Botanico escreveu:Seu Castelo é o seguinte: essa conclusão não se chega para quem olha superficialmente a coisa ou que tenha motivos de crença para afirmar que tudo isso nada prova.
Aqueles que se envolveram com a coisa e que obtiveram provas PESSOAIS, seja por reconhecerem nessas formas, fotos, mensagens, etc que ali estava o espírito de um parente falecido, puderam chegar à conclusão de que a continuidade da consciência após a forte é factual. Mas esse tipo de prova não é transferível. É de se analisar as circunstâncias do relato e sua consistência e considerá-lo ou não. Coisa, é óbvio, que os céticos não querem fazer, pois se escudam atrás da alegação de "evidência anedota". Relatos, para os céticos, só são válidos se avacalharem os médiuns e cientistas que os estudaram. Aí, neste caso, qualquer tolice absurda é válida, não importa o quão anedótica seja.
Como você disse bem, são apenas experiências pessoais, e pronto!
Não vale pra todo mundo, apenas alguns felizardos providos de muita imaginação conseguem observar coisas que dentro do senso comum são totalmente bizarras!
Botanico escreveu:Como eu disse, deve-se analisar a consistência do relato para, ao menos, ver se é verossível ou não. No caso aí da ressurreição de Jesus, temos uma estorieta absurda no último capítulo de Mateus, onde os sacerdotes pedem a Pilatos (o mesmo que os desacatou ao colocar o título na cruz de Jesus, chamando-o de Rei dos Judeus) uma guarda para vigiar o túmulo, para evitar que os discípulos roubassem o corpo de Jesus e anunciassem que ele ressuscitou. Para começar, os sacerdotes teriam de ACREDITAR na lenda da ressurreição para supor isso; depois, por que eles mesmos não providenciaram os guardas? Por que pediram isso a Pilatos?
Pois bem, este arranjou os guardas e eles testemunharam a ressurreição do dito-cujo e, amedrontados, foram contar isso... aos sacerdotes. Os sacerdotes eram autoridades para o fanático povo judeu; para os romanos eles eram OTORIDADES. Se tivessem de contar a coisa, diriam ao seu centurião imediato. E o mais ridículo vem depois: os sacerdotes ofereceram uma "baba" aos guardas para que contassem que dormiram em serviço e os discípulos vieram à noite e roubaram o corpo. E até disseram para não ter medo, pois eles confirmariam o relato. Bem, o Pedro foi aprisionado anos depois e foi liberto pelos anjos dessa prisão, antes da sua execução. Que aconteceu aos guardas? Foram todos MORTOS. E o que acha que aconteceria a esses guardas se contassem que DURMIRAM EM SERVIÇO e o que deviam impedir de acontecer, aconteceu? E quem acreditaria neles? Como convencer que rolaram uma rocha de um sepulcro sem acordá-los? Como os sacerdotes iriam confirmar a mentira, se nem estavam lá?
Percebe, portanto, o quanto a história da ressurreição de Jesus é absurda? Isso aí é um típico "anekdote", termo inglês mal traduzido para "evidência anedota". Pena que os céticos querem nivelar as pesquisas mediúnicas a esse mesmo tipo de anekdote. Mas as diferenças são consideráveis:
1) As pesquisas foram feitas por cientistas QUE NEM ERAM ESPÍRITAS e, em geral, só aderiram ao Espiritismo depois de anos de pesquisa e quando chegaram à conclusão de que não havia por onde explicar os fenômenos, senão com a intervenção dos espíritos.
2) Foram CENTENAS de cientistas, muitos trabalhando de forma independente, em países diferentes, em épocas diferentes e com médiuns diferentes. E chegaram a resultados semelhantes.
3) A isso, os céticos só conseguem argumentar que os cientistas poderiam mentir. Na opinião deles isso PROVA que eles mentiram. Argumentam também que o médium podia ser um hábil farsista e, da mesma forma, isso PROVA que eram mesmo hábeis farsistas.
A única coisa que posso fazer com essa mentalidade tacanha da comunidade cética é me divertir com ela.
É isso.
Citei a ressurreição de jesus apenas como um caso típico em que apenas os que faziam parte da sua organização foram os que observaram tal fenômeno, um disse o outro, contou que foi assim e por aí vai...
Não é muito diferente de uma outra crença que abrange um número de seguidores cujos pilares de sustentação é tão somente isso, fé.
No que tange a pesquisa no campo espírito-materializações, se foram realmente corroboradas por uma gama considerável de cientistas, os outros institutos que promovem a verdadeira ciência dentro de controles rígidos aplicando o método científico, estão sendo muitíssimos injustos com tais dados verificados, VISTO QUE OS MESMOS PODEM SER REPRODUZIDOS!
Quanto a não ter respostas para muitas questões isso é perfeitamente normal dentro da ciência, não temos respostas
por enquanto e pronto!
Agora, quando se mergulha em dogmas religiosos, quando se ver as coisas no plano metafísico, a resposta para uma possível questão sem resposta pode ser qualquer uma – deus, estraterrestres, ESPÍRITOS...
Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
Henri Poincaré (1854-1912)
Quando se coloca o centro de gravida da vida não na vida, mas no "além"-no nada-, tira-se à vida o seu centro de gravidade.
Nietzsche - O Anticristo.