A síndrome do gênio

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Res Cogitans
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A síndrome do gênio

Mensagem por Res Cogitans »

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/ ... 06,00.html

12.03.2006

A síndrome do gênio


Como explicar o talento de uma criança que lia partituras aos 3 anos de idade? Por que o jeito estranho e genial de tocar música clássica? O que a ciência diz da habilidade de Cleonílson? No Rio Grande do Norte, ele é conhecido como "o homem-computador”. Como ele, um analfabeto, pode somar os dados e vencer uma máquina de calcular? E o que dizer da habilidade precoce detectada na escola?

“Ele começou a ser alfabetizado com três anos, no jardim de infância, Aos 5 anos, ele já tinha coleção de revistas", afirma a mãe de Felipe, a auxiliar de escritório Ana Lúcia de Oliveira.

Pessoas com habilidades que parecem sobre-humanas, como o pianista canadense Glenn Gould, morto da década de 80, podem ser vítimas da Síndrome de Asperger. Os sinais dessa síndrome aparecem nos primeiros anos de vida, mas muitos pais - e até médicos - tratam a criança como um pequeno gênio.

Uma inteligência rara, de memória muito acima do normal. Mas esses são sinais de um transtorno da mente ainda pouco conhecido pela ciência.

Felipe Oliveira, de 11 anos, tem fixação por determinados assuntos. "A área de interesse dele está sempre acima da idade dele", afirma a mãe de Felipe, a auxiliar de escritório Ana Lúcia de Oliveira.

“Computador, robótica, cibernética”, enumera o garoto.

"Ele acorda e fala nesse assunto. No almoço e no jantar também. O assunto com os colegas, com a gente, é só aquele assunto. Não muda”, diz a mãe de Felipe.

“Ele pode ser muito bom em matemática, fazer cálculos rapidamente. Ele pode ser muito bom em guardar lugares com muita facilidade, mas ele tem um prejuízo enorme de se relacionar, ele tem um prejuízo enorme de conviver", afirma Fábio Barbirato, chefe de psiquiatria da Santa Casa do Rio de Janeiro.

E esse prejuízo leva ao isolamento. No filme "Muito além do jardim", o personagem de Petter Sellers tem Síndrome de Asperger. Ele é incapaz de entender o duplo sentido das palavras.

Um exemplo: a frase "Aquela mulher é uma gata". Para uma pessoa que tem a síndrome, gata é apenas um animal - e um animal é diferente de uma mulher, ainda que seja bonita.

"Está chovendo canivete. A criança vai para debaixo da mesa, porque ela tem medo que esteja chovendo canivete. Ela entende ao pé da letra. Ela tem um entendimento, ela tem uma compreensão muito concreta daquilo ", explica Barbirato.

Mapeando o cérebro dessas pessoas, os neurocientistas começam a desvendar um outro mistério: por que esses pacientes não reconhecem as diferentes emoções no rosto do outro? Por que não enxergam a diferença entre raiva e alegria?

Veja o que acontece no cérebro de duas pessoas que estão olhando para um rosto. Em uma pessoa normal saudável, duas áreas são mais ativadas: uma é ligada ao reconhecimento das pessoas; a outra é a chamada amígdala, que não tem nada a ver com a amígdala em nossa garganta. Esta área do cérebro nos ajuda a processar as emoções.

Nas pessoas que têm Asperger, quase não se vê a ativação da amígdala. E a parte do cérebro que mais é ativada não é aquela ligada à identificação do rosto, mas outra, que reconhece os objetos.

"Eles têm uma dificuldade de expressão, mas não necessariamente uma ausência de sentimento. A forma de expressar o afeto ou a forma de manipular e lidar esse mundo afetivo é um pouco diferente da nossa. E muitas vezes, é por isso até que eles entram em quadros depressivos. As crianças com Síndrome de Asperger têm uma prevalência de quadro depressivo maior na adolescência”, declara o psiquiatra Marcos Mercadante.

A ciência ainda tenta entender outro sinal dessa síndrome: o olhar quase sempre perdido.

"Em um ambiente em que você tem um rosto na sua frente e vários objetos em volta, você biologicamente é movido a olhar para os olhos do indivíduo", diz o neuropediatra José Salomão Schwartzman, professor da Universidade Mackenzie.

Os pontos mais escuros numa foto mostram a direção do olhar de uma pessoa que não tem a síndrome. Ele se fixa entre os olhos, o nariz e a boca. Um equipamento que rastreia o olhar de pacientes com Asperger mostra que os pontos escuros não se concentram nos olhos.

"Eles não têm essa atração, de modo que, para eles, em um ambiente cheio de estímulos, os olhos vagam meio que aleatoriamente, olhando para todos os cantos", completa Schwartzman.

A equipe de especialistas em transtornos da mente estuda uma forma de rastrear o olhar de crianças - e até de bebês.

"O diagnóstico precoce é uma das coisas fundamentais. Quanto antes você consegue reconhecer, melhor é", recomenda Mercadante.

Mas a professora Sônia Maria Bardi levou anos até descobrir as razões do estranho comportamento do filho, Guilherme. "Meu filho chegou com sete anos. Então, quanto tempo que eu perdi procurando, investigando, até chegar no que ele tinha?", diz.

Guilherme é hoje acompanhado por uma equipe da Associação de Amigos do Autista, de São Paulo. A síndrome é considerada uma forma leve de autismo, ainda sem cura. Mas os pacientes podem - e devem - aprender as regras de convívio.

"E serem, eventualmente, muito competentes no que fazem. Basta que eles utilizem as suas habilidades e não fiquem presos às suas dificuldades", finaliza Schwartzman.

Para mais informações, visite o site da A.M.A. (Associação de Amigos do Autista – São Paulo)
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

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Fernando Silva
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Fernando Silva »

Acho que já comentei no RV: pessoas com esta síndrome tendem a encontrar empregos em empresas de alta tecnologia, onde podem usar seus talentos sem se envolver muito com outras pessoas.
O resultado é que, por falta de vida social, acabam se casando entre si e o resultado são filhos autistas.
Uma estatística nos EUA mostrou que clínicas perto de centros de pesquisa da IBM, por exemplo, tinham um número muito maior de crianças autistas sendo tratadas que no resto do país.

Tenho guardado em algum lugar um texto de uma autista onde ela explica que anda com um livro de regras de comportamento quando tem que falar com gente que não sabe de seu problema.
Por exemplo: "Se a pessoa disser tal coisa, ela espera que eu responda de tal modo".
Eles são incapazes de perceber ironia, duplo sentido ou interpretar a linguagem dos sinais (gestos, expressões faciais etc. que usamos para complementar ou modificar o que dizemos). Ou diferentes tons de voz.

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spink
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por spink »

O resultado é que, por falta de vida social, acabam se casando entre si e o resultado são filhos autistas.De onde você tirou isso?
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

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spink
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por spink »

Quotei errado. :emoticon16:
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

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Res Cogitans
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Res Cogitans »

Em geral bons sistematizadores não são bons empatizadores, Fernando Silva eu recomendo o livro Diferença Essencial do psiquiatra Simon Baron-Cohen.
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Res Cogitans »

Autismo é o extremo do masculino, diz inglês
CLÁUDIA TREVISAN
da Folha de S.Paulo

O psicólogo inglês Simon Baron-Cohen, 45, começou a estudar as diferenças de comportamento entre homens e mulheres há dez anos, intrigado pela alta incidência do autismo no mundo masculino. Nos dez anos anteriores, ele havia constatado que essa condição atingia muito mais homens do que mulheres, em uma proporção que chega a 10 para 1 no tipo mais leve de autismo, a síndrome de Asperger.

O resultado da década de estudo é o livro "The Essencial Difference: Men, Women and the Extreme Male Brain" (A Diferença Essencial: Homens, Mulheres e o Cérebro Masculino Extremo), publicado no primeiro semestre na Inglaterra, no qual ele defende que o autismo é a exageração das características do cérebro masculino.

Baron-Cohen apresenta dois tipos de "cérebro": o voltado à empatia, mais comum nas mulheres, e o sistematizador, mais frequente nos homens. O feminino permite a melhor compreensão do outro e das emoções, enquanto o masculino demonstra maior habilidade no entendimento de coisas e de sistemas. A seguir, trechos da entrevista que Baron-Cohen concedeu à Folha por telefone:

Folha - Homens e mulheres têm cérebros diferentes?

Simon Baron-Cohen - Sim. No meu livro eu apresento uma série de evidências de testes psicológicos, inclusive com animais.

Folha - Poderia dar exemplos?

Baron-Cohen - Há um questionário chamado de "teste de empatia", que permite medir o interesse nos sentimentos de outras pessoas e a facilidade em percebê-los. A conclusão é que mulheres se saem melhor. Outro teste é o de "sistematização", que dá a medida do interesse em diferentes sistemas, como máquinas, programas de computador ou sistemas naturais, como meteorologia. Os homens se saem melhor.

Folha - As diferenças não são provocadas por questões culturais?

Baron-Cohen - Tenho certeza de que cultura tem papel importante. Mas estudamos crianças muito novas. Um dos estudos foi com crianças no seu primeiro dia de vida. Nós mostrávamos a elas o rosto de uma pessoa e um móbile mecânico. Os bebês homens olhavam por mais tempo para o móbile, enquanto os bebês mulheres se fixavam nas faces. E eles tinham 24 horas de vida. A cultura é importante, mas a biologia também.

Folha - Qual o papel dos hormônios na definição das diferenças?

Baron-Cohen - Em outro estudo mostramos a influência da testosterona no estágio pré-natal. Nós medimos a quantidade de hormônios masculinos no líquido amniótico e fizemos a relação com o comportamento posterior da criança. Descobrimos que quanto maior o nível de testosterona, menor a probabilidade de a criança se fixar nos olhos de pessoas quando tinha um ano.

Folha - Qual a relação entre o cérebro masculino e autismo?

Baron-Cohen - Esta é a outra parte da teoria, segundo a qual o autismo é uma exageração do perfil masculino. No autismo, a pessoa é profundamente interessada em sistemas e tem uma dificuldade severa em estabelecer empatia.

Folha - De que tipo de autismo estamos falamos?

Baron-Cohen - Há um amplo espectro de autismo. Algumas pessoas têm um tipo mais leve, chamado síndrome de Asperger, com bom desenvolvimento da capacidade intelectual. Nesse grupo é mais clara a exageração das características masculinas. Os que têm o tipo mais severo de autismo [o clássico] podem ter problemas de linguagem e dificuldades de aprendizado, mas é possível ver características semelhantes. São obcecados por sistemas e têm pouco interesse em pessoas.

Folha - Qual é a diferença entre o autismo clássico e Asperger?

Baron-Cohen - A maior diferença é que na síndrome de Asperger a criança fala na idade certa e tem inteligência normal. Mas em outro sentido, as duas são muito similares. Tanto no autismo clássico como na síndrome de Asperger, o indivíduo tem dificuldades sociais, problemas de comunicação e obsessão por sistemas.

Folha - Uma pessoa com Asperger pode ter uma vida normal?

Baron-Cohen - Sim. Se estão em um grupo social no qual eles são tratados com tolerância, eles podem ter uma vida normal. Mas alguns desenvolvem depressão, porque querem ter amigos e se relacionar e têm dificuldades.

Folha - Como é uma criança com síndrome de Asperger?

Baron-Cohen - É muito verbal e muitas vezes usa palavras típicas de adultos, tem um estilo de linguagem adulto e prefere falar com adultos do que com crianças. Também desenvolve forte interesse por temas inusuais e torna-se quase especialista em certos temas. As outras crianças tendem a evitar a criança e deixá-la isolada.

Folha - Qual é o percentual da população que tem autismo?

Baron-Cohen - A estatística de todo o espectro, que inclui a síndrome de Asperger, é de 1 em cada grupo de 200 pessoas. É muito alto. A síndrome de Asperger só foi reconhecida recentemente, nos últimos dez anos.

Folha - É verdade que em cada grupo de 5 autistas, 4 são homens?

Baron-Cohen - Sim. No caso de Asperger, a proporção é maior: de 10 homens para cada mulher.
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o anátema
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Mensagem por o anátema »

Nós mostrávamos a elas o rosto de uma pessoa e um móbile mecânico. Os bebês homens olhavam por mais tempo para o móbile, enquanto os bebês mulheres se fixavam nas faces. E eles tinham 24 horas de vida. A cultura é importante, mas a biologia também.

Estranho isso. Uma vez ouvi que logo após de nascer ainda enxergamos muito mal, não sei se qualquer um, menino ou menina, conseguiria estar enxergando olhos.

Diziam que até algum tempo depois do nascimento (mas não lembro se já logo após o nascimento, ou se antes é ainda pior) um papel com dois pontos pretos um ao lado do outro eram o suficiente para atrair o olhar dos bebês, por simularem olhos.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution

Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções

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Res Cogitans
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Res Cogitans »

Mesmo enxergando mal, um rosto embaçado ainda é um rosto.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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esperto
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por esperto »

Eu acho que o problema principal de ser Asperger é quando a pessoa tem seus déficits sociais e uma inteligência normal e até abaixo dela. Um gênio ou um superdotado entre os Aspergers é muito raro. Eu mesmo sou um deles e posso garantir que não sou nem mesmo um nerd, mas que tentei ser. Quando eu era estudante, eu só pensava em ir bem nas provas.

E também não acredito muito nessa história dos Aspergers que trabalham em centros de alta tecnologia, se casam entre si e têm filhos autistas.
Evoluir sempre, tal é a lei (só o espiritismo não evolui).

sexsex
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por sexsex »

Com certeza o altismo é mais um passo na evolução de nossa espécie,com certeza as vantagens do altismo serão aproveitadas pela evolução, mas haja tempo para isso.

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Azathoth
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Azathoth »

É o Guest de novo.
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Fernando Silva
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Re: Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Fernando Silva »

penna escreveu:O resultado é que, por falta de vida social, acabam se casando entre si e o resultado são filhos autistas.De onde você tirou isso?

Vou ter que achar o artigo neste fim de semana.

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Fernando Silva
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Re: Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Fernando Silva »

penna escreveu:
O resultado é que, por falta de vida social, acabam se casando entre si e o resultado são filhos autistas.

De onde você tirou isso?

http://www.wired.com/wired/archive/9.12 ... rs_pr.html

O artigo fala do aumento de casos de autismo entre as crianças do Vale do
Silício. Acredita-se que as pessoas com o talento para tal tipo de serviço (projeto
e programação de computadores, sequenciamento genético etc) tenham formas leves de
autismo. Elas tendem a não ter vida social e sentem-se atraídas umas pelas outras,
o que leva à geração de crianças com uma carga genética de autismo vinda dos dois
lados e sintomas muito mais graves. O mesmo problema parece se repetir em outros
locais onde se concentram firmas de alta tecnologia.

Neste endereço, um teste para determinar a tendência de uma pessoa ao autismo.
Não é conclusivo mas é interessante:
http://www.wired.com/wired/archive/9.12/aqtest.html

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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

Quanto bla blabla.

Todo mundo sabe qual a resposta: Reencarnamento.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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videomaker
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Re: A síndrome do gênio

Mensagem por videomaker »



Vi essa reportagem no fantastico , e ela mostrou crianças que tinham tal disturbio em uma sequencia , apos mostrar a genialidades de outros , e ficou subitendido que a genialidade era consequencia da sindrome , só não se explica porque apenas alguns tem talentos inatos , enquanto outros apenas não se concentram no que faz !
Nada de fantastico nisso.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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videomaker
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Re: Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por videomaker »

esperto escreveu:Eu acho que o problema principal de ser Asperger é quando a pessoa tem seus déficits sociais e uma inteligência normal e até abaixo dela. Um gênio ou um superdotado entre os Aspergers é muito raro. Eu mesmo sou um deles e posso garantir que não sou nem mesmo um nerd, mas que tentei ser. Quando eu era estudante, eu só pensava em ir bem nas provas.

E também não acredito muito nessa história dos Aspergers que trabalham em centros de alta tecnologia, se casam entre si e têm filhos autistas.



Se for VERDADE seu depoimento , esclareceu o que eu disse no meu post .
Parei .
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Azathoth
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Azathoth »

Algo que é muito chato também são os efeitos colaterais físicos, em especial descoordenação motora e sentimento de ausência de controle total sobre os membros, li que essa desordem das habilidades motores é comum, o que justifica parcialmente a inibição para atividades atléticas desde cedo. Quando eu era criança isso era bem visível, eu costumava ter ao mesmo tempo sempre cerca de 5 hematomas espalhados pelas pernas, como consequência de estar constantemente colidindo com mesas, cadeiras, paredes, etc.

O que o Fernando Silva disse procede, autismo apresenta uma herdabilidade muito alta. Muitos dos "geeks" e "nerds" podem ser pessoas que apresentam autismo de alto nível mas que nunca foram formalmente diagnosticadas como o tal.

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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Storydor »

Azathoth escreveu:o que justifica parcialmente a inibição para atividades atléticas desde cedo


Vale ressaltar que praticar esportes é mais uma forma de evoluir socialmente. Lá você conversa, brinca, briga e faz outras coisas que uma pessoa parada em casa estudando não conseguiria fazer.
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Led Zeppelin »

Essa síndrome pode ser considerada benéfica ao portador?
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Re: Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Storydor »

Led Zeppelin escreveu:Essa síndrome pode ser considerada benéfica ao portador?



Se eu tivesse e pudesse ter uma visão por fora de mim, não gostaria. Prefiro ser normal e "sociável", mesmo que ao meu estilo.
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Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Led Zeppelin »

Storydor,

Eu também não gostaria, mas tocar piano daquele jeito é meu sonho! :emoticon1:
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Re: Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Azathoth »

Storydor escreveu:Vale ressaltar que praticar esportes é mais uma forma de evoluir socialmente. Lá você conversa, brinca, briga e faz outras coisas que uma pessoa parada em casa estudando não conseguiria fazer.


Sim, a prática de esportes tem inúmeros efeitos benéficos sociais para os mais "neurodiversos", incluindo o simples fato de você estar conhecendo e interagindo com pessoas completamente diferentes das usuais do seu dia-a-dia.

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Re: Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Storydor »

Led Zeppelin escreveu:Storydor,

Eu também não gostaria, mas tocar piano daquele jeito é meu sonho! :emoticon1:



Bem, como meu sonho resume-se a ter uma família, uma renda fixa boa e ser feliz, ser autista ou ter síndrome de Asperger está fora de cogitação [ como se eu pudesse escolher ].
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Re: Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Azathoth »

Led Zeppelin escreveu:Essa síndrome pode ser considerada benéfica ao portador?


Depende, o número de depressivos e portadores de transtornos psicológicos é significativo nesse grupo.

O ideal é você saber se aproveitar da sua diversidade para seu benefício próprio. Por exemplo, um traço comum é se focar obsessivamente em um número pequeno de assuntos, fazendo você acumular o máximo de conhecimento a respeito destes, podendo o transformar em um "mini especialista" se você tiver senso crítico e capacidade de avaliar a informação que absorve. Em situações sociais isso pode agir de forma desfavorável, por exemplo fazendo com que pessoas se distanciem de você por não serem capazes de prosseguir uma discussão que envolva um assunto o qual você demonstre muito interesse.

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Re: Re.: A síndrome do gênio

Mensagem por Storydor »

Azathoth escreveu:
Led Zeppelin escreveu:Essa síndrome pode ser considerada benéfica ao portador?


Depende, o número de depressivos e portadores de transtornos psicológicos é significativo nesse grupo.

O ideal é você saber se aproveitar da sua diversidade para seu benefício próprio. Por exemplo, um traço comum é se focar obsessivamente em um número pequeno de assuntos, fazendo você acumular o máximo de conhecimento a respeito destes, podendo o transformar em um "mini especialista" se você tiver senso crítico e capacidade de avaliar a informação que absorve. Em situações sociais isso pode agir de forma desfavorável, por exemplo fazendo com que pessoas se distanciem de você por não serem capazes de prosseguir uma discussão que envolva um assunto o qual você demonstre muito interesse.


Concordo.
A pessoa tem que ser eclética em tudo se quiser ser um pouco social. Se restringir a um pequeno grupo não dá certo, não presta.
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