Contradições de Lula
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Contradições de Lula
CANDIDATO À REELEIÇÃO, O PRESIDENTE LULA NA PRÁTICA ADOTOU ONTEM, NA ENTREVISTA AO “JORNAL NACIONAL”, O TOM ESQUEÇAM O QUE EU DISSE. O PETISTA NEGOU, ERROU OU SE CONTRADISSE SOBRE QUESTÕES IMPORTANTES DE SEU GOVERNO:
"O Globo" 11/08/2006
DIRCEU E PALOCCI: Lula disse que demitiu os dois ministros para afirmar que pune quem comete erros. Nos dois casos, porém, ele resistiu o quanto pôde a evidências e à participação tanto de Dirceu, no caso do mensalão, como de Palocci, no escândalo do caseiro. Dirceu já tinha sobrevivido ao caso Waldomiro Diniz. E só se afastou do cargo de chefe da Casa Civil quando sua permanência lá tornara-se insustentável pela pressão das investigações das CPIs. Mesmo assim, pediu demissão. No caso de Palocci, Lula aceitou seu pedido de afastamento - e também apenas quando já não dava mais para negar a participação do então ministro da Fazenda na violação ilegal do sigilo bancário do caseiro que o acusara.
MÁCULA DO PT: Ontem Lula disse que os escândalos do valerioduto e do mensalão “não maculam” o PT, mas as pessoas. As pessoas a que o presidente se refere, porém, eram toda a cúpula de seu partido - o presidente, o secretário-geral, o tesoureiro. Sobre qualquer um deles, inclusive, o presidente não ensaiou ontem qualquer defesa. A culpa é dos outros - pessoas - não do PT nem dele, disse nas entrelinhas.
TRAIDORES: Novamente se recusou a citar os nomes dos que supostamente o traíram.
CPIs: Foi impreciso ao dizer que nunca pediu punição para alguém ainda não condenado. Quando era oposição, ele fez isso em diversos episódios, inclusive com hoje aliados seus como Jader Barbalho, acusado de fraudes contra a Sudam e que hoje integra o conselho político de sua campanha e até opina sobre ética.
CGU: Disse que foi ele quem criou a Controladoria Geral da União, que na verdade foi criada em 2001 pelo presidente Fernando Henrique.
OKAMOTTO: Ao falar do pagamento da dívida de R$29,4 mil com o PT, paga por seu amigo Paulo Okamotto, alegou que este errou ao não descontar na rescisão do contrato com o PT. Minutos depois, porém, disse que não pagou porque não havia dívida. E não explicou por que, tendo patrimônio de quase R$1 milhão, deixou Okamotto pagar.
CANDIDATO TENTOU SE EQUILIBRAR ENTRE A FIDELIDADE AOS ‘IRMÃOS’ E A NECESSIDADE DE CONVENCER O ELEITORADO DE QUE NADA SABIA SOBRE O MENSALÃO
Tenso, Lula procura se distanciar de aliados
Luiz Inácio Lula da Silva é um candidato preocupado em se desvencilhar de amigos e aliados nesta campanha eleitoral. Aos olhos dos eleitores, pelo menos.
Ontem, em entrevista à Rede Globo, Lula tentou manter distância de antigos aliados, com os quais governou o Partido dos Trabalhadores até à chegada ao centro do poder, em 2003. O caso do mensalão “não macula o PT”, disse Lula, “pode macular pessoas”.
Referia-se a alguns dos companheiros da cúpula petista que, em janeiro de 2003, subiram com ele a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília: os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, o ex-presidente do seu partido José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e seu secretário de finanças pessoais, Paulo Okamotto, entre outros.
Visivelmente nervoso diante das luzes e lentes da televisão, Lula tentou se livrar do “peso” que, eventualmente, aliados como esses possam ter na sua eleição.
Titubeante, mostrou-se contraditório. Primeiro, atribuiu responsabilidade pelo mensalão aos fiéis aliados (“lamento profundamente que companheiros tenham feito coisas que ainda vão ser julgadas”). Em seguida, considerou-se responsável (“por qualquer erro que qualquer funcionário público cometa no Brasil”).
O candidato à reeleição quis apresentar um presidente da República vigilante, incisivo e decidido e afirmou ter demitido os ministros Dirceu e Palocci. Os arquivos do Planalto guardam os originais das cartas de ambos - e eles jamais foram demitidos pelo chefe, pediram demissão depois de prolongada agonia na Casa Civil (Dirceu) e na Fazenda (Palocci).
Também tentou passar a impressão de um presidente absolutamente isento e fiel seguidor do princípio de não interferência nos demais poderes da República. Mas não foi exatamente isso o que ocorreu nas investigações do Congresso sobre o caso do mensalão.
O governo empenhou todos os esforços para, primeiro, impedir a Comissão Parlamentar de Inquérito. Depois, para retardar o processo de investigação - bancos estatais e fundos de pensão, por exemplo, foram alvo de seguidas queixas do comando da CPI.
Houve momentos em que senadores e deputados encarregados da investigação precisaram recorrer à ajuda do procurador-geral da República para conseguir que órgãos federais apresentassem documentos solicitados três meses antes. O governo Lula nunca facilitou as investigações da CPI dos Correios, ao contrário, como registram os anais da comissão.
Ontem, na televisão, Lula mostrou-se um candidato tenso, quase à beira de um ataque de nervos, tentando se equilibrar entre a fidelidade aos “irmãos”- como costumava se referir, em público, a Palocci e Genoino - e a necessidade de fazer o eleitorado acreditar que nada sabia, por era apenas o presidente da República.
"O Globo" 11/08/2006
DIRCEU E PALOCCI: Lula disse que demitiu os dois ministros para afirmar que pune quem comete erros. Nos dois casos, porém, ele resistiu o quanto pôde a evidências e à participação tanto de Dirceu, no caso do mensalão, como de Palocci, no escândalo do caseiro. Dirceu já tinha sobrevivido ao caso Waldomiro Diniz. E só se afastou do cargo de chefe da Casa Civil quando sua permanência lá tornara-se insustentável pela pressão das investigações das CPIs. Mesmo assim, pediu demissão. No caso de Palocci, Lula aceitou seu pedido de afastamento - e também apenas quando já não dava mais para negar a participação do então ministro da Fazenda na violação ilegal do sigilo bancário do caseiro que o acusara.
MÁCULA DO PT: Ontem Lula disse que os escândalos do valerioduto e do mensalão “não maculam” o PT, mas as pessoas. As pessoas a que o presidente se refere, porém, eram toda a cúpula de seu partido - o presidente, o secretário-geral, o tesoureiro. Sobre qualquer um deles, inclusive, o presidente não ensaiou ontem qualquer defesa. A culpa é dos outros - pessoas - não do PT nem dele, disse nas entrelinhas.
TRAIDORES: Novamente se recusou a citar os nomes dos que supostamente o traíram.
CPIs: Foi impreciso ao dizer que nunca pediu punição para alguém ainda não condenado. Quando era oposição, ele fez isso em diversos episódios, inclusive com hoje aliados seus como Jader Barbalho, acusado de fraudes contra a Sudam e que hoje integra o conselho político de sua campanha e até opina sobre ética.
CGU: Disse que foi ele quem criou a Controladoria Geral da União, que na verdade foi criada em 2001 pelo presidente Fernando Henrique.
OKAMOTTO: Ao falar do pagamento da dívida de R$29,4 mil com o PT, paga por seu amigo Paulo Okamotto, alegou que este errou ao não descontar na rescisão do contrato com o PT. Minutos depois, porém, disse que não pagou porque não havia dívida. E não explicou por que, tendo patrimônio de quase R$1 milhão, deixou Okamotto pagar.
CANDIDATO TENTOU SE EQUILIBRAR ENTRE A FIDELIDADE AOS ‘IRMÃOS’ E A NECESSIDADE DE CONVENCER O ELEITORADO DE QUE NADA SABIA SOBRE O MENSALÃO
Tenso, Lula procura se distanciar de aliados
Luiz Inácio Lula da Silva é um candidato preocupado em se desvencilhar de amigos e aliados nesta campanha eleitoral. Aos olhos dos eleitores, pelo menos.
Ontem, em entrevista à Rede Globo, Lula tentou manter distância de antigos aliados, com os quais governou o Partido dos Trabalhadores até à chegada ao centro do poder, em 2003. O caso do mensalão “não macula o PT”, disse Lula, “pode macular pessoas”.
Referia-se a alguns dos companheiros da cúpula petista que, em janeiro de 2003, subiram com ele a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília: os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, o ex-presidente do seu partido José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e seu secretário de finanças pessoais, Paulo Okamotto, entre outros.
Visivelmente nervoso diante das luzes e lentes da televisão, Lula tentou se livrar do “peso” que, eventualmente, aliados como esses possam ter na sua eleição.
Titubeante, mostrou-se contraditório. Primeiro, atribuiu responsabilidade pelo mensalão aos fiéis aliados (“lamento profundamente que companheiros tenham feito coisas que ainda vão ser julgadas”). Em seguida, considerou-se responsável (“por qualquer erro que qualquer funcionário público cometa no Brasil”).
O candidato à reeleição quis apresentar um presidente da República vigilante, incisivo e decidido e afirmou ter demitido os ministros Dirceu e Palocci. Os arquivos do Planalto guardam os originais das cartas de ambos - e eles jamais foram demitidos pelo chefe, pediram demissão depois de prolongada agonia na Casa Civil (Dirceu) e na Fazenda (Palocci).
Também tentou passar a impressão de um presidente absolutamente isento e fiel seguidor do princípio de não interferência nos demais poderes da República. Mas não foi exatamente isso o que ocorreu nas investigações do Congresso sobre o caso do mensalão.
O governo empenhou todos os esforços para, primeiro, impedir a Comissão Parlamentar de Inquérito. Depois, para retardar o processo de investigação - bancos estatais e fundos de pensão, por exemplo, foram alvo de seguidas queixas do comando da CPI.
Houve momentos em que senadores e deputados encarregados da investigação precisaram recorrer à ajuda do procurador-geral da República para conseguir que órgãos federais apresentassem documentos solicitados três meses antes. O governo Lula nunca facilitou as investigações da CPI dos Correios, ao contrário, como registram os anais da comissão.
Ontem, na televisão, Lula mostrou-se um candidato tenso, quase à beira de um ataque de nervos, tentando se equilibrar entre a fidelidade aos “irmãos”- como costumava se referir, em público, a Palocci e Genoino - e a necessidade de fazer o eleitorado acreditar que nada sabia, por era apenas o presidente da República.
Re.: Contradições de Lula
a unica coisa que cai, eh o salario
JINGOL BEL, JINGOL BEL DENNY NO COTEL...
i am gonna score... h-hah-hah-hah-hah-hah...
plante uma arvore por dia com um clic

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- Fernando Silva
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Re: Re.: Contradições de Lula
Hrrr escreveu:a unica coisa que cai, eh o salario
Pois é. Ele disse que no governo dele a únca coisa que caiu foi o salário e que ele foi o que mais combateu a ética.
Pelo menos, foi honesto

- Fernando Silva
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Re.: Contradições de Lula
Ou ele é muito cínico ou muito idiota: diz que é ele que está combatendo a corrupção, mas, ao mesmo tempo, se associa a antigos inimigos condenados por corrupção.
"O Globo" `12/08/06
Em Niterói, com Vladimir, Lula atribuiu à sua gestão o mérito de desvendar escândalos políticos do país. Fez referência à máfia dos sanguessugas:
- Faremos uma campanha com orgulho. Até quando nossos adversários falarem em corrupção, não tenham medo de debater, porque quem está tirando o lixo que eles colocaram debaixo do tapete somos nós.
Lula elogiou a atuação do presidente interino do PSB, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, que defendeu seu partido das acusações do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI dos Sanguessugas. Na semana passada, Gabeira afirmou que o PSB teria aparelhado o Ministério da Ciência e Tecnologia para assegurar a compra de ônibus do programa de inclusão digital, fabricados pela Planam, empresa do esquema dos sanguessugas.
- Nós estamos em uma eleição, mas nossos adversários estão tratando como guerra. Eles não têm como debater conosco na área econômica, na área social. Aí eles vão vir com a historinha da ética. E nenhum de nós pode ter medo de debater a ética - disse Lula, que chamou Roberto Amaral para o seu lado no palanque:
- O que não podemos aceitar é levar desaforo para casa.
O presidente assumiu a dupla personalidade como cabo eleitoral de dois candidatos no estado ao subir em seguida no palanque de Crivella. No fim de semana passado, em Minas, ele já tinha aparecido ao lado do ex-governador Newton Cardoso, que foi investigado por corrupção e hoje disputa o Senado com o apoio do presidente. O PT de lá resiste ao acordo.
"O Globo" `12/08/06
Em Niterói, com Vladimir, Lula atribuiu à sua gestão o mérito de desvendar escândalos políticos do país. Fez referência à máfia dos sanguessugas:
- Faremos uma campanha com orgulho. Até quando nossos adversários falarem em corrupção, não tenham medo de debater, porque quem está tirando o lixo que eles colocaram debaixo do tapete somos nós.
Lula elogiou a atuação do presidente interino do PSB, o ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral, que defendeu seu partido das acusações do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI dos Sanguessugas. Na semana passada, Gabeira afirmou que o PSB teria aparelhado o Ministério da Ciência e Tecnologia para assegurar a compra de ônibus do programa de inclusão digital, fabricados pela Planam, empresa do esquema dos sanguessugas.
- Nós estamos em uma eleição, mas nossos adversários estão tratando como guerra. Eles não têm como debater conosco na área econômica, na área social. Aí eles vão vir com a historinha da ética. E nenhum de nós pode ter medo de debater a ética - disse Lula, que chamou Roberto Amaral para o seu lado no palanque:
- O que não podemos aceitar é levar desaforo para casa.
O presidente assumiu a dupla personalidade como cabo eleitoral de dois candidatos no estado ao subir em seguida no palanque de Crivella. No fim de semana passado, em Minas, ele já tinha aparecido ao lado do ex-governador Newton Cardoso, que foi investigado por corrupção e hoje disputa o Senado com o apoio do presidente. O PT de lá resiste ao acordo.
Re.: Contradições de Lula
E tem gente que sabe andar e até mesmo segurar um lápis que vai votar nesse canalha.
"Uau! O Brasil é grande"
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
Reação de Bush, quando Lula mostrou um mapa do Brasil. Essa frase foi finalista em 2006 do site StupidityAwards.com, na categoria "Afirmação mais estúpida de Bush".
- Fernando Silva
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Re.: Contradições de Lula
"Não são os que lêem jornal que vão votar no Lula, e sim os que usam jornal para limpar a bunda"
Autor desconhecido.
Autor desconhecido.
Re: Re.: Contradições de Lula
Fernando Silva escreveu:Ou ele é muito cínico ou muito idiota:
***
- Nós estamos em uma eleição, mas "nossos adversários estão tratando como guerra." Eles não têm como debater conosco na área econômica, na área social. Aí eles vão vir com a historinha da ética. E nenhum de nós pode ter medo de debater a ética - disse Lula, que chamou Roberto Amaral para o seu lado no palanque:
- O que não podemos aceitar é levar desaforo para casa.
Pô! Que belo argumento, hein?
Em muitos paises, o que aconteceu no Brasil, já tinha colocado o presidente na cadeia, ou este já teria se suicidado.
Aquí, ele se faz de ofendido e tem muita gente que ainda o considera um herói.
Mas Fernando, falando francamente, com um povo desse , interessado como é, não temos como reclamar do STF, nem do congresso, etc...
Nós merecemos mesmo.
- Fernando Silva
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Re.: Contradições de Lula
"Jornal do Brasil" 13/08/2006
BOA, ESSA. CONTA OUTRA, COMPANHEIRO
Lula no Jornal Nacional: sem compromisso com a verdade, a coerência e a razâo
Augusto Nunes augusto@jb.com.br
Quer dizer que José Dirceu e Antonio Palocci não deixaram voluntanamente o ministério? Quer dizer que foram demitidos pelo presidente da República - um Grande Pastor zeloso da ética, da moral e dos bons costumes, sempre disposto a expulsar do rebanho ovelhas delinqüentes? Com essa versão, decorada nos ensaios da tarde, o candidato à reeleição procurou safar-se dos entrevistadores do Jornal Nacional.
Foi bom o desempenho dos jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes. Teria sido exemplar se a fantasia de Lula fosse desfeita no ar por verdades singelas. “Recebi seu pedido de afastamento...”, informa o começo da carta enviada por Lula a Dirceu - aquela do “meu querido Zé”, lembram? Quem demite não trata o demitido com tamanha pieguice. Quem desemprega não chama o desempregado de “grande irmão” e “melhor ministro de todos os tempos”.
Segundos antes, ele havia reiterado que ninguém pode ser punido sem que a denúncia tenha sido comprovada. Pendurado nesse argumento, dispensou-se de comentários inteligíveis sobre a quadrilha dos 40 desmascarada pelo procurador-geral da República.
Por que, então, puniu o capitão de times perdedores e o estuprador de contas bancárias? O que teria o chefe descoberto para decidir que a dupla tem culpa no cartório? Lula já deve saber que essa foi boa, mas não colou. Conta outra, companheiro.
A estante plantada às costas do presidente que odeia livros perturbou o falatório do improvisador. No começo da entrevista, Lula festejou “o combate à ética”. No fim, reconheceu que “o salário caiu”. Durante, multiplicou por mil as fronteiras do país.
Pela primeira vez na TV, foi constrangido a falar do amigo Paulo Okamotto, o trenzinho-pagador da primeira-família. Não negou nem admitiu que o generoso japonês pagou o empréstimo concedido pelo PT. Cego à papelada sobre a transação, preferiu desmentir a própria existência do empréstimo. “Nunca devi nada ao partido”, recitou. “Portanto, não havia nada a pagar”.
A declaração do inadimplente reduz os cobradores do PT a estelionatários. Não há qualificação mais exata para quem quer receber o que não emprestou. E promove Okamotto a bobo da corte. Não há posto melhor para quem paga dívidas imaginárias.
O Jornal Nacional acabou de informar: Lula faz muito bem em driblar debates eleitorais. Não está preparado para a travessia do Pântano Grande. Repete que não merece vaga no balaio dos suspeitos. Só estimula a suspeita de que o Brasil não merece Lula de novo.
BOA, ESSA. CONTA OUTRA, COMPANHEIRO
Lula no Jornal Nacional: sem compromisso com a verdade, a coerência e a razâo
Augusto Nunes augusto@jb.com.br
Quer dizer que José Dirceu e Antonio Palocci não deixaram voluntanamente o ministério? Quer dizer que foram demitidos pelo presidente da República - um Grande Pastor zeloso da ética, da moral e dos bons costumes, sempre disposto a expulsar do rebanho ovelhas delinqüentes? Com essa versão, decorada nos ensaios da tarde, o candidato à reeleição procurou safar-se dos entrevistadores do Jornal Nacional.
Foi bom o desempenho dos jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes. Teria sido exemplar se a fantasia de Lula fosse desfeita no ar por verdades singelas. “Recebi seu pedido de afastamento...”, informa o começo da carta enviada por Lula a Dirceu - aquela do “meu querido Zé”, lembram? Quem demite não trata o demitido com tamanha pieguice. Quem desemprega não chama o desempregado de “grande irmão” e “melhor ministro de todos os tempos”.
Segundos antes, ele havia reiterado que ninguém pode ser punido sem que a denúncia tenha sido comprovada. Pendurado nesse argumento, dispensou-se de comentários inteligíveis sobre a quadrilha dos 40 desmascarada pelo procurador-geral da República.
Por que, então, puniu o capitão de times perdedores e o estuprador de contas bancárias? O que teria o chefe descoberto para decidir que a dupla tem culpa no cartório? Lula já deve saber que essa foi boa, mas não colou. Conta outra, companheiro.
A estante plantada às costas do presidente que odeia livros perturbou o falatório do improvisador. No começo da entrevista, Lula festejou “o combate à ética”. No fim, reconheceu que “o salário caiu”. Durante, multiplicou por mil as fronteiras do país.
Pela primeira vez na TV, foi constrangido a falar do amigo Paulo Okamotto, o trenzinho-pagador da primeira-família. Não negou nem admitiu que o generoso japonês pagou o empréstimo concedido pelo PT. Cego à papelada sobre a transação, preferiu desmentir a própria existência do empréstimo. “Nunca devi nada ao partido”, recitou. “Portanto, não havia nada a pagar”.
A declaração do inadimplente reduz os cobradores do PT a estelionatários. Não há qualificação mais exata para quem quer receber o que não emprestou. E promove Okamotto a bobo da corte. Não há posto melhor para quem paga dívidas imaginárias.
O Jornal Nacional acabou de informar: Lula faz muito bem em driblar debates eleitorais. Não está preparado para a travessia do Pântano Grande. Repete que não merece vaga no balaio dos suspeitos. Só estimula a suspeita de que o Brasil não merece Lula de novo.
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- Mensagens: 562
- Registrado em: 03 Nov 2005, 07:43
Negar os fatos é sintoma de demência ou desonestidade. No caso da esquerda... ambos.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
- videomaker
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- Registrado em: 25 Out 2005, 23:34
Re: Contradições de Lula
Lula de novo , é 16 anos de governo FHC !
É estelionato eleitoral ...
É estelionato eleitoral ...
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re.: Contradições de Lula
Socorrooooooooooooooooooooooooooooooooo




Re.: Contradições de Lula
Sou contra mandato de 4 anos apenas e também de 8 anos. Acho que 6 anos seria um bom tempo. De qualquer forma, deveremos ver em breve o que vem por aí.
Abraços e um bom inicio de semana a todos!
Abraços e um bom inicio de semana a todos!
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: Contradições de Lula
videomaker escreveu: Lula de novo , é 16 anos de governo FHC !
É estelionato eleitoral ...
Exatamente, estamos vivendo sob uma ditadura direitista novamente... Há dois partidos dominantes, PT e PSDB, e ambos governam de forma neoliberal e conservadora, seguindo a cartilha de Washington... Não existe escolha.
* "Um Estado político, onde alguns indivíduos têm milhões de rendimento enquanto outros morrem de fome, poderá subsistir quando a religião deixa de lá estar com as suas esperanças noutro mundo, para explicar o sacrifício ? *
- François Chateaubriand
- François Chateaubriand
Re: Re.: Contradições de Lula
zencem escreveu:Fernando Silva escreveu:Ou ele é muito cínico ou muito idiota:
***
- Nós estamos em uma eleição, mas "nossos adversários estão tratando como guerra." Eles não têm como debater conosco na área econômica, na área social. Aí eles vão vir com a historinha da ética. E nenhum de nós pode ter medo de debater a ética - disse Lula, que chamou Roberto Amaral para o seu lado no palanque:
- O que não podemos aceitar é levar desaforo para casa.
Pô! Que belo argumento, hein?
Em muitos paises, o que aconteceu no Brasil, já tinha colocado o presidente na cadeia, ou este já teria se suicidado.
Aquí, ele se faz de ofendido e tem muita gente que ainda o considera um herói.
Mas Fernando, falando francamente, com um povo desse , interessado como é, não temos como reclamar do STF, nem do congresso, etc...
Nós merecemos mesmo.
Oi querido Zen100!
O Esse Lentíssimo não pode ffe ffuiffidar por que ele é imortal.
Ele é um ffuper zerói. Não é um páffaro. Não é um aero-Lulla. É o IMPITCHI-MAN.




marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.