poder educar seu ouvido para reconhecer as vozes peculiares e seleciona-las dentro de outros ruídos emitidos pelas estações transmissoras terrestres. Seu trabalho era difícil, mas segundo ele, as vozes faziam de tudo para auxiliá-lo. As vozes começaram a se pronunciar em diversos idiomas e ele interpretou essas ocorrências como uma tentativa de chamar-lhe sua atenção e de fazê-lo perceber que aquela voz era diferente das dos locutores convencionais das estações transmissoras terrestres. Realmente um locutor de rádio comum não iria falar aos seus ouvintes, palavras em diversos idiomas numa mesma frase. Como Jürgenson era poliglota, podia compreender as vozes que agora construíam suas mensagens usando palavras em vários idiomas. As vozes também costumavam cantar em vários idiomas, tanto em solo como em coral, na tentativa de, segundo interpretou Jürgenson, se diferenciarem das emissões radiofônicas convencionais. Além disso, as vozes agora empregavam uma espécie de “senha”. Eram palavras ditas para orientar Jürgenson no meio de toda a vozearia do rádio, com o objetivo de funcionar como sinais ou balizas indicando que estavam presentes e que estavam emitindo uma mensagem em determinado trecho da gravação.
Podemos entender as palavras de “senhas” hoje como o chamado “recurso da intencionalidade” das vozes, em se fazer notar e destacarem sua presença em determinado trecho de uma gravação. Em termos amplos, podemos entender como a intenção das vozes em chamar a atenção do transcomunicador e de fazê-lo certificar que não está enganado em sua interpretação ao pensar que sua gravação seja apenas um fenômeno ordinário, como por exemplo, uma estação terrestre qualquer. A intenção é garantir de que realmente está contatando um outro nível de consciência humana, uma entidade espiritual. Frequentemente as vozes citam o nome do transcomunicador e usam palavras-chave que somente ele sabe. Esse é o recurso da intencionalidade por parte das vozes e sua manifestação não pode ser explicada como uma interferência de uma rádio local ou estrangeira qualquer. Frequentemente os transcomunicadores provocam o fenômeno nesse sentido, saudando-o com uma “boa noite” em suas gravações, na esperança de ouvir uma recíproca por parte das vozes e obterem uma certeza que estão em contato direto. Ou mesmo, os transcomunicadores mencionam palavras-chave (as senhas de Jürgenson) para que as vozes repitam nas gravações a mesma palavra-chave, com o objetivo de certificarem a presença de um conteúdo dirigido intencionalmente ao transcomunicador e não uma emissão qualquer perdida no espaço que foi captada ali no gravador.
Jürgenson menciona que não teria avançado tanto em seu trabalho com o uso do rádio se não tivesse a sempre presente entidade espiritual Lena, ao qual tinha a tarefa de ser a sua “assistente de rádio”. Ela orientava Jürgenson falando as palavras de senha e indicando qual onda sintonizar. Sempre paciente, encoraja Jürgenson em seus momentos mais difíceis. Com o passar do tempo e de muitas gravações transcorridas, Jürgenson notou a existência de um fenômeno peculiar no modo como as vozes eram construídas e se tornavam audíveis na fitas do seu gravador de rolo. Percebeu que as entidades tinham habilidades incríveis e construíam suas vozes modulando instantaneamente os sons existentes de uma transmissão radiofônica. Era a “metamorfose” sonora que transformava alguns sons em vozes. Jürgenson observou que alguns sons que eram transmitidos pelo rádio ou mesmo a própria voz de locutores em várias estações, eram manipulados e modulados pelas entidades como matéria-prima para a criação das suas vozes.
Em verdade, esse notável fenômeno já havia sido observado pelo mesmo Jürgenson usando apenas seu método inicial de microfone e gravador. Quando certa feita ele estava fazendo suas habituais gravações, um cão ao longe latiu algumas vezes. Ao ouvir a fita, notou que o ruído do latido havia dado lugar a uma voz. Naturalmente essas modulações não são percebidas em tempo real e só são notadas quando da reprodução da fita gravada. Jürgenson descobrira através da observação e experimentação um dos pilares da Transcomunicação Instrumental, que está em voga até hoje. A teoria desde então se estabeleceu até o presente momento e diz que o ruído de fundo que nós fornecemos em nossas gravações, são modulados pelas entidades espirituais com a finalidade de construírem suas vozes. A depender do ruído fornecido, as vozes podem ganhar maior clareza e qualidade ou ficarem quase inaudíveis e muito ruidosas. Muitos outros transcomunicadores em anos posteriores notaram com espanto a mesma habilidade das vozes em modular sons e até outros acharam que tinham feito tal original descoberta. Na verdade, estavam apenas redescobrindo a roda! Vemos que na verdade foi o Jürgenson o pioneiro e descobridor de muitas das anomalias observadas nas vozes.
Jürgenson observou também através do rádio, modulações sonoras similares e passou a denominar a habilidade de algumas dessas vozes, em metamorfosear sons existentes, de copistas (imitador) e popser (repentista ou improvisador). O papel dos copistas era atribuído na técnica da fala e na modulação da voz falada. Os repentistas tinham destreza na vibração das músicas e do canto. Esses nomes certamente não foram atribuídos ao acaso. Jürgenson era cantor e seguramente sua aptidão artística foi um forte aliado no seu trabalho ao ouvir e analisar as gravações de vozes como um todo. Jürgenson até teorizava de como as entidades espirituais conseguiam tal proeza, afirmando que “aproveitam a enorme vantagem de sua posição acima e fora do tempo, eles são capazes de modificar sílabas e palavras de locutores radiofônicos ou os sons de quaisquer instrumentos musicais”. Eles conseguiam modificar apenas o texto, mas não o som vocal do locutor. Hoje em dia também são notadas essas permutas vocais, mas os nomes criados por Jürgenson não se fixaram no tempo.
Assim, com esse novo método de contato pelo rádio, Jürgenson gravou centenas de fitas e nunca mais abandonou o uso dele. Até hoje os transcomunicadores usam o rádio em preferência ao método que utiliza apenas o microfone. Certamente ficou demonstrado que com o uso do rádio na pesquisa da Transcomunicação Instrumental, existiam mais vantagens do que desvantagens em relação ao método inicial de gravação apenas com microfone e gravador. Podemos listar algumas vantagens freqüentes do uso do rádio:
· Maior audibilidade das vozes;
· Maior qualidade das vozes;
· Maior número de palavras em uma sentença;
· Maior a duração em tempo de uma sentença;
· Possibilidade de comunicação bidirecional em tempo real com a voz audível no ambiente.
São diversas as técnicas com o uso do rádio. A clássica técnica é dispor o rádio fora de sintonia, colocando seu dial entre duas estações, o que emitirá um característico chiado chamado de ruído branco. Entretanto, a técnica de maior preferência entre os transcomunicadores é sintonizar o rádio numa estação de locução de idioma que o transcomunicador não domine, como uma estação estrangeira. Essa técnica foi muito utilizada por Friedrich Jürgenson e foi através dela que ele pôde notar as interferências dos copistas e repentistas, que modificavam a narração da locução local e inseriam uma mensagem pessoal para ele. Uma freqüência em particular ficou conhecida como “a onda de Jürgenson”, onde as vozes lhe indicaram para sintonizar em 1480 KHz, entre as rádios de Moscou e Viena. Outro pesquisador, o alemão Hans Otto König, preferia sintonizar nas ondas curtas, em 31 metros (10MHz) e 41 metros (7 MHz). Praticamente foram obtidos resultados com gravações de vozes em diversas freqüências, tanto em ondas curtas, ondas médias, ondas longas ou mesmo a mistura de diversas freqüências, como a técnica da banda larga (faixa larga). É por isso que alguns pesquisadores preferem dispor de mais de um rádio ao mesmo tempo no momento de sua gravação. Sintonizam cada rádio em diversas freqüências e ondas com o objetivo de se proporcionar uma maior variedade para que as vozes se manifestem.
Friedrich Jurgenson: Inventou a técnica do rádio na Transcomunicação, usada até hoje.
Há recomendações atuais para se abandonar o uso do rádio na transcomunicação, em preferência a outros dispositivos de melhor e mais seguro controle e que teoricamente proporcionam resultados similares. A alegação é de que com o uso do rádio, o transcomunicador pode facilmente se enganar e cometer falsas interpretações. Por exemplo, na técnica da rádio estrangeira o transcomunicador pode interpretar palavras ditas pelo locutor como autênticas vozes vindas do Além. Já na técnica do ruído branco, a sintonização inter-estações pode não ter sido bem localizada e proporcionaria o risco de esporádicas interferências de algumas das estações entrarem na gravação, fazendo o transcomunicador interpretar como vozes vindas do ruído. Realmente o uso do rádio proporciona um cenário de erros, má interpretação de sentenças e absolutamente nenhuma segurança científica de uma amostra controle. O próprio Jürgenson já alertava para isto, dizendo ser umas das mais árduas tarefas. Por isso ele acreditou ser essa uma das razões para que as vozes passarem a lhe enviar “senhas”, chamar pelo seu nome e falar-lhe em diversos idiomas. Tinha como um dos objetivos, lhe situar no meio de todos os ruídos e locuções incontroláveis. O “recurso da intencionalidade” lhe dava a garantia que não estava apenas se enganando.
Abandonar o uso do rádio nas transcomunicações e utilizar fitas pré-gravadas com vozes é a recomendação de alguns transcomunicadores para a solução da falta de controle e parâmetros. As fitas pré-gravadas são chamadas de “fitas conservas” e são utilizadas na Transcomunicação há muitos anos com o objetivo de substituir o uso do rádio em determinados momentos. Ao utilizar uma fita com sons pré-gravados no lugar do rádio, ou seja, como fonte produtora do ruído de fundo, ela atingirá o objetivo de ser uma amostra controle, sem perder os mesmos bons resultados. Após uma sessão de gravação, bastaria observar se alguma voz apareceu na fita do experimento e compara-la com a fita da amostra controle. O problema maior em se abandonar o rádio é suprimir uma parcela das características da fenomenologia. São ocorrências esporádicas e raras em que as vozes são audíveis pelo alto-falante dos rádios em tempo real no ambiente e pode-se tentar estabelecer uma comunicação bidirecional. Abandonar completamente o rádio seria “calar” algumas características interessantes apresentadas pelas vozes. Apesar de um raro acontecimento, alguns poucos transcomunicadores no mundo recebem em seus rádios a manifestação dessas vozes de modo constante e corriqueiro. Para eles, abandonar o uso dos rádios seria impensável.
Portanto vimos que o uso do rádio foi um avanço na Transcomunicação Instrumental e até hoje é utilizado por grande parte dos pesquisadores e entusiastas do tema. O próximo patamar da Transcomunicação Instrumental seria inventar um dispositivo que o substituísse. Um dispositivo que trouxesse os mesmos ou melhores resultados e que fosse um meio passível de controle científico após o término de cada sessão de gravação. Certamente pelo andar da evolução das pesquisas, esse dispositivo não seria impossível de ser inventado. O futuro dirá.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- Aurelio Moraes
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Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
vm, essa merda que você postou aí (e nem deve ter lido) não resolve a farsa tosca da gravação em estereo que ficou demonstrada.
Fale com suas próprias palavras o que você entendeu do texto e como você explica o fato do arquivo ser grosseiramente editado.
Por que você não admite logo que você tem fé nesse negócio e pronto, acabou? É simples.Fala que acredita, fala que sua fé diz que só pode ser real e pronto. Tão simples!
Fale com suas próprias palavras o que você entendeu do texto e como você explica o fato do arquivo ser grosseiramente editado.
Por que você não admite logo que você tem fé nesse negócio e pronto, acabou? É simples.Fala que acredita, fala que sua fé diz que só pode ser real e pronto. Tão simples!
- videomaker
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Re: Re.: REVISTA ISTO É - TRANSCOMUNICAÇÃO E CIÊNCIA
Aurelio Moraes escreveu:vm, essa merda que você postou aí (e nem deve ter lido) não resolve a farsa tosca da gravação em estereo que ficou demonstrada.
Fale com suas próprias palavras o que você entendeu do texto e como você explica o fato do arquivo ser grosseiramente editado.
Por que você não admite logo que você tem fé nesse negócio e pronto, acabou? É simples.Fala que acredita, fala que sua fé diz que só pode ser real e pronto. Tão simples!
AM , vc me pede uma coisa que vc nunca fez !
Ou vc se esquece que é o homem do post cop do zangari ?
Faz o seguinte, vai lá discutir com o cara que é tecnico !
Que MANÉ explicação o que ...
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)